Cidadeverde.com

Lionel Messi doa mais de R$ 3 milhões para campanha contra covid-19 na Argentina

Foto: Alex Ferro/CA2019

 

O craque argentino Lionel Messi, do Barcelona, anunciou nesta segunda-feira uma doação, através da Fundação Leo Messi, de 500 mil euros (R$ 3,15 milhões) para hospitais em seu país natal para a compra de "suprimentos de proteção para profissionais de saúde" para "lidar com a pandemia de coronavírus", conforme relatado pela Fundação Garrahan, responsável pela campanha "Juntos pela Saúde Argentina".

O meia-atacante e capitão do Barcelona é mais um atleta a se juntar ao projeto para arrecadação de dinheiro para o combate ao novo coronavírus (covid-19). "Somos muito gratos por esse reconhecimento do nosso trabalho, permitindo-nos continuar nosso compromisso com a saúde pública argentina", disse Silvia Kassab, diretora executiva da Fundación Garrahan, em um comunicado oficial.

A doação que Messi fez por meio de sua fundação teve como objetivo "a compra de suprimentos de proteção para profissionais de saúde e equipamentos para enfrentar a pandemia".

Com o dinheiro, foram comprados e entregues respiradores de transferência, monitores multiparamétricos, bombas de infusão e computadores para hospitais na província de Santa Fé, na província de Buenos Aires e na cidade autônoma de Buenos Aires.

"Por sua vez, a aquisição de outros insumos que já foram importados e devem ser recebidos em breve: cinco equipamentos de ventilação de alta frequência e elementos de proteção para profissionais", afirmou a Fundação Garrahan.

Messi já havia feito outras doações importantes para hospitais argentinos nos últimos meses. A nível global, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 282 mil mortos e infectou mais de 4,1 milhões de pessoas em 195 países e territórios. Mais de 1,3 milhões de doentes foram considerados curados.

Fonte: Estadão Conteúdo

SAMU pulveriza vestimentas dos socorristas para evitar contaminação pelo Coronavírus

Foto: Ascom/FMS

A partir de agora, os socorristas do SAMU de Teresina serão submetidos a processo de pulverização de toda a sua vestimenta especial, o que inativa o Coronavírus em até um minuto. A ação é realizada antes da retirada dos equipamentos de proteção individual (EPIs) utilizados durante atendimentos a pacientes com Covid-19. Com a inciativa, a Prefeitura de Teresina visa diminuir o risco de contaminação dos servidores.

“O SAMU disponibiliza os EPIs necessários para que os profissionais façam os atendimentos. Mas um dos principais riscos de contaminação dos servidores é na desparamentação, que é a hora da retirada desses EPIs. Eles podem levar as mãos contaminadas aos olhos, boca e nariz e se infectarem. Por isso, temos realizado cursos periódicos sobre o tema e agora estamos com essa ação inovadora de pulverização”, explica a diretora geral do órgão, Francina Amorim.

A operação de desinfetar os EPIs dos servidores é feita com bombas de pulverização. “O produto borrifado foi adquirido pelo SAMU, é biodegradável, não-tóxico e utilizado para combater infecções causadas por microrganismos multirresistentes. Isso é mais uma ação estratégica para conter esse vírus que tem potencial letal, contribuindo com a proteção dos profissionais”, ressalta a diretora de Enfermagem do órgão, Eronice Morais.

O SAMU é um programa do Governo Federal, administrado pela Fundação Municipal de Saúde (FMS) e que presta atendimento em casos de urgência clínica, traumática, obstétrica e psiquiátrica. Atualmente, são 12 ambulâncias que ficam estrategicamente distribuídas na cidade, sendo 9 de suporte básico e 3 de suporte avançado, além de quatro motolâncias. Para acionar o serviço, basta a população ligar para o número gratuito 192.

Da Redação
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Acidentes: HUT tem pior semana desde o início do decreto de isolamento

Foto: Roberta Aline

Nesta segunda (11), o novo levantamento do Hospital de Urgência de Teresina (HUT) apontou que a "unidade de saúde registrou o maior número de atendimentos a vítimas de acidentes de trânsito desde a implantação do decreto municipal que estabelece medidas restritivas".

Entre os dias 4 e 10 de maio, o número de acidentados foi de 162 vítimas, sendo 153 delas envolvidas com motocicletas. Já entre os dias 27 de abril a 3 de maio deste ano foram registrados 141 atendimentos a pessoas que sofreram acidentes.

"A variação de 15% está relacionada ao descumprimento do distanciamento social, que atingiu seu menor índice na última quarta-feira (6)", disse o HUT.  

Segundo " o sistema de georreferenciamento da startup InLoco, que atua em parceria com a Prefeitura de Teresina e monitora a localização de smartphones na cidade, Teresina apresentou, na semana passada, o pior índice de isolamento até agora, com apenas 39%, bem abaixo do mínimo estimado pelas autoridades de saúde para diminuir o contágio", lembra o HUT. 

Maio Amarelo

O Movimento Maio Amarelo acontece todos os anos para: chamar a atenção da sociedade para o alto índice de mortes e feridos no trânsito no mundo.  HUT destaca "os números estão sendo vistos com preocupação pela direção geral do HUT".

 “Estamos em um mês que pede  uma maior conscientização das pessoas sobre segurança no trânsito. Vivemos em um momento de pandemia que é importante ter leitos para atender pacientes com Covid-19 e, por isso, é tão importante manter a população em casa para evitar o aumento de acidentes”, avalia o diretor geral do HUT, Rodrigo Martins.
 

Da Redação
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Governador vai decretar lockdown quando ocupação de leitos de UTI chegar a 50%

Foto: Reprodução Youtube Governo do Piauí

O governador Wellington Dias (PT) afirmou nesta segunda-feira (11) que o Piauí irá decretar lockdown nas cidades com maior número de infectados se o estado ultrapassar a metade dos leitos de UTI com pacientes por Covid-19. Tem crescido a demanda por leitos de terapia intensiva e de estabilização no estado. Atualmente a taxa de ocupação de leitos com respiradores chega a aproximadamente 42,9%. 

De acordo com os dados divulgados nesse domingo (10) pela Secretaria Estadual de Saúde. Quase a metade (46,7%) dos leitos de UTI do estado, que contam com respiradores, já estão ocupados. A média de ocupação entre os leitos de UTI e de estabilização, ambos com respiradores, é de 42,9%. O Piauí possui cerca de 900 leitos, incluindo os pertencentes à iniciativa privada e filantrópica.

Segundo o governador, no dia 6 de abril eram 30 pessoas internadas em leitos de UTI por infecção com o novo coronavírus. Até este domingo (10), o número chegava a 98 internados. Ao todo já são cerca de 200 pessoas internadas no Piauí por Covid-19, incluindo leitos clínicos. 

A possibilidade de lockdown no estado já foi debatida em reunião do comitê de enfrentamento a Covid-19 no estado que apontou a medida caso a ocupação de leitos intensivos aumente. “Se no Piauí o número de leitos disponível tiver uma ocupação acima de 50% nós vamos estar tratando de lockdown em alguns lugares que foram responsáveis pelo aumento dos casos”, afirmou Wellington.

Os municípios em que a situação é mais grave provavelmente vão ter que ter “uma posição mais dura”, segundo o governador.


A live inicia a partir de 1h09min do vídeo.

12 regiões mais críticas

Wellington Dias citou 12 regiões do estado em que um número expressivo de novos casos é detectado e são considerados “pontos críticos” da doença no Piauí. As regiões englobam cidades como Teresina, Parnaíba, Piracuruca, Esperantina, Luzilândia, Campo Maior, Água Branca, Floriano, Valença, Picos, Canto do Buriti e São Raimundo Nonato.

O Comitê que deverá decretar lockdown no estado envolve setores dos três poderes, universidades, representantes de empresários e de trabalhadores. “Esse comitê é quem tomará a decisão”, disse Wellington.


Mapa atualizado dia 11/05/2020. Fonte: Sesapi

Estimativa de infectados quadruplica em uma semana

O crescimento da necessidade de leitos de UTI no Piauí é reforçado pela segunda etapa da amostragem realizada em 14 cidades piauienses. O estudo apontou um crescimento significativo da previsão de casos de infectados no estado. Na primeira etapa da amostragem, a estimativa era de 3.800 infectados. Na segunda etapa, uma semana depois, a projeção é de 17.148 pessoas infectadas pelo coronavírus em todo o Piauí. O aumento equivale a quase o quádruplo do registrado na semana a anterior.

 

Valmir Macêdo
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Deputados aprovam antecipação do feriado do Dia do Piauí para 15 de maio

Foto: Alepi

Foi aprovada, na sessão virtual realizada na manhã desta segunda-feira (11), pela Assembleia Legislativa, a Mensagem do Executivo que antecipa para sexta-feira (15), o feriado do Dia do Piauí, comemorado anualmente no dia 19 de outubro e este ano em uma segunda. A medida é em razão da grave crise sanitária provocada pelo novo coronavírus.

Antes da votação no Plenário virtual, a antecipação foi aprovada nas comissões de Constituição e Justiça (CCJ) e de Administração Pública e Política Social da Assembleia.

Na justificativa da proposta, o governador Wellington Dias argumenta que a medida serve de estímulo ao isolamento social. “O objetivo é garantir a facilitação do isolamento social. É uma data simbólica e especial, mas peço a compreensão de todos, pois nesse momento a vida está acima de tudo e, pela vida, neste ano vamos comemorar o Dia do Piauí em maio dentro de casa”, justifica o governador na Mensagem.

O projeto de lei determina ainda aos órgãos e entidades da administração pública estadual, envolvidos direta ou indiretamente no combate à Covid-19, que reforcem a campanha #FicaEmCasa, que visa à conscientização sobre a importância do isolamento social.

Da Redação
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Piauí tem 10 cidades mais vulneráveis a contágios da covid-19, diz estudo da Sudene

Estudo realizado pela Sudene (Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste) aponta que 10 municípios do Piauí estão mais vulneráveis, segundo indicadores de proximidades a focos de contágios da covid-19. (veja lista a baixo) 

A pesquisa leva em conta quatro dimensões de vulnerabilidade: fator social, grupos de risco, acesso a equipamentos de saúde e proximidade a focos de contágios.

Veja pesquisa aqui

Municípios piauienses estão na lista geral dos dez que menos têm acesso a equipamentos de saúde dentre os 1.974.

"Os resultados do estudo podem ser úteis para auxiliar na distribuição de recursos e testagem do covid-19. É também um alerta a respeito da concentração dos serviços de saúde mais complexos nas capitais. É fato que houve propagação interiorizada do coronavírus, o que pode pressionar o sistema de saúde das capitais, uma vez que as cidades intermediárias do interior do Nordeste normalmente só oferecem serviços de baixa e média complexidade”, diz Robson Brandão, coordenador-geral de Estudos, Pesquisas, Tecnologia e Inovação da Sudene. 

O estudo foi feito em parceria com o engenheiro Rodolfo Benevenuto, PhD pela Trinity College Dublin. Intitulado “Análise multicritério da vulnerabilidade a pandemia de COVID-19 na região Nordeste do Brasil”. 

Os autores destacam que “os resultados apontam forte tendência de vulnerabilidade multidimensional em quatro agrupamentos territoriais de larga extensão ao redor dos arranjos de Fortaleza (CE), Mossoró (RN), Recife (PE), João Pessoa (PB), Juazeiro (BA), Petrolina (PE) e São Luís (MA)”. O trabalho chama a atenção para um cenário onde estados como Ceará e Pernambuco já estão na iminência de apresentar ocupação máxima dos leitos hospitalares dedicados ao coronavírus e ao fato de estudos apontarem que as regiões Norte e Nordeste correm um risco de serem mais impactadas pelo surto por terem uma população mais vulnerável.

Outro aspecto levado em consideração é que além dos impactos na saúde pública, também são esperados efeitos negativos relacionados à vulnerabilidade social. O estudo cita que o Banco Mundial estima que o impacto econômico da pandemia de Covid-19 pode resultar em mais de 2,7 milhões de pessoas voltando a viver abaixo da linha de pobreza apenas na América Latina e no Caribe.

Os autores ressaltam que as políticas de enfrentamento ao Covid-19 devem considerar a larga amplitude da vulnerabilidade social no Nordeste, pois os índices de extrema pobreza vêm crescendo nos últimos 4 anos e a maior parte dessa população de baixa renda encontra-se na Região, de acordo com o IBGE. Robson Brandão e Rodolfo Benevenuto ressaltam, ainda, que estudos epidemiológicos baseados na experiência de disseminação de outros tipos de vírus no Brasil (Aids, Dengue e Zika) revelam que fatores relacionados à vulnerabilidade social (renda, saneamento básico, escolaridade) são fortes determinantes na velocidade de propagação do vírus. Segundo a publicação, “os municípios apontados como prioritários nessa dimensão de vulnerabilidade requerem não apenas políticas públicas de cunho social, mas também de políticas sanitárias que visem conter a velocidade de alastramento do novo coronavírus.

As pesquisas revelam que a busca por atendimentos de alta complexidade por pessoas que moram em cidades do interior demanda viagens que levam, em média, 155 km, e a demanda por esses serviços de saúde nas capitais será crescente e com potencial de colapsar o sistema de saúde. O estudo aponta que “o incremento de equipamentos de saúde em municípios classificados como centro de regiões intermediárias poderia aliviar a demanda concentrada nas capitais estaduais”.

Com relação aos municípios de influência regional, como Caruaru (PE), Sobral (CE), Petrolina (PE), Juazeiro (BA), Itabuna(BA), Feira de Santana (BA), Campina Grande(PB) e Mossoró (RN), ficou constatado que eles apresentam maior vulnerabilidade multidimensional que as capitais de seus respectivos estados, evidenciando “um iminente risco de sobrecarga nos equipamentos de saúde de tais municípios, tendo em vista a demanda adicional oriunda de municípios do entorno com menos acesso a equipamentos de saúde”.


Dez municípios mais vulnerários a foco de contágios:

Teresina
Matias Olímpio
Madeiro
Campo Largo do Piauí
Piracuruca
Miguel Alves
Porto
Luzilândia
São João do Divino
Joca Marques

Cidades mais vulneráveis devido a escassez de equipamento de saúde:

Barreiras do Piauí
Dom Inocêncio
Coronel José Dias
Currais
Buriti dos Montes
Baixa Grande do Ribeiro
Riacho Frio
Gilbués
Capitão Gervásio Oliveira

Flash Yala Sena (Com informações da Sedene)
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Firmino Filho admite lockdown nos finais de semana e rodízio de veículos

O prefeito Firmino Filho revelou que vai tomar medidas drásticas se o teresinense continuar "quebrando" a quarentena. Com o índice de isolamento abaixo do satisfatório, o prefeito  ameaçou, nesta segunda-feira (11), preparar um decreto para fazer rodízio de veículos no Centro de Teresina. Na semana passada o Cidadeverde.com mostrou que o fluxo de carros e pessoas na região central da cidade continua intenso, como se não houvesse pandemia. 

Esta semana será crucial para o prefeito decidir se adota ou não o sistema de rodízio. O prefeito vai analisar se a movimentação no Centro continuará intensa.

"Existe já em estudo um decreto para nós possamos reduzir a circulação no  centro da cidade porque o centro é irradiador do vírus para  outras regiões. A pesquisa passada mostrava que a única região que não chegou ainda muito vírus foi na zona Norte. E, se esse processo de comparecimento ao centro, de ida  de veículo ao centro,  pessoas continuarem indo ao centro por vezes para serviço essencial, por vezes não. Esse processo precisa ser diminuído. Se não houver  esta semana uma diminuição significativa  , se não houvee aumento de respeito ao decreto de isolamento vamos ter que tomar decisões mais drásticas, como é a questão do rodízio", disse o prefeito.

Firmino também declarou que deve adotar  "lockdown" parcial em Teresina se as medidas de isolamento social continuarem sendo desrespeitadas. O lockdown é a medida mais drástica que obriga as pessoas de setores não essenciais a ficarem em casa.   

Foto: Roberta Aline

"Estamos estudando um lockdown que  seria parcial, funcionando final de semana, o que aconteceu na Turquia. Na Turquia adota quarentena durante a  semana e no fim de semana é fechado tudo. Na Turquia  teve bons resultados. Isso está sendo estudando, em caso de deterioração do quadro podemos adotar medidas drásticas como essa", anunciou o prefeito.

Firmino admitiu que as medidas são antipopulistas, mas necessárias para "salvar vidas". O prefeito faz um apelo para que as pessoas respeitem os decretos de isolamento. 

"A gente não quer adotar. Essas medidas são impopulares, antipáticas mas nesse momento elas podem ser necessárias para que possamos salvar vidas. Infelizmente com a duração da quarentena muitas pessoas se acostumaram com ameaça, com medo e estão de forma, às vezes até desrespeitosa ,quebrando o isolamento. Isso pode significar muito  sofrimento, muita dor, e muitos óbitos em Teresina", disse. 

Prefeito critica postura de empresários sobre testagens 

O prefeito criticou a classe empresarial que, segundo ele, tem se mostrado contrária ao decreto que determina a obrigatoriedade aos estabelecimentos comerciais, industriais, de prestação de serviços, órgãos e instituições públicas da realização de testes de diagnóstico para a Covid-19 nos trabalhadores da iniciativa privada e nos servidores empregados do serviço público. Veja aqui o decreto.

"Diante das perdas que têm existido esse custo com as testagens é um - Delta X - próximo de zero. Basta fazer as contas. Estamos com esse decreto chamando a classe empresarial para dar a sua contribuição. Isso é necessário para que nós possamos voltar mais rápido. A imensa maioria dos empresários deseja o retorno da economia, mas todos são contra essa testagem. Essa testagem agiliza o retorno para esse novo normal que todos nós queremos. É contraditório esses empresários que querem a abertura, mas não querem pagar qualquer tipo de conta para que essa abertura aconteça. Esse é um momento atípico. É a maior crise da nossa história", disse o gestor.

Segundo Firmino, 170 mil trabalhadores devem ser beneficiados. "Se você coloca do outro lado o poder público e do outro lado o poder privado fazendo testes, nós vamos ter uma quantidade suficiente para chegar a reduzir de forma significativa a expansão do vírus em Teresina. Cerca de 170 mil trabalhadores vão ser beneficiados por este decreto. Se trabalharmos 400 mil pessoas pelo poder público e 170 mil do poder privado teremos a oportunidade de retornar mais rápido", finalizou.

Veja o que diz o decreto:

I - é obrigatória a realização de teste de diagnóstico para o SARS- -CoV-2 (Covid-19), nos servidores/empregados públicos, por todos os órgãos e instituições públicas;

II - é obrigatória a realização de teste de diagnóstico para o SARS- -CoV-2 (Covid-19), nos trabalhadores da iniciativa privada, por todos os estabelecimentos comerciais, industriais, de prestação de serviços, da seguinte forma:

a) a partir de 31 (trinta e um) trabalhadores: realizar o teste em todos os trabalhadores;
b)abaixo de 31 (trinta e um) trabalhadores: é recomendável a realização do teste em todos os trabalhadores;
c) na prestação de serviços na área de saúde: realizar o teste em todos os trabalhadores.

Não se enquadram, na obrigatoriedade deste Decreto, os trabalhadores da iniciativa privada e os servidores/empregados do serviço público que estejam desempenhando funções nas suas residências ou no sistema de teletrabalho.

Izabella Pimentel
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32 milhões de trabalhadores podem ficar sem renda e sem direito ao auxílio emergencial, diz estudo

Foto: Roberta Aline/ Cidadeverde.com

 

Os limites impostos pela lei que criou o auxílio emergencial de R$ 600 para trabalhadores afetados pela crise do novo coronavírus e a centralização da execução do programa impedem o acesso de milhões de pessoas ao benefício, segundo um grupo de pesquisadores ligado à Universidade de São Paulo.

Eles calculam que 32 milhões de trabalhadores ameaçados de perder emprego e renda com a paralisia da atividade econômica não terão como receber o dinheiro, porque têm vínculo formal com o trabalho, ou por causa das restrições da lei, que limita os pagamentos a dois beneficiários por domicílio.

De acordo com o grupo, que analisou dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) sobre a composição da força de trabalho, 26 milhões de pessoas vulneráveis diante da crise tiveram no passado renda anual superior ao limite para enquadramento no programa, de R$ 28,5 mil em 2018.

Apesar do vínculo formal, esses trabalhadores também não poderão contar com o seguro desemprego se forem demitidos, porque não se enquadram nas regras do programa -é preciso ter pelo menos 12 meses de trabalho com carteira assinada num período de 18 meses para pedir o seguro na primeira vez.

Outros 6 milhões de trabalhadores não conseguirão acesso ao auxílio emergencial se forem atingidos pela crise por causa do limite de beneficiários por domicílio, dizem os pesquisadores. Eles preveem que esse número aumentará com o avanço da Covid-19 e a piora da economia nos próximos meses.

Parte de uma rede multidisciplinar articulada com o objetivo de estudar o impacto das políticas de combate à Covid-19 no país, o grupo aponta a centralização da execução do programa na Caixa Econômica Federal como um entrave que tem impedido o acesso de muitos trabalhadores ao auxílio.

Trabalhadores que não faziam parte do Cadastro Único dos programas sociais do governo antes da pandemia devem solicitar o auxílio por meio de um aplicativo de telefone celular desenvolvido pela Caixa, mas muitas pessoas encontraram dificuldades para usar a tecnologia e não conseguiram o dinheiro.

Segundo um relatório publicado na semana passada pela Instituição Fiscal Independente (IFI), órgão do Senado, 20 milhões de trabalhadores que se cadastraram no aplicativo conseguiram receber o auxílio, de um total de 50 milhões que não estavam inscritos no Cadastro Único e buscaram o benefício.

Os pesquisadores ligados à USP calculam que 7,4 milhões de trabalhadores em condições de receber o dinheiro, mas que precisam se cadastrar no aplicativo da Caixa, não têm acesso à internet. Mesmo quem tem acesso à rede encontra dificuldades para lidar com a tecnologia adotada pelo governo.

Dados preliminares de uma pesquisa iniciada pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil antes da epidemia mostram que 64 milhões de usuários da rede com renda dentro dos limites do programa não têm o hábito de usar o celular para transações financeiras, e muitos não sabem baixar aplicativos.

"A centralização do programa na Caixa e a opção pelo aplicativo ainda não permitiram atender com a velocidade necessária muita gente que precisa do auxílio", diz a cientista política Hellen Guicheney, do Centro de Estudos da Metrópole da USP e do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap).

Na avaliação do grupo, as filas e as aglomerações ocorridas nas agências da Caixa nas últimas semanas poderiam ter sido evitadas se o governo tivesse se articulado com governadores e prefeitos para localizar os trabalhadores mais vulneráveis diante da epidemia e fazer o dinheiro chegar a eles rapidamente.

O Sistema Único de Assistência Social (SUAS), que reúne 110 mil assistentes sociais, psicólogos, advogados e outros profissionais que atuam em praticamente todos os municípios do país poderia ter colaborado para uma implementação mais eficiente do programa, na avaliação dos pesquisadores.

"A centralização na Caixa e o aplicativo deram agilidade à distribuição do dinheiro no início, mas a experiência e a capilaridade dessa rede nos municípios permitiria alcançar muitas pessoas que precisam do auxílio e ainda não tiveram acesso ao programa do governo", afirma Guicheney.

Para o grupo, o governo preferiu manter controle sobre a concessão do benefício para evitar dificuldades que teria ao tentar coordenar outros atores -e para não ter que dividir com governadores e prefeitos os benefícios políticos que o presidente Jair Bolsonaro poderá colher com a distribuição do auxílio.

O grupo responsável pelo estudo faz parte da Rede de Pesquisa Solidária, que reúne pesquisadores da USP e outras instituições públicas e privadas.

26 MILHÕES
correm risco de perder emprego e renda na crise, mas sua renda em 2018 foi superior ao limite fixado para concessão do auxílio

6 MILHÕES
pertencem a grupos vulneráveis, mas não conseguirão o dinheiro porque o programa restringe os pagamentos a duas pessoas por domicílio

7,4 MILHÕES
de trabalhadores em condições de receber o auxílio emergencial precisam se cadastrar no aplicativo da Caixa, mas não têm acesso à internet

RICARDO BALTHAZAR
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) 

CNI reduz previsão para PIB em 2020 de +2,5% para -4,2%

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) espera um recuo de 4,2% na atividade econômica brasileira em 2020, podendo chegar a 7,3% no pior dos cenários. Com o avanço da pandemia do novo coronavírus, a entidade reviu nesta segunda-feira (11) sua última projeção, do fim do ano passado, que era de crescimento de 2,5% neste ano. Diante das incertezas, a confederação traçou três cenários. Enquanto no base, considerado o mais provável, a retração fica nos 4,2%, no pessimista, a economia encolhe 7,3%. Já no cenário otimista e menos provável, o PIB cai 0,9% em 2020. Os dados são do Informe Conjuntural da entidade, publicado nesta segunda.

"O grau de sucesso das medidas econômicas, para reduzir os impactos da crise provocada pelo coronavírus, e a extensão da quarentena serão determinantes para o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano", afirma a CNI.

A avaliação é que a queda de 4,2% ocorrerá se as políticas de auxílio econômico forem suficientes para impedir o fechamento de empresas e a queda na renda. Neste cenário, o isolamento social começaria a ser flexibilizado ainda em maio.

No cenário base, o recuo do PIB industrial chega a 3,9%. A previsão anterior era de alta de 2,8%. Já na previsão mais pessimista, a queda será de 7%. Na mais otimista, retração de 1,8%.

Inflação e juros

A CNI prevê queda da inflação e nova redução na taxa básica de juros. De acordo com o Informe Conjuntural, a expectativa é que o IPCA feche o ano em 1,97%, no chamado cenário base, considerado o mais provável. No cenário pessimista, o indicador fecha o ano em 0,80% e, no otimista, 2,90%. No fim do ano passado, a entidade projetava inflação em 3,70% em 2020.

Com isso, a expectativa da confederação é de que haja nova redução na taxa Selic, chegando a 2,50% no fim do ano tanto no cenário base, quanto no otimista. Na pior das hipóteses, esse número poderá chegar a 2,25%. No fim do ano passado, a expectativa era de Selic em 4,5% em 2020.

Houve piora também na previsão para a taxa de desemprego, que passou de estimativa de 11,3% para 12,5%, podendo chegar a 13,5% no pior cenário.

Para o câmbio, a projeção da entidade para a média do ano passou de R$ 4,05 para R$ 4,68.

Por Lorenna Rodrigues
Estadão Conteúdo

Produtos oficiais de Tóquio-2020 encalham nas prateleiras por conta da covid-19

Foto: CADU ROLIM/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO

 

Os efeitos da pandemia do novo coronavírus, que já provocaram o adiamento dos Jogos Olímpicos deste ano para 2021, estão causando prejuízos para o Comitê Organizador com relação aos produtos oficiais. De mascotes de pelúcia a canecas, a lista é longa de souvenirs ligados à Olimpíada que estão encalhadas nas prateleiras das dezenas de lojas oficiais espelhadas pelo Japão.

De acordo com os organizadores, a preocupação pela baixa procura é grande, já que a expectativa é arrecadar US$ 100 milhões (mais de R$ 570 milhões) com a venda de cerca de 5.500 produtos licenciados. A loja online de Tóquio-2020 continua funcionando sem qualquer problema, mas sem grande demanda até agora.

Em março, com o crescimento do surto do novo coronavírus pelo mundo, especialmente na Europa, o Comitê Olímpico Internacional (COI), o governo japonês - comandado pelo primeiro ministro Shinzo Abe - e os Comitê Organizador de Tóquio-2020 decidiram adiar os Jogos para o mesmo período do ano em 2021 - de 23 de julho a 8 de agosto.

Apesar de os Jogos Olímpicos terem sido adiados para 2021, os produtos licenciados continuam com o slogan Tóquio-2020. A decisão do Comitê Organizador pela manutenção da marca evitou que toneladas de mercadorias fossem descartadas.

Há ainda o risco, por conta da pandemia da covid-19, de um novo adiamento ou até do cancelamento dos Jogos Olímpicos. Se isso ocorrer, alguns especialistas acreditam que os produtos licenciados podem ganhar maior valor. Neste caso, as mercadorias passariam a ser mais valorizadas por colecionadores.

"Se não houver Jogos Olímpicos de Tóquio em 2021, o valor das mercadorias já criadas para 2020 aumentará e aumentará ainda mais rapidamente se o produto existente for removido do varejo", disse David Carter, professor de negócios esportivos da Universidade South California, dos Estados Unidos.

Fonte: Estadão Conteúdo

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