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Cerca de 400 mil famílias terão desconto de 100% do ICMS na conta de luz por três meses

Foto: Divulgação Equatorial

Cerca de 400 mil famílias terão desconto de 100% do ICMS nas tarifas de energia a partir deste mês de maio. As famílias fazem parte do programa Tarifa Social, na faixa de consumo de até 220 kWh e terão direito ao desconto entre abril e junho. 

A medida obedece ao Decreto Nº 18.959, de 29 de abril de 2020, do Governo do Estado do Piauí e em consonância com a Medida Provisória Nº  950, de 08 de abril do Governo Federal.

A Equatorial Energia Piauí realizou uma força-tarefa, no início do mês de maio, para refaturar as mais de 400 mil contas de luz para aplicação do desconto. Dessas, 146 mil famílias já tinham recebido a conta do mês de abril, antes do anúncio da Medida Provisória. Mas, para que estes clientes não perdessem o benefício, a Equatorial Piauí corrigiu as faturas e disponibilizou novamente para todas famílias baixa renda, incluindo o desconto do ICMS na conta.

Quem já recebeu a conta e não efetuou o pagamento, a Distribuidora orienta a emitir um novo boleto gratuitamente no site www.equatorialpiaui.com.br ou com a assistente virtual Clara para conseguir o código de pagamento. 

Para ter atendimento com a Clara, bastar salvar o telefone (86) 3228 -8200 na agenda do celular e enviar uma mensagem de texto pelo whatsapp.

Já os clientes que receberam a fatura e efetuaram o pagamento, não serão prejudicados, pois o saldo será creditado na conta próxima fatura. Mesmo que a conta seguinte venha com tarifa zerada, esse saldo pago ficará no sistema para ser concedido nas faturas posteriores ao período da MP e do Decreto.

“Aqueles clientes que já receberam a conta sem o desconto, não precisam se preocupar, pois os vencimentos foram postergados, já que foi necessário realizar modificações no sistema para conceder corretamente os benefícios na conta de energia dos piauienses. As novas faturas podem ser emitidas no site da Equatorial ou o cliente pode adquirir o código de pagamento pelo Whatsapp com a assistente virtual Clara’’, relata a gerente comercial Juliana Duarte.

A gerente Juliana  Duarte reforça ainda que a fatura não será zerada, já que a MP e o Decreto não contemplam isenção aos demais encargos, contribuições de iluminação pública e parcelamentos existentes na conta de luz.

Para os clientes que tem cadastro atualizado na distribuidora com as informações essenciais, a Equatorial já encaminhou mensagem de texto (SMS) com o novo valor da fatura e o código de barras para pagamento, visando facilitar ainda mais o processo de pagamento dos clientes.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) já havia suspendido, por 90 dias, a possibilidade de cortes no fornecimento de energia elétrica em caso de inadimplência do consumidor por conta da pandemia do novo coronavírus. A medida vale para distribuidoras de eletricidade de todo o país. 

TARIFA SOCIAL  

No Piauí, cerca de 100 mil piauienses podem ter acesso ao desconto, mas ainda não realizaram a solicitação no programa. Para ter direito ao benefício, as famílias deverão atender aos seguintes requisitos:

  • Ser inscrito no CadÚnico, com renda familiar de até meio salário mínimo por pessoa;
  • Ser idoso ou deficiente que recebe o Benefício da Prestação Continuada (BPC) com renda mensal por pessoa, inferior a um quarto do salário mínimo;
  • Famílias inscritas no CadÚnico que tenha portador de doença que necessite de aparelhos ligados à energia elétrica de forma continuada, com renda mensal de até 3 (três) salários mínimos;
  • Famílias indígenas e quilombolas inscritas no Cadastro Único com renda menor ou igual a meio salário mínimo por pessoa da família ou que possuam, entre seus moradores, algum beneficiário do BPC.

Os clientes que se enquadram em um dos critérios acima, tem o Número de Inscrição Social (NIS) válido e ainda não são inscritos na Tarifa Social, devem entrar em contato com a Equatorial pela Central de Atendimento 0800 086 0800 ou pelo e-mail: [email protected] para solicitar o cadastro e passar a receber o benefício.


Caroline Oliveira
Com informações Equatorial Piauí
[email protected] 

ONU pede 'imunidade' contra 'vírus do ódio' desenvolvido durante pandemia

Foto: Cadu Rolim /Fotoarena/Folhapress

 

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, fez um apelo global nesta sexta-feira, 8, para coibir e combater o discurso de ódio que se espalhou paralelamente à propagação da pandemia da covid-19.

"Devemos agir agora para fortalecer a imunidade de nossas sociedades contra o vírus do ódio. Portanto, hoje peço que não sejam poupados esforços para erradicar o discurso do ódio em todo o mundo", disse, após alertar que "a pandemia continua desencadeando uma onda de ódio e xenofobia, procurando bodes expiatórios e fomentando o medo". Guterres falou em um "tsunami de ódio e xenofobia".

Numa época em que, segundo o secretário-geral , é preciso "todo o mínimo de solidariedade" para enfrentar a pandemia, houve um aumento do sentimento xenófobo na internet e nas ruas, das teorias da conspiração antissemitas e dos ataques a muçulmanos.

"Migrantes e refugiados foram considerados como fonte do vírus e imediatamente tiveram acesso negado a tratamento médico", denunciou Guterres. Ele também lamentou que tenha surgido uma ideia "desprezível" sobre os idosos, que estão entre as vítimas mais vulneráveis, sugerindo que eles são os mais dispensáveis.

Jornalistas, profissionais de saúde, trabalhadores humanitários e defensores de direitos humanos "estão sendo atacados simplesmente por fazerem seu trabalho", acrescentou.

Guterres pediu aos líderes políticos, instituições educacionais, mídia, sociedade civil e líderes religiosos que parem com essa tendência. "E peço a todas as pessoas, onde quer que estejam, que se oponham ao ódio, se tratem com dignidade e aproveitem qualquer ocasião para espalhar bondade", concluiu o secretário-geral da ONU. (Com agências internacionais).

Fonte: Estadão Conteúdo

Governo do Piauí tenta adquirir 130 respiradores da Turquia e Luxemburgo

Foto: Roberta Aline


Fracassou a tentativa do governo do Piauí adquirir 200 respiradores em compra conjunta com a prefeitura de Teresina. O mercado dificulta as parcerias. Por isso, o estado tenta viabilizar compras via Consórcio Nordeste. O governador Wellington Dias (PT) informou que busca no mercado da Turquia e de Luxemburgo respiradores mecânicos para reforçar o atendimento aos pacientes graves com a covid-19.

O secretário estadual de saúde, Florentino Neto, afirmou que o Piauí está buscando trazer respiradores da Turquia e também da China. 

.O estado tem enfrentado dificuldade na aquisição destes equipamentos, considerados essenciais em leitos para tratamento da covid-19. Ontem, o juiz da 2ª Vara da Justiça Federal no Piauí, Márcio Magalhães Braga, intimou e deu prazo de 48 horas para que as empresas Intemed Equipamento Médico Hospitalar e Magnamed Tecnologia Médica S/A entreguem 80 respiradores adquiridos pelo governo estadual, mas que foram confiscados pelo Ministério da Saúde para envio a outras unidades da federação.

“Tivemos a compra de 80 respiradores em razão de uma requisição administrativa do Ministério da Saúde. Nós já ganhamos isso na justiça e estamos pleiteando que as empresas possam cumprir a decisão judicial. Temos outros contatos e estamos buscando trazer respiradores da China e da Turquia. Estamos numa luta cada vez maior estruturando a nossa rede”, disse o secretário em entrevista à TV Cidade Verde.

Segundo o gestor, o estado corre contra o tempo para aumentar a capacidade do sistema de saúde do Piauí antes do pico da doença, previsto para a segunda quinzena de maio. Só ontem, o Piauí registrou 102 casos da covid-19 em 24 horas, além de mais 5 mortes, totalizando 35.

“Se tinham respiradores que a gente podia restaurar e colocar para funcionar, fizemos isso. Embora as dificuldades existam, todo o esforço tem sido empreendido para ampliar o número de leitos. Toda a nossa preocupação é acelerar a medidas que nós temos programadas para ampliação de leitos e conclamar a população para uma atenção maior ao isolamento social”, afirmou.

Foto: Folhapress

 

Florentino destacou que o Piauí possui hoje 235 leitos de UTIs na rede pública e privada apenas para o tratamento da covid-19. Segundo ele, o estado é de alerta para o estrangulamento da rede. A previsão é que a demanda aumente na última semana deste mês e primeira semana de junho.

“Estamos em estado de alerta e de extrema preocupação. É por isso que nós estamos aqui trabalhando. Todos esses leitos são exclusivos para tratamento de covid-19. Nesses últimos 3 meses nós tivemos a responsabilidade de duplicar esses leitos do Piauí e temos a meta de ampliar ainda mais para garantir atendimento a todos. Temos 235 leitos hoje entre públicos estaduais, públicos municipais, federais, filantrópicos e da rede privadas exclusivos de terapia intensiva para a covid-19. Destes, 87 estão ocupados. O que nos preocupa é a curva que só aumenta. Ontem foram 102 casos em um só dia e 5 mortos”, afirmou, destacando que o estado recebeu dez leitos de UTIs do Ministério da Saúde, só que desacompanhados de ventiladores.

“Recebemos os dez leitos prometidos pelo Ministério da Saúde, só que eles vieram sem os ventiladores, que são fundamentais. Depois de 5 dias recebemos os ventiladores, só que não eram ventiladores estacionários, os mais adequados. Vieram ventiladores de transportes e reclamamos isso para o ministério. Depois o ministério anunciou que vai mandar mais 20 ventiladores para o Piauí, mas não recebemos ainda. Tivemos uma reunião dos secretários de saúde com o ministro antes de ontem e a reclamação nossa é muito parecida com a dos demais estados. Existe um problema de logística entre a compra e a necessidade dos estados e municípios. Essa reclamação foi unânime”, finalizou Florentino.

Hérlon Moraes e Yala Sena
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Conselho de Contabilidade e Observatório Social discutem o controle dos recursos na pandemia

O Governo Federal determinou, no fim de março, a transferência de quase R$ 90 bilhões de reais para os estados e municípios para ajudar nos efeitos e no enfrentamento da pandemia do coronavírus. Para implementar as ações, foram editadas medidas provisórias para transferir recursos para fundos de saúde e outras áreas afetadas pelo Covid-19.

Porém, com o decreto de calamidade pública no Brasil, os governos, tanto municipal quanto estadual e federal, podem usar das compras simplificadas para agilizar a aquisição de bens e serviços para conter a pandemia. 

“O que precisamos estar atentos é que este dinheiro pode ser aplicado de forma mais rápida e as contratações poderão ser realizadas sem licitação devido à emergência da causa. Isso tem os pontos positivos e negativos. Muitas vezes há um sobrepreço muito elevado nos valores dos produtos e serviços. A grande preocupação é que ao final esses recursos não cheguem na sua totalidade para ajudar a quem precisa”, afirma o contador Elias Caddah, conselheiro do Conselho Federal de Contabilidade e coordenador do Programa de Voluntariado da Classe Contábil (PVCC).

Justamente para que esses grandes recursos financeiros cheguem ao seu destino final e sejam usados com responsabilidade para a aquisição de bens e serviços para combater a epidemia, além dos órgãos governamentais, outras entidades de classe estão se mobilizando para ajudar nessa fiscalização e boa destinação dos cerca de 90 bilhões de reais. Para Caddah, mesmo já existindo estas iniciativas, sabe-se que muitos desses recursos se perdem no meio do caminho e isso é muito fácil de ser gerenciado pela população.

“Por exemplo, como vemos reportagens na televisão, que há recursos para serem aplicados na construção de hospitais, ou na pavimentação de ruas. Se o hospital não é concluído, ou foi feita a pavimentação de uma rua que parou na metade, a própria população da região prejudicada pode cobrar essa conclusão, verificar onde foi gasto o dinheiro que para lá deveria ser destinado. O controle social é muito importante porque se faz na ponta; é o próprio cidadão contribuindo com a aplicação dos recursos públicos”, explica Caddah.

LIVE - CONTROLE SOCIAL EM TEMPOS DE  CRISE

Para discutir estes temas, debater o controle social em tempos de crise e a situação brasileira frente à pandemia do novo Coronavírus e será transmitida amanhã (8), a partir das 19h, no canal do Conselho Federal de Contabilidade no YouTube .

Além de Elias Caddah, debaterão o controle social em tempos de crise, a presidente do Observatório Social do Brasil, Belonice Sotoriva, o presidente do Observatório Social de Santa Catarina, Leomir Minozzo, e a Diretora Executiva do Observatório Social do Brasil, Roni Enara.

O tema é bastante oportuno porque vidas podem ser perdidas por desvios de recursos se não mantivermos controles sobre as compras públicas. Além de todo o sofrimento físico, emocional e econômico pelo qual o país está passando, a corrupção também pode agravar este momento que já está difícil e é necessária a participação da sociedade civil no processo.“É importante porque neste momento em que o Brasil está em crise, nós também temos mantenedores que também estão em crise, daí a relevância da sociedade se envolver”, finaliza Caddah.

 

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Vendas do Dia das Mães devem cair 90% em Teresina devido ao coronavírus

Lojistas em Teresina estimam queda de 90% nas vendas para o Dia das Mães em Teresina comparado ao ano passado. Os dados são do Sindicato dos Lojistas do Comércio do Estado do Piauí (Sindilojas) que devem garantir o faturamento apenas por meio do delivery

O Dia das Mães  é considerada a 2ª melhor data para o comércio no país. A baixa nas vendas é reflexo da pandemia da Covid-19 que atinge fortemente também a economia. 


Com informações Notícia da Manhã
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Marília Mendonça e Jorge e Mateus têm as lives mais assistidas do mundo

Não tem para ninguém. Quando o assunto é live musical, os artistas brasileiros têm dado show. De acordo com levantamento do YouTube, das dez lives mais assistidas do mundo, sete são brasileiras. Marília Mendonça e Jorge e Mateus estão no topo.

No ranking mundial, Marília aparece com uma marca de 3,3 milhões de visitas simultâneas em sua apresentação virtual do dia 8 de abril. Ela é seguida pela dupla Jorge e Mateus, que teve em seu show online 3,1 milhões de acessos.

Em terceiro lugar está o cantor italiano Andrea Bocelli, que atingiu 2,8 milhões de acessos simultaneamente em live no dia 12 de abril, domingo de Páscoa. Os outros estrangeiros que aparecem entre os dez primeiros são os garotos coreanos do BTS.

Fora eles, só há brasileiros na lista, com predominância para os sertanejos como Gusttavo Lima, Leonardo e Henrique & Juliano. Sandy e Junior aparecem em 5º lugar no ranking com 2,54 milhões acessos.

 

Fonte: Folha Press

AGU analisa acordo para abertura do hospital de campanha do Verdão

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O procurador federal Francisco de Castro Macedo analisou, nesta quinta-feira (7), o acordo de parceria entre a Universidade Federal do Piauí (UFPI) e a Secretaria Estadual de Saúde (Sesapi), para a gestão do Hospital de Campanha do Verdão. O próximo passo é a assinatura do acordo. Caso isso ocorra nesta sexta-feira (8), os primeiros pacientes já poderão ser recebidos na segunda quinzena de mês de maio.

O acordo de parceria para Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PDI) está previsto no Decreto Nº 9283/2018, e prevê que a Sesapi financiará um projeto da UFPI, que inclui a gestão do hospital de campanha. O projeto tem orçamento máximo de R$ 25 milhões, que serão pagos em quatro parcelas, de acordo com a necessidade de manutenção do hospital. 

Participam do projeto pesquisadores de várias áreas da UFPI – Medicina, Direito, Farmácia, Engenharia Elétrica, Matemática e Ciências da Computação. Esse trabalho resultará também na publicação de artigos científicos focados no contexto do hospital de campanha em tempos de pandemia.

Seleção de profissionais

A parceria entre UFPI e Sesapi contará a atuação da Fundação de Apoio (Fundação Cultural e de Fomento à Pesquisa, Ensino, Extensão e Inovação - FADEX), que ficará responsável pela gestão administrativa e financeira do projeto.

Dentro das atribuições da FADEX está a seleção dos profissionais que atuarão nas áreas de saúde e administração do Hospital de Campanha do Verdão. A seleção terá início assim que o acordo foi assinado e o primeiro repasse de valores for feito. A FADEX estima que serão contratados até 347 profissionais.

Estrutura hospitalar

O Hospital de Campanha do Verdão terá 103 leitos. Destes, 90 serão de observação e 13 de estabilização. O hospital não terá leitos de Terapia Intensiva (UTI) e não funcionará de portas abertas – será um hospital de retaguarda que receberá os pacientes com coronavírus encaminhados de outras unidades de saúde, por meio do sistema de regulação. 

 

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Moradores de rua em Teresina resistem em ir a abrigo montado em estádio

O estádio Lindolfo Monteiro foi transformado em alojamento para acolher moradores de rua de Teresina durante a pandemia do novo coronavírus. Atualmente, o local está com 35 pessoas, metade da capacidade, e mesmo ainda com vagas, alguns têm resistido em ir ao abrigo improvisado. 

"Para mim é um campo de concentração moderno. Imagina 70 homens em estado de abstinência e jogar em um lugar só? acho que a prefeitura poderia trazer empregos. O que o morador de rua precisa é de responsabilidade", disse um morador em situação de rua. 

O alojamento tem capacidade para abrigar 70 homens e mulheres em situação de rua. O local conta com banheiros e oferta refeições e atendimento médico. 

"Eles não querem deixar muita gente aglomerado e como é que vão colocar 70 homens e mulheres juntos? eu prefiro estar na rua", disse outro morador. 

Samuel Silveira, secretário de Cidadania, Assistência Social e Políticas Integradas (Semcaspi), explica que alguns moradores têm recusado em se alojar no estádio devido o vício em drogas. 

"Temos algumas dificuldades como pessoas que insistem na drogadição e acabam não indo para o Lindolfo Monteiro por esse obstáculo; outros pelo uso desenfreado no álcool. São dificuldades que infelizmente estão intrísecas dentro da população em situação de rua e que tanto a Assistência Social e Saúde Têm feito o monitoramento e tem dado o cuidado necessário para essas pessoas", disse o secretário. 

 

Graciane Sousa
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'Não vejo meus amigos, não tomo minha cerveja', diz Zeca Pagodinho em quarentena

Fotos: Reprodução/instagram/@zecapagodinho

"Imagina Zeca Pagodinho em casa por 60 dias!", diz o sambista de 61 anos, logo depois de abrir o celular, pilotado pela filha, para uma conversa por Skype. "Estou assistindo ao [canal] Viva, de vez em quando vejo jornal. Estou fazendo coisas que eu nunca fiz, tipo ver filme, desenho animado, ler gibi."

Por causa da pandemia de coronavírus, Zeca está levando uma vida bem diferente do que está acostumado. Em vez das reuniões com amigos em seu sítio em Xerém, ele está em seu apartamento na Barra da Tijuca, no Rio.

"Não vejo meus cavalos, não vejo meus amigos, não tomo minha cerveja", diz ele, que está passando a quarentena com o neto, duas filhas e a esposa, Mônica. Zeca fugiu do sítio seria impossível permanecer lá com a casa vazia. "Quando eu chego, é uma festa, vai todo mundo lá pra casa. Aí, como faz?".

Apesar de deixar de lado a cervejinha, os amigos e os animais, Zeca não abandonou totalmente o samba - pelo menos por um dia. Depois de um tempo cético com as lives, já que não toca violão e não queria cantar sem acompanhamento, ele enfim se rendeu ao formato.

Vai transmitir uma apresentação caseira no próximo domingo (10), às 13h, com poucos instrumentistas, e seguindo as orientações de distanciamento recomendada pelas autoridades de saúde.

Não que ele precisasse de alguma recomendação para ficar em casa. "Sou bastante medroso", diz, sobre a Covid-19. "O caso é sério, ainda mais pra mim, que já passei dos 60. Assim que falaram, já fiquei dentro de casa. Não demorei nada."

O esquema da live de Zeca ainda não está totalmente definido, mas o repertório já está encaminhado. Ele vai passar tanto pelos seus maiores hits, como "Deixa a Vida Me Levar", "Verdade" e "Brincadeira Tem Hora", entre muitos outros, mas também pelo seu disco mais recente, "Mais Feliz", que saiu no ano passado. Das novas, ele deve cantar "Permanência", a faixa-título e sua versão de "O Sol Nascerá", clássico de Cartola.

"Vai ser como se eu estivesse em casa, ou no bar com a rapaziada. Faço tudo de improviso."

Zeca está feliz por rever alguns amigos –os quatro ou cinco músicos que o acompanharão no show - e conseguir reunir doações. Mas quem está acostumado a vê-lo com um copo de cerveja, uma cena tão icônica que há anos é fonte de memes internet afora, pode vê-lo mais comportado no YouTube.

Recentemente, o sertanejo Gusttavo Lima foi recentemente notificado pelo Conar, órgão de regulamentação publicitária, por propaganda indevida, depois de beber excessivamente a cerveja patrocinadora de sua live. "Nem em comercial se pode beber mais", diz Zeca, que já foi estrela de diversos comerciais de bebida alcoólica. "Agora, inclusive, não pode mais nada. É por isso que eu não gosto de rede social."

Mas independentemente da regulamentação do Conar, Zeca está pegando leve. "Aqui em casa ninguém bebe. Gosto de beber em Xerém, encontrar meus amigos para tomar uma cerveja. Não estou totalmente sóbrio, às vezes tomo uma quando estou pegando um sol na cobertura. Estou meio devagar, também por causa da glicose."

Alheio à internet, Zeca não assistiu a nenhuma live até agora. Na sala de casa, ele se vira, abre uma gaveta e tira dois celulares antigos, do tipo Nokia tijolão. Tudo para dizer que seu uso dos aparelhos se resume a fazer e atender ligações.

"É muita mensagem, muita coisa. Gosto de estar na rua, sair ali com a rapaziada, ir ao shopping. Vou todo dia à minha gravadora", diz. "Mas agora ligo para Xerém todo dia, para saber como estão meus animais."

Mesmo longe das redes sociais, Zeca ficou sabendo dos ataques ao Cacique de Ramos, celeiro de gigantes do samba, como ele, Beth Carvalho, Almir Guineto, Jorge Aragão, Arlindo Cruz e Luiz Carlos da Vila, entre outros. O bloco, um dos mais tradicionais do carnaval do Rio, foi acusado nas redes de racismo e apropriação cultural este ano pelas fantasias indígenas.

"Não acho que está ofendendo os índios. Quem ofende os índios são esses caras que vão roubar madeira, que roubam as terras dos índios. Disso ninguém fala", diz. "O Cacique é uma família, onde nasceu Zeca Pagodinho, Fundo de Quintal, Almir Guineto... As pessoas têm que procurar mais o que fazer, em vez de ficar achando coisa onde não existe."

"Porra, vou sair daqui pra ficar falando da pena do índio?", continua. "Ah, espera aí também. O país numa crise dessa, num inferno desses, e o cara preocupado com a pena do Cacique? Se liga, né?".

Zeca lembra que, na sua juventude, os blocos desfilavam na avenida, no sábado de Carnaval, tinham eleição de samba enredo e eleição de primeiro, segundo e terceiro lugar. Quem não tinha dinheiro para ver as escolas de samba, ele diz, ia aos blocos.
Segundo a Riotur, órgão da Prefeitura do Rio, o bloco –ou trio elétrico, como Zeca prefere chamar– que reuniu mais gente foi o de Ludmilla, com mais de 1 milhão de foliões. Apesar de ter lançado um EP de pagode, a cantora está mais ligada ao funk e até à música pop.

"Olha, tem samba bom, tem rock bom e também tem funk bom. Em todos os ritmos tem música boa e música ruim. Mas o samba era coisa de crioulo, marginal, favelado. É a mesma coisa que acontece com o funk hoje", diz o sambista, que não tem apreço especial pelo gênero.

Além de reconhecer as mudanças no Carnaval, Zeca também diz que o Rio está mais violento. Foi o que o motivou a pedir a Claudinho e Serginho Meriti a composição "Na Cara da Sociedade", um pedido de paz que ele gravou em seu último disco.
"[A violência] já vem de um tempo, e tomara que melhore", diz. "Mas não tem educação, não tem hospital, não tem nada. Então, a tendência é piorar. Mas o principal é educação. Se não começar pela educação, não vai a lugar nenhum."

Zeca lamenta que não consegue mais "subir o morro", e diz que a malandragem, décadas atrás, "era outra". "Malandro era diferente. Respeitava as senhoras, as crianças. Gostava de samba. O que se fazia era para o lado deles lá, cada um na sua onda. Agora é muita bala, muito fuzil."

"Eu sempre ia ao morro tomar uma cerveja com a rapaziada. Aparecia um cavaquinho na casa de um, no barraco de outro, batucavam no balde. Agora não dá."

Entre ver um episódio do Scooby-Doo com o neto ("É a minha onda agora") e uma olhada na praia com seus binóculos, Zeca também está revirando vinis antigos. Discos de Elizeth Cardoso, Orlando Silva, Ciro Monteiro e Jackson do Pandeiro estão em alta rotação no apartamento.

Até encontrou tempo para ler o livro sobre sua vida, "Zeca - Deixa o Samba Me Levar", de Leonardo Bruno e Jane Barboza. Apesar de lançado em 2014, ele nunca havia lido a própria biografia.

Às 18h, diariamente, ele reza, esperando uma melhora na situação da pandemia e pela saúde dos amigos. Mas os últimos tempos não têm sido fáceis para Zeca, um símbolo nacional de alegria e celebração da vida.

A lista de amigos que ele perdeu só cresce, e agora inclui Aldir Blanc, além de Almir Guineto, Wilson das Neves, Luiz Melodia, Wilson Moreira e a madrinha Beth Carvalho. Seu parceiro de décadas, Arlindo Cruz está mal de saúde. (A assessoria de Zeca esclarece que é boato a informação, que circula no Twitter, de que ele teria ajudado Aldir Blanc em seus últimos dias de vida.)
"Tenho muita lembrança. Quando a gente se reúne, conta muita história", ele diz, logo encerrando o assunto. "Mas a gente vai levando. A saudade fica no coração, mas a cabeça tem que seguir em frente. Não tem jeito."

 

Fonte: Folha Press

Novo hospital de campanha será retaguarda para HUT em leitos de UTIs

O novo hospital de campanha em Teresina deve ficar pronto ainda este mês e servirá como retaguarda para o Hospital de Urgência de Teresina (HUT) em casos graves de pacientes com a Covid-19. A estrutura está sendo montada em um terreno cedido pelo Grupo Claudino, anexo ao HUT. No local, serão instalados cinco módulos com 12 leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) em cada um.

"Vai ser um hospital que receberá pacientes graves. Vamos ter um acesso direto ao HUT e esse é um dos motivos da escolha desse local pela facilidade a algum tipo de exame como tomografia. Realmente vai ter essa comunicação entre o HUT e o hospital de campanha com leitos de UTI. Atualmente, o HUT tem 18 leitos de UTI, exclusivamente, para pacientes com a Covid-19 e quando terminar a obra teremos 111 leitos de UTIs nos dois hospitais", explica o  diretor geral do HUT, Rodrigo Martins. 

A previsão para entrega de dois dos cinco módulos do novo hospital de campanha é de 15 dias. Ao todo serão construídos 60 leitos de UTIs. 

"O diferencial desse hospital de campanha anexo ao HUT é que vamos ter somente leitos de UTI. É um hospital que será referência somente para pacientes graves, entubados e que serão regulados pela rede municipal. O hospital não terá porta aberta", conclui Rodrigo Martins.


Graciane Sousa
[email protected]

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