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Piauí confirma 5 novas mortes por Covid e ultrapassa marca de 1.000 casos

Foto: CLAUDIO FURLAN/DIA ESPORTIVO/ESTADÃO CONTEÚDO

Atualizada às 16h16 - 07/05/2020

A Secretaria de Estado da Saúde do Piauí (Sesapi) confirmou, nesta quarta-feira (6), mais cinco mortes de pacientes infectados pelo novo coronavírus - 35 no total. O anúncio dos óbitos ocorre no dia no qual o estado ultrapassou a marca dos mil casos confirmados da Covid-19.

É o maior número de óbitos confirmados em um único dia no estado desde o início da pandemia. Os 102 testes positivos em apenas 24 horas também são a maior marca do Piauí desde março, quando os primeiros casos foram confirmados. 

Foram três mortes de pacientes de Teresina. O mais novo foi um homem de 72 anos, que faleceu em casa, mas havia sido internado no hospital Getúlio Vargas - ele sofria de pneumopatia. Também faleceu uma senhora de 74 anos que lutou também contra o câncer de mama e que estava internada no hospital São Marcos. 

A terceira morte da capital foi de outra idosa, de 87 anos, com histórico de diabetes e hipertensão, que faleceu logo após receber atendimento de urgência do hospital Santa Maria, no último domingo (3) - o Cidadeverde.com publicou no texto original que a paciente esteve internada no Santa Maria, mas a unidade de saúde informou que a senhora já chegou na emergência em estado grave e não resistiu. O Grupo Med Imagem reforça que seu hospital de referência para Covid-19 é o Prontomed Adulto.  

Dois óbitos são de pacientes do interior. Um idoso de 67 anos, natural de Cocal, faleceu no hospital Dirceu Arcoverde, em Parnaíba. Ele tinha hipertensão e diabetes. 

A quinta morte ocorreu no hospital Manoel de Sousa Santos, em Bom Jesus. O paciente era de Santa Luz, tinha 92 anos e também era diabético. 

Recorde de casos confirmados
Com a morte do paciente de Santa Luz, o Piauí chegou a 78 municípios com casos da Covid-19. 

Com os 102 novos testes positivos, são 1.051 casos confirmados em todo o estado. 

 

No interior: internações e recuperações
A Prefeitura de Picos confirmou sete novos casos no município do Sul do estado - 37 no total, distribuídos em 20 bairros. 

Depois de um crescimento acelerado, São Raimundo Nonato segue tendência de estabilização no número de casos confirmados: são 30, sendo que 14 estão recuperados. 

Esperantina chegou a 20 pacientes com a Covid, mas a prefeitura já comemorou os três primeiros recuperados. Entre eles está seu Dysney, 38 anos, do bairro Fazendinha. 

Foto: Prefeitura de Esperantina

Seu Dysney, 38 anos, comemora a recuperação em Esperantina

Em Piripiri, são 17 casos confirmados, sendo quatro internados - dois deles em UTI - e três recuperados. Outros 49 estão em isolamento domiciliar, entre suspeitos, casos confirmados e moradores do mesmo domicílio. 

Campo Maior também confirmou seu 17º caso. A Secretaria de Saúde do município contabiliza dois pacientes internados, 12 em isolamento domiciliar e três recuperados. 

Situação hospitalar
O número de internações continua a subir. Ontem eram 227 suspeitos internados. Nesta quarta-feira (6), o número chegou a 254. 

Dos pacientes, 167 estão em leitos clínicos, 85 em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e cinco em leitos de estabilização. 

Outros 10 pacientes tiveram alta médica - o total no Piauí é 191.  

Fábio Lima
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Brasil tem 615 novas mortes por coronavírus, bate recorde e se torna o 6º com mais óbitos

Foto: MARCELO FONSECA/ESTADÃO CONTEÚDO

 

Dados do Ministério da Saúde desta quarta-feira (6) mostram que o Brasil bateu um novo recorde de mortes por coronavírus registradas em um dia, com 615 novos óbitos.

O país ainda se tornou o sexto com mais óbitos no mundo, segundo a Universidade Johns Hopkins (EUA), que monitora dados da pandemia. Com um total de 8.536 mortes por coronavírus, o Brasil ultrapassou a Bélgica, que tem 8.339 óbitos.

Também houve 10.503 novos casos confirmados –o total é de 125.218.

O recorde de mortes registradas em 24 horas era do dia anterior, com 600 novos óbitos.

 

Segundo especialistas, os números reais devem ser maiores, já que há baixa oferta de testes no país e subnotificação.

Epicentro da crise, São Paulo continua sendo o estado com mais casos e mortes por coronavírus. Em meio ao aumento nos números, o estado tem visto cair o índice de isolamento social, o que preocupa autoridades. Na segunda (4), o isolamento foi de 47%.

Depois de São Paulo, o estado com maior número de casos é o Rio de Janeiro.

Já quando analisados os dados de incidência da Covid-19, indicador que abrange o total de casos pela população, outros estados passam à frente. São eles Amapá, Amazonas, Roraima, Ceará, Pernambuco, Acre e Espírito Santo.

Arte: Ministério da Saúde

NATÁLIA CANCIAN E PAULO SALDAÑA
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) 

 

Alepi aprova proposta de pensão para familiares de profissionais da saúde mortos por covid-19

Foto: arquivo Alepi

A Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi) aprovou nesta quarta-feira (6), um indicativo de projeto de lei que garante pensão integral aos beneficiários dos profissionais da saúde que tenham falecido no exercício de atividade essencial e presencial de enfrentamento à covid-19. A proposta é do deputado estadual Oliveira Neto (PPS).

Segundo a matéria, a pensão integral é de natureza indenizatória e de valor correspondente ao montante necessário ao atingimento da remuneração integral do servidor falecido, em reforço ao benefício previdenciário a que os dependentes tenham direito.

Na justificativa do indicativo, o parlamentar afirma que a iniciativa é uma forma de "conferir reconhecimento aos profissionais que estão à frente das ações de atenção direta à população,
que arriscam suas vidas em prol do interesse coletivo, durante o estado de calamidade pública, declarada pelo Decreto nº 18.895, de 19 de março de 2020".

A matéria foi aprovada em sessão virtual e segue para o governador Wellington Dias como sugestão para criação de um projeto de lei.

O Piauí já registrou 30 óbitos por covid-19: Teresina (14), Parnaíba (3), Piracuruca (2), Buriti dos Lopes, Canto do Buriti, Bom Princípio do Piauí, Colônia do Gurgueia, Júlio Borges, Itaueira, Luzilândia, Pedro II, Picos, São Francisco do Piauí e São José do Divino (1). 

Hérlon Moraes
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Copom reduz juros básicos para 3,00%, o menor patamar da história

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu nesta quarta-feira, 6, por unanimidade, reduzir a Selic, a taxa básica de juros, em 0,75 ponto porcentual, de 3,75% para 3,00% ao ano. Esse é o sétimo corte consecutivo da taxa no atual ciclo, após período de 16 meses de estabilidade. Com isso, a Selic está agora em um novo piso da série histórica do Copom, iniciada em junho de 1996.

O corte era amplamente esperado pelos economistas do mercado financeiro. Isso porque, com a pandemia do novo coronavírus, a atividade econômica despencou no Brasil, assim como a inflação. A avaliação era de que o BC seria levado a reduzir novamente a Selic para estimular a economia.

De um total de 58 instituições consultadas pelo Projeções Broadcast, 48 esperavam por um corte de 0,50 ponto, para 3,25% ao ano. Dez casas aguardavam pela redução de 0,75 ponto porcentual, para 3,00% ao ano.

O Copom se reúne a cada 45 dias para definir a Selic, buscando o cumprimento da meta de inflação. A meta é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), órgão formado pelo Banco Central e Ministério da Economia.

Quando a inflação está alta ou indica que ficará acima da meta, o Copom eleva a Selic. Dessa forma, os juros cobrados pelos bancos tendem a subir, encarecendo o crédito e freando o consumo, assim, reduzindo o dinheiro em circulação na economia. Com isso, a inflação tende a cair.

Por Fabrício de Castro e Lorenna Rodrigues
Estadão Conteúdo

Dólar tem nova alta e vai a R$ 5,70 com expectativa por corte de juros e exterior

O dólar engatou a quarta alta consecutiva e superou os R$ 5,70. A moeda americana teve dia de fortalecimento geral no mercado mundial, após nova rodada de indicadores ruins nos Estados Unidos, especialmente o relatório mostrando perda de 20 milhões de postos de trabalho em abril, o que estimula a fuga de ativos de risco. Mas fatores domésticos também tiveram peso importante nesta quarta-feira ,6 , incluindo a redução da economia fiscal na Câmara do projeto de socorro para Estados, isso horas após de a agência de classificação de risco Fitch Ratings mudar a perspectiva do rating brasileiro para "negativa" Há ainda a expectativa pelo final da reunião de política monetária do Banco Central, com as mesas de câmbio não descartando, mesmo com a forte piora do real, a possibilidade de redução mais forte dos juros, de 0,75 ponto porcentual. No ano, o dólar já subiu 42%.

O dólar à vista fechou em alta de 1,97%, cotado em R$ 5,7024. No mercado futuro, o dólar para junho subia 2,3%, negociado em R$ 5,72 às 17h30. Nesta quarta-feira, as moedas emergentes perderam força de forma generalizada ante o dólar, mas o real foi novamente a com pior desempenho. Em outros mercados, a divisa dos EUA subiu 1,85% na Turquia, 1,51% no México e 1,19% na África do Sul.

"Apesar da crise política, o Banco Central vai cortar os juros hoje", avalia a analista de moedas do banco alemão Commerzbank, You-Na Park-Heger. Ela prevê que o BC pode ainda deixar "as portas abertas" para novos cortes na Selic, principalmente porque neste momento ainda não se consegue ter uma dimensão mais clara dos efeitos na economia do ambiente atual, marcado não só pela pandemia do coronavírus, mas por uma crise política.

Em evento hoje pela internet do BTG Pactual, o ex-diretor do BC, Luiz Fernando Figueiredo, sócio da Mauá Capital, afirmou que um corte de 0,75 hoje é o mais adequado, mas ele também cobrou ação mais forte do BC no câmbio. "O BC deveria cuidar para que real não fosse a mais 'feia' de todas as moedas", disse ele. Hoje, porém, assim como nos outros dias da semana, o BC não fez intervenção extraordinária no câmbio. Um diretor de tesouraria destaca que o mercado até "chamou o BC" para atuar, ao forçar a moeda a superar os R$ 5,70, mas sem sucesso.

"A sustentabilidade fiscal de longo prazo está em risco no Brasil", afirma o analista de mercado financeiro da Oanda em Nova York, Edward Moya, ao comentar em relatório o desempenho do mercado local. "A pandemia de coronavírus e a turbulência política esmagaram as perspectivas de crescimento", destaca Moya O analista da Oanda avalia que o ambiente político pode não melhorar tão cedo, já que Bolsonaro e o Congresso não se entendem.

Por Altamiro Silva Junior
Estadão Conteúdo

“Questão de honra”, diz enfermeiro que venceu a covid e vai coordenar hospital de campanha

Fotos: Arquivo pessoal

Por Valmir Macêdo
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Enfermeiro há 12 anos, o piauiense Valério Azevedo, 36 anos, foi diagnosticado com Covid-19 no mês de março e, curado, irá coordenar a equipe de enfermagem no hospital de campanha Pedro Balzi, em Teresina. 

“Sou um sobrevivente da Covid-19 e aceitei o desafio de ser um dos coordenadores dessa unidade. Vencer essa doença agora é questão de honra”, contou Valério que é enfermeiro do Samu e trabalha no pronto atendimento do Hospital de Urgência de Teresina (HUT).

O enfermeiro já estava longe da família antes do início da pandemia que já soma 47 dias de distância entre ele e a esposa grávida e sua filha de dois anos e sete meses. 

“Sempre foi uma terapia, meu trabalho sempre foi uma missão: eu ter passado por essa doença e estar vendo o mundo passando por isso. Sinto em uma posição de honra poder defender o meu país, o meu estado. Ser um soldado que está lutando contra esse vírus”, conta Valério. 

O enfermeiro, que é natural de Floriano, a 247 Km ao Sul de Teresina, vai ser o coordenador de Enfermagem do hospital de campanha instalado no Centro de Treinamento de Badminton da Universidade Federal, que contará com 500 profissionais escalados para garantir o funcionamento de 84 leitos de internação e dois de estabilização.

Na fase final da gravidez, a esposa de Valério está esperando um menino. “Serei pai de um rapaz que vai se chamar Valentim. Já vai nascer valente, em plena época de pandemia”, disse o enfermeiro que voltou à universidade para cursar medicina. 


Esposa e filha do enfermeiro.

Inspiração desde criança

Valério Azevedo revela que sua inspiração para a Saúde veio desde cedo, da batalha dos pais. “Nasci com problemas de saúde em Floriano em uma época, em 1983, em que só tinha acesso ao serviço público quem tinha carteira assinada. Meus pais bravamente insistiram no meu tratamento e eu me recuperei, aos seis anos, sem sequelas. Fui crescendo com esse sonho de ser um trabalhador da saúde, sonho esse que graças a Deus, estou conseguindo realizar”, lembra.


Valério e os pais.

Infecção por Covid-19

O enfermeiro conta da tensão que foi passar pela Covid-19. “Foi um duplo desafio, não só físico como psicológico. Por ser uma doença relativamente nova, pouco conhecida pela medicina”.

Valério não chegou a ser internado, mas buscou um pronto-socorro após uma crise, foi medicado e seguiu o tratamento domiciliar, longe da mulher e da filha.

“Senti muita tosse, muita dor toráxica, dor na garganta. Não sentia o gosto dos alimentos, tive febre e falta de ar”, relembra.

Doença é traiçoeira, diz Carlinhos de Jesus após se curar de caso grave de Covid-19

 

Aos 67 anos e dançando desde a barriga da mãe, Carlinhos de Jesus chegou a ficar quatro dias na UTI após contrair o novo coronavírus. O dançarino carioca estava isolado com a mulher em sua casa em Copacabana desde antes do decreto que instituiu o fechamento do comércio no Rio de Janeiro. "Achávamos que não teríamos nada, porque estávamos sendo muito cuidadosos", conta ele ao telefone, de volta do hospital desde a última quinta (30). Síndico do condomínio onde mora, também já havia tomado medidas de segurança no local.

O casal não sabe como foi contaminado. A mulher de Carlinhos, Rachel, deixava o isolamento apenas para raras idas ao mercado, no horário destinado a idosos, quando as lojas estão com pouca gente. Numa das vezes, o dançarino resolveu acompanhá-la. "Eu saí de carro, de máscara, me banhei de álcool em gel", diz. Porém, segundo ele, o uso da máscara pela primeira vez foi incômodo. "Eu era muito inexperiente, colocava a mão na frente. E agora sei que não pode."

Alguns dias após os primeiros sintomas, sentindo-se cansado e com dores no corpo, ele foi convencido pela cunhada e vizinha, médica infectologista, a ir para o hospital. Com 36 anos de prática profissional de dança, sonho que realizou após pedir demissão de seu emprego como funcionário público, Carlinhos conta que sentia a respiração ofegante, como se tivesse "corrido dez quilômetros". "Isso não é uma gripezinha, não é uma tosse qualquer", afirma ele.

"É uma doença silenciosa, chega de fininho e traiçoeiramente vai tomando conta", diz. No dia 26, ele e a mulher foram à emergência do hospital Copa D'Or, na zona sul carioca, de onde Carlinhos foi levado à UTI. Não chegou a ser intubado, mas só deixou a unidade intensiva no dia 29, ainda recebendo oxigênio artificialmente.

O dançarino, que lembra ser o único não intubado entre seus vizinhos de leito, faz questão de agradecer à equipe do hospital. "Dos maqueiros aos enfermeiros, era uma correria, uma tensão, mas fui muito bem cuidado, com muita atenção."

Atuante nas redes sociais e astro de lives, diz que agora repassa às pessoas a recomendação para que fiquem em casa. "Eu sei que é difícil, também sou empresário, tenho academias no Rio de Janeiro e em São Paulo, e que estão fechadas. Tenho uma folha de pagamento para arcar, mas ninguém trabalha sem saúde", diz. 

 

Fonte: Folhapress

Piauí tem primeiro casamento civil realizado por videoconferência

Foto: Hérlon Moraes

O juiz Kildary Lourchard de Oliveira Costa, Titular da Vara Única de Pedro II, realizou o primeiro casamento civil por videoconferência do Piauí. A solenidade inédita aconteceu na última quinta-feira, dia 30 de abril, com os noivos no cartório em Pedro II e o magistrado em Teresina, onde trabalha remotamente em virtude da pandemia do novo coronavírus. 

A realização de Casamentos Civis por meio de videoconferência no Estado do Piauí é regulamentada pela Portaria nº 44/2020 da Corregedoria Geral de Justiça do Estado do Piauí. A portaria autoriza a instalação prévia de aplicativos nas serventias - como WhatsApp, Facetime, Google HangoutsMeet, Skype e outros - para a realização das celebrações. 

O juiz Kildary Louchard explica que a solenidade aconteceu via chamada de vídeo do aplicativo WhatsApp. “Fizemos a cerimônia por meio de uma chamada de vídeo. Não senti nenhum prejuízo em relação à cerimônia presencial. Acredito que o casal também percebeu a vantagem da tecnologia. E até o final desta semana realizaremos mais quatro casamentos por videoconferência, obedecendo todas as formalidades legais", diz. 

O presidente da Associação dos Magistrados Piauienses (Amapi), juiz Leonardo Brasileiro, frisa que diante da atual pandemia de coronavírus e a consequente necessidade de isolamento social, a Justiça tem buscado alternativas para que a população continue tendo acesso aos serviços judiciais. “Em meio à pandemia, com a orientação de trabalho remoto, a Justiça tem na internet e em outras tecnologias inovadoras ferramentas para atender ao interesse público. Sem falar que são recursos que representam economia orçamentária, eficiência e desburocratização, sem prejuízo para a eficácia dos atos praticados”, frisa o magistrado. 

O primeiro casamento civil por videoconferência do Piauí aconteceu entre os noivos Maciel Santos de Andrade e Antônia Maria dos Santos, na presença do tabelião substituto do Cartório do 2º Ofício de Pedro II, Orlando Urias de Oliveira Junior. A cerimônia obedeceu a todas as formalidades previstas no Código Civil, com publicidade dos atos e presença de testemunhas.

Da Redação
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Porta-voz da Presidência contrai coronavírus e amplia infectados no entorno de Bolsonaro

Foto:  Anderson Riedel/PR

O porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros, 59, foi diagnosticado com o novo coronavírus. Segundo a equipe do porta-voz, ele teve sintomas leves, mas está bem e cumpre o período de isolamento em sua casa.

"O general Rêgo Barros encontra-se em sua residência, cumprindo todos os protocolos recomendados e, até o momento, sem sintomas que mereçam maiores preocupações", afirmou o Palácio do Planalto, em nota.

Segundo sua agenda oficial, o último dia em que o porta-voz despachou no Planalto foi em 30 de abril, uma quinta-feira. Rêgo Barros é mais um auxiliar próximo do presidente Jair Bolsonaro que contraiu a Covid-19.

O primeiro caso no Palácio do Planalto foi o do chefe da Secom (Secretaria Especial de Comunicação Social), Fábio Wajngarten, diagnosticado com o vírus logo após o retorno da comitiva presidencial que viajou aos EUA no início de março.

Entre membros da comitiva oficial e pessoas que estiveram com Bolsonaro nos EUA, mais de 20 pessoas tiveram teste positivo para a doença. Entre eles, o senador Nelsinho Trad (PSD-MS); o diplomata Nestor Forster, indicado para o cargo de embaixador do Brasil em Washington; a advogada Karina Kufa, tesoureira do Aliança pelo Brasil; o número 2 da Secom, Samy Liberman; o chefe de cerimonial do Ministério de Relações Exteriores, Alan Coelho de Séllos; e o presidente da Apex (Agência Brasileira de Promoção de Exportações), Sergio Segovia.

Dois ministros do governo já receberam teste positivo para o novo coronavírus: o general Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e Bento Albuquerque (Minas e Energia).

O próprio presidente Bolsonaro realizou dois testes para a Covid-19, mas, segundo ele, ambos deram negativo. O primeiro foi feito em 12 de março e o segundo, no dia 17 do mesmo mês.
A Folha de S.Paulo solicitou ao Palácio do Planalto cópias dos exames clínicos feitos pelo mandatário, mas elas não foram fornecidas.

Bolsonaro trava uma disputa judicial para não ser obrigado a mostrar os resultados dos seus dois testes de coronavírus. A Justiça Federal de São Paulo determinou que Bolsonaro entregue os resultados de todos os seus exames de detecção da Covid-19. A decisão ocorreu após um pedido do jornal O Estado de S. Paulo.

Na quinta (30), segundo o jornal, a AGU (Advocacia-Geral da União) enviou um relatório médico de 18 de março atestando que Bolsonaro não tem a Covid-19, mas a juíza Ana Lúcia Petri Betto considerou o documento insuficiente e deu mais 48 horas para que os laudos sejam disponibilizados.

No entanto, no dia 2 de maio, o TRF-3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região), em decisão liminar, suspendeu pelo prazo de cinco dias o cumprimento da determinação da juíza Petri Betto.

 

Fonte: Folhapress

Indústrias do Piauí propõem retomada com turno único e metade de funcionários

O presidente do Centro das Indústrias do Estado do Piauí (CIEPI), Andrade Júnior, informou que o ramo industrial propôs ao prefeito Firmino Filho, formalmente, a volta gradual das atividades com a redução de funcionários e de horas de expediente. A maioria das atividades industriais foi suspensa com a chegada da pandemia de Covid-19 a Teresina. 

O presidente do Ciep afirma que a suspensão das atividades já resulta em demissões e diz que o debate sobre a retomada é feito de maneira “polarizada”. 

“Não se trata de discutirmos o que é mais relevante: se é a vida ou se é a economia. Defendemos um ponto de equilíbrio. A discussão está totalmente polarizada. Depois de 32 dias corridos de paralisação total da indústria, exceto a de alimentos, os danos são enormes e ainda não mensuráveis culminando no que mais tentamos evitar que são as demissões”, contou

Segundo Andrade Júnior, é possível retomar as atividades de maneira segura. “Para contornar, propomos ao prefeito Firmino Filho os seguintes cuidados para a preservação da saúde dos trabalhadores: redução da mão de obra para 50% do contingente atual, redução do expediente para um turno único seis horas, garantia mínima de da distância de dois metros entre os trabalhadores no chão de fábrica”, assegurou.

O presidente da Ciepi também citou outras ações para garantir a contenção da propagação da doença nas indústrias:

  • determinar que o uso de todos os EPIs sejam obrigatórios 
  • aplicação de treinamentos semanais sobre como evitar a transmissão entre as pessoas no chão de fábrica
  • dar o total acesso aos órgãos fiscalizadores 

“Nós da indústria piauiense somos responsáveis por R$ 4,9 bilhões do PIB piauiense. Isso representa 12,1% do produto interno bruto do nosso estado. Empregamos diretamente 52 mil trabalhadores”, assinala Andrade Júnior.

No último decreto municipal, a prefeitura de Teresina manteve a liberação de funcionamento apenas para as indústrias de serviços essenciais, como as alimentícias.

Valmir Macêdo
[email protected]

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