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Vigilância Sanitária interdita estabelecimentos de atividades não essenciais em Esperantina

Foto: Prefeitura de Esperantina

A Vigilância Sanitária de Esperantina segue fechando os estabelecimentos que insistem em descumprir o decreto municipal Decreto Municipal Nº 195/2020. Cerca de 10 estabelecimentos foram lacrados e outros 60 foram notificados até esta terça-feira (12) no município. Os fiscais identificaram lojas e oficinas que estavam atendendo o público, mesmo sem permissão, e colocando em risco a saúde das pessoas. 

De acordo com o coordenador da Vigilância Sanitária, Jairo Feitosa, o trabalho de fiscalização consiste na interdição de estabelecimentos não-essenciais e de notificação dos comércios essenciais que não cumpram com as medidas de higiene e segurança. “Já encontramos lojas e oficinas que estavam funcionando de forma irregular. Mas também acontece de estabelecimentos essenciais não adotarem as medidas de saúde, como limitação de pessoas nas áreas internas, uso de máscaras e álcool em gel, por exemplo. Existem decretos, tanto o municipal como o estadual, que devem ser cumpridos”, pontua.  

A prefeita Vilma Amorim reforça que a população pode ajudar na fiscalização dos comércios que que descumprem as medidas por meio da Polícia Militar ou pelo contato (86) 9 9813-5913, da Prefeitura de Esperantina. “Nosso objetivo é dar continuidade ao enfrentamento da crise de saúde pública decorrente do novo coronavírus e evitar aglomerações no funcionamento do comércio. Estamos fazendo a nossa parte para evitar a propagação do vírus. Entendemos não são medidas fáceis, mas a economia se recupera depois, ao tempo que vidas perdidas não. Por isso, contamos com a colaboração de todos”, argumenta. 

O decreto manteve até o próximo dia 21 de maio, a suspensão dos serviços e todas as atividades em bares, restaurantes, clubes, academias, casas de espetáculo e clínicas de estética; das atividades de saúde bucal/odontológica, públicas e privadas, exceto aquelas relacionadas aos atendimentos de urgência e emergência; de eventos esportivos; dos demais estabelecimentos comerciais, de serviços, de atividades de construção civil e de outras atividades que não sejam essenciais. 

“O documento que assinamos prevê a aplicação de multa, interdição total da atividade comercial e cassação de alvará de localização e funcionamento, na forma da legislação vigente, caso as determinações expedidas sejam descumpridas”, explica a prefeita. 

Da Redação
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TJ-PI nega suspensão de pagamentos da obra do hospital de campanha do Verdão

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O desembargador Edvaldo Moura negou, por meio de decisão liminar, pedido de suspensão de pagamento de parcelas da obra do hospital de campanha do Verdão à empreiteira Progen. A decisão foi suscitada por agravo de instrumento movido pelo Ministério Público do Piauí (MP-PI), que contestava o valor destinado pelo Governo do Estado para a realização da obra, destinada ao atendimento de pessoas acometidas de Covid-19. O pedido já havia sido negado, em primeira instância, também liminarmente, pela magistrada Carmelita Brito, juíza substituta da 2.a Vara dos Feitos da Fazenda Pública da comarca de Teresina.

Originalmente, o Estado havia dividido o pagamento da obra em três parcelas, das quais a primeira já havia sido paga. Porém, “em razão de entender que pode haver desvio de verba pública”, descreve o desembargador, o MP-PI “requereu, liminarmente, ordem judicial para que o Estado do Piauí, através da Secretaria Estadual de Saúde, seja obstado de realizar os pagamentos da segunda e terceira parcelas, além da realização de perícia a fim de determinar o real valor do contrato”.

Contudo, para o desembargador Edvaldo Moura, não há elementos para se embargar o Governo Estadual de efetivar os pagamentos. O magistrado de segundo grau reconhece que houve contratação “em caráter diferenciado, emergencial” e que “algumas questões podem não estar de acordo com a legislação vigente”, mas afirma não haver razão para se criar obstáculos para uma obra que pode se configurar como uma ferramenta no combate à epidemia da Covid-19.

Em sua decisão, o desembargador Edvaldo Moura enfatiza os números alarmantes da epidemia no Brasil e no Piauí. Até o início da noite do dia 10 de maio, data da redação da decisão, eram, no estado no Piauí, 1.332 casos confirmados e 45 óbitos. “Infelizmente, não há como se exigir, de forma prudente, que se aguarde perícia sobre os gastos realizados e nem suspensão de pagamento – que poderia gerar paralisação nas obras como conseqüência”. Este último efeito, por sua vez, se traduziria na “concretização de grave risco de ocorrência de dano irreparável”, conclui.

Da Redação
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Sílvio diz que é preciso planejar "descontrair" isolamento social

O ex-prefeito de Teresina, Sílvio Mendes, afirmou nesta terça-feira (12) que o isolamento social é uma medida necessária contra a disseminação do coronavírus, no entanto, o poder público precisa começar ao que ele chamou de "descontrair" algumas ações. Para o ex-gestor, que é médico e já comandou a Fundação Municipal de Saúde da capital, setores diferentes não podem ser tratados com as mesmas regras.

"Esse isolamento é necessário, mas é preciso começar a planejar descontrair essa medida, pois a gente não pode tratar coisas diferentes com as mesmas regras", disse Silvio citando três exemplos.

"Uma escola, um restaurante e a construção civil são coisas absolutamente distintas, com cuidados específicos para cada atividade. É preciso começar a se planejar isso", acrescentou.

Sobre o vírus em si, o ex-prefeito disse que é preciso ter cautela, já que ele não escolhe quem vai contaminar.

Foto Reprodução TV Cidade Verde

"O coronavírus pega rico e pega pobre, portanto, é preciso que a gente tenha cautela e se compreenda. No começo se pensou que era uma doença do pulmão e não é. É uma doença do sangue, causando trombos pelas artérias veias, daí o tratamento foi se ajustando de acordo com o conhecimento", explicou.

Para Sílvio Mendes, a população terá que aprender a conviver com a covid-19. "As pessoas sérias dizem que é uma questão de tempo: no mundo inteiro, de cada 100 pessoas, 70 serão contaminadas em algum momento da sua vida. Vamos ter que aprender a viver com essa doença. Vamos ter uma vacina e um remédio exclusivo para coronavírus. O laboratório que descobrir isso ficará bilionário", afirmou.

Hérlon Moraes
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No HGV, 85% dos leitos de UTI estão ocupados tratando pacientes com covid-19

Foto: Ascom/Governo do Estado

 

O Hospital Getúlio Vargas (HGV) está com 85% dos seus leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) destinados exclusivamente aos para pacientes Covid ocupados. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (12), durante teleconferência do HGV com profissionais do Hospital Osvaldo Cruz, de São Paulo. O diretor-geral, Gilberto Albuquerque, avalia a situação como preocupante e planeja ampliação dos leitos.

“Foi uma mudança absurda das últimas semanas para cá. Trabalhamos praticamente todo o mês de abril com 30% a 40% de ocupação porque começamos a nos preparar antecipadamente e deixamos leitos exclusivos para Covid desde o final de março. De repente, os casos começaram a aumentar e, hoje, estamos com 85% dos leitos ocupados, daí a necessidade de ampliação”, informou o coordenador das UTIs do HGV, Caubi Medeiros, durante a teleconferência.

Para diretor-geral, Gilberto Albuquerque, a situação é alarmante e surge a necessidade do aumento da quantidade de novos leitos. “Estamos trabalhando em conjunto com o Governo do Estado, Secretaria da Saúde e Fundação Piauiense de Serviços Hospitalares para a ampliação de novos leitos de UTIs. Temos espaços para aumentar em mais 30, nesse primeiro momento, e se for necessário, até mais 100 leitos no primeiro andar”, calcula.

Para o presidente da Fundação Hospitalar do Estado (Fepiserh), Pablo Santos, a ampliação no número de leitos será necessária se a curva de novos casos de coronavírus não diminuir nos próximos dias. “Tivemos um afrouxamento no isolamento social na capital e muitas cidades do interior não estão cumprindo como deveriam e, por isso, estamos quase em colapso. Sendo assim, precisamos reforçar o isolamento e evitar que todas as UTIs sejam ocupadas”, avalia.

Pablo Santos destaca ainda, medidas que o HGV e a Fepiserh vêm tomando para otimizar o fluxo de pacientes e ampliar a capacidade de acolhimentos. “O Getúlio Vargas adotou um fluxo de atendimento que visa evitar infecção hospitalar, assim como, em parceria com a Sesapi, abriu o Centro de Testagem para identificar casos suspeitos e respectivamente, reduzir novos casos”, conta.

O HGV conta atualmente com 20 leitos de UTIs exclusivos para a Covid-19 e 16 leitos para outras patologias. Desses 20 destinados a pacientes com coronavírus, 17 já estão ocupados.

 

Da Redação
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Governador diz que decretação de lockdown é fake news e pede que autor se retrate

O governador Wellington Dias negou na tarde desta terça-feira (12) que tenha tomado a decisão de decretar lockdown no Piauí no próximo final de semana. No começo da manhã, começou a circular uma mensagem no aplicativo Whatsapp informando de uma reunião com o secretário de segurança, Fábio Abreu, e o comando da Polícia Militar sobre a implantação da medida. Apenas farmácias iriam abrir, segundo a mensagem. O lockdown seria no sábado e domingo, imediatamente após o feriado da sexta-feira (15), pelo Dia do Piauí, que foi antecipado do dia 19 de outubro.

"Fui surpreendido quando estava em uma reunião do Comitê Emergencial com cientistas, quando foi postado em rede sociais, a informação de que o Piauí teria tomado uma decisão de lockdown para determinadas localidades. Eu lamento isso, não é verdade. Não há nenhuma decisão tomada", disse o governador.

Veja a mensagem que está circulando nas redes sociais:

Segundo Wellington Dias, a reunião tratava de consultas e sobre a situação do sistema de saúde do estado para o tratamento de pacientes com a covid-19.

"Estávamos tratando de consultas, como fazemos toda semana para um objetivo: garantir a eficiência do isolamento social e ampliar a capacidade de atendimento na rede hospitalar. É isso que vamos seguir. O que for necessário nesse sentido, nós faremos. Mas vamos fazer com muita responsabilidade, transparência e, ao mesmo tempo, comunicando corretamente à população. Peço a quem fez isso que se retrate", afirmou o governador.

Ontem, durante uma live, o governador Wellington Dias afirmou que o Piauí irá decretar lockdown nas cidades com maior número de infectados se o estado ultrapassar a metade dos leitos de UTI com pacientes por Covid-19. A taxa de ocupação de leitos com respiradores chega a aproximadamente 42,9%, segundo dados da segunda-feira. 

Veja nota de esclarecimento do governo:

O Governo do Estado informa que, no momento, não há nenhuma decisão tomada sobre implantação de lockdown no estado. Toda a equipe de gestão tem como objetivo atual garantir a eficácia e eficiência do isolamento social, bem como ampliar a capacidade de atendimento na rede de saúde. O Governo assegura ainda que o que for necessário para garantir a saúde da população será feito com muita responsabilidade e transparência e, também, comunicando corretamente à sociedade.


O Comando Geral da PM no Piauí também se manifestou e negou que tenha qualquer deliberação sobre lockdown no Piauí.

Confira:

O Comando Geral da PMPI, vem a público prestar os seguintes esclarecimentos:

1. Não existe, até o presente momento, qualquer deliberação acerca de lockdown no Estado do Piauí.

2. Que na reunião ocorrida hoje com o Secretário de Segurança e Comandantes de Batalhão não ficou decidido acerca de qualquer medida nesse sentido.

3. Tendo em vista que o texto que circula nas redes sociais não tem autoria conhecida, este Comando, considera como fake, mas mesmo assim determinou que a Corregedoria adotasse providências, a fim de elucidar o fato.

4. Reitera que o papel da PMPI, nesse momento em que vive o Estado do Piauí, é estar ao lado das autoridades constituídas e zelando pelo bem estar do nosso povo.

Hérlon Moraes
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Anamnese mal feita aumenta chance de falso negativo em teste, diz CRF

O presidente do Conselho Regional de Farmácia (CRF), Luiz Junior, afirmou nesta terça-feira (12) que o teste rápido, por si só, não pode ser considerado o principal foco de resultados falsos negativos. Segundo ele, se a anamnese (diálogo com o paciente) não seguir o protocolo do Ministério da Saúde, a chance de erro é grande.

“Em relação ao falso negativo, o problema em si não é o teste rápido. Os problemas as vezes são anamneses mal feitas ou mesmo a ausência da anamnese. O que é isso? Sair testando aleatoriamente a população. Para se ter uma efetividade nesses testes é obrigatório ser feita anamnese, que nada mais que é um protocolo pré-estabelecido pelo Ministério da Saúde para se determinar a linha de corte”, explicou durante entrevista à TV Cidade Verde, ressaltando que profissionais podem realizar os testes em farmácias.

“Os testes rápidos, para serem utilizados no país, eles têm liberação prévia da Anvisa, onde é testada sua eficácia e exatidão. O que acontece é a má aplicação do teste. O teste rápido deve ser aplicado por um profissional de saúde, seja o médico ou um farmacêutico bioquímico, como já vinha acontecendo em hospitais e laboratórios, ou agora pelo farmacêutico clínico na drogaria ou farmácia de manipulação”, acrescenta.

Foto: Reprodução/TV Cidade Verde

Luiz Junior afirma que há 3 cenários onde os testes rápidos podem ser realizados. “O paciente que tenha sintomas há 8 dias, ele pode fazer o teste que aumenta extremamente a possibilidade de dar um resultado do que se espera. Outro cenário são os pacientes afastados do trabalho por suspeita. Aquele que apresentou febre, tosse e coriza foi afastado previamente do trabalho e tem que ficar 8 dias afastado, mais 3 dias sem sintomas, esse paciente só pode fazer o teste no 10º dia do primeiro sintoma. E temos o terceiro caso: o cidadão que tem quase certeza que entrou em contato com paciente contaminado e precisa fazer o seu teste para tirar a sua dúvida. Na anamnese o farmacêutico vai fazer essa linha de corte em 20 dias”, destaca.

O presidente explica ainda que a margem de erro alta dos testes rápidos pode ser considerada uma pseudoverdade. 

“Em relação aos testes rápidos, essa margem de 70% de erro é uma pseudoverdade, pois ela não é de responsabilidade diretamente dos testes, ela é uma responsabilidade da anamnese do profissional farmacêutico. A contagem de dia precisa ser clara e verdadeira. O paciente na ansiedade pode pular informação, o que não será bom para ele, pois o teste não dirá o que realmente ele tem. Fazendo a anamnese correta, o corte temporal é quem vai dizer quando o paciente precisará voltar. Aí você terá um teste perto de 90% da exatidão”, afirma.

Teste deve ser feito em sala isolada

Para ser realizado nas farmácias, Luiz Junior explica que o local precisa ter uma sala isolada de atendimento com todos os protocolos de segurança do profissional como paciente.

“A drogaria deve ter uma sala isolada e o teste deve ser feito nesse local. A paramentação é mais exigida que em laboratório, como óculos de acrílico, máscara, jaleco, luvas e o avental descartável. Esse paciente vai ser devidamente orientado”, finalizou.

Hérlon Moraes
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Pesquisa estima 17.297 infectados em Teresina; 36 vezes a mais que os dados oficiais

O prefeito Firmino Filho (PSDB) divulgou os dados da 4ª etapa da Pesquisa de Investigação Sorológica para Covid-19 feita em Teresina entre os dias 8 a 10 de maio.

Nesta etapa a pesquisa estimou que há 17.297 casos confirmados de coronavírus em Teresina. O número é 36 vezes maior que os dados confirmados oficiais, que é de 435. Uma média de 300 testes foram realizados por dia.

A pesquisa mostrou, ainda, que houve uma redução no crescimento do número de casos estimados da Covid-19 na capital. Até a etapa 3 o percentual de variou entre 59% a  60%. Agora, o aumento foi de 38%. 

O prefeito Firmino Filho diz que ainda não é possível identificar o que teria causado a redução do crescimento, mas acredita que feriados e o uso de máscaras pela população, podem ter refletido na melhor do cenário.

No entanto, o prefeito alerta que os casos de coronavírus continuam se disseminando na cidade e que as medidas de isolamento devem continuar a serem cumpridas com rigor.

“Está existindo um crescimento. O crescimento continua acontecendo. O crescimento que nas duas primeiras semanas  foi de 62% agora foi para 38%. Cresceu menos, mas continua a crescer. O quadro ainda não está de estagnação. É necessário que a gente possa continuar tomando as precauções e medidas de isolamento”, disse o prefeito.

O prefeito também ressaltou que as testagens por amostragem são importantes para fazer um panorama mais seguro dos casos reais de coronavírus em Teresina, diminuindo os índices de subnotificação. 

“A testagem permitiu que pudéssemos ficar mais próximos dos números da realidade. A testagem é fundamental porque hoje estamos em quarentena porque não sabemos exatamente e quem são e onde estão esse positivados”, disse o prefeito. 

Firmino avisou que na próxima quinta-feira (14) irá apresentar dados sobre a situação dos leitos de UTI em Teresina e a capacidade de atendimento hospitalar. 

Índice de transmissão continua alto

Na videoconferência o prefeito descartou a possiblidade de afrouxar as medidas de isolamento social e de fazer reabertura econômica. Isso porque o R.0- número médio de contágios causados por cada pessoa infectada- continua alto.

Na etapa 3 o R0 (índice que me de a capacidade de um infectado contaminar outra pessoa) era 1,60. Na 4ª etapa ficou em 1,25.  “Não existe possibilidade de reabertura econômica com R.0 maior que 1. Nossa meta é fazer com que esse R.0 seja  o menor possível. O patamar de 1 é o grande desejo”, explicou Firmino Filho. 

Testagem 

Firmino Filho também falou da necessidade de ampliar o número de testagem para o isolamento (quarentena) direcionado para a população que realmente se manteve em contato com o vírus. 

“Não sabemos quem está infectado. Se todos os infectados ficassem em casa por 14 dias, a doença desapareceria”, disse. 

O prefeito criticou a política brasileira de testagem e o projeto da União de fornecimento de testes rápidos. Segundo Firmino, a União prometeu 46 milhões de testes, ainda sem repasses. 

A prefeitura de Teresina já fez 20 mil testes. Após a testagem em todos os servidores municipais na ativa o município pretende seguir com os trabalhadores informais, como mototaxistas, bombeiros de postos e feirantes em mercados. 

A pesquisa amostral vai continuar à nível de Teresina e deve ser sofisticada pela prefeitura. Atualmente o teste mede a presença do anticorpo no organismo do morador, fator que só surge a partir do 7° dia posterior ao contato com o vírus. A prefeitura quer utilizar uma outra modalidade de teste que consegue identificar o contato com o vírus em um período mais curto. 

Academias

Sobre o decreto do governo federal que autoriza a abertura de outros serviços como academias, Firmino citou o entendimento do Supremo Tribunal Federal de que cabe aos governos estaduais e às prefeituras a definição dos serviços autorizados. 

“No caso aqui em Teresina acabamos de mostrar que aqui em Teresina os casos crescem 38% por semana. Qualquer tipo de abrandamento do isolamento social seria irresponsabilidade.

Lockdown em Teresina

Firmino falou ainda que a prefeitura não descarta a possibilidade de lockdown na capital. 

“Se continuar a acontecer (aumento dos casos de infecção), a gente vai ter que tomar medidas mais drásticas, é aí que o lockdown aparece”, alertou. O prefeito disse que o município estuda medida feita em outros países, como a Turquia, que decretou lockdown durante alguns dias da semana. 

A possibilidade é do isolamento durante a semana e lockdown nos finais de semana. “Um ou dois dias de lockdown. Para que a gente possa ter um melhor desempenho (no isolamento social)”, disse. “Se essa taxa continuar se espalhando, daqui a duas semanas não vamos mais ter leitos de UTI”, afirmou.

Zonas com maior número de infectados

As zonas com maior número de infectados são a zona Sul (36%), Sudeste (23%), Norte (21%) e Leste (20%). A zona Leste continua sendo a que reúne o maior número de casos em proporção ao número de moradores, seguida pela zona Sul. A que possui menos casos em proporção ao número de habitantes é a zona Norte.

Faixa etária

A faixa etária entre 0 e 34 anos reúne 56% dos casos positivos na amostragem, com destaque para os jovens entre 15 e 24 anos. Pessoas com mais de 45 anos representam 28% dos casos positivados na pesquisa.

Sintomas e doenças pré-existentes

Os sintomas mais sentidos pelos pacientes positivados na amostra são dor de cabeça (64%), febre e dor no corpo (48% cada), coriza (43%), dor de garganta (36%). 

Das doenças pré-existentes entre os positivados na pesquisa, as mais registradas foram pressão alta (16%), obesidade (11%), diabetes (7%), gestante (4%) e problemas no coração, asma e AVC (cada um com 2%).


Izabella Pimentel e Valmir Macêdo
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Gestores rejeitam diretriz do Ministério da Saúde

Foto: José Dias/PR

 

Os conselhos de saúde dos Estados e municípios rejeitaram a nova diretriz do Ministério da Saúde sobre distanciamento social Pela proposta federal, os gestores regionais teriam de fazer um levantamento de uma série de dados - da capacidade dos leitos até o número de mortos. Com base nessas informações, haveria uma pontuação, que definiria qual seria a medida mais apropriada, que poderia ir de um isolamento parcial até o bloqueio total, o lockdown.

A diretriz, que foi rejeitada pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e pelo Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems), era a principal promessa do ministro Nelson Teich ao assumir a pasta.

Nesta segunda-feira, o ministro se disse surpreso com a rejeição Teich afirmou que, no fim de semana, tratou do assunto com representantes regionais e houve consenso de que as medidas seriam anunciadas para balizar e orientar cada gestor local a tomar suas decisões. "No sábado, quando a gente terminou a reunião, aparentemente havia um consenso. Fui surpreendido hoje (ontem), com algumas notas de jornal, mostrando que esse não era o cenário de hoje (ontem)", comentou. A decisão dos conselhos foi revelada pelo Estado.

Segundo gestores regionais ouvidos pela reportagem, o argumento mais forte para não dar apoio às regras federais é que seria inoportuno lançá-las em meio ao aumento de casos e mortes pela doença. O risco é causar dubiedade sobre a mensagem de isolamento social, ou seja, incentivar a população a sair de casa, disseram estes gestores. "Enquanto estivermos empilhando corpos, não tenho como discutir isso", disse o presidente do Conass, Alberto Beltrame.

O governo federal não tem poder de impor restrições ou flexibilizações a cidades e Estados. Sua missão é orientar medidas, mas quem decide o que efetivamente deve ser feito são governadores e prefeitos, que têm autonomia para isso.

Para a população, portanto, continuam a valer as orientações locais sobre medidas de prevenção e segurança.

Segundo Teich, "a argumentação que foi colocada hoje (ontem) foi diferente da que foi colocada para mim na semana passada", disse, em relação aos gestores dos conselhos. "Para mim foi uma surpresa enorme. No sábado, a discussão foi absolutamente técnica. O que me foi passado é que havia um consenso. Naquele momento, não tinha um posicionamento, um questionamento, alguma crítica, como a que a gente teve hoje (ontem) do Conass em relação ao modelo", declarou.

Sem consenso com os conselhos locais, a diretriz de Teich não pode ser publicada como portaria, como estava previsto. Outro reflexo é que também não ganha efeito prático para, por exemplo, exigir que secretários locais busquem os dados exigidos na diretriz recusada. Na prática, portanto, as regras se tornaram apenas uma recomendação vaga.

A nova regra que poderia balizar e unificar a forma como Estados e municípios fariam o isolamento social vinha sendo discutida em reuniões entre o Ministério da Saúde, o Conass e o Conasems. Representantes da Casa Civil e da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) também participavam das tratativas.

Os conselhos dos Estados e municípios, no entanto, decidiram não dar apoio à regra. A ideia de Teich era obter consenso para publicar uma resolução nacional sobre o tema. A proposta do ministro deveria, então, ser apresentada à imprensa ontem.

A chamada "matriz de risco" era carro-chefe da gestão Teich e promessa levada pelo médico a Jair Bolsonaro ao candidatar-se ao cargo de ministro da Saúde. Teich chegou a afirmar, em vídeo publicado nas redes sociais, em 20 de abril, que já estava em elaboração um "plano" para "revisão do distanciamento social" no País.

Inoportuno

Os Estados e municípios não seriam obrigados a seguir a regra, mas gestores locais ouvidos pela reportagem temem que as diretrizes virem arma para discurso contrário ao isolamento. Além de considerarem inoportuna a discussão, secretários afirmam que seria inviável levantar dados como os de número de servidores da saúde com sintomas de gripe, kits de equipamento de proteção individual (EPI) para cada um destes trabalhadores, entre outras informações que a nova diretriz exigia, pois esses dados mudam diariamente.

A proposta de Teich era que a pontuação, a partir das informações objetivas, servisse para orientar os gestores regionais. Adotar medidas, porém, não seria obrigatório. Mas secretários afirmam que apenas iniciar a discussão nacional sobre o tema já daria a entender que é possível flexibilizar o distanciamento social no País. "Gerar dubiedade na mensagem de isolamento social me parece um desserviço à saúde pública", disse Beltrame.

Para o presidente do Conass, Estados podem discutir individualmente flexibilizar quarentenas. Mas a discussão ainda não pode ser nacional.

O Rio Grande do Sul, por exemplo, começou ontem um plano de distanciamento controlado. O governo dividiu o Estado em 20 regiões, cada uma com uma bandeira - amarela, laranja, vermelha, preta -, que prevê graus diferentes de restrições e abertura da atividade econômica.

Para Beltrame, o plano é válido. "Desejo sucesso na sua implementação, com a ressalva da necessária cautela diante da proximidade do inverno no sul, ocasião de maior sazonalidade das síndromes respiratórias na região."

Fila única

Os 26 Estados e o Distrito Federal disseram ao Supremo Tribunal Federal ontem que são contrários ao pedido feito pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) para que o Sistema Único de Saúde (SUS) passe a controlar os leitos privados de UTI com objetivo de criar uma "fila única". Os governos estaduais viram o pedido como interferência indevida na autonomia.

O procurador-geral do Estado do Maranhão e presidente do Colégio Nacional dos Procuradores-gerais, Rodrigo Maia Rocha, disse que a manifestação não significa uma oposição à possibilidade de requisitar leitos da rede privada e isso já vem ocorrendo no seu Estado, por exemplo. "Já estamos fazendo isso. O que a ação pretendia era impor a requisição de leitos, o que entendemos ser inadequado, pois viola a autonomia", explicou. "Não somos contrários à requisição", reforçou.

A Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) tramita no Supremo desde o início de abril. O ministro Ricardo Lewandowski negou o pedido em 3 de abril, destacando que "não cabe ao Supremo Tribunal Federal substituir os administradores públicos dos distintos entes federados na tomada de medidas de competência privativa destes".

O partido recorreu dizendo que "uma decisão como essa não é opcional, mas sim um dever do poder Executivo, uma questão de precaução". A posição exposta pelo Colégio Nacional dos Procuradores-Gerais, que representa os Estados, diz que é necessário se observar a realidade de cada região.

"Enquanto Amazonas, Maranhão e Rio de Janeiro possuem situação crítica de ocupação de leitos de UTI (taxa acima de 90%), há Estados como Mato Grosso do Sul, Tocantins e Santa Catarina em patamar abaixo dos 20% de ocupação", lê-se no documento. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Por André Borges, Julia Lindner, Mateus Vargas e Marco Antônio Carvalho
Estadão Conteúdo

Ex-Botafogo e Palmeiras, Matheus Fernandes testa positivo para covid-19

Foto: Cesar Greco/Ag. Palmeiras/Arquivo/2019

O volante Matheus Fernandes, atualmente no Valladolid, da Espanha, testou positivo para o novo coronavírus. O jogador revelado pelo Botafogo e com passagem pelo Palmeiras é um dos três atletas do time que estão contaminados. O brasileiro de 21 anos está assintomático e em isolamento em casa enquanto aguarda a realização de um outro exame.

Após passar por testes sorológicos obrigatórios pela organização do Campeonato Espanhol, Matheus Fernandes voltou para casa e não tem participado dos treinos da equipe. A tendência é o volante cumprir a quarentena de duas semanas antes de poder ser reintegrado à equipe. O Valladolid está na 15ª posição da liga local e tem como dono o ex-atacante brasileiro Ronaldo.

O caso positivo de covid-19 de Matheus Fernandes vem em um momento em que o jogador se preparava para estrear pela equipe. O volante deixou o Palmeiras rumo ao Barcelona em janeiro, mas assim que desembarcou na Espanha, foi repassado ao Valladolid para um empréstimo válido por seis meses. O Barcelona tomou essa decisão para dar mais experiência ao reforço e para não estourar a cota de atletas estrangeiros.

Como está assintomático, Matheus Fernandes está em casa apenas como medida de precaução e está sob observação contínua dos médicos do clube. O clube não divulgou quando vai realizar no volante o novo exame de acompanhamento do coronavírus.

Por Ciro Campos
Estadão Conteúdo

Por coronavírus, Fifa decide adiar Copa do Mundo de Futsal para 2021

A Fifa anunciou, na manhã desta terça (12), em seu site oficial, que adiou a próxima edição da Copa do Mundo de Futsal para 2021.

A decisão se deu por conta da pandemia do novo coronavírus. Originalmente, o torneio estava marcado para acontecer entre os dias 12 de setembro e 4 de outubro deste ano, na Lituânia.

Com a pandemia, o órgão determinou que o mundial comece também em um 12 de setembro, mas de 2021. O término deve acontecer no dia 3 de outubro do ano que vem.

O Brasil, pentacampeão e o maior vencedor da competição, estará presente na próxima edição do torneio.

Além da Copa do Mundo, a Fifa adiou também as edições da Copa do Mundo Feminina Sub-20 e Sub-17. A primeira competição foi remarcada para ter início no dia 20 de janeiro de 2021, e a segunda começará no dia 17 de fevereiro do mesmo ano.

O 70° congresso da Fifa também sofreu mudanças. Ele estava previsto para ocorrer na Etiópia daqui a três meses -o evento teve a data mantida, mas será realizado virtualmente.

Fonte: UOL/FOLHAPRESS

 

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