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Socorro de elétricas e aéreas pode sair esta semana

Foto: Raoni Barbosa / Cidade Verde / Arquivo

 

Os pacotes de socorro às distribuidoras de energia elétrica e às companhias aéreas, desenhados por um consórcio de bancos coordenado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) que trabalha para apoiar os setores mais afetados pela pandemia de covid-19, deverão chegar a uma definição nesta semana, apurou o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. Os valores do socorro deverão ficar entre R$ 10 bilhões e R$ 13 bilhões, no caso do setor elétrico, e de R$ 4 bilhões a R$ 7 bilhões, no aéreo, disseram fontes que acompanham as negociações. O apoio à fabricante de aviões Embraer corre em paralelo e não estará nessa primeira ajuda.

A definição dos primeiros pacotes de socorro setorial em meio à crise se dará nas condições a serem oferecidas às empresas. Valores e implementação dependerão do "aceite" das companhias que quiserem recorrer à ajuda, informaram as fontes.

No caso das companhias aéreas, deve ser divulgado um ofício com as condições estabelecidas ao longo da próxima semana e a ajuda inclui o mercado de capitais. As empresas apoiadas farão emissões de títulos de dívida, tanto debêntures tradicionais quanto bônus conversíveis em ações. A ideia é que o BNDES e os bancos privados garantam a compra de até 70% dos títulos das ofertas, e os 30% restantes fiquem com investidores privados.

Uma fonte do setor financeiro explica que o BNDES deve ficar com 60% e as instituições privadas, com 10%. Segundo outra fonte, o objetivo do banco de fomento é atrair outros investidores para além de 30% das ofertas, permitindo uma redução na sua participação. Entre os investidores, estariam bancos estrangeiros e médios. "Ainda está em debate com outros bancos para definir exatamente a participação das instituições financeiras", diz o vice-presidente de um grande banco, na condição de anonimato.

A composição da ajuda ao setor aéreo, um dos mais afetados pela pandemia, ficaria assim: 75% em debêntures e 25% em bônus conversíveis em ações. O valor de conversão dos bônus em ações tem sido um dos pontos de controvérsia entre o BNDES e as companhias aéreas desde o início das conversas, ainda em março.

O copresidente do conselho do Itaú Unibanco, Roberto Setubal, afirmou que as empresas que quiserem ser capitalizadas na crise terão de aceitar as condições impostas. "A diluição dos acionistas é óbvia e tem de ser aceita. Se as empresas se abrirem para isso, eu acho que vamos ver capitalizações", disse ele, em live do banco, realizada na semana passada.

Conta de luz

No caso das elétricas, o modelo a ser adotado é o do financiamento sindicalizado feito em 2015, também com o BNDES na coordenação. Os empréstimos seriam garantidos de forma embutida na conta de luz, por meio do encargo Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). O governo federal ainda quer dividir o que seria pago pelas distribuidoras e o que seria repassado aos consumidores.

Com o avanço das conversas, a expectativa é que o entendimento das condições do empréstimo e ainda o decreto que regulamenta o socorro ao setor elétrico sejam publicados ao longo da próxima semana. A definição do pacote de socorro para as elétricas depende também de negociações com o Ministério de Minas e Energia (MME) e da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel)

Segundo uma fonte, as negociações pretendem "diminuir ao máximo impacto de juros sobre a conta de luz". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Por Vinicius Neder e Aline Bronzati
Estadão Conteúdo

Em 24 horas, Teresina tem 31 novos casos de coronavírus

O número de casos da Covid-19 em Teresina continua subindo. Mais 31 pessoas foram confirmadas com o novo coronavírus nas últimas 24 horas, de acordo com boletim diário da Fundação Municipal de Saúde (FMS) e da Secretaria de Estado da Saúde do Piauí (Sesapi). No total, a capital já soma 786 casos de Covid-19 e 22 óbitos pela doença.

“Os números estão em crescimento e refletem o afrouxamento do distanciamento social que temos observado nas últimas semanas. Para reverter o quadro, precisamos novamente aumentar o percentual de isolamento na cidade inteira, só assim teremos como reduzir o número de pessoas contaminadas. É imprescindível que os teresinenses evitem sair às ruas e se mantenham em casa o máximo possível”, alertou a enfermeira Francisca Rodrigues, do Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública (COE) da Fundação Municipal de Saúde de Teresina.

A Prefeitura de Teresina tem tomado medidas para diminuir o contágio pelo novo coronavírus em toda a capital, orientando a população a permanecer em casa e somente sair em casos de extrema necessidade, fazendo uso de máscaras. 

No final de semana, novas medidas de combate à doença foram anunciadas pelo prefeito Firmino Filho, como a proibição de comercialização de eletrônicos, eletrodomésticos e produtos de vestuários nos supermercados, hipermercados e estabelecimentos congêneres, além da obrigatoriedade de realização de testes nos trabalhadores dos serviços em funcionamento na capital.

Paralelo a isso estão sendo realizados testes por meio de pesquisa sorológica. Neste domingo, (10), a quarta etapa da pesquisa de investigação sorológica para conhecer a situação da pandemia do novo coronavírus na capital foi encerrada. Teresina é a primeira cidade do Brasil a ter essa série de pesquisas e, até a terceira etapa, 2.700 pessoas haviam sido testadas.

Da Redação
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Governo define normas sanitárias para funcionamento de consultórios médicos

O Governo do Estado autorizou, por meio da portaria conjunta da Diretoria da Unidade de Vigilância Sanitária do Estado do Piauí (Divisa) e Sesapi, na portaria Nº 0385/2020, o funcionamento de consultórios médicos e serviços de assistência à saúde durante a quarentena por serem considerados serviços essenciais.

O documento estabelece medidas de segurança sanitária para o funcionamento dos serviços médicos e estabelecimentos assistenciais de saúde, no âmbito das medidas excepcionais para enfrentamento à Covid-19.

As atividades médicas, em toda sua plenitude, e os estabelecimentos assistenciais de saúde, são atividades necessárias e indispensáveis ao atendimento das necessidades inadiáveis da população. Portanto, nesse momento de pandemia, as atividades médicas classificadas como essenciais e autorizadas a funcionar são:

– Atendimentos clínicos e/ou cirúrgicos em situação de urgência e emergência em qualquer especialidade médica e em qualquer cenário de atendimento (hospitais, pronto atendimentos, clínicas e consultórios);

– Procedimentos e exames para o suporte aos atendimentos realizados (laboratórios de exames e clínicas de imagem);

– Consultas, exames laboratoriais e de imagem e procedimentos ambulatoriais relacionados a oncologia, hemodiálise, pré-natal e qualquer especialidade com doenças crônicas;

– Retomo pós-operatório em qualquer especialidade;

– Cirurgias que não caracterizam urgência, mas são inadiáveis, como cirurgias oncológicas, cardiovasculares, transplantes de órgãos e tecidos, dentre outras;

– Atendimento de pacientes portadores de doenças crônicas e/ou que fazem parte de programas nos quais necessitam de curativos e dispensação de fármacos, órteses e próteses;

– Casos ambulatoriais em que o atendimento presencial é imperativo após teletriagem e/ou teleorientação em prol do bem-estar do paciente e desde que atenda a todas as normas e recomendações das autoridades competentes e sanitárias.

A portaria recomenda o cumprimento das normas sanitárias necessárias para o funcionamento das atividades médicas e de assistência à saúde, como a higienização frequente do ambiente, a preferência por ventilação natural, seguir todas as normas de higienização, proteção individual dos profissionais de saúde e restrição de contato, disponibilizar água e sabão, bem como álcool em gel 70% aos profissionais e pacientes, além de evitar aglomerações, exigir a todos o uso de máscaras e compartilhamento de equipamentos como teclado, telefone, mesa, canetas, etc., dentre outras normas.

Portaria Vigilância Sanitária

 

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Metade das vagas de UTI em Teresina para casos de Covid estão ocupadas

Foto: Arquivo/Cidadeverde.com

A ocupação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTIs) destinados a casos de Covid-19, necessários para pacientes com estado de saúde mais grave, chegou a 50,6% em Teresina e 46,7% em todo o Piauí. Os dados constam no boletim da Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), do último domingo (10). 

Veja o relatório completo

Dos 210 leitos de UTI em todo o estado, 98 estão ocupados, 12 a mais que no dia anterior. Os números abrangem tanto hospitais públicos como os da rede privada. 

Em Teresina, onde estão 158 leitos de UTI, é também onde está concentrado o maior número de pacientes internados: 80.  

No interior, são 38 vagas em UTIs, sendo que 18 estão com pacientes internados. 

A maioria das vagas ocupadas é da rede pública - 68, ou 45,6% do total - enquanto os demais estão em hospitais particulares - 36, o que corresponde a 48,6% das vagas na rede privada. 

Os percentuais de ocupação nas UTIs cresceram mesmo depois do aumento de vagas de terapia intensiva, que passaram de 188 para 210 na última semana. 

Leitos clínicos
A ocupação dos leitos clínicos também continua a crescer mais que o número de pacientes que recebem alta. Até domingo (10), eram 200 internados com sintomas menos severos da Covid-19 - 164 na capital e 36 no interior. 

 

Novas vagas
O poder público trabalha para abrir novos leitos clínicos, de UTI e para estabilização de pacientes, seja nas unidades de saúde já existentes, ou em hospitais de campanha - um deles terá 60 leitos de UTI e ficará ao lado do Hospital de Urgência de Teresina (HUT).

Porém, na semana passada, o governador Wellington Dias (PT) afirmou que o estado tem outro problema: o número de profissionais hoje tem como lidar com até 600 leitos.

“Não é limite de respiradores, equipamentos, é limite de profissionais para lidar com os leitos. O problema é o número de intensivistas, médicos altamente especializados e preparados para lidar com pulmão e outras complicações da Covid”, declarou o governador. 

Fábio Lima
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Com pacientes de Picos e Valença, Piauí chega a 45 mortes por Covid-19

Foto: Sesapi

Mais três pessoas que vieram a óbito no Piauí tiveram morte confirmada após infecção pelo novo coronavírus. Os casos de pacientes de Picos, Valença e Monsenhor Hipólito foram confirmados pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), neste domingo (10). 

Durante a tarde, foi confirmada a morte de um eletricista de 47 anos, proprietário de uma oficina de motos de Monsenhor Hipólito, que estava internado em Picos desde o dia 4 de maio. Ele não tinha comorbidades - outra doença que contribuísse para o agravamento do seu quadro de saúde.

Também no hospital Justino Luz, em Picos, foi confirmada a morte de uma mulher de 64 anos, que sofria de diabetes. 

O terceiro óbito é de um homem do município de Valença do Piauí. Internado no hospital Natan Portela, em Teresina, ele tinha 82 anos e histórico de cardiopatia. 

Agora são 45 mortes de pacientes com a Covid-19 no Piauí. Os casos são de: Teresina (22), Parnaíba (3), Picos (2) Piracuruca (2), Buriti dos Lopes, Canto do Buriti, Bom Princípio do Piauí, Baixa Grande do Ribeiro, Cocal, Colônia do Gurgueia, Júlio Borges, Itaueira, Ilha Grande, Luzilândia, Monsenhor Hipólito, Pedro II, Valença, Santa Luz, São Francisco do Piauí e São José do Divino (1). 

 

Casos confirmados
O Piauí chegou a 1.332 casos confirmados - foram 54 novos testes positivos neste domingo (10). 

Marcolândia e Monsenhor Gil registraram seus primeiros casos. Com isso, o número de municípios no mapa da covid-19 chegou a 90. 

Entre os novos casos estão 32 mulheres e 22 homens. Os infectados têm desde 5 a até 92 anos de idade. 

Situação hospitalar
O número de internados agora é de 299: 200 deles em leitos clínicos, 98 em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e um em leito de estabilização. 

Mais 16 pacientes tiveram alta - o total é de 236. 

Fábio Lima
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Brasil registra 496 novas mortes por coronavírus e total de óbitos vai a 11.123

 

O Ministério da Saúde confirmou neste domingo (10) 496 novas mortes causadas pelo novo coronavírus no país. Com os números acrescentados nas últimas 24 horas o total de óbitos chega a 11.123. O total de pessoas que se infectaram com a doença aumentou para 162.699 –foram adicionados 6.760 novos casos de Covid-19 aos dados oficiais.

Os novos números chegam um dia após o país ultrapassar a marca de 10 mil mortos. No sábado (9), o ministério havia confirmado 730 óbitos. Na sexta (8), o último recorde de confirmações em um único dia havia sido alcançado, com 751 registros de mortes em um único dia.

O Brasil é o sexto país com o maior número de mortes causadas pela doença. Neste domingo, estava atrás de Estados Unidos (79 mil), Reino Unido (32 mil), Itália (30 mil), Espanha (26 mil) e França (26 mil), segundo a plataforma da Universidade Johns Hopkins, dos Estados Unidos, que monitora a evolução da pandemia. O total de mortes no mundo é de mais de 280 mil. Os casos confirmados passam de 4 milhões.

Os novos óbitos anunciados pelo ministério, porém, não necessariamente ocorreram nas últimas 24 horas –há um intervalo de tempo entre o registro do óbitos e a confirmação da infecção por coronavírus.

Foto: Genival Fernandez/Agência Pixel Press/Estadão Conteúdo

Segundo especialistas, os números reais no Brasil devem ser maiores, já que há baixa oferta de testes no país e subnotificação.

Até o dia 7 de maio, pelo menos 4 estados registravam ocupação dos leitos de UTI maior do que 90%: Pernambuco, Rio de Janeiro, Ceará e Roraima. São Luís e Belém também registram uso da capacidade das UTIs superior a 90%.

Governadores vêm sendo pressionados por empresários e prefeitos pela reabertura devido ao impacto das restrições de atividades na economia. O presidente Bolsonaro tem minimizado os efeitos da doença e também defende a retomada dos negócios.

Em São Paulo, estado com os piores números da doença, o governador João Doria prorrogou a quarentena obrigatória até o dia 31 de maio. Prefeitos do interior do estado se opuseram à decisão. O prefeito de São José dos Campos, Felicio Ramuth (PSDB), foi à Justiça para tentar reabrir o comércio nas últimas semanas e classificou a decisão como decepcionante.

Em Santa Catarina, onde o comércio é reaberto progressivamente em algumas cidades desde o começo de abril, o número de infectados cresceu 173% no primeiro mês de flexibilização.

Em São Luís, a Justiça decretou o "lockdown", que começou na terça-feira (5).

Fonte: FOLHAPRESS

 

Casal Beckham é criticado por comprar imóvel enquanto pede fundo emergencial

David e Victoria Beckham estão sendo criticados por comprarem uma cobertura em Miami avaliada em US$ 20 milhões (cerca de R$ 115,3 milhões), enquanto a marca de moda de Victoria pediu US$ 185 mil (R$ 1 milhão) em fundos emergenciais para colocar 30 de seus funcionários em licença por dois meses, em meio à pandemia do novo coronavírus.

Segundo informações divulgadas pelo portal Page Six, o imóvel foi comprado após o casal ter feito um empréstimo bancário de US$ 12 milhões (R$ 69 milhões) por meio da empresa Beckham Brand Ltd. Procurada pelo portal, a empresa de Victoria afirmou no início de maio que não estava mais buscando a assistência ao contribuinte.

O apartamento comprado pelo casal fica em uma torre futurista de 62 andares, conhecida como Museu dos Mil, e projetada pela falecida arquiteta Zaha Hadid, vencedora do prêmio Pritzker de arquitetura.

O imóvel tem aproximadamente 960 m², com cinco quartos e sete banheiros, além de uma vista de 360º da cidade, inclusive do mar. Seu condomínio conta com comodidades que incluem um lounge no último andar, uma academia, duas piscinas, sauna, spa e um heliporto particular.

 

Fonte: Folha Press

Live de Dia das Mães de Roberto Carlos tem rosa 3D e bronca sobre quarentena

Fotos: Reprodução/Globo


Em um Dia das Mães completamente atípico, no qual boa parte dos almoços de domingo e abraços foram substituídos por videoconferências e mensagens no WhatsApp, a live de Roberto Carlos talvez tenha ajudado a aliviar, pelo menos por uma hora e quarenta minutos, a estranheza causada pela distância da quarentena em uma data comemorativa.

Direto do estúdio em sua casa, no Rio de Janeiro, o rei apareceu pontualmente às 15h com uma camisa clara e um colete branco e, sem perder tempo, começou a cantar "Lady Laura", música que compôs para sua mãe em 1976 e se tornou um de seus maiores sucessos.

Queridinho das mães, o cantor já saiu ganhando com a presença da audiência cativa, que passou a transmissão inteira comentando declarações de amor e emojis de rosas –referência ao clássico gesto de seus shows ao vivo. Vez ou outra também apareceram mensagens de outros países.

Em troca, ganharam vários clássicos do rei e uma rosa vermelha virtual. "Essa é a minha forma digital de mandar uma rosa para vocês. Não gosto dessa palavra, 'digital' mas tem que ser", disse, antes de cantar "Como É Grande o Meu Amor Por Você".

Um QR code apareceu na tela, e, escaneado, levou a uma flor em 3D rodando em cima de uma mensagem de "feliz Dia das Mães".
Apesar de uma falha técnica do áudio no YouTube –a voz do rei ficou abafada por cerca de quarenta minutos, problema que não se repetiu na transmissão na Globo e na Multishow– a live foi mais enérgica do que a anterior, no último dia 19, quando ele celebrou seu aniversário de 79 anos.

Na primeira, estava acompanhado apenas do maestro Eduardo Lage, parceiro musical de anos, e de Tutuca Borba. Já neste domingo (20), ganhou a companhia de mais três músicos, que tocaram mascarados e a uma distância de três metros do rei, envoltos por aquários (cabines) de acrílico. Com bateria, baixo e violão na jogada, a transmissão ficou com mais cara de show.

Alternando entre comentários sobre suas músicas, o cantor dedicou parte da live para dar pequenos recados e broncas sobre a pandemia. "Esse negócio de cumprimentar com o pé ou o cotovelo não tá com nada, isso não resolve", disparou logo no começo.
"Nós temos que ser radicais nessa questão do distanciamento social. Nesse tempo em que estamos vivendo qualquer gesto de carinho vale, pode ser à distância, pode ser de qualquer jeito, desde que seja de coração", completou.

A transmissão teve algumas interferências da atriz e cantora Jéssica Ellen, que, do lado de fora do estúdio, convidava a audiência a postar fotos com suas mães para arrecadar doações de comida da marca patrocinadora.

Depois de um intervalo, o cantor passou pelas emocionantes "Detalhes" –parceria com Erasmo Carlos e sua canção favorita– e "Outra Vez", de Isolda Bourdot, que cantou sentado num banquinho. Emendou a animada "Mulher Pequena", dedicada, naturalmente, às mulheres.

Emocionado, convidou Wanderléa, que apareceu para acompanhá-lo na parceria "Ternura" direto de sua casa. Perto do fim da música, uma gravação de um coro do público acompanhou a dupla.

Como não poderia ser diferente, Roberto também investiu em outros idiomas com "Unforgettable", de Nat King Cole, e "Senza Fine", que dedicou ao amigo Andrea Boccelli com um recado em italiano. Encerrou a live, que em seu pico era assistida por cerca de 152 mil pessoas, com a religiosa "Luz Divina".

Acostumado a associar a imagem do rei a tempos natalinos –quando ele apresenta seu clássico especial de fim de ano–, parte do público retomou as brincadeiras sobre o "segundo Natal" do ano e a tentativa de o Brasil avançar no tempo para um dezembro, quem sabe, sem quarentena.

 

Fonte: Folha Press

 

Número de mortes sobe mais no Brasil que na Europa

O crescimento do número de mortes por Covid-19 no Brasil desacelerava em um padrão parecido ao de grandes países europeus até faz cerca de 15 dias. Desde então, o ritmo de aumento do morticínio passou a diminuir bem menos do que na Europa.

O número oficial de mortes crescia a 6,5% ao dia na sexta-feira (8), no Brasil. Em dia equivalente da epidemia na Itália, crescia a 3,1%. Faz duas semanas, os ritmos dos dois países eram similares. O ritmo está em 2,5% na França. No Reino Unido, 3%. Nos EUA, 8,2%. No estado de São Paulo, 4,6% (vide tabela ao lado)

Não se trata da variação do número absoluto de mortes por dia, que foi de 751 na sexta-feira, por exemplo. Trata-se do aumento porcentual do número de óbitos de certo dia em relação às mortes acumuladas até a véspera.

Caso o ritmo brasileiro tivesse acompanhado o da Itália, como parecia acontecer faz 15 dias, o número total de mortes teria sido aqui cerca de 2.500 inferior ao de fato registrado até sexta-feira, de 9.897 ""­é apenas um exercício aritmético.

"O resultado do Brasil é bastante preocupante, mais do que aquele observado em São Paulo. Todo o avanço obtido com a rápida adoção das políticas de distanciamento pode ser perdido caso o relaxamento das medidas se dê de forma descontrolada. Se isso acontecer, a esperada redução no número de óbitos, observada em muitos países até agora, pode acontecer mais tardiamente ou com menor intensidade no Brasil", diz Pedro Hallal, epidemiologista e reitor da Universidade Federal de Pelotas.

Para o epidemiologista Paulo Lotufo, não há sinal de inflexão para baixo na curva de mortes do Brasil, ao contrário (descontados os casos paulistas), mas em São Paulo parece ter ocorrido essa virada, faz nove dias. Nesta conta, considerou a variação do número de casos por dia.

No entanto, a precariedade e a variância dos dados recomendem cautela, diz Lotufo, cético em relação às estatísticas da doença. Por ora, dados confiáveis seriam apenas o de total de mortes (por qualquer causa). A falta de exame detalhado dos casos fatais e o fato de o coronavírus provocar mortes de modo surpreendentemente variado dificulta a classificação das causas de óbito, diz.

Lotufo dirige o Centro de Pesquisa Clínica e Epidemiológica da USP e é professor de medicina na mesma universidade. Comentou os dados preparados pela reportagem da Folha também com base em informações de um software que analisa curvas e suas tendências.

O ritmo do aumento do número de mortes pode ter deixado de cair mais rápido no Brasil porque passou a haver mais testes dos que morreram pela doença, porque houve descontrole da epidemia ou uma combinação dos dois fatores.

Não é possível saber, por ora. Um modo de especular sobre o motivo seria verificar o aumento geral do número de óbitos e aqueles por SRAG, por exemplo. Mas o registro de um óbito qualquer pode levar até duas semanas para chegar às tabulações de cartórios e governos.

Embora acreditem que o número de mortes seja a medida por ora menos imprecisa, outros epidemiologistas consultados preferem esperar os dados das pesquisas amostrais de infecção antes de avançar análises em público.

Três deles acreditam que, pelos dados dos últimos 15 dias, parece ter havido descontrole da doença, embora não em São Paulo, no Sul e no Centro-Oeste, e o efeito de um início mais explosivo da epidemia em estados de Norte e Nordeste. Faz um mês, 55% das mortes de Covid-19 ocorriam em território paulista. Agora, são 35%.

O ritmo do aumento do número de mortes por milhão de habitantes também passou a cair menos no Brasil do que em grandes países europeus, no Canadá, no Irã ou na China, o que nem sempre foi o caso do 30º até o 40º dia equivalente da epidemia (vide tabela ao lado).

Depois do 40º dia, na comparação de 12 países de tamanho relevante e duração equivalente da epidemia, o Brasil ficou em situação pior, afora o caso dos EUA.

Quanto ao número de mortes por milhão de habitantes em si, o Brasil, com 36, ainda tem taxa inferior à de França (309), Itália (312), Espanha (480), Canadá (99) e EUA (108), embora Lotufo, da USP, afirme que tais comparações são muito problemáticas em caso de países continentais (como Brasil, China, EUA e Rússia) ""seria adequando fazer comparações de regiões desses países. Em São Paulo, o número de mortes por milhão está em 66, ainda inferior ao de países europeus de tamanho comparável (mas superior ao da Argentina).

Segundo Hallal, esse resultado brasileiro se deve ao fato de o país ter adotado de modo precoce o distanciamento social. Para o pesquisador, a situação agora se tornou mais preocupante porque "a maioria dos países começou a adotar o relaxamento das medidas quando a curva epidêmica já estava em estágio descendente, enquanto o Brasil o faz antes mesmo de os números começarem a cair".

O número de mortes por Covid-19 é um indicador menos incerto do avanço da epidemia do que o de casos. Mas é defasado: as mortes de hoje indicam o andamento da epidemia faz pelo menos 15 dias, quando as pessoas que morreram devem ter sido contaminadas. A contagem de mortes é ainda controversa. Alguns países contam óbitos por causa de Covid-19 mesmo sem testes, por exemplo.

Há ainda subnotificação, embora se desconheça sua dimensão, no Brasil e em cada país comparado. Também não se sabe se o ritmo de subnotificações é variável (se for mais ou menos constante, não altera a medida do ritmo de crescimento).

Enfim, mesmo que o ritmo de aumento do número de mortes volte a cair mais (em porcentagem), essa queda mais tardia vai fazer com que o número absoluto de mortes seja muito mais alto. Paralelamente, o número de casos graves deve ser também mais alto, superando a capacidade de atendimento nas UTIs, o que já acontece em certas capitais. O Brasil pode ter falhado no achatamento da curva.

O número de mortes por dia foi aqui calculado como uma média de sete dias (os óbitos do dia mais aqueles dos seis dias anteriores: uma média móvel), de modo a atenuar variações causadas pela grande queda da notificação em finais de semana, por exemplo. Este tratamento dos dados, assim como o uso do número de mortes por milhão de habitantes, é também sugerido pelo "Our World in Data", ligado à Universidade de Oxford.

A contagem de dias de epidemia foi feita a partir da quinta morte em cada país, que assim podem ser comparados em estágios (dias) equivalentes.

Fonte: Folhapress

Após 'fila' na internet, Caixa atualiza app para reduzir tumulto pelos R$ 600

Foto: Graciane Sousa/ Cidadeverde.com

As filas na Caixa Econômica Federal para a obtenção do auxílio emergencial de R$ 600 concedido pelo governo federal não aconteceram só em agências físicas. Na internet, o aplicativo Caixa Tem, que permite a transferência do recurso e o pagamento de boletos, criou filas digitais e longa espera para parte da população que tentou acessar o dinheiro sem sair de casa.

Criado em 2019 e aprimorado às pressas diante da urgência da pandemia de coronavírus, o serviço tem quase 82 milhões de downloads e foi alvo uma forte sobrecarga com a corrida de desempregados e informais à internet pelo auxílio. Mais de 50 milhões de brasileiros devem receber a verba.

No primeiro mês de funcionamento, o app não deu conta de atender os milhares de acessos simultâneos, e muitos cidadãos tiveram que recorrer às agências.

Na loja de aplicativos do Google, há relatos de trabalhadores que citam demora superior a uma semana para conseguir fazer operações com o dinheiro. Também mencionam sequências de erros e travas no aplicativo, como problemas de conexão com o servidor e de validação dos dados.

"O app trava muito e quase sempre não consegue completar as operações de transferência ou pagamento [importantes para não precisar ir até a agência]", disse um usuário em 5 de maio.
"Não permite que você faça uma transferência nos finais de semana [quando há menos usuários] para que a mesma seja efetivada no próximo dia útil, o que contribui ainda mais para o congestionamento", continuou. "Não consegui ter acesso por 10 dias seguidos. Péssimo", disse outra.

A espera virtual é um recurso semelhante a uma sala de espera física, utilizado em diversos aplicativos com entrada de milhares de pessoas ao mesmo tempo, como de shows e grandes eventos.

O problema é que, enquanto em uma sala física a pessoa aguarda com uma senha na mão e a certeza de que será atendida, na sala virtual do Caixa Tem o usuário precisa manter a tela do aplicativo ativa, sem poder utilizar outras funções do celular, como abrir uma simples mensagem de WhatsApp. Segundo a Caixa, isso foi corrigido.

Atualização

Antes de quinta-feira (7), quando o banco realizou uma atualização no aplicativo, esse processo poderia levar mais de meia hora e, no final, apresentar erro. Depois de inúmeras reclamações e diante das preocupantes filas em agências –o que levou a Justiça de estados como o Maranhão determinar a reorganização do sistema de pagamentos–, a Caixa diz que consertou o problema.

"Hoje [quinta-feira] a fila não está demorando mais do que um minuto, na versão 1.20.1 [do aplicativo]. É só baixar no Android e fazer o teste. No iOS, sistema da Apple, vamos migrar de sexta (8) para sábado (9). A usabilidade melhorou 1.000%", disse Cláudio Salituro, VP de Tecnologia da Caixa.

Em menos de 30 dias, o banco fez 15 versões com melhorias ao aplicativo. A última atualização, segundo o banco, permitirá 5.000 usuários por minuto.

O teor dos comentários mais recentes nas lojas de aplicativos já mudou. Na sexta-feira (8), trabalhadores disseram conseguir efetuar as transações após semanas de tentativas.

"Depois de mais de um mês, eu consegui fazer o saque, o aplicativo ficava muito lento e tinha que enfrentar a fila virtual, mas sempre caía e depois dava erro", afirmou uma usuária.

O Caixa Tem foi concebido a clientes do banco e, até antes da pandemia, funcionava na versão beta. Ele foi idealizado para atender 1 milhão de pessoas no período de um ano e, em menos de 30 dias, começou a receber até 4 milhões de acessos por dia.

O app existe para oferecer uma poupança social digital, alternativa bancária a quem não possui conta em instituições financeiras privadas, e permite transações bancárias e o pagamento de boletos e contas de água, luz e telefone.

Hoje, é possível acessá-lo pelo CPF quem for autorizado a receber o auxílio –o processo anterior de verificação é feito em outro aplicativo da Caixa, dedicado apenas ao preenchimento de dados cadastrais.

A necessidade de escalar uma solução emergencial gerou uma série de problemas. O banco reconhece que houve falhas e que o sistema como um todo foi sobrecarregado com a demanda, não atribuindo falhas apenas à conexão com servidor, à limitação de software ou ao desenvolvimento, mas ao conjunto da obra.

"De fato é legítima a reclamação, mas a cada dia estamos implantando melhorias no Caixa Tem e, agora, temos o conforto de dizer que estamos quase lá", diz Salituro. Segundo ele, o app do auxílio emergencial foi feito em sete dias e, depois, "uma avalanche" chegou ao Caixa Tem.

Um técnico do banco afirmou que não foi possível escalar 100 ou 200 vezes a infraestrutura para atender uma demanda de 15 minutos, por exemplo. Profissionais de tecnologia compararam que a adaptação do aplicativo foi como a troca de asa de um avião durante o voo, com quase toda a equipe em home office.

Falta de informação

Apesar de aparente melhora na fila digital nos últimos dias, pesquisadores criticam outros pontos, como a falta de informação sobre os requisitos mínimos para celulares que podem usar a aplicação e a dificuldade de instalação em aparelhos mais antigos. Observam, ainda, que o repasse tem sido feito diretamente à poupança da Caixa, não a outros bancos em alguns casos.

"Governo e Dataprev conseguiram revelar 46 milhões de brasileiros que estavam invisíveis a políticas sociais. Mas as pessoas não estão necessariamente recebendo em suas atuais contas, mas na poupança social digital. Isso sobrecarrega porque não distribui para quem pode receber pelo Banco do Brasil, por exemplo", diz Marco Konopacki, pesquisador ro ITS-Rio e ligado à New York University, que se debruçou sobre as falhas do app.

Além disso, ele menciona que CPFs iniciados com zero não estavam sendo identificados, o que a Caixa diz já estar solucionado.

Assim como em outros países, o Brasil utilizou sua infraestrutura tecnológica já existente para conectar governo e cidadãos na pandemia, ressalta a pesquisadora de internet e governo Yasodara Cordova. Como a Caixa já tem a expertise do Bolsa Família via aplicativo, adequou o Caixa Tem para a distribuição do dinheiro.

"Não podemos comparar o Brasil com a Inglaterra nesse sentido, que trabalha com um gabinete digital há 20 anos e tem um site simples, universal e que oferece ajuda a analfabetos e idosos. O que faltam são agentes do governo auxiliando as pessoas na fila, os idosos, para que consigam realizar as operações pelo celular", afirma.

Além de críticas nas lojas de aplicativos, usuários já relataram a entidades de defesa ao consumidor, como a Proteste, dificuldade de contato com o suporte técnico.

Na última semana, a Caixa divulgou em seu site que intensificou o atendimento às pessoas que estão nas filas, com prestação de informações e geração de códigos para a realização de saques.

De acordo com os últimos dados do Dataprev, empresa pública responsável por processar e analisar as informações sobre a possibilidade de conferir o auxílio do governo, cerca de 46 milhões de brasileiros solicitaram o auxílio e 44,9 milhões de cadastros elegíveis foram enviados ao banco de 7 a 22 de abril.

Duas semanas Em nota, a Caixa diz que o pagamento do auxílio é o maior programa de inclusão social, financeira e digital do Brasil, e ressalta: "ele foi implementado em apenas duas semanas".
"Ao longo da semana, o banco registrou uma redução considerável das filas nas agências de todo o país e verificou-se que o atendimento foi normalizado", afirmou.

Sobre a compatibilidade com celulares antigos, o banco afirma que o app foi projetado para ser o mais leve do mercado financeiro, de forma a funcionar em qualquer modelo de smartphone.

Os horários de maior acesso ao Caixa Tem são das 7h30 às 18h e das 20h às 21h30, portanto usuários podem testar o uso em horários com menos concentração. Para obter as correções, é preciso atualizar o app nas configurações do celular ou na loja de aplicativos do sistema Android ou iOS.por iss

Fonte: Folhapress

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