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Municípios reforçam monitoramento de pessoas oriundas de outros estados

Foto: divisai/site/divulgação

A entrada de pessoas de outros estados está sendo monitorada na cidade de Paulistana. Equipes da Centro Regional de Referência em Saúde do Trabalhador de Picos (CEREST Picos) estiveram no município para verificar a situação. Eles fiscalizaram o comércio e identificaram que as medidas de distanciamento social estão sendo descumpridas. 

De acordo com a Vigilância Sanitária do Estado (Divisa), mesmo com o trabalho diário e de intensificação das medidas preventivas realizadas pela Vigilância Sanitária do Município (VISA Municipal) contra o novo coronavírus, no comércio local ainda há um grande movimento de pessoas, bem como o funcionamento de serviços não essenciais. 

“A VISA Municipal está nas ruas, aferindo temperatura das pessoas, orientando as filas de pessoas sobre o distanciamento social, mas ainda existe uma resistência da população em compreender as medidas, mas mesmo assim, o trabalho continua com o apoio da gestão municipal, que nos afirmou estar conseguindo realizar o monitoramento das pessoas oriundas de outros estados, feitos pelos profissionais da Atenção Básica e Vigilância Sanitária”, disse a coordenadora do CEREST de Picos, Maria Teresa.

Em Paulistana, a equipe do CEREST também esteve no hospital do município para orientar os profissionais da unidade de saúde.  “O hospital de Paulistana está em fase de conclusão da reforma. Amanhã (08), devem chegar os equipamentos para uma sala de estabilização onde terão nove leitos clínicos. Nós intensificamos a importância da higienização das mãos e os cuidados durante os atendimentos nos casos de suspeita de pacientes com COVID-19”, destacou a coordenadora.

Acauã

Para conter a disseminação do novo Coronavírus na região, o município tem adotado medidas de conscientização da população com ações preventivas, além das barreiras sanitárias localizadas na fronteira com o estado de Pernambuco.

Em Acauã não há casos confirmados da Covid-19, mas, segundom a coordenadora do CEREST de Picos, Maria Teresa, o hospital tem se preparado para atender os pacientes com suspeita da doença, caso seja necessário. 

“Encontramos em Acauã um hospital bem organizado e sinalizado, com Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s) para os funcionários e com uma equipe de profissionais de saúde capacitada para atuar nos atendimentos”, ressaltou.

 

Da Redação
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Brasil registra 751 novas mortes por coronavírus em 24 horas e bate recorde

Dados do Ministério da Saúde desta sexta-feira (8) apontam que o Brasil registrou 751 novas mortes por Covid-19 nas últimas 24 horas e bateu um novo recorde. É o quarto dia seguido com mais de 600 óbitos novos por dia –foram 610 na quinta (7), 615 na quarta (6), o maior número até então, e 600 na terça (5).

Com isso, chega a 9.897 o número de mortes pelo novo coronavírus confirmadas. O país também tem, ao todo, 145.328 casos confirmados de Covid-19.

Na quarta-feira (6) o Brasil superou a Bélgica e se tornou o sexto país com mais óbitos no mundo, segundo a Universidade Johns Hopkins (EUA), que monitora dados da pandemia. Os cinco primeiros países com mais óbitos são EUA, Reino Unido, Itália, Espanha e França.

Segundo especialistas, os números reais no Brasil devem ser maiores, já que há baixa oferta de testes no país e subnotificação.

Foto:Marcelo Fonseca/Estadão Conteúdo

 

RENATO MACHADO
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) 

 

Idosa de 89 anos é a 38ª vítima da Covid no Piauí; estado tem mais de 1.200 casos

Foto: MAURO SCROBOGNA/LA PRESSE/DIA ESPORTIVO/ESTADÃO CONTEÚDO

Uma idosa de 89 anos foi a 38ª vítima do novo coronavírus no Piauí. A paciente, que sofria de hipertensão e diabetes, estava internada em um hospital particular de Teresina (PI), e exames confirmaram, nesta sexta-feira (8), que sua morte se deu em decorrência da Covid-19.

Dos 38 óbitos no Piauí, 19 são de pacientes de Teresina. Os outros casos são de Parnaíba (3), Piracuruca (2), Buriti dos Lopes, Canto do Buriti, Bom Princípio do Piauí, Baixa Grande do Ribeiro, Cocal, Colônia do Gurgueia, Júlio Borges, Itaueira, Luzilândia, Pedro II, Picos, Santa Luz, São Francisco do Piauí e São José do Divino (1). 

 

Casos confirmados
Em boletim divulgado nesta sexta-feira, a Secretaria de Estado da Saúde do Piauí (Sesapi) também confirmou 102 novos testes positivos para o novo coronavírus - igualando o recorde de casos confirmados em um único dia, estabelecido na última quarta-feira (6). 

Entre os novos casos confirmados, estão pacientes com 1 e até 89 anos de idade. A maioria é do sexo feminino - 58 mulheres contra 44 homens. 

O Piauí alcançou a marca de 1.233 casos confirmados em 87 municípios. Foram registrados os primeiros testes positivos em Cocal de Telha, Fronteiras, Ipiranga, Redenção do Gurguéia e São João da Fronteira.

Situação hospitalar
Mais 10 pacientes tiveram alta médica - 210 no total. Por outro lado, as internações continuam a crescer em maior número: são 289 suspeitos internados em leitos destinados ao tratamento de covid-19. 

O número de leitos clínicos ocupados agora é de 198. A ocupação das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) também aumentou - chegou a 88 pacientes, 44,9% das vagas preenchidas. Outras três pessoas em tratamento ocupam leitos de estabilização. 

 

Fábio Lima
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Piauí aguarda liberação da Anvisa para fabricar respiradores mecânicos

Foto: Gelson Catatau/UFPI

O Piauí está aguardando a liberação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para que o estado possa produzir ventiladores mecânicos. O modelo foi desenvolvido pela startup de Robótica TRON, com apoio de pesquisadores da Universidade Federal do Delta do Parnaíba (UFDPAR)  e UFPI. O equipamento é de baixo custo e utiliza materiais segundo normas da Associação Médica Brasileira (AMB). De acordo com o governador Wellington Dias, 300 unidades já foram encomendadas.

“Encaminhamos o pedido de reconhecimento à Anvisa e com isso a gente vai ficar numa situação de, no Piauí, pessoas serem atendidas com dignidade. Já são 300 respiradores encomendados. Isso vai ser uma novidade. A doutora Tatiana Chaves, da Vigilância Sanitária, está empenhada nesse reconhecimento da Anvisa, que deve acontecer nos próximos dias”, disse o governador ao inaugurar o hospital de campanha instalado no ginásio Verdão, em Teresina.

O governador disse ainda que autorizou uma aeronave ir a São Paulo buscar os insumos necessários para a produção dos equipamentos. “Hoje eu liberei uma aeronave para ir a São Paulo pegar os insumos que estão sendo comprados e devem chegar ao Piauí amanhã, de forma a garantir a produção de respiradores no Piauí”, afirmou.

Wellington Dias, inclusive, já mostrou a ideia ao ministro da saúde, Nelson Teich, o que pode levar os ventiladores mecânicos produzidos no Piauí servirem a outros estados. “Estamos nessa parceria com esse time de Parnaíba, liderado pelo Dr Gildário, e todos os envolvidos para que tivéssemos condições técnicas adequadas”, disse o governador.

Ventilador tem integração com telemedicina

Segundo a UFPI, o ventilador pode ser usado em crianças, adultos, e pessoas com sobrepeso. O equipamento é capaz de controlar variáveis como pressão e vazão do oxigênio. Conta com sensores de fluxo, de pressão, de saturação de oxigênio, além de integração com telemedicina, inteligência artificial e conta com perfis para ventilação assistida e controlada. 

O ventilador tem custo de produção de aproximadamente R$ 6 mil enquanto equipamentos industriais são vendidos a partir de R$ 50 mil. O respirador leva apenas algumas horas para ficar pronto. O aparelho tem documentação aberta, que permite a qualquer pessoa ou empresa acessar o protocolo e fabricá-lo para fins de filantropia, após autorização da Anvisa.

Hérlon Moraes
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MS reconhece atividades religiosas como essenciais no meio da pandemia

A partir desta sexta-feira (8) as atividades religiosas passam a ser consideradas essenciais no Mato Grosso do Sul. A lei, aprovada pela Assembleia Legislativa, foi sancionada nesta quinta-feira (7) pelo governador Reinaldo Azambuja (PSDB).

De acordo com o texto, a atividade religiosa deve "ser mantida em tempos de crises oriundas de moléstias contagiosas ou catástrofes naturais", como é o caso da pandemia do novo coronavírus.

A lei estabelece que os espaços religiosos terão de seguir as medidas de segurança sanitárias recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e que cabe ao governador, por meio de decreto, especificar as regras de funcionamento de templos e igrejas.

O autor da lei é o deputado Herculano Borges (Solidariedade), segundo o qual a fé "exerce papel fundamental como fator de equilíbrio psicoemocional à população".

Fonte: Folhapress

Dólar fecha em queda após cinco pregões de alta e recua para R$ 5,74

O dólar teve um dia de queda, após subir por cinco pregões consecutivos, período em que acumulou alta de 9%. O movimento de realização de ganhos nesta sexta-feira, 6, foi sustentado pelo exterior, onde a moeda norte-americana perdeu força, em meio à expectativa de reforço no diálogo comercial dos Estados Unidos com a China, após as críticas da Casa Branca responsabilizando Pequim pela pandemia de coronavírus.

No mercado doméstico, segue pesando a cautela com a atividade econômica e o cenário político, tanto que o ritmo de queda perdeu um pouco de força nos negócios da tarde. Na semana, o dólar subiu 5,5% e, no ano avança, 43%.

O dólar a vista terminou a sexta-feira cotado em R$ 5,7418, em baixa de 1,70%. No mercado futuro, o dólar junho era negociado a R$ 5,75 no final da tarde. Na mínima do dia, a moeda bateu na casa dos R$ 5,72, pouco depois do meio-dia.

O indicador mais aguardado da semana, o relatório de emprego dos Estados Unidos, chamado de payroll, mostrou fechamento de 20,5 milhões de vagas em abril. Como o número veio pouco abaixo do previsto por Wall Street (22 milhões), ajudou a reforçar a busca por ativos de risco, enfraquecendo o dólar.

Apesar de ficarem abaixo do esperado, a economista sênior do TD Bank, Leslie Preston, reforça que os dados do emprego vieram muito ruins e reforçam a visão de que o Produto Interno Bruto (PIB) americano deve ter contração de 41% neste segundo trimestre.

"O que não sabemos ainda é o quão rápido a atividade vai se recuperar", ressalta ela, destacando que muito dos postos fechados são temporários, mas tudo vai depender do combate ao coronavírus.

Ainda ajudou a reforçar a queda do dólar no mercado doméstico a promessa de Jair Bolsonaro de vetar aumentos de salários do funcionalismo dentro do pacote de socorro a Estados e municípios Na quinta, quando Bolsonaro declarou que ia seguir "a cartilha" do ministro Paulo Guedes, as cotações do dólar desaceleraram o ritmo de alta. Os estrategistas do Citi ressaltam que, inicialmente, o presidente estava se posicionando contra o ministro.

A expectativa é que Bolsonaro assine o veto nesta sexta.

Os estrategistas do BNP Paribas, Gabriel Gersztein e Samuel Castro, comentam que a dinâmica do câmbio brasileiro está dificultando qualquer tipo de previsão de curto prazo e alertam para o risco de o real muito desvalorizado provocar uma fuga "desordenada" de capital de investidores locais. Além disso, o dólar muito alto pode ter impacto negativo nas condições financeiras de empresas e bancos, ressaltam em relatório.

Por Altamiro Silva Junior
Estadão Conteúdo

Vídeo: terminais improvisados não têm banheiro e água para motoristas e cobradores

A volta aos antigos terminais de ônibus - que ficavam ao final da linha antes da criação dos Terminais de Integração - tem provocado transtornos aos motoristas e cobradores que não possuem sequer local para lavar as mãos e fazer necessidades fisiológicas. Nesta sexta-feira (08), equipes do sindicato identificaram esses problemas na zona Sudeste de Teresina, na região do Parque Jurema e Novo Horizonte.

O ponto de encerramento das viagens dos ônibus, que atualmente é nos Terminais de Integração, passou por mudanças após determinação de fechamento da Prefeitura de Teresina para prevenção do novo coronavírus, como medida de evitar aglomeração. Agora, os motoristas e cobradores estão em pontos improvisados, muitos deles são os antigos "terminais de fim de linha". 

O vice-presidente do Sintetro (Sindicato dos Trabalhadores Empresas de Transportes), Ajuri Dias, informou que a zona Sul não foram identificados graves problemas e que as demais regiões serão fiscalizadas pelas equipes.  O sindicato tenta diálogo com o consórcio que atende a zona Sudeste para revolver a situação. 

"Aquela estrutura que tinha antigamente nos finais de terminais não existe mais. Nós aceitamos voltar a rota antiga (devido o fechamento temporário dos terminais de integração), mas precisamos de uma mínima estrutura. Não tem banheiro, não tem água gelada, a pessoa precisa ficar em baixo de uma árvore pra ter sombra. É uma situação complicada".

O vice-presidente ressaltou que antes da divulgação dos vídeos foi tentando um acordo de melhor acomodação dos profissionais, mas nada foi feito. "Tivemos essa atitude de filmar para tentar resolver. A gente não pode continuar assim, sem ter nem como lavar as mãos e usar o banheiro nessa pandemia".

 

 

Carlienne Carpaso
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Bolsa fecha em alta de 2,75% e limita perda da semana a 0,30%

Após avanço de 6,87% na semana passada, a última de abril, quando o Ibovespa acumulou ganho de 10,25% - o maior para o mês desde 2009 - , o Ibovespa deu largada a maio em terreno negativo, com leve perda de 0,30% nesta primeira semana do novo mês. O principal índice da B3 conseguiu limitar o ajuste negativo do intervalo, ao encerrar a sessão desta sexta-feira em alta de 2,75%, a 80.263,35 pontos, não tão distante da máxima do dia, tendo oscilado entre mínima de 78.151,87 e pico de 80 556,62 pontos. Assim, o índice recuperou no fechamento a linha psicológica de 80 mil pontos, que havia cedido na segunda-feira

Os ganhos se acentuaram na parte final da sessão, quando o índice passou a renovar as máximas do dia, impulsionado por sólido desempenho das ações blue chip, com Petrobras ON em alta de 6,83% - quarto melhor desempenho na carteira Ibovespa - e a PN, de 5,96%, enquanto Vale ON avançou 6,08%. Destaque também para as ações de bancos, com Bradesco PN em alta de 4,49%, Itaú Unibanco PN, de 4,10%, unit do Santander, de 4,54%, e Banco do Brasil, de 3,20%. Na ponta do Ibovespa, CVC fechou em alta de 9,08% e, no lado oposto, Via Varejo caiu 9,14%. No ano, o Ibovespa cede agora 30,60%.

O giro financeiro desta sexta-feira totalizou R$ 22,9 bilhões, mais fraco do que o do dia anterior (R$ 30,9 bilhões), quando prevaleciam temores fortes sobre a situação fiscal, especialmente após o Congresso ter mantido aberta a porta para aumentos do funcionalismo, contrariando a orientação do ministro da Economia, Paulo Guedes, que defendia que Estados e municípios deveriam oferecer contrapartidas para ter acesso a ajuda contra a pandemia.

"O mercado ainda não sabe se Paulo Guedes permanece confortável no cargo - cresce a percepção de que começa a dar sinais de cansaço. Ele tem acumulado derrotas pessoais na aproximação do governo ao Centrão, como no episódio do aumento do funcionalismo, e ainda terá outras batalhas pela frente, como a possibilidade de retomada da Cide, a qual ele se opõe", observa Marcel Zambello, analista da Necton. "Estamos muito cautelosos com relação ao Ibovespa, tendo em vista os fatores de incerteza doméstica, com a reabertura da economia ainda um pouco distante", acrescenta.

"Mas o exterior tem ajudado. Hoje, agradou essa reaproximação entre EUA e China, bem-vista pelo mercado. E o payroll americano, embora horroroso, veio um pouco melhor do que se temia", diz o analista. A taxa de desemprego dos EUA foi a 14,7% em abril, mas se chegou a estimar que poderia atingir 16% no mês, após ter se mantido até o início do ano nos menores níveis em cinco décadas.

Na economia doméstica, os sinais de fraqueza continuam a chegar: o IBGE informou hoje que o IPCA atingiu em abril mínima em 12 meses desde 1999 e a Anfavea divulgou queda recorde, de 99,3%, na produção de veículos no mesmo mês ante abril do ano passado - um mergulho sem precedentes na série histórica, iniciada em 1957

Apesar dos sinais negativos sobre o nível de atividade, o Ibovespa acompanhou o bom humor externo, com sinais de que EUA e China retomaram canal de comunicação bilateral, o que contribui para aliviar temores quanto a eventual ruptura do acordo comercial, na esteira das acusações feitas pelo governo americano de que a China tem responsabilidade, ainda que acidental, pela eclosão da pandemia de covid-19.

Assim, mesmo com o desempenho positivo nesta sessão, o Ibovespa acumula agora perdas em duas das últimas cinco semanas, alternando entre ganhos e perdas nas últimas quatro: antes de ter subido 6,87% na semana passada, havia cedido 4,63% no intervalo até o dia 17 de abril e avançado 1,68% até o dia 9, antes da Páscoa.

Entre os dias 28 e 30 de abril, o Ibovespa também conseguiu fechar acima dos 80 mil pontos, importante linha de resistência que havia sido vencida no encerramento de 22 de abril pela primeira vez desde 13 de março. Apesar da recuperação observada especialmente no fim de abril, a trajetória do índice neste início de maio se assemelha ao observado no mês anterior, quando o Ibovespa se manteve boa parte do tempo na faixa de 78 mil a 79 mil pontos, testando a linha de 80 mil em certos momentos, mas sem conseguir se sustentar por muito tempo acima dela.

Por Luís Eduardo Leal
Estadão Conteúdo

Conselho manda suspender criação de auxílio-saúde pelo MP-MT em meio à pandemia

O CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público) mandou suspender nesta sexta-feira (8) o auxílio-saúde criado pelo Ministério Público de Mato Grosso nesta semana em meio à pandemia do novo coronavírus.

O penduricalho prevê o pagamento extra de R$ 1.000 para procuradores e R$ 500 para servidores e gera despesa de R$ 680 mil ao mês e R$ 8,1 milhões ao ano aos cofres do MP-MT.

Segundo o ato do Ministério Público, a ajuda de custos seria para despesas com saúde e de caráter indenizatório, "por meio de ressarcimento parcial, às despesas decorrentes de gastos relativos à saúde".

A decisão do conselheiro Sebastião Caixeta, em caráter liminar (provisório), aponta que auxílio instituído pelo procurador-geral do estado, José Antônio Borges, nesta semana, fere o princípio da eficiência e da proporcionalidade.

Isso porque ocorre num momento em que se prega o corte de gastos, sendo que o próprio órgão no estado implementou atos de contenção de despesas.

A verba extra criada por resolução também surge no momento em que se discute a possibilidade de redução de orçamento dos Poderes de Mato Grosso devido à queda de arrecadação oriunda da pandemia do novo coronavírus.

O Ministério Público de Mato Grosso tem 249 promotores e procuradores de Justiça, além de 862 servidores efetivos e comissionados.

O auxílio-saúde do MP-MT está previsto em lei de 2012, mas ainda não havia sido instituído. Em resposta a questionamento do CNMP, o procurador-geral afirmou que o MP-MT tem espaço no cofre para arcar com as despesas porque se preparava para implementá-la, mas não demonstra documentos que comprovam a alegação.

Na decisão desta sexta, Caixeta aponta que a criação do penduricalho neste momento ocorre após o início da análise de um pacote de socorro aos estados pelo Congresso Nacional que veda o reajuste do salário de servidores por 18 meses.

"Há aqui aparente tentativa de frustrar o congelamento de salários dos servidores públicos municipais, estaduais e federais e dos membros dos três Poderes até dezembro de 2021, havendo informações de que a previsão de instituição da dita ajuda de custo estava prevista para o segundo semestre deste ano e foi antecipada em razão da nova legislação, motivação esta que está alheia ao interesse público", escreveu o conselheiro na decisão.

O pedido para suspensão do auxílio partiu do conselheiro Valter Shuenquener de Araújo, que solicitou uma análise urgente do caso pelo conselho nacional da possível "suspensão imediata do ato que implementa o pagamento da rubrica em questão, medida que poderá ser sopesada, liminarmente, pelo Relator", afirmou.

Araújo ainda destacou que o país passa por uma grave crise sanitária e econômica "provocada pela pandemia do novo coronavírus".

"Nesse contexto, não me parece minimamente razoável, no atual cenário de crise mundial, a elevação de dispêndios públicos pelo órgão ministerial, mediante a criação de indenização a membros e servidores do parquet", disse o conselheiro.

Nesta semana, após a provocação do CNMP, o Ministério Público informou, em nota, que ajuda de custo para despesas com saúde aos servidores e membros da instituição, tem respaldo constitucional e consta em lei desde 2012.

"Tanto é assim, que outras instituições públicas já concederam a mesma ajuda de custo aos seus integrantes, como ocorre no Tribunal de Justiça, que paga a seus servidores, bem como o Ministério Público Federal a seus membros e servidores", diz trecho da nota.

A nota ainda diz que o pagamento do benefício possui lastro orçamentário, portanto, não irá exigir o "aporte de suplementações ou remanejamento orçamentário, e estava planejado antes mesmo da pandemia".

"Por fim, torna-se relevante esclarecer que projeto de lei já aprovado pelo Senado Federal e que deve também receber aprovação da Câmara dos Deputados, além de instituir ajuda financeira a estados e municípios pra fazer frente à pandemia do novo coronavírus, também vai congelar até o final de 2021 os subsídios de todos os servidores públicos das esferas federal, estadual e municipal, razão pela qual a ajuda de custo teve que ser regulamentada agora", finaliza a nota.

Fonte: Julia Chaib, Folhapress

Em comunicado sem Flu e Botafogo, Ferj e clubes do Rio pedem retorno dos treinos

A Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj) e a maior parte dos clubes do Rio pediram o retorno dos treinos em comunicado divulgado nesta quinta-feira. Somente Fluminense e Botafogo não assinaram o documento, subscrito por Flamengo, Vasco, America, Americano, Bangu, Boavista, Cabofriense, Friburguense, Macaé, Madureira, Nova Iguaçu, Portuguesa, Resende e Volta Redonda.

"Por inúmeros motivos os clubes signatários desejam retornar as suas atividades o mais breve que lhes for possível e permitido e estão prontos para reiniciar, em primeira fase, tão somente os treinamentos, de forma responsável, restrita, reduzida, sob vigilância, sem aglomerações ou presença de público e em obediência a um rigoroso protocolo médico de normas e procedimentos imperativos, sempre comprometidos com a preservação da integridade da saúde de todos os envolvidos e também em atenção às medidas de prevenção e combate à disseminação da covid-19", anuncia o comunicado.

A Ferj e os clubes afirmam que vão cumprir todas as determinações das autoridades do governo e de saúde. "Ressaltam que mesmo afirmando estarem preparados para reiniciar suas atividades em poucos dias, se assim o for permitido, entendem e cumprem, integralmente, as determinações das autoridades governamentais e de saúde."

E garantem que a retomada dos trabalhos não vão gerar maior risco de contaminação dos jogadores, membros das comissões técnicas e funcionários dos clubes. "Reafirmam que tais atividades, sob a rigorosa vigilância e exigências estabelecidas situam-se em posição infinitamente inferior ao risco de exposição e disseminação da covid-19, em se tratando de comparações com inúmeras outras atividades e segmentos que se encontram já em franca atividade."

O comunicado conjunto foi divulgado um dia depois de o Estado do Rio de Janeiro registrar seu pior dia nesta pandemia do novo coronavírus. Foram 189 mortes no estado, fazendo o Rio superar São Paulo pela primeira vez em número de óbitos em apenas 24 horas.

A avaliação da maior parte dos clubes do Rio não conta com aval do Fluminense e do Botafogo. Horas após a publicação do comunicado, que foi divulgado junto de um "Protocolo de Recomendações Médicas Para Retorno ao Futebol" (assinado por diversos médicos), a diretoria do time tricolor repudiou a decisão da Ferj e dos demais times.

"O clube acredita que não é o momento do futebol brasileiro dar qualquer sinalização de retorno do esporte quando o país inteiro, particularmente o Rio de Janeiro, está com extrema dificuldade de fazer a população cumprir o isolamento social necessário para reduzir o número de contaminações e mortes por conta da covid-19, e cidades inteiras começam a anunciar medidas ainda mais severas, como o lockdown", disse o Flu, em nota.

"O Fluminense reforça que a sua posição, desde o início da pandemia, é de só retornar aos treinos presenciais quando os órgãos governamentais e de saúde derem o aval para o retorno em segurança de todos os funcionários envolvidos nestas atividades " O Botafogo ainda não se manifestou sobre o assunto.

Fonte; Estadão Conteúdo

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