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Caixa paga auxílio emergencial neste sábado em 680 agências

Foto: Roberta Aline/Cidadeverde.com

A Caixa Econômica Federal abrirá 680 agências neste sábado (9) para atender beneficiários do auxílio emergencial que ainda não conseguiram realizar o saque de R$ 600 ou de R$ 1.200 (o valor maior vale para mães que são chefes de família).
Do total de unidades de plantão, 155 estão no estado de São Paulo.

O atendimento será realizado entre 8h e 12h, informou o vice-presidente de rede de varejo da Caixa, Paulo Henrique Ângelo, nesta sexta (8).

A consulta aos locais de plantão neste sábado pode ser realizada por meio do site caixa.gov.br. O acesso à consulta está disponível na página inicial.

Para orientar a população sobre quais agências estarão abertas, cartazes foram afixados em todas as unidades do banco para informar se haverá ou não atendimento, afirmou Ângelo.

Agências que estiverem fechadas terão cartazes com informações sobre a localização da unidade de plantão mais próxima.

O número de locais que realizarão atendimento neste sábado é menor do que as 902 unidades que estavam de plantão no mesmo dia da semana passada.

No sábado passado, filas se formaram, inclusive, em agências que não abriram.

Em entrevista transmitida pela internet nesta sexta, Ângelo garantiu que nesta manhã houve "redução expressiva das filas" e que isso demonstra que "medidas que a Caixa vem implementando foram efetivas para a redução das filas", afirmou.

SEGUNDA PARCELA
O pagamento da segunda parcela do auxílio emergencial deverá ser feito na próxima semana, no entanto muitos ainda não receberam a primeira parte do benefício.

Segundo o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, na semana que vem, será concluída a análise de 17 milhões de pedidos, incluindo os de reanálises.

A expectativa do ministro é de que 6 milhões a 8 milhões sejam elegíveis e, até segunda (11), 99% da primeira etapa esteja concluída.

NOVA CHANCE
Trabalhadores que preencheram dados errados ou deixaram de preencher tiveram o cadastro analisado como "inconclusivo", ou seja, pelos dados informados por esses trabalhadores, o governo federal não chegou a uma conclusão se eles têm ou não o direito de receber o auxílio emergencial.

Neste caso, é possível fazer outro pedido, pelos mesmos canais da Caixa ou pelo novo site, do Dataprev, e tentar novamente ser aprovado para o benefício.

Quem está no CadÚnico e foi reprovado para o auxílio emergencial também pode fazer a solicitação e tentar receber as três parcelas do benefício federal.

Como acompanhar seu pedido
O trabalhador pode acompanhar seu pedido pelo:
Aplicativo CAIXA Auxílio Emergencial
Site: auxilio.caixa.gov.br
Telefone 111
Site https://consultaauxilio.dataprev.gov.br

CLAYTON CASTELANI
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) 

Brasileiro que lidera estudo com remdesivir diz que a droga é a mais promissora contra Covid

Reprodução/Facebook/Nebraska Medicine

 

André Kalil já perdeu dez quilos em pouco mais de dois meses. Dorme cerca de quatro horas por noite, corre 10 quilômetros todas as manhãs e, várias vezes por semana, se esquece de almoçar.

"Isso acontece quando você fica muito intenso no trabalho mas, dessa vez, não é por um dia ou uma semana, são meses. A gente tem que se lembrar um pouco do que é normal."

Aos 54 anos, 30 deles nos EUA, o infectologista brasileiro da Universidade de Nebraska Medical Center lidera as pesquisas com o antiviral remdesivir, primeiro remédio liberado pelo governo americano para uso emergencial contra Covid-19.

Em entrevista à reportagem, Kalil afirma que o medicamento é hoje o mais promissor para o tratamento da doença, mas ainda serão necessários novos estudos para que a droga seja autorizada para uso padrão.

"Estamos perto, mas ainda precisa de um tempo."

Resultados preliminares da primeira fase de sua pesquisa mostraram que pacientes que tomaram remdesivir se recuperaram quatro dias antes daqueles que receberam placebo. Agora Kalil anuncia a segunda fase do estudo.

Nela, todos os voluntários vão receber o antiviral, mas só metade vai tomar também um anti-inflamatório para avaliar se a combinação dos remédios melhora ainda mais a recuperação e sobrevida dos pacientes.

"Se os dados continuarem fortes e consistentes, é possível que a droga seja aprovada como de uso padrão."

Formado em medicina pela Universidade de Pelotas, o gaúcho nascido em Bagé se mudou para os EUA aos 24 anos, para fazer um curso em Miami. Ali conheceu a americana Patricia, com quem se casou e teve três filhos.

Na Universidade de Nebraska, onde atua há quase 20 anos, passou de professor assistente a referência mundial em pesquisa com doenças altamente contagiosas, liderando o time que tratou de pacientes do ebola, há cinco anos, aos de Covid-19, desde fevereiro.

Kalil ressalta que o remdesivir não deve ser visto como cura, mas, sim, como tratamento, e que a vacina contra a Covid-19 ainda deve demorar.

"Não sabemos quanto a pandemia vai durar, então temos que manter energia para continuar a batalha. Se você vai correr uma maratona e acelera nos primeiros 10 km, você não termina. A ideia é manter uma velocidade em que possa produzir efetivamente, mas não se esgote antes do tempo."

*

PERGUNTA - Como começou sua pesquisa com o remdesivir?
ANDRÉ KALIL - Em função da Covid-19. No fim de janeiro, entramos em contato com os Institutos Nacionais de Saúde [NIH, na sigla em inglês], conglomerado federal que lida com pesquisa médica nos EUA, e conseguimos escrever o protocolo do ensaio clínico e ter todos os níveis de aprovação dos NIH e da universidade em poucas semanas. Recebemos 15 pacientes do cruzeiro Diamond Princess na nossa unidade de quarentena e iniciamos o protocolo com um deles no dia 21 de fevereiro.

P - Os resultados iniciais para o remdesivir não eram tão conclusivos. O que mudou?
AK - O estudo se ampliou muito. Hoje são 68 hospitais, 50 nos EUA e 18 em países como Cingapura, Coreia do Sul, Japão, Alemanha. A primeira parte da pesquisa foi redemsivir versus placebo, com mais de mil pacientes. Os dados preliminares de 500 pacientes mostram que houve uma recuperação quatro dias mais rápida dos que receberam remdesivir se comparados aos que receberam placebo, de 15 para 11 dias [de recuperação]. Foi significativo.

Na mortalidade, não atingiu o que chamamos de significância estatística, no sentido de que seria preciso um número maior de pacientes observados. Mas o ensaio não foi planejado só para ver mortalidade, foi feito para ver a recuperação clínica dos pacientes. O fato de a mortalidade ter sido também mais baixa para quem tomou o antiviral - 8% do remdesivir versus 11,6% do placebo - também corrobora o fato de que, se os pacientes estão conseguindo se recuperar mais rapidamente, a medicação pode estar ajudando na sobrevivência deles.

P - Qual é o próximo passo?
AK - A gente decidiu que o ensaio clínico terá uma mudança no desenho e vamos para a segunda parte. Agora, não há mais placebo. Todos os pacientes vão receber o remdesivir e a metade vai receber também um anti-inflamatório usado contra artrite reumatoide, e a outra metade recebe mais placebo. A ideia é saber se, adicionando um anti-inflamatório em conjunto com o remdesivir, vai ter feito ainda mais benéfico.

P - Hoje o remdesivir é a substância mais promissora contra a Covid-19?
AK - Do ponto de vista científico, não existe neste momento nenhum outro estudo randomizado duplo-cego, com placebo controlado, como o nosso, que tenha mostrado uma medicação efetiva. É a evidência científica mais favorável ao tratamento do Covid-19.

P - Especialistas dizem que nenhum medicamento será a cura para o Covid-19 e que precisamos esperar a vacina, que ainda demora. O sr. concorda?
AK - Está certo. O remdesivir não é cura, é tratamento. A cura elimina a doença e tem sobrevida de 100%. Esse não é o caso do remdesivir nem de nenhuma outra medicação.

P - Quando teremos resultado robusto para que o remdesivir seja receitado de maneira padrão nos EUA?
AK - Entre o final de maio e o meio de junho. Os benefícios são significativos para os pacientes. Se os dados continuarem fortes e consistentes é possível que seja uma droga para ser aprovada como de uso padrão.
Mas, para chegar nesse ponto, temos que ter os dados de todos do ensaio, do nosso e dos outros. Estamos perto, mas ainda precisa de um tempo.

P - O governo americano analisou os dados do seu estudo e liberou o uso emergencial para o remdesivir. Por que não houve o mesmo entusiamo e ação em relação à cloroquina, que era defendida pelo presidente Donald Trump?
AK - Não há dados científicos que provem os benefícios da cloroquina e da hidroxicloroquina em pacientes com Covid-19. A diferença é onde há dados e onde não há.

P - Trump e Bolsonaro defendiam o uso da cloroquina sem prova científica em casos de Covid-19. A ação de governantes pode ter impacto na ciência e pressionar por resultados?
AK - Não sinto nenhuma pressão. Para mim, a ciência vai ter que ser feita de maneira adequada e de forma que proteja meus pacientes. Vai sempre haver gente com opinião diferentes, seja político, amigos, familiares, colegas, mas temos que lidar com essa situação, baixar a cabeça e fazer o trabalho que deve ser feito.

Raio-X
André Kalil, 54, é infectologista e pesquisador na Universidade de Nebraska Medical Center, nos EUA. Formou-se em medicina pela Universidade Federal de Pelotas (RS); estudou medicina geral na Universidade de Miami e fez especialização em infectologia pela Universidade Harvard

MARINA DIAS
WASHINGTON, EUA (FOLHAPRESS) 

Contágio da Covid-19 dentro de casa aumenta e governo fará busca ativa

Foto: Reprodução

Em live com o governador Wellington Dias (PT) nesta sexta-feira (8), especialistas alertaram para o aumento de casos no Piauí de infecção intradomiciliar, ou seja, dentro de casa. Os dados foram detectados nas etapas de amostragem que estão sendo feitas no estado e apontam descumprimento do isolamento social e contaminação no ambiente doméstico. O governo informou que estuda realizar busca ativa de locais onde há maior número de infectados.

A biomédica Ester Miranda explica que a amostragem domiciliar está diagnosticando pessoas infectadas com o novo coronavírus que, por estarem assintomáticas, não estão tendo cuidados para evitar a proliferação da doença dentro de casa.

“Os estudos também demonstram que dentro do município, existe uma taxa de infecção intradomiciliar. Teve casas em que o indivíduo deu positivo e outros da casa não deram positivo. E teve outras casas em que um deu positivo e as outras pessoas também foram infectadas”, disse a biomédica.

Ester Miranda chamou a atenção para a lavagem das mãos e o cuidado com o contato com secreções no nariz e na boca, além de evitar o compartilhamento de objetos pessoas também no ambiente domiciliar, principalmente com pessoas que estão tendo que sair de casa para trabalhar ou fazer compras de materiais essenciais.

 Na live, o governador informou que o Piauí estuda decreto para fazer uma busca ativa ao novo coronavírus em regiões com maior casos de infecção. A proposta foi discutida com a Associação Piauiense de Municípios (APPM) e vai levar em consideração os mapas de contaminação de cada cidade.

Wellington Dias deu como exemplo bairros da capital e da necessidade de utilizar testes sorológicos - IgG e IgM - para dados mais precisos e medidas de isolamento correspondente ao nível de infecção de cada zona

A detecção dos anticorpos IgM tende indicar uma resposta imune recente à Covid-19, enquanto detecções de anticorpos IgG indica uma fase posterior da pessoa testada ao contato com o vírus. 

“Uma cidade como Teresina, a gente está percebendo que a Vila irmã Dulce, está tendo uma confirmação muito grande. A  partir dali você vai com um médico, um equipe de enfermeiros, bioquímicos, todas as pessoas. Aí acho que vale a pena o IgG e o IgM porque ali eu tenho condições de direcionar o isolamento adequado”, assinalou o governador.

A busca ativa se daria na testagem, tratamento e isolamento de pessoas infectadas em locais onde há maior número de casos confirmados para evitar que os moradores entrem em contato com outras áreas e proliferem a doença.

Nesta quinta-feira (7), o Piauí chegou a 37 mortes e 1.131 casos confirmados de infecção pelo novo coronavírus. Teresina abriga mais da metade, com 697 testagens positivas. O vírus já foi detectado em pelo menos um paciente em 83 municípios do Piauí - 37% do total.

Reforçando a necessidade do isolamento social, Dias chegou a pedir para a população “criar juízo” e “ter compromisso com a vida”, respeitando, inclusive, o “esforço dos profissionais de saúde” que estão na linha de frente em combate à doença. “Estamos numa fase de aumento de demanda na rede hospitalar”, disse.

O governador também pediu que a população respeitasse o decreto de uso de máscaras e o distanciamento social. “Usar a máscara é um gesto de amor, lavar as mãos, ficar em casa e só sair quando necessário é um gesto de amor”, afirmou .

Piauí tem limite de até 600 leitos

Wellington Dias alertou para o aumento no número de confirmações e mortes por dia no Piauí em decorrência da Covid-19 e informou que a capacidade máxima do estado é de 600 leitos para internação. Ele assinalou que haverá um colapso no estado se os índices de contaminação permanecerem como estão.

“Não é limite de respiradores, equipamentos, é limite de profissionais para lidar com os leitos. O problema é o número de intensivistas, médicos altamente especializados e preparados para lidar com pulmão e outras complicações da Covid”, falou o governador

Leitos privados

O percentual de leitos no Piauí ocupados por casos de Covid-19 aumentou de 25% para 36% dos leitos disponíveis para casos graves. “Subiu e precisamos cuidar para não avançar muito”, disse o governador.

Antes da pandemia apenas sete regiões do estado possuíam UTI. Segundo o governo, agora são 34 regiões com disponibilidade de leitos para a doença. 

O governo chegou a locar leitos da rede hospitalar privada de Teresina para aumentar a capacidade do estado. “Hoje fizemos um contrato com a rede privada para colocar a partir de amanhã 46 leitos do setor privado”.  

Interior

Presente na reunião, o diretor do Instituto Amostragem, Batista Teles, afirmou que nos municípios do interior o isolamento domiciliar está sendo descumprido de maneira ainda mais intensa. “Há uma relaxamento muito maior no interior do Piauí do que na capital”, disse.

Mesmo com uma densidade populacional inferior a Teresina, os municípios do interior, segundo Batista Teles, possuem condições sanitárias mais frágeis que auxiliam na propagação do vírus. 

 

Valmir Macêdo
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Empresário Raymundo da Fonte, 99 anos, morre de Covid-19

Foto: Divulgação/IRRF

Um dos maiores empresários da região Nordeste, o pernambucano Raymundo da Fonte, 99, morreu nesta quinta-feira (7) por complicações da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus.

O empresário era o dono e fundador das Indústrias Reunidas Raymundo da Fonte, conglomerado com 2.700 funcionários e cinco fábricas espalhadas por Pernambuco, Ceará, Bahia, Pará e Rio de Janeiro.

A empresa atua na fabricação de cerca de 350 itens de limpeza, higiene pessoal e condimentos com marcas como Brilux, Sonho, Even e Minhoto. Produz anualmente 250 milhões de litros de água sanitária, 200 milhões de sabonetes, 70 milhões de litros de vinagre e 45 milhões de litros de amaciante.

Raymundo da Fonte fundou a sua primeira indústria em 1946, aos 25 anos, na cidade de Paulista, no Grande Recife. A primeira linha de produção foi de espirais que repelem mosquitos.

Nos anos 1960, passou a atuar no segmento de produtos de limpeza e, na década seguinte, entrou no ramo de alimentos.

Com a criação de novas marcas e indústrias, o grupo tornou-se um dos maiores conglomerados do Nordeste.

O empresário morreu em sua casa no bairro de Boa Viagem, em Recife. Deixa a esposa, oito filhos, 45 netos e 86 bisnetos.

O sepultamento, que aconteceu na noite desta quarta, foi restrito à família e seguiu os protocolos dos órgãos de saúde e vigilância sanitária.

Em nota, o grupo Raymundo da Fonte destacou a trajetória de seu fundador e a sua determinação no comando da empresa:

"Os seus gestos de cuidado e carinho, além da sua sabedoria e fé na vida, formaram a semente germinada que até hoje dão frutos".

O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), manifestou solidariedade à família e disse que o "estado perdeu um dos seus empreendedores mais expressivos".

JOÃO PEDRO PITOMBO
SALVADOR, BA (FOLHAPRESS) 

 

Lotação de UTIs na capital paulista supera 80%, diz Covas

Foto: Eduardo Anizelli/ Folhapress

 

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), afirmou nesta sexta-feira (8) que, com a aceleração da propagação do novo coronavírus, a ocupação dos leitos de unidades de terapia intensiva (UTIs) da cidade já passa de 80% e, em metade dos hospitais, a lotação das UTIs é de quase 100%.

Em coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo do Estado de São Paulo, Covas justificou a decretação do rodízio impedindo diariamente a circulação de metade da frota de automóveis na capital com a queda da taxa de isolamento social da população à casa dos 47%. Nos últimos dias, explicou, observou-se o maior índice de congestionamento no trânsito desde o início das medidas restritivas para enfrentar a pandemia.

"Estamos ampliando em mil ônibus a frota municipal e em 600 os bolsões de reserva, mas esperamos não precisar de nenhum deles", anunciou o prefeito.

Covas disse que recebeu ameaças de morte após ter decretado o rodízio mais rigoroso de carros, mas garantiu que não vai retroceder "nem um milímetro". Segundo o prefeito, 30 mil pessoas deixaram de morrer na cidade de São Paulo por causa do isolamento social.

As medidas de restrição de circulação, explicou o prefeito paulistano, só poderão ser afrouxadas quando a taxa de isolamento social ficar de forma sustentada em 60%.

Por Elizabeth Lopes e Nicholas Shores
Estadão Conteúdo

Obras piauienses vão a leilão virtual para ajudar idosos durante pandemia

Um leilão virtual de artes acontecerá neste sábado (09) a partir das 10h para ajudar os idosos de cinco abrigos.  A ação solidária irá leiloar 40 obras de artistas piauienses. A iniciativa é da Rede Pense Piauí que está nesta mobilização solidária para suprir as necessidades provocadas pela pandemia no novo coronavírus, além de ampliar os cuidados aos idosos. 

Os interessados podem participar por meio do endereço eletrônico www.vipdireto.com.br. O link também está disponível no site www.pensepiaui.com. O pregoeiro será Érico Soares.  

Para que fosse possível essa ação, artistas plásticos, fotógrafos, chargistas - dentre outros - doaram solidariamente suas obras. Dentre as peças estão os trabalhos de Dora Parentes, Hostyano Machado, Nonato Oliveira, Amaral, Quaresma, Rogério Albino, Jota A. Uma camisa autografada pelo rei Pelé também estará disponível. 

"Temos obras de artistas renomados, telas, fotografias, esculturas. Tudo isso com uma finalidade solidária. São obras que terão um valor intangível e que todas as vezes que olharmos para a tela lembraremos: 'essa é uma tela da solidariedade'. Esse é um momento de união e de zelo pelas demandas coletivas", comentou o médico Benjamim Vale, membro da Rede Pense Piauí. 

Os abrigos beneficiados pelo Leilão do Bem serão escolhidos pela Arquidiocese de Teresina. O leilão acontece às véspera do Dia das Mães, a data foi escolhida para reforçar a busca das obras como forma de presentear às mães.  

 

Carlienne Carpaso
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Recursos do auxílio financeiro serão insuficientes para repor perdas de arrecadação, diz APPM

Foto: APPM

Aguarda a sanção do presidente da República, Jair Bolsonaro, o novo texto do Projeto de Lei Complementar (PLP) 39/2020, aprovado, na última quarta-feira (6), pelo Senado Federal. O PLP trata do Programa Federativo de Enfrentamento ao Coronavírus, um auxílio financeiro emergencial aos estados, Distrito Federal e municípios.

Do total de R$ 125 bilhões previsto no projeto, será dividido pelos 5.568 municípios brasileiros o valor de R$ 23 bilhões, distribuído em quatro parcelas (maio, junho, julho e agosto). Esses recursos, porém, recompõem apenas parte das perdas que os municípios estão sofrendo com a queda na arrecadação de tributos, em decorrência da pandemia da Covid-19.

Essa é a análise da Associação Piauiense de Município (APPM), ao observar que as perdas de todos municípios brasileiros chegam R$ 74,4 bilhões – ou seja, R$ 51,4 bilhões a mais do que os R$ 23 bilhões que devem ser destinados pelo Governo Federal. A recomposição, portanto, será de apenas 30% sobre o total da perda de arrecadação.

“Considerando o cenário de incertezas, é imprescindível deixar claro que os prefeitos e as prefeitas do Piauí continuarão enfrentando enormes dificuldades para vencer os desafios diários de atendimento às necessidades dos cidadãos”, pontua a APPM. Também a Confederação Nacional de Municípios (CNM) alerta para o problema.

O PLP 39/2020 ainda não foi sancionado pelo presidente da República até o início da tarde desta sexta-feira (8). Assim, os municípios brasileiros e piauienses ainda não receberam esses recursos e não há previsão de recebimento. Do total, R$ 3 bilhões devem ser aplicados em Saúde e Assistência Social e R$ 20 bilhões para livre aplicação das gestões.

Da Redação
[email protected]

 

 

Casas de repouso passam por sanitização em Teresina

Foto: Divulgação

Por conta da crise mundial provocada pela pandemia do Covid-19, alguns lares de idosos de Teresina receberão de forma gratuita uma sanitização. A abertura desta campanha ocorrerá neste  sábado (9), às 8h, por a empresa Bioserv especializada na limpeza de desinfecção e sanitização de ambientes que está ofertando e lançando o projeto.

A primeira instituição a receber esta ação será a Casa de Repouso Manain, localizada no Parque das Esplanadas, Rua da Paz, 4915. Atualmente vivem na Casa de Repouso Manain, 42 idosos, que na grande maioria não tem condições financeiras e nem apoio familiar, a diretora da casa, Cristiane Campos fala sobre a ação voluntária.

“Quero agradecer essa ação que receberemos, a Sanitização irá proteger nossos idosos e funcionários”, disse Cristiane Campos.

Há uma  preocupação  com o maior grupo afetado pelo coronavirus, que são os idosos e foi pensando no bem estar dessas pessoas e na diminuição dos impactos da pandemia que foi criado a mobilização.

A sanitização é um método de desinfecção e higienização de ambientes que elimina bactérias, ácaros e fungos, prevenindo assim infecções, alergias dentre outros. Comum em países com altos índices de saneamento básico, nesse procedimento de higienização são usados equipamentos de alta tecnologia e equipamentos de proteção individual adequados.  

A ação química do produto forma uma película protetora nas paredes do ambiente, que ficam protegidas contra a proliferação de microrganismos contribuindo na conservação de alimentos e objetos, pois sem mofos ou bactérias a vida útil dos produtos dura por mais tempo.

Da Redação
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Prefeitura instala lavatórios em espaços públicos para higienização das mãos

Foto: PMT

A Prefeitura de Teresina está instalando lavatórios nas calçadas de correspondentes bancários e espaços públicos. A medida está sendo executada pelas Superintendências de Desenvolvimento Urbano (SDUs) de cada região da cidade como uma medida para conter a proliferação do novo coronavírus, garantindo a higienização das pessoas que precisarem sair de casa e buscar algum dos serviços essenciais com funcionamento autorizado. 

Os lavatórios são equipados com torneira com água corrente, sabão líquido, papel toalha e lixeira. São estruturas portáteis e ficarão disponíveis das 7h30 às 17h nos pontos determinados pelas SDU´s. Na zona Sudeste, três equipamentos já foram instalados e outros 12 serão implantados nos próximos dias. Os primeiros lavatórios foram colocados nessa última quinta-feira (7) em duas agências da Caixa Econômica Federal e no Mercado do Dirceu I, onde tem sido registrado um grande fluxo de pessoas durante a quarentena. 

Isaac Meneses, superintendente da SDU Sudeste, destaca o caráter preventivo da medida. "Além do distanciamento social, a principal arma contra o coronavírus é a higienização frequente das mãos. Então, para evitar a disseminação do vírus nestes ambientes onde já se registra uma maior circulação de pessoas, faremos a instalação das pias como um complemento ao trabalho de conscientização que temos adotado", explica.  

Na zona Leste, os pontos que receberão a instalação dos lavatórios são: Mercado do Produtor, no bairro Vale do Gavião; Mercado do Peixe; Praça Cidade Jardim; Ponto dos Taxistas, no bairro Morada do Sol; Ponte Estaiada, na sede da vice-prefeitura e no estacionamento da sede da SDU Leste. “Tão importante quanto ficar em casa é o ato de lavar as mãos com frequência. Já é comprovado pelos órgãos de saúde que manter a higiene é uma das medidas eficazes que podemos adotar contra a pandemia que assola nosso país e mundo”, reforçou o Superintendente Executivo da SDU Leste, Ângelo Cavalcante. 

Já na zona Norte, os lavatórios serão instalados nos mercados São José, São Joaquim e Mafuá. Para a zona Sul estão sendo confeccionados 10 lavatórios que serão instalados nos seguintes pontos: dois no mercado da Piçarra, dois no mercado da Vermelha, dois no mercado do Parque Piauí, um no cemitério Santa Cruz, um no cemitério Dom Bosco, um na sede da SDU Sul e outro na gerência de Serviços Urbanos da superintendência.

Da Redação
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Perdas do Estado no orçamento 2020 chegarão a R$ 1,4 bilhão, diz governo

Fotos: Roberta Aline

A pandemia causada pelo novo coronavírus acentuou a crise financeira dos estados, que já sofriam com as perdas de recursos federais. Muitos estão fazendo as contas para tentar buscar alternativas de enfrentamento ao período de turbulência. O Piauí, por exemplo, já fez uma revisão da receita autorizada para 2020 na Lei Orçamentária Anual (LOA) e a redução deve chegar a R$ 1,4 bilhão. A projeção leva em consideração as receitas próprias, onde entram ICMS e as transferências correntes, em especial o Fundo de Participação dos Estados (FPE).

Segundo dados da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz), a arrecadação de ICMS deve ter uma redução de R$ 1.199.309.724,87 em relação ao previsto na LOA de 2020, o que representa uma queda de 24,87%. Já as perdas do FPE chegam a R$ 272.750.890,64, o que representa uma redução de 8,03% do total previsto na LOA 2020.

Comparada com 2019, a arrecadação do ICMS projetada para 2020 representa uma perda de 19,17 %. Em relação ao FPE, a queda prevista é de 7,49% do total arrecadado em 2019. “Esses dados nos orientam para a adequação e o gerenciamento ativo do orçamento, a fim de tornar mais brandos os riscos e aperfeiçoar o controle sobre as finanças estaduais”, explica o secretário de Fazenda, Rafael Fonteles.

Recursos que chegam são insuficientes para compensar perdas

A situação é considerada preocupante, já que os recursos da União que devem chegar ao estado não compensam as perdas. O Piauí deve receber R$ 1,09 bilhão de transferências, no entanto, deixará de arrecadar R$ 1,4 bilhão. Quando acrescido o gasto extra previsto de R$ 250 milhões com a saúde, as perdas chegam a R$ 1,65 bilhão. No total, o déficit em recursos será de R$ 560 milhões.

Estão previstos, ao Piauí, R$ 100 milhões para gastos na saúde, R$ 400 milhões como forma de compensar arrecadação e R$ 200 milhões de compensação do FPE, além dos R$ 390 milhões que o Piauí terá de alívio com a suspensão do pagamento da dívida, totalizando, em 2020, R$ 1,09 bilhão.

“Por outro lado, a estimativa de perda será em torno de 1,4 bilhão e, além disso, teremos aumento da despesa na saúde de aproximadamente R$ 250 milhões, totalizando R$ 1,65 bilhão em perdas. Portanto, o recurso de ajuda ao estado não será suficiente frente as perdas previstas”, afirma o superintendente de gestão da Sefaz, Antonio Luiz.

Só no mês de abril, o Piauí acumulou perdas que passam de R$ 130 milhões entre FPE e arrecadação própria. A primeira parcela do FPE de maio veio com perda que supera os R$ 74 milhões. “Quase todo o esforço de economia, aplicado no início do ano, para termos redução de despesa e mantermos o equilíbrio fiscal, foi corroído em 40 dias com essa queda na receita”, finalizou o superintendente.

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