Cidadeverde.com

Brasileiros estão entre os que menos ficaram em casa

Foto: Roberta Aline/Cidadeverde.com

País com mais casos de covid-19 em números absolutos na América Latina, o Brasil está atrás de quase toda a região nas medidas restritivas de mobilidade, segundo levantamento feito de forma colaborativa por jornalistas de veículos que participam da coalizão LatamCheck, que reúne checadores de fatos de toda a América Latina, Portugal e Espanha. O Estadão Verifica, unidade de "fact-checking" do Estadão, faz parte do grupo

Conforme o estudo, Brasília fez apenas recomendações de isolamento social, mas não decretou nenhuma medida obrigatória que implicasse em distanciamento ou fechamento de estabelecimentos de ensino ou locais públicos. No entanto, diz o levantamento, vários governos locais, como o da cidade de São Paulo, determinaram quarentena obrigatória e suspenderam aulas - em algumas regiões do País é crime circular sem justificativa.

De acordo com o estudo, os países com mais restrições são Panamá, Bolívia e Equador, enquanto os que adotaram políticas mais frouxas, além do Brasil, estão Nicarágua e México. Dos 19 países analisados, 10 determinaram quarentenas obrigatórias em todo o território. Em outros 3, houve obrigação de isolamento rigoroso somente nas regiões mais afetadas pela pandemia.

Hoje, toda a América Latina tem pelo menos 200 mil casos confirmados de coronavírus.

O levantamento mostra ainda que todos os países fecharam suas fronteiras, com exceção de México e Nicarágua, e suspenderam aulas presenciais - só a Nicarágua que as manteve.

Na Bolívia, no Equador, em El Salvador, em Honduras, no Paraguai, no Peru e na República Dominicana há toque de recolher e a população - exceto os trabalhadores de atividades essenciais - só pode sair em determinados horários para fazer compras ou outras atividades permitidas. Os países mais restritivos no toque de recolher são Bolívia (do meio-dia às 19 horas) e Equador (das 14 horas às 5 horas).

A Nicarágua foi o país com as medidas mais relaxadas em relação à pandemia. O governo não decretou quarentena, toque de recolher e as aulas e as competições esportivas foram mantidas. Por outro lado, o Panamá tem uma das políticas mais radicais do continente, com toque de recolher e saída autorizada por gênero.

 

Fonte: Estadão Conteúdo
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

Corrida por vacina tem 100 candidatas, 8 mais adiantadas

Foto: Roberta Aline/ Cidadeverde.com

Com cerca de 4 milhões de casos confirmados de infecção pelo novo coronavírus no mundo e mais de 276 mil mortos, a corrida para o desenvolvimento de uma vacina tem se intensificado. Já são mais de cem candidatas sendo testadas em vários países, de acordo com o último balanço da Organização Mundial de Saúde (OMS). E oito delas entraram na etapa de ensaios clínicos - que envolvem humanos.

Tradicionalmente, vacinas levam em média dez anos para serem produzidas - a mais rápida foi a da caxumba, que demandou quatro anos (e isso foi nos anos 1960). Mas o desenvolvimento de novas tecnologias acelerou o processo, e a expectativa atual é que se tenha um produto no ano que vem. Na semana passada, o otimismo cresceu com o anúncio de resultados de uma vacina em desenvolvimento na Universidade de Oxford. Ela é uma das que está em teste clínico e se estimou que pode estar pronta até o fim deste ano.

Os cientistas do Instituto Jenner, em Oxford, estão alguns passos à frente na corrida por usarem como ponto de partida uma pesquisa anterior de vacina para outro coronavírus, o causador da Mers, doença respiratória da mesma família da covid-19 que atingiu especialmente o Oriente Médio a partir de 2012.

Logo que o Sars-CoV-2 surgiu na China, no fim do ano passado, os pesquisadores de Oxford aproveitaram a plataforma que eles tinham criado para a Mers para testá-la em macacos rhesus e os resultados foram muito promissores. Com uma dose da vacina, conseguiram imunizar 18 animais. O resultado foi publicado no dia 1º na Science Advances.

Para fazer esta vacina, usou-se como vetor um adenovírus (que causa resfriado comum) inativo, no qual se introduziu uma proteína do Mers-CoV, capaz de fazer o corpo produzir anticorpos contra o vírus. Agora, cientistas usaram a mesma plataforma, mas com uma proteína do Sars-CoV-2. Como eles já haviam provado anteriormente que ela era segura para humanos (a primeira etapa dos ensaios clínicos), foi possível saltar para a segunda etapa, de eficácia. Eles juntaram as duas fases em uma só e, agora, preveem começar testes em 6 mil pessoas até o fim do mês.

É como se o vírus "imitasse" o outro para induzir o sistema imune a reagir ao vírus verdadeiro quando há contaminação.

Estratégias

Vacinas clássicas usam uma versão atenuada do vírus que se quer combater para desencadear a resposta imunológica. Mas, na corrida para combater a covid-19, novas tecnologias estão em teste na expectativa de serem mais seguras e eficazes contra a pandemia.

Uma das estratégias é usar o RNA mensageiro (RNAm) do vírus, a molécula que "lê" as informações genéticas e comanda a produção de proteínas. Aqui vale a mesma premissa anterior - de que possa induzir o sistema imunológico a agir quando o próprio vírus resolver atacar. Duas das oito vacinas em fase clínica - da Moderna e da Pfizer - usam esse modelo.

Como não é necessário manipular diretamente o vírus - o que demanda o uso de laboratórios de alta segurança -, o trabalho fica mais rápido e fácil. O porém é que ainda não existe nenhuma vacina já em uso no mundo com essa formulação.

Algumas estratégias que já estão na etapa clínica, porém, ainda se baseiam em versões inativas do vírus (mais seguras que as atenuadas). É o caso da proposta da chinesa Sinovac, que também se mostrou efetiva em rhesus. Foram testadas duas doses. Animais vacinados com a mais alta, que tiveram o Sars-Cov-2 introduzido em seus pulmões, tiveram a melhor resposta e não desenvolveram a doença.

"As primeiras vacinas que ficarão prontas não necessariamente serão as melhores. Serão só as primeiras. Pode ser que elas só consigam conferir 30% de proteção. O que já ajuda a aumentar um pouco de imunidade e diminuir a circulação da doença", afirma a bióloga Natália Pasternak, do Instituto de Ciências Biomédicas da USP, que pretende entrar na corrida. "Mas ainda será necessário continuar pesquisando para chegar a melhor vacina possível, porque essa é uma doença que veio para ficar", diz.

"É importante testar várias estratégias porque ainda não sabemos quais vão funcionar e não podemos apostar as fichas em uma só", complementa o imunologista Ricardo Gazzinelli, que coordena uma linha de pesquisa no Brasil - parceria da Fiocruz com UFMG e Butantã -, que tenta fazer uma vacina contra o Sars-CoV-2 usando como vetor um influenza atenuado. "A vantagem é que esse é o vírus hoje usado nas vacinas contra o H1N1. Já foi testado em milhões de pessoas, então temos confiança de que é seguro", diz. "E temos fábricas já no Brasil que fabricam a vacina contra a influenza em grande quantidade. Poderiam fazer isso para o coronavírus se essa estratégia der certo", explica.

Essa é uma preocupação em todo o mundo. Mesmo antes de ter uma vacina pronta, empresas e governos já se antecipam para ter formas de produzir bilhões de doses para atender a população. A Moderna, por exemplo, já fez uma parceria com a Johnson & Johnson, e a farmacêutica AstraZeneca está trabalhando com os pesquisadores de Oxford.

Fonte: Estadão Conteúdo
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Apresentador chora ao descobrir que mãe venceu a Covid-19 no Dia das Mães

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Uma publicação compartilhada por Pedro Certezas (@pedrocertezas) em

 

Pedro Certezas, ator, apresentador e comentarista de esportes no SBT Rio, chorou ao descobrir que a sua mãe se recuperou da Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus.

"A minha mãe venceu a Covid-19", comemorou ele, nas redes sociais.

Segundo Certezas, a mãe teve complicações e ficou entubada durante alguns dias. Ele, no entanto, foi surpreendido com uma ligação da própria mãe -que é diabética e asmática- dando a notícia de que estava melhor e não conseguiu segurar a emoção, registrada em vídeo.

"Eu me senti sozinha. Muito. Muito. Sem energia. Mas agora está tudo bem", disse ela, na chamada.

Os dados mais recentes da SES (Secretaria Estadual de Saúde) do Rio de Janeiro apontam 1.653 mortes pelo novo coronavírus no estado, sendo 1.092 óbitos só na capital. Há ainda 831 óbitos em investigação pelo governo estadual, e 169 mortes tiveram causa por covid-19 descartada.

O Rio de Janeiro registrou, até a tarde de sábado (9), 16.929 casos confirmados da doença. Entre os diagnósticos, 10.732 pacientes se recuperaram da Covid-19.

 

Fonte: Folhapress

Médica é agredida dentro de hospital ao atender paciente com suspeita de Covid

Foto: reprodução facebook Leônidas Melo

Uma médica plantonista foi agredida a socos por um filho de um paciente que apresentava sintomas compatíveis com a Covid-19. O caso ocorreu neste fim de semana, no Hospital Regional Leônidas Melo, na cidade de Barras,  interior do Piauí. A profissional de saúde teve hematomas no braço e registrou boletim de ocorrência. 

Laianne Santos, diretora geral da unidade de saúde, explica que a agressão teve início porque o filho do paciente não aceitou o diagnóstico da médica. O idoso chegou ao hospital com falta de ar. 

 "Pela suspeita da doença, o idoso tinha que ficar em uma ala exclusiva para esses casos, mas o filho disse que não admitia que o pai ficasse sozinho. Então, ele falou que ia transferí-lo para um hospital particular e quando a médica foi tirar a cópia do prontuário, para liberar a saída do paciente, foi agredida a socos e insultada com palavras de baixo calão. A Polícia Militar foi acionada e encaminhou o agressor para a delegacia de Barras, onde foi registrado o boletim de ocorrência", conta a diretora geral do hospital. 

Neste domingo (10), a médica agredida foi submetida a exame de corpo de delito. Ela vai ficar afastada pelos próximos dias. 

"Essa é a terceira vez que médica e outros colaboradores são agredidos física ou verbalmente no exercício da função. Nosso repúdio enquanto gestão e estamos com ela que vai ficar afastada pelo menos por sete dias. Imagina o trauma psicológico que está sofrendo", pontua Santos. 

Ela acredita que as agressões não foram piores porque o esposo da médica estava no hospital e interveio na situação. Afastada há 70 dias de casa e da família, a diretora geral do hospital- que é fisioterapeuta- crê que a médica foi agredida por ser mulher. 

"Eu, como mulher, já passei por inúmeras situações. Infelizmente, alguns acreditam que somos sexo frágil e quando veem mulheres em cargos ou setores de maior importância, se acham no direito de usar a força física e verbal e não vamos admitir isso", disse Santos. 

"Enquanto profisssional, mulher e pessoa estou triste.  Há 70 dias estou em Barras sem ver meus pais, minha família. Vejo a dedicação de todos os profissionais, desde médicos, enfermeiros,  técnicos que também estão na linha de frente, se arriscando, e algumas pessoas de fora parecem não entender tudo o que a gente abdica por eles e para eles. Me coloco no lugar da nossa colega que trabalha conosco há quase quatro anos e sofreu essa agressão", acrescenta Laianne Santos. 

Após a agressão, uma campanha será desenvolvida nas redes sociais do hospital pedindo respeito. 

O caso foi comunicado também ao Conselho Regional de Medicina do Piauí (CRM-PI) que enviou nota de repúdio. 

"Atitudes dessa natureza são vigorosamente repudiadas por este Conselho Regional de Medicina que zela pela proteção e segurança dos profissionais médicos, estando atentos às suas necessidade e anseio. Nesse sentido, fica o alerta à direção dos estabelecimentos de saúde para que promovam todas as medidas indispensáveis a assegurar que os profissionais médicos possam exercer seu ofício sem pertubações desta e de outras ordens", informou trecho da nota assinada pela presidente do CRM-PI, Mírian Perpétua Palha Dias Parente. 

 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

NOTA DE REPÚDIO O CRM-PI vem a público REPUDIAR a situação causada por acompanhante de paciente no Hospital Regional Leônidas Melos, na cidade de Barras-PI. Por volta das 21h35, do dia 09.05.2020, a médica, Dra. Nereida Carla Veras e Silva, encontrava-se cumprindo seu plantão no referido hospital, quando um paciente, que estava dessaturando (queda do nível de oxigenação do sangue) em domicílio, foi admitido no hospital e encaminhado à área de atendimento aos pacientes com suspeita de COVID-19, já que estava dispneico (dificuldade de respirar). Não concordando com a conduta médica, o acompanhante (filho do paciente) questionou o motivo do encaminhamento, ao que a médica informou que se tratava do protocolo inicial quando os pacientes apresentam sintomas de dispneia, tosse, febre, sendo levados para avaliação nessa área específica do hospital. Ainda assim, o acompanhante irritou-se e queria levar o prontuário do paciente, tendo a médica orientado a solicitar uma cópia via protocolo, orientação confirmada pelo setor administrativo do hospital. Inconformado com a informação recebida, o acompanhante exigiu que a médica registrasse, na ficha do paciente, o diagnóstico de COVID-19, o que foi recusado pela Dra. Nereida, uma vez que o paciente estava em observação, não tinha o diagnóstico fechado via testes, seus sinais e sintomas estavam monitorizados e o teste para COVID-19 seria solicitado. Mesmo recebendo todas as explicações, o filho do paciente agrediu física e verbalmente a Dra. Nereida, desrespeitando-a durante o pleno exercício da profissão. Atitudes dessa natureza são vigorosamente repudiadas por este Conselho Regional de Medicina, que zela pela proteção e segurança dos profissionais médicos, estando atento às suas necessidades e anseios. Nesse sentido, fica o alerta à direção dos estabelecimentos de saúde para que promovam todas as medidas indispensáveis a assegurar que os profissionais médicos possam exercer seu ofício sem perturbações desta e de outras ordens. (Ver nota na íntegra no anexo)

Uma publicação compartilhada por CRM Piauí (@crmpiaui) em

 

O Cidadeverde.com tenta contato com o suspeito da agressão contra a médica. 

 

Graciane Sousa
[email protected]

Mãe curada da Covid-19 deixa maternidade e pega filha pela primeira vez no colo

Foto: Divulgação MDER


O Dia das Mães foi ainda mais emocionante para a piauiense Sandra Cruz. Neste domingo (10), ela deixou a  Maternidade Dona Evangelina Rosa (MDER) após tratamento contra a Covid-19 e, pela primeira vez, pegou a filha recém-nascida no colo. 

O bebê testou negativo para o novo coronavírus e veio de Palmeirais, localizado à 122 km de Teresina, para recepcionar a mãe que passou 18 dias em uma UTI materna exclusiva para caso da doença. 

Emocionada, Sandra Cruz não conteve as lágrimas ao pegar a filha no colo. 

“Eu não tenho palavras para agradecer a essa equipe que cuidou de mim com tanta dedicação”, agradeceu ao se despedir dos profissionais da maternidade.

Santa Cruz foi a primeira paciente da maternidade curada da Covid-19. Hoje, outra paciente, que não quis ser identificada, também recebeu alta médica e reencontrou o filho. Uma terceira mãe, também já curada, não recebeu alta, pois ainda faz uso de medicações.

A MDER é referência no Piauí em tratamento de alta complexidade e fez um plano para atendimento com segurança das gestantes durante a pandemia da Covid-19. 

 

Graciane Sousa
[email protected]

Com morte em Monsenhor Hipólito, 19 cidades no Piauí registram óbitos por coronavírus

Foto: Reprodução Facebook Súde Monsenhor Hipólito

A cidade de Monsenhor Hipólito, a 369 km de Teresina, registrou a primeira morte por Covid-19. A vítima era eletricista e proprietário de uma oficina de motos de 47 anos que estava internado no Hospital Regional de Picos. Ele não tinha nenhuma comorbidade. Com a morte registrada neste domingo (10), o número de municípios piauienses com mortos pelo novo coronavírus chega a 19, a maioria em Teresina. 

Em vídeo divulgado nas redes sociais, a secretária municipal de saúde Joyce Bezerra comunicou a morte e declarou que foram tomadas todas as medidas necessárias para o sepultamento sem velório, de acordo com orientação do Ministério da Saúde. Os familiares do eletricista estão isolados para a realização de testes, mas nenhum apresentou sintomas da doença. 

"A secretaria de Saúde vem há dois meses trabalhando no intuito de evitar o que, infelizmente, hoje uma família está passando: a dor de não poder velar o seu ente querido", disse a secretária de saúde. 

Os outros dois casos confirmados são de pessoas que trabalham como viajantes na compra e revenda de batons (conhecidos como batonzeiros), uma das principais atividades econômicas na cidade. O eletricista que morreu em decorrência da Covid-19 era vizinho de um dos viajantes e há a suspeita que ele tenha contraído o vírus em contato com moradores que têm viajado para outros estados.

"Continuamos nessa luta e mais uma vez venho reforçar e implorar a população, principalmente aos viajantes do nosso município, que por favor, fique em casa, fiquem de quarentena, cumpram todas as orientações dos nossos profissionais de saúde. Não é brincadeira. Infelizmente bateu à porta do nosso município e da forma mais dura que podia ocorrer com a perda de um conterrâneo querido", disse Bezerra. 

Secretária municipal de Saúde Joyce Bezzera

Ao Cidadeverde.com, a secretária explica ainda que existe um decreto municipal proibindo a atividade dos viajantes por 30 dias, mas falta consciência sobre a gravidade de contaminação e propagação da doença. 

"Temos seguido o decreto do governador  com previsão de multa para quem for flagrado descumprindo a quarentena. Até agora, ninguém foi multado porque as denúncias não têm provas e não conseguimos ainda um flagrante. Além disso, temos barreiras sanitárias nas duas entradas da cidade. Tudo o que podemos fazer, estamos fazendo, mas falta consciência", concluiu a secretária.

Denúncias sobre o descumprimento do isolamento social devem ser feitas através dos números (89) 9 8126 2805 (Vigilância Sanitária), (89) 9 8819 3606 (Polícia Militar). 

No estado já são 42 mortes pelo novo coronavírus e 1.278 casos confirmados, de acordo com o último boletim da Secretaria de Saúde do Piauí (Sesapi). 


Graciane Sousa
[email protected]

Bolsonaro compartilha vídeos defendendo atuação do Planalto na pandemia

O presidente da República, Jair Bolsonaro, voltou a se posicionar sobre as medidas de combate adotadas para combater o novo coronavírus e criticar a atuação dos governos estaduais e a imprensa. Em duas publicações, Bolsonaro compartilhou vídeos em que presta conta de ações desenvolvidas pelo governo federal, critica imprensa e governadores e compila declarações feitas por ele e sua equipe - sem citar os momentos em que o próprio minimizou o cenário nacional.

O primeiro vídeo foi compartilhado na noite do sábado, 9. Assinado pela Secretaria de Comunicação, a peça publicitária tem 4 minutos de duração e começa com uma mensagem criticando a imprensa que, nas palavras do governo, estaria virando às costas aos fatos e aos brasileiros.

Após apresentar uma série de manchetes de jornais nacionais e internacionais criticando a postura do presidente e do governo na condução da pandemia, o vídeo lista medidas de iniciativa do governo federal, intercalando com declarações de Bolsonaro, Paulo Guedes, Onyx Lorenzoni e Nelson Teich sobre a atuação do Planalto da crise.

Em outra publicação, feita na manhã deste domingo, 10, o presidente compartilhou um segundo vídeo, de uma ação policial no transporte público do Maranhão. Nas imagens, um policial militar aparentemente fiscaliza se as pessoas estão cumprindo regras de isolamento. Além do vídeo, o presidente escreveu uma mensagem criticando o governador do Estado, Flávio Dino (PCdoB).

Horas depois da publicação, Dino respondeu ao presidente em um tweet. "Se Bolsonaro morasse em São Luís, não teria como se deslocar para apoiar coronavírus, passear de jet ski e fazer números de 'humor'. Por isso ele se preocupou com a restrição a atividades não essenciais. Afinal, o seu atual cotidiano nada tem de essencial para a nossa Nação."

Negacionismo

A condução da atual crise pelo governo federal vem sendo criticada dentro e fora do país. No cenário nacional, governadores cobram uma resposta mais rápida e eficiente por parte do Planalto, bem como uma liderança coordenada para combater a pandemia. Fora do país, o negacionismo de Bolsonaro e sua equipe já gera problemas com países vizinhos da América Latina e mesmo com os Estados Unidos, que repetidamente falam na possibilidade de cancelar voos partindo do Brasil.

Fonte: Estadão Conteúdo

Sérgio Sant'Anna, renovador do conto, morre aos 78 vítima do coronavírus

Foto: Ricardo Borges/Folhapress

 

O escritor carioca Sérgio Sant'Anna, um dos maiores autores em atividade no país, morreu na madrugada deste domingo (10), aos 78 anos, em decorrência da Covid-19. Ele estava internado desde o domingo (3) no hospital Quinta D'Or, no Rio de Janeiro.

De acordo com seu filho, o também escritor André Sant'Anna, o pai vinha melhorando e saindo da sedação -mas teve uma parada cardíaca nesta madrugada.

Conhecido pela experimentação formal, ele transitou e foi elogiado por seu trabalho em diversos gêneros, mas era celebrado principalmente como um dos grandes nomes do conto brasileiro -ao lado de Rubem Fonseca e Dalton Trevisan.

Mesmo com a idade avançada, chamava a atenção o fato de Sant'Anna continuar não só produzindo, mas mantendo a qualidade à altura de sua obra pregressa. Seu último livro inédito foi "Anjo Noturno", de 2017.

No ano passado, ele, que era advogado de formação, completou 50 anos de carreira literária. Sua estreia foi em 1969, com o livro "O Sobrevivente", uma edição do autor paga com dinheiro emprestado de seu pai. Com a obra, ganhou uma bolsa em um programa da Universidade de Iowa, nos Estados Unidos, voltado para escritores.

Sant'Anna fez carreira como funcionário público -uma tradição entre autores brasileiros- no Tribunal do Trabalho e também foi professor na Escola de Comunicação da UFRJ, onde ficou até 1990 e era idolatrado pelos alunos. Depois desse período, passou a se dedicar somente à literatura.

Dentro das experimentações promovidas por San'Anna estava o diálogo com outros campos, como as artes plásticas, o teatro, o cinema -além da promoção da mistura de gêneros literários. Entre seus livros mais famosos estavam obras como "Confissões de Ralfo", "Um Crime Delicado, "O Concerto de João Gilberto no Rio de Janeiro" e "O Homem-Mulher", entre outros. Sua obra é publicada pela Companhia das Letras.

Torcedor do Fluminense, escreveu também histórias sobre futebol -caso de um de seus últimos contos, publicado na Ilustríssima, no qual narra o treino do time a partir do ponto de vista de uma velha trave.
Também era conhecido por ler assiduamente autores de novas gerações -e, recentemente, comentar suas leituras no Facebook-, além de manter diálogo com eles. Essa postura foi simbolizada na Flip de 2018, quando o mestre dividiu uma mesa com o escritor Gustavo Pacheco, que estreava com o volume de contos "Alguns Humanos".

No debate, Sant'Anna chegou a lançar uma provocação: "não tenho tempo de ler esses livros todos. Tenho a opinião de que no Brasil está se escrevendo demais. O Brasil tem que ter mais leitores e menos escritores".

O autor também arrancou risos da plateia ao contar que optou por ser contista e não romancista porque se angustia ao escrever -e que, por isso, não seria bom escrever algo mais longo.

Fonte: Folhapress

Wuhan volta a ter caso de novo coronavírus depois de mais de um mês

A cidade de Wuhan, onde começou a pandemia do novo coronavírus, voltou a registrar um caso de covid-19, segundo levantamento divulgado neste domingo pela Comissão de Saúde da Província de Hubei. O paciente está em estado grave, conforme o relatório. É o primeiro novo caso desde 3 de abril, segundo levantamento feito pela rede de TV CNN. A cidade teve 50.334 casos e 3.869 mortes confirmados, conforme a comissão. Ainda segundo a CNN, o paciente mora em um bairro que registrou 20 casos confirmados, e o novo caso está sendo tratado como "infecção comunitária passada".

A China registrou 14 novos casos do novo coronavírus neste domingo, o primeiro aumento de dois dígitos em 10 dias. Onze dos 12 casos por contaminação doméstica ocorreram na província de Jilin, no nordeste, o que levou as autoridades a aumentar o nível de ameaça em um de seus municípios, Shulan, para alto risco, apenas alguns dias depois de rebaixar todas as regiões para baixo risco.

Autoridades chinesas disseram que o surto de Shulan teve origem em uma mulher de 45 anos que não tinha histórico recente de viagens, mas passou o vírus para o marido, três irmãs e outros membros da família. Os serviços de trem na região foram suspensos.

"O controle e a prevenção de epidemias são um assunto sério e complicado, e as autoridades locais nunca devem ser excessivamente otimistas, cansadas da guerra ou desprevenidas", disse o secretário do Partido Comunista de Jilin, Bayin Chaolu. Jilin também tem fronteira com a Coreia do Norte, que diz não ter casos de covid-19. 

Fonte: Estadão Conteúdo

Veja decretos sobre novas regras em supermercados de Teresina

Foto: Roberta Aline/ Cidadeverde.com

A Prefeitura de Teresina publicou o decreto nº 19.742, de 9 de maio de 2020, que suspende a venda de produtos eletrônicos, eletrodomésticos, artigos de vestuário e outros produtos considerados não essenciais em supermercados, hipermercados, mercados e estabelecimentos congêneres não poderão comercializar. Ontem, o prefeito Firmino Filho anunciou nas redes sociais a nova medida na capital para evitar a disseminação do coronavírus. Baixe aqui os decretos

O decreto diz que o "hipermercados, supermercados, mercados e congêneres só poderão comercializar gêneros alimentícios e similares, produtos de higiene, de limpeza e aqueles produtos considerados essenciais para a sobrevivência humana, ficando proibida a comercialização de eletrodomésticos, eletrônicos, artigos de vestuário, entre outros produtos considerados não essenciais, ao tempo em que se recomenda o isolamento das áreas que estejam destinadas à venda destes produtos não essenciais".

Ontem, Segundo dados da Fundação Municipal de Saúde e da Secretaria de Estado da Saúde do Piauí (Sesapi), Teresina registrou mais três mortes ocasionadas pela Covid-19, atingindo a marca de 22 óbitos de residentes na capital. Além disso, 22 casos novos da doença foram computados nas últimas 24 horas, totalizando 755 pessoas infectadas.

Outro decreto, 19.734, de 7 de maio de 2020, estabelece que os supermercados deverão utilizar faixas ou marcações para limitar a distância mínima de 2m (dois metros) entre os clientes nas filas de pagamento (caixas), obrigando-se, para maior segurança, o uso de barreira de proteção acrílica entre o cliente e o trabalhador operando no caixa; a distância mínima de 2m (dois metros) deverá ser também obedecida entre as próprias filas, se existir mais de uma.

Determina ainda a afixação de cartazes, em locais estratégicos do estabelecimento, com as seguintes orientações (textos exemplificativos), destinadas aos trabalhadores e ao público externo (clientes), entre outras consideradas úteis à prevenção do COVID-19:

a) evite tocar a boca, o nariz e o rosto com as mãos;
b) evite contatos muito próximos, como abraços, beijos e apertos de mão;
c) fale o mínimo necessário com os funcionários;
d) respeite a sinalização de distanciamento assinalada no piso

Hérlon Moraes
[email protected]

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