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Ministério da Saúde faz ressalvas a guia da CBF para volta do futebol

FOTO: LUCAS MERÇON/ FLUMINENSE F.C.

 

Uma documento do Ministério da Saúde deu parecer favorável à volta das atividades do futebol no país, mas apresentou uma série de ressalvas ao guia de sugestões protetivas submetido pela CBF para análise do órgão do governo federal.

A pasta argumenta que a atividade é "relevante no contexto brasileiro e que sua retomada [com portões fechados] pode contribuir para as medidas de redução do deslocamento social através da teletransmissão dos jogos para domicílio", conforme o parecer publicado inicialmente pelo site Globoesporte.com.

Ao longo do documento, o ministério cita pontos que considerou insatisfatórios no guia da CBF para que o futebol possa retomar suas atividades em meio à pandemia do coronavírus.

O órgão sugere que a confederação "garanta a realização dos testes e avaliações constantes não apenas nos atletas, mas também que seja ofertado aos membros das comissões técnicas, funcionários e colaboradores, assim como aos respectivos familiares e contactantes próximos".

Questiona também o fato de que, "na proposta apresentada, não fica evidenciado onde serão realizados os testes, periodicidade e critérios de retestagem, e como serão assistidos caso o diagnóstico dos atletas seja positivo".

Outro problema relacionado aos exames, segundo a pasta, é que no momento "a disponibilização de testes rápidos no sistema de saúde encontra-se saturado diante das necessidades da população brasileira".

O Ministério da Saúde pede que a CBF desenvolva um plano mais elaborado, envolvendo outros órgãos governamentais e da sociedade civil, e detalhe as medidas de saúde, segurança e higiene que serão adotadas.

O parecer destacou ainda que a decisão sobre o retorno de uma atividade específica caberá às autoridades locais.

"Somente com base na análise de risco da secretaria municipal é possível saber em quem momento cada fase pode ser adotada em cada município. O Ministério da Saúde não determinou e nem determinará fechamento ou abertura de qualquer atividade. Essa é uma decisão que cabe ao gestor local", afirma.

A análise foi publicada no mesmo dia em que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que tanto o Ministério da Saúde quanto a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) deveriam publicar recomendações para que os jogos voltem a ocorrer, desde que sejam disputados sem a presença de torcida.

Bolsonaro tem se manifestado de forma favorável ao retorno do futebol e minimizou os impactos que a Covid-19 pode ocasionar na saúde dos atletas.

"Não sou eu que vou abrir ou não o futebol. No momento, existe muita gente do meio futebolístico que entende, que é favorável à volta. Porque o desemprego está batendo à porta dos clubes também. E com a idade jovem do jogador, caso seja acometido pelo vírus, a chance de ele partir para a letalidade é infinitamente pequena. Até pelo estado físico, pela rigidez do atleta", declarou na quinta, em entrevista à rádio Guaíba.

Procurada para comentar, a CBF não se manifestou até a publicação deste texto.

Fonte: FOLHAPRESS

 

Secretário de Saúde de Santa Catarina pede exoneração

O secretário de Estado da Saúde de Santa Catarina, Helton de Souza Zeferino, pediu exoneração do cargo na noite de quinta-feira, 30.

A saída ocorre em meio à crise instalada no governo por conta das suspeitas envolvendo a compra de 200 respiradores da China. No processo de dispensa de licitação, homologado por Zeferino em menos de cinco horas, o estado contratou uma empresa carioca e pagou R$ 33 milhões antecipado pelos equipamentos que deveriam ser entregues no início de abril.

O caso veio à tona após reportagem publicada pelo site The Intercept Brasil, que detalhou os passos da compra suspeita. A repercussão do assunto já motivou um pedido de CPI na Assembleia Legislativa, aprovado por unanimidade, e a instauração de inquéritos civil e criminal. A Justiça catarinense também determinou o bloqueio dos R$ 33 milhões já pagos nas contas da empresa Veigamed, com sede no Rio de Janeiro.

Em nota, o governo agradeceu os serviços prestados pelo secretário, que comandava as ações para o combate ao coronavírus no estado, e cita avanços na pasta que teriam sido frutos do trabalho de gestão do agora ex-secretário. O novo secretário deve ser anunciado nos próximos dias.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, o Estado de Santa Catarina tem 2085 casos confirmados de covid-19 e 46 óbitos.

Por Fábio Bispo, Especial para O Estado
Estadão Conteúdo

Caio Ribeiro critica discurso de Raí sobre Bolsonaro: 'Tem que falar de esporte'

O ex-jogador e atualmente comentarista Caio Ribeiro criticou a entrevista de Raí, diretor de futebol do São Paulo, em que fez desaprovou o posicionamento do presidente Jair Bolsonaro durante a pandemia do novo coronavírus e sugeriu até uma "renúncia para evitar o processo de impeachment". Para o comentarista, o dirigente tricolor deveria evitar assuntos políticos.

"Eu não gostei do discurso do Raí porque ele falou muito pouco de esporte e falou muito sobre política. Ele, por mais que ele fale que é a opinião pessoal dele, hoje é o homem forte do São Paulo e as declarações e opiniões que ele emite respingam na instituição. Eu acho que ele tem que falar de esporte. Na hora que ele fala de renúncia, dos hospitais públicos e tudo isso, me parece que ele tem conotações políticas em relação a preferências", afirmou o comentarista, durante participação em programa do SporTV.

A entrevista de Raí foi publicada na última quinta-feira pelo Globoesporte.com. O dirigente do São Paulo falou que o presidente Jair Bolsonaro vem tendo "um posicionamento atabalhoado" e que está "no limite da irresponsabilidade".

"Se perder a governabilidade, torço e espero uma renúncia para evitar o processo de impeachment, que sempre é traumático. Porque o foco tem de ser a pandemia. (O impeachment) não é uma coisa que tem de se pensar agora, energia nenhuma pode ser gasta nisso, mas se estiver prejudicando ainda mais essa crise gigantesca de saúde, sanitária, tem de ser considerado", disse Raí.

Caio Ribeiro concordou com Raí em relação ao retorno dos jogos no Brasil. O presidente Jair Bolsonaro defende que os times voltem aos trabalhos e tem conversado com pessoas envolvidas no futebol. Para Raí e Caio Ribeiro, o momento é de cautela.

"É bom deixar claro e reforçar que a posição do São Paulo não é voltar rápido. É voltar ao seu tempo, com as orientações, e gradativamente, começando obviamente o treino sem uma data certa de quando o campeonato vai retornar", disse o diretor.

"Me parece que nesse momento, pelo menos o cronograma que foi feito até aqui era um mês de férias, vamos voltar no começo de maio e teremos uma reunião no final de abril para ver se esse calendário será mantido. Gente, está morrendo gente, a curva não achatou. Então tudo bem, vamos adiar mais um pouquinho, vamos esperar essa curva achatar", completou Raí.

"As notícias de ontem e hoje são muito ruins, continua e aumentou o número de mortos. Mas a gente precisa pensar em cenários e trazermos soluções. É isso que eu acho que isso tem que ser debatido. E eu acho que o lado financeiro, por mais cruel que pareça ser o que eu vou dizer, é muito preocupante também. Não é que você tenha que pôr em risco a saúde das pessoas, mas na hora que você não tem trabalho, salário, que você não tem como alimentar sua família, isso vai gerar desemprego, morte, assaltos e uma série de outras coisas", afirmou Caio Ribeiro.

Fonte: Estadão Conteúdo

Premier League reforça desejo de concluir temporada e mantém diálogo com governo

A Premier League, responsável pelo Campeonato Inglês, teve conversas separadas com o governo e os clubes para discutir medidas médicas e logísticas que poderiam permitir aos jogadores retomar os treinamentos e, assim, acelerar o reinício da competição.

Os clubes reiteraram o desejo de concluir a temporada, mas, segundo nota divulgada pela Premier League após a reunião desta sexta-feira, as atividades só serão retomadas sob orientação governamental e diante do aval das autoridades sanitárias. Haverá uma nova reunião por videoconferência na próxima semana.

"A liga e os clubes estão considerando as primeiras tentativas de avançar e só voltarão a treinar e jogar com a orientação do governo, sob aconselhamento médico especializado e após consulta com jogadores e treinadores", afirmou o comunicado.

Jogadores de alguns clubes ingleses voltaram aos campos de treinamento nesta semana, mas a Grã-Bretanha permanece em "lockdown", isto é, suspensão total das atividades, até ao menos o dia 7 de maio. Até esta sexta-feira, o país registra mais de 172 mil casos, com mais de 26 mil mortes.

As medidas de distanciamento social permanecerão em vigor mesmo se as restrições de quarentena forem relaxadas, mas os clubes esperam que os treinamentos possam começar em breve. Isso vai exigir que a Premier League compre milhares de testes de covid-19 para que jogadores e membros da comissão técnica possam ser testados regularmente, o que é difícil, uma vez que os exames são escassos.

"A liga apoia a criação do grupo de trabalho médico do governo para o retorno do esporte de elite, que se reuniu para pela primeira vez nesta manhã", informou a Premier League, que acrescentou que "os clubes reafirmaram seu compromisso de terminar a temporada 2019-20".

A expectativa é que a liga inglesa seja retomada em junho, após uma suspensão de três meses, e a ideia é não ter torcedores em nenhum estádio. A polícia acredita que realizar as 92 partidas restantes do torneio em estádios neutros poderia ser mais seguro, de modo que a medida reduziria a possibilidade de aglomeração, uma vez que seria menor o risco de os fãs se reunirem do lado de fora.

As decisões dos governos holandês e francês durante a última semana levaram ao encerramento da temporada de futebol nesses países, o que não deve ocorrer na Grã-Bretanha, onde o secretário de cultura Oliver Dowden, responsável por supervisionar assuntos esportivos no governo, disse que intensificou os planos para os britânicos que "desejam desesperadamente o esporte de volta"

Fonte: Estadão Conteúdo

Mortes por coronavírus quadruplicam em 1 semana no Pará

Foto: JORGE HELY/FRAMEPHOTO/ESTADÃO CONTEÚDO

Enfrentando uma escalada dos casos de Covid-19 nos últimos dias, o Pará chegou a 224 mortes pela doença, sendo 68 registradas somente nesta quinta-feira (30).

O número total de óbitos é o quádruplo do registrado há uma semana, quando havia 53 mortes confirmadas.

O rápido espalhamento da doença -com um total de 2.999 casos confirmados no estado- resultou em um cenário de filas nas unidades de pronto atendimento e hospitais operando no limite.
A região metropolitana de Belém é epicentro da doença. Somente a capital registrou 1.658 casos da doença e 139 mortes. A cidade vizinha de Ananindeua vem em seguida, com 306 casos e 11 mortes.

O governo do Pará corre contra o tempo para reforçar a rede de atendimento para os pacientes com Covid-19.

Nesta quinta, a ocupação dos 194 leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva destina) era de 91%.

A alta ocupação -mesmo patamar registrado na semana passada- persiste mesmo com a expansão dos leitos clínicos e de terapia intensiva da rede estadual nos últimos dias.

O número de hospitais destinados ao tratamento de pacientes graves da doença chegou a 11, com a inclusão do hospital estadual Galileu, em Belém, transformado em unidade de referência.
Atendendo apenas a pacientes transferidos pelo sistema de regulação, a unidade de saúde possui 96 leitos clínicos e 8 leitos de terapia intensiva.

O governo estadual aguarda a chegada de 80 novos respiradores prometidos pelo Ministério da Saúde para ampliar a oferta de leitos de UTI.

Também foram pedidos ao ministério da Saúde 60 mil testes, além kits para o exame tipo RT-PCR, considerados mais precisos para identificação da doença.

"Espero que haja regularidade no fornecimento. Testar pessoas nos ajuda a dimensionar o tamanho da crise, da emergência na saúde e a quantidade de pacientes" afirmou o secretário de Saúde do Pará, Alberto Beltrame.

Desde a última semana, Belém enfrenta um cenário de corrida de pacientes com suspeita da doença às unidades de pronto atendimento, geridas pela prefeitura e tidas como porta de entrada para as pessoas com sintomas da Covid-19.

A Policlínica Metropolitana também está atuando na triagem dos pacientes. Em menos de uma semana de funcionamento exclusivo para casos de síndrome respiratória aguda, a unidade atendeu quase 7.000 pessoas.

Para conter o avanço do novo coronavírus no estado, o governador do Pará, Helder Barbalho, emitiu um decreto proibindo a realização de viagens intermunicipais durante o feriado de Primeiro de Maio.

Cerca de 200 agentes do Detran (Departamento de Trânsito do Estado) vão atuar na fiscalização da medida, com bloqueios nas principais rodovias do estado.

Haverá barreiras nos acessos a Belém e a outros 20 municípios do estado, com destaque para áreas turísticas como praias e balneários.

A medida não atingirá motoristas que estiveram retornando à cidade onde moram ou estiverem em atividade profissional. Eles deverão comprovar a motivação da viagem com documentos.
Os motoristas que descumprir a regra serão orientados a retornar para as cidades de origem. Em caso de desobediência, o veículo poderá ser apreendido.


Fonte: Folhapress

"Vamos fechar o transporte coletivo", anuncia Firmino após isolamento cair para 43%

A queda no isolamento social em Teresina para 43% fez o prefeito Firmino Filho adotar regras mais duras para segurar a população em casa.

Durante visita ao hospital de campanha da capital na manhã desta sexta-feira (1), o gestor anunciou que vai fechar o transporte coletivo. Por volta das 15h, a Prefeitura anunciou que, a partir da próxima segunda-feira, o serviço transporte público será desativado em Teresina. A decisão tem como base a queda do índice de isolamento social e o aumento do número de casos da covid-19. Foram 62 novos registros nas últimas 24 horas, totalizando 384 pessoas com a doença.

“Por conta disso, a prefeitura vai tomar na próxima semana novas medidas duras. Próxima semana nós vamos fechar o transporte coletivo de Teresina. Somente os trabalhadores dos serviços essenciais que estão autorizados pela prefeitura é que vão ter acesso ao transporte em sistema separado”, disse Firmino, ressaltando para o pior índice de isolamento atingindo ontem.

“Não podemos abrandar o nosso isolamento e cair de 50%. Ontem tivemos o pior índice de 43%. Se voltar ao normal quebra o isolamento e muita coisa ruim vai acontecer. Não podemos brincar com isso. O que aconteceu em Manaus pode acontecer aqui. Essa sensação de tranquilidade é falsa. Vamos ter compromisso com a vida”, desabafou.

O prefeito disse que as medidas tomadas previamente ajudaram Teresina a não propagar o coronavírus. “Como ao longo do tempo a quarentena foi feita de forma apropriada, de forma bastante precoce, produziu alguns feitos, tanto é que basta comparar a situação de Teresina com São Luis, Fortaleza, Recife. É muito clara a diferença, pois nós tivemos a coragem de fazer aquilo que era correto no momento que era correto”, disse.

Segundo Firmino Filho, o pior ainda está por vir. “Como a coisa não está tão grave assim, as pessoas começam a achar que está tudo bem. Não está. O pior não chegou ainda. Nós tivemos oportunidade de trabalhar para expandir os leitos, fazer o hospital, para ficar minimamente preparado para aquilo que virá. É necessário que a gente esteja preparado para atender todo o Piauí”, declarou o prefeito.

Cadastramento dos veículos alternativos

O prefeito explicou que, para garantir o transporte dos trabalhadores dos serviços essenciais, a Prefeitura vai fazer, a partir deste sábado, 02, o cadastro de veículos alternativos, como ônibus e vans. Os interessados devem entrar em contato com o gerente de transporte da Strans ( Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito) Rômulo Rego, no telefone (86) 99439-5826.

A vistoria dos veículos começa a ser feita amanhã, na sede da Strans. A superintendência também vai definir as rotas do transporte alternativo, garantindo que atendam somente os trabalhadores que estejam atuando nos serviços essenciais. Eles podem utilizar vale-transporte ou pagar a passagem no valor de R$ 4,00.

“Não haverá meia-passagem”, adianta o superintendente da Strans, Weldon Alves.

Uma pesquisa realizada pela prefeitura mostra que, durante a pandemia, que 60% dos usuários do transporte coletivo de Teresina são de trabalhadores do comércio essencial (supermercados, farmácias, postos de gasolina, entre outros), outros 25% são da área da saúde e 15 % de setores diversos. A pesquisa foi realizada nos oito terminais de integração pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo (Semdec).

Ainda de acordo com a PMT, Teresina tinha um fluxo diário de 220 mil pessoas utilizando o sistema de transporte coletivo. Com a pandemia da Covid-19, esse número caiu para 20 mil usuários, em virtude da redução da frota em 1/3.

A pesquisa mostra ainda que 55,7% dos usuários do transporte coletivo são mulheres que trabalham em setores essenciais e na iniciativa privada. 

Outros dados da pesquisa:

  • 88% dos usuários informaram que precisam sair de casa uma vez por semana
  • 44% saem todos os dias para trabalhar
  • 17,6% são funcionários públicos
  • 30,4% são na faixa etária de 36 a 50 anos, a mais atingida pelos efeitos da crise causada pela pandemia.

Atualizada às 14h20

No Twitter, o prefeito Firmino  Filho informou que só terão acesso aos ônibus as pessoas que precisam trabalhar nos serviços essenciais. "Esse controle será feito através da liberação de vales-transportes apenas para as empresas que prestam esse serviço', explica.

O prefeito pediu compreensão da população  e diz que o crescimento do casos de Covid-19 em Teresina não será diferente do que está acontecendo em todo o mundo. "Essa vaidade não faz bem.  Vejam São Luís, onde foi decretado lockdonw? Isso é bem pior que essa quarentena que vivemos", postou.

Firmino Filho voltou a reafirmar que o transporte coletivo é  o local em que, comprovadamente, tem o maior foco de transmissão do novo coronavírus na cidade, fora os hospitais. "É um medida dura, que relutei demais. Mas não tive escolha e não terei todas as vezes que for preciso", ressalta o prefeito.

 

Hérlon Moraes

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Ministério da Saúde aprova volta do futebol, mas cita testes 'saturados'

Foto: Rafael  Ribeiro/Vasco da Gama

Uma minuta do Ministério da Saúde deu parecer favorável pela volta do futebol no país. Em documento datado da noite da última quinta-feira (30), o órgão argumenta que a atividade é "relevante no contexto brasileiro e que sua retomada pode contribuir para as medidas de redução do deslocamento social através da 'teletransmissão' dos jogos para domicílio".

No complemento do parecer, no entanto, a autoridade nacional de saúde ressalta: "este Ministério é favorável ao retorno das atividades do futebol brasileiro, desde que atendidas todas as medidas apresentadas neste parecer", diz o texto noticiado pela Globo e obtido pelo UOL Esporte.

Mesmo com o "ok" inicial para uma retomada em campo, o documento mostra uma série de ressalvas e questionamentos ao guia apresentado pela CBF solicitando o retorno das atividades. O tom geral da minuta esteve longe de uma aprovação.

O órgão pede que a CBF "garanta a garanta a realização dos testes e avaliações constantes não apenas nos atletas, mas também que seja ofertado aos membros das comissões técnicas, funcionários e colaboradores, assim como os respectivos familiares e contactantes próximos", diz o parecer, que ainda questiona. "Diante da afirmação acima, na proposta apresentada, não fica evidenciado onde serão realizados os testes, periodicidade e critérios de retestagem, e como serão assistidos caso o diagnóstico dos atletas seja positivo".

A sequência do parecer mostra uma realidade preocupante. Em que pese a orientação para testes em todos os envolvidos, o relato da situação do país se mostra longe da ideal para que tal ideia seja posta em prática. "Cabe ressaltar que no momento, a disponibilização de testes rápidos no sistema de saúde encontra-se saturado diante das necessidades da população brasileira", frisou o Ministério.

A minuta, no entanto, está longe de ser o documento único que sustente o retorno imediato das atividades. "Ressalta-se ainda que o documento apresentado não se trata de uma guia médico, e sim de uma proposta de planejamento de retorno às atividades da classe, contemplando algumas medidas de saúde e segurança sanitária. Portanto, o Ministério da Saúde ressalta a importância de apresentação de um Plano estratégico geral detalhado, pactuado entre os diversos setores descritos anteriormente para o retorno das atividades futebolísticas sem a presença de público externo e planos de ação locais contendo a descrição das medidas de saúde, segurança e higiene, periodicidade de execução e responsáveis, que devem ser apresentados e validados pela autoridade de saúde local", diz o documento.

O parecer genérico do órgão federal deixa claro que a decisão final pelo retorno será dos poderes locais e estaduais. "Além disso, cabe ressaltar que a autorização acerca do início das atividades de treinamento nas localidades deve ser do Secretário Municipal, pois o Ministério da Saúde não irá contrapor uma decisão do gestor local que é quem está vivendo o problema. Somente com base na Análise de Risco da Secretaria Municipal é possível saber em quem momento cada fase pode ser adotada em cada município. O Ministério da Saúde não determinou e nem determinará fechamento ou abertura de qualquer atividade. Essa é uma decisão que cabe ao gestor local".

Fonte: Folhapress

Teresina atinge pior índice de isolamento social em um mês e Firmino pede cautela

Foto: PMT

O índice de isolamento social em Teresina atingiu a sua pior marca desde o início do monitoramento. Nesta quinta-feira (30), apenas 43% da população ficou em casa. A queda foi de 12% em relação ao índice da quarta-feira, que registrou 55%. O número está bem abaixo do percentual recomendado pelos órgãos de saúde para evitar a disseminação do coronavírus, que é de 73%.

O prefeito Firmino Filho lamentou a queda no índice de isolamento social e pediu cautela para a população. “O momento é sério, requer cautela. Infelizmente as pessoas ainda não se convenceram da gravidade da situação. O isolamento é a nossa única arma para evitar o aumento no número de casos”, pontuou.

Os índices de isolamento são observados diariamente através de um sistema de georreferenciamento de uma startup que monitora a localização de 217 mil celulares na cidade. A empresa também utiliza ferramentas de marketing para enviar alertas para aparelhos das pessoas que moram nas regiões que mais vêm descumprindo o isolamento social.

Os bairros com melhor desempenho nas taxas de isolamento são Frei Serafim, Novo Uruguai, Matinha, Areias e Brasilar, todos com percentuais entre 47,5% e 49,3%. Já os bairros Socopo, Novo Horizonte, Parque Juliana, Buenos Aires e Olarias apresentam percentuais mais baixos, variando entre 28,1% e 36,9% no índice de isolamento.

Há cerca de 40 dias, a Prefeitura de Teresina vem implantando medidas que facilitam e incentivam a permanência das pessoas em casa, como o fechamento do comércio, suspensão das aulas e de eventos com aglomerações, alterações no transporte público, além de uma série de outras medidas.

São Luís em lockdown

Ontem, a Justiça do Maranhão decretou "lockdown" (bloqueio total) para a capital do estado, São Luís, e para mais três municípios da região metropolitana, pelo prazo de dez dias, a partir de terça-feira (5).

A decisão também vale para os municípios de São José de Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa.

Na terça-feira (28), a cidade de São Luís atingiu 100% de ocupação dos 112 das UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) da rede estadual destinadas ao tratamento de Covid-19. Nos 267 leitos de enfermaria, a ocupação é de 63,7%.

Hérlon Moraes (Com informações da PMT)
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Portal Cidade Verde transmite videoconferência sobre impacto da covid-19 na economia

A pandemia causada pelo novo coronavírus impactou diretamente na economia de vários países pelo mundo. No Brasil não foi diferente. Os efeitos são incalculáveis nos mais diversos setores. Buscar saídas o mais rápido possível para minimizar os efeitos da crise exige estudo e adaptações. No Piauí, o tema será debatido em uma transmissão ao vivo pelo Cidadeverde.com na próxima segunda-feira (4), às 16h. Em pauta também, o futuro da produção de soja, um dos principais produtos que movimenta a economia do estado. 

A live terá a participação do presidente da Associação de Produtores de Soja do Piauí (Aprosoja), Alzir Neto; o Superintendente de Gestão da Sefaz, Antonio Luiz; gerente executivo Estadual do Banco do Nordeste no Piauí, Mirocles Silva, além do deputado estadual Henrique Pires; do economista Fernando Galvão e do consultor de mercado, Danilo Moura.

Para Alzir Neto, o setor do agronegócio continua se movimentando no estado em meio à pandemia, mas há preocupações.

“Temos um setor primário, o agronegócio, a cadeia da soja, do milho e do algodão, da pecuária, bastante forte e que continua todo o seu movimento nesses dias de pandemia. Nós teremos provavelmente uma excelente safra. Está configurado um recorde de produção no Piauí, com preços bons. Temos uma perspectiva de custos elevados para a safra passada”, disse o presidente da Aprosoja, alertando para a questão cambial.

“A questão cambial deve ser entendida também de uma maneira muito meticulosa, pois pode acarretar problemas para o produtor que não fez o casamento dólar-dólar, real-real. Aquele que comprou insumos em dólar e vendeu em real pode ter tido alguma oportunidade e o que fez o contrário se desprotegeu e vai ter alguns problemas”, alertou.

A transmissão será mediada pelo jornalista da TV Cidade Verde, Elivaldo Barbosa. Segundo ele, a atual conjuntura desafia os mais diversos setores econômicos.

"Será uma discussão oportuna sobre um tema que desafia os mais diversos setores da atividade econômica. Agentes públicos, financeiros e empresários mostrarão caminhos capazes de mitigar efeitos da covid-19 na economia, no emprego, renda e no desenvolvimento", disse o jornalista.

Da Redação
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Prefeitura de Floriano reabre comércio na terça-feira com novas medidas

Atualizada às 11h25

O prefeito de Floriano Joel Rodrigues confirmou a reabertura gradual do comércio na cidade a partir de terça-feira (05). Em vídeo, Joel Rodrigues destaca que o comitê gestor sinalizou para a flexibilização e, o momento agora, é de construir um protocolo para saber quais setores poderão ser flexibilizado. Um novo decreto deverá ser apresentado até a data prevista. A Secretaria Estadual de Saúde (SESAPI) confirma sete casos da Covid-19 no município. Às 10h, o prefeito fez pronuncimaneto em live para explicar as novas medidas. 

Joel Rodrigues esteve com representantes do setor comercial e logístico da cidade com o “objetivo de avaliar as novas recomendações da gestão no enfrentamento da Covid-19”. Os estabelecimentos deverão reforçar as medidas de higienização dos funcionários e clientes. A recomendação é de que somente pessoas com máscaras entrem nos locais. 

“Assim que estiver tudo organizado nós vamos publicar o nosso decreto”, disse o prefeito, destacando que "a medida mais correta é o isolamento social, ficar em casa, e, se tiver que sair, é usar a máscara”. Joel Rodrigues reforçou que a população adotou a obrigatoriedade do uso das máscaras.

Em Floriano, o decreto Nº 038, publicado em 21 de março de 2020, adotou medidas urgentes para reduzir a transmissão do novo coronavírus. Dentre elas: a suspensão de todos os estabelecimentos comerciais e de serviços não essenciais no município. As medidas foram adotadas a partir do dia 23 de março. 

Em nota, a Prefeitura de Floriano esclarece que “o município tem tomado várias medidas de combate ao coronavírus e construiu as condições básicas para atender aos critérios do Ministério da Saúde, para a flexibilização, além dos avanços na organização hospitalar. Mais de um milhão de reais recebidos pelo Município estão sendo destinados para a ampliação de leitos de atendimento a pacientes com Covid-19”.

A prefeitura acrescenta que “parte dos recursos já garantiu uma das parcerias, com a Clinicor, que irá receber 25 leitos clínicos do HTN (Hospital Regional Tiberio Nunes), para que o hospital público amplie de 15 para 50 o número de leitos covid-19. Joel (Rodrigues) também disse que está confiante porque percebe que 80% a 90% da população já usa as máscaras nas ruas e nas lojas, e que a maioria das empresas está atendendo aos critérios de higienização, sanitização e cuidados com clientes e funcionários”. 

Distanciamento seletivo

O secretário de saúde de Floriano, James Rodrigues, comentou durante a live que as novas medidas propõem “sair do distanciamento social coletivo para o distanciamento social seletivo. Com isso, algumas atividades consideradas não essenciais poderão voltar a atuar de maneira gradativa. É uma decisão difícil, mas tomada com base nos dados de hoje, na capacidade hospitalar, capacidade de atendimento ambulatorial. Essa decisão pode ser melhorada a qualquer instante”.

“Trago a convicção que retornaremos as atividades buscando estabelecer uma nova rotina sanitária. As unidades de saúde vão continuar abertas porque continuam as necessidades de outros pacientes, que apresentam outras comorbidades”, disse James Rodrigues.


(Foto: Secom Prefeitura de Floriano)

Reabertura

O novo decreto de transição determinou que os serviços essenciais continuam abertos. Já os serviços não essenciais serão reabertos a partir deste sábado, com exceção das academias de ginástica e do cinema. Os bares e os restaurantes podem continuar atuando com entrega delivery, não sendo permitido consumo no local. As lanchonetes também funcionam apenas com entrega de pedidos. 

As lojas de departamento poderão reabrir respeitando o uso da máscara. Ainda não há previsão do retorno das aulas no sistema de ensino. O shopping ficará aberto apenas com as lojas permitidas; a praça de alimentação aberta para delivery sem consumo no local.

Os salões de beleza poderão funcionar por agendamento.  

O novo decreto será divulgado ainda hoje com todos os detalhes do horário de funcionamento. 

 

 


Prefeito Joel Rodrigues (Foto: Secom Prefeitura de Floriano)

Carlienne Carpaso
[email protected] 

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