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IBGE: 9,7 milhões de trabalhadores ficaram sem remuneração em maio

Foto: Valmir Macedo/Cidadeverde.com 


O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) informou nesta quarta (24) que 19 milhões de brasileiros foram afastados do trabalho devido à pandemia do novo coronavírus e, dentre estes, 9,7 milhões ficaram sem remuneração.

Os dados foram coletados pela pesquisa Pnad Covid, que busca identificar os efeitos da pandemia no mercado de trabalho e na saúde dos brasileiros. O levantamento detectou também que houve redução na renda do trabalhador brasileiro.

Ao todo, o Brasil tinha em maio 84,4 milhões de trabalhadores ocupados, disse o IBGE. Deste total, 22,5% estavam afastados do trabalho na semana da pesquisa -18,6% foram afastados devido ao distanciamento social.

Entre os afastados, 51,3% ficaram sem receber remuneração. O número de pessoas nessas condições representa 11,5% do total de ocupados do país. Os maiores percentuais de pessoas sem remuneração foram verificados nas regiões Norte e Nordeste.

A maior taxa de afastamento se deu entre trabalhadores informais: domésticos sem carteira assinada (33,6%), empregados do setor público sem carteira (29,8%) e empregados do setor privado sem carteira (22,9%).

De acordo com o IBGE, o rendimento efetivo dos trabalhadores brasileiros caiu 18,2% em maio, para R$ 1.899. As maiores quedas foram verificadas nas regiões Nordeste (19,7%) e Sudeste (19,3%).

Em maio, havia 75,4 milhões de pessoas fora da força de trabalho, o que significa que não estavam trabalhando nem procurando emprego. Deste total, 34,9% não procuraram emprego mas gostariam de trabalhar e 24,5% disseram que não foram em busca de vaga por causa da pandemia.

A pesquisa do IBGE identificou também que 38,7% dos domicílios brasileiros receberam algum tipo de auxílio monetário relacionado à pandemia. O valor médio recebido pelos domicílios foi de R$ 847.


Fonte: Estadão Conteúdo 

Vigilância Sanitária aprova Flamengo e vê 11 infrações em CTs de rivais cariocas

Foto: Vitor Silva/Botafogo

Favorável ao retorno do Campeonato Carioca, o Flamengo vem seguindo os protocolos de saúde em suas dependência, de acordo com a Vigilância Sanitária ligada à prefeitura do Rio de Janeiro A entidade vistoriou o Centro de Treinamento rubro-negro e avaliou que o local "estava em conformidade com as regras" sanitárias relacionadas à pandemia do novo coronavírus.

No entanto, os demais clubes não podem dizer o mesmo. A Vigilância Sanitária detectou 11 infrações nas dependências de Bangu, Botafogo, Fluminense, Madureira, Portuguesa e Vasco. Foi estabelecido um prazo, não divulgado, para as equipes corrigirem as falhas a tempo de uma segunda vistoria, ainda mais detalhada

"Foram identificadas cabines de higienização, ausências de dispensadores de álcool em gel e sabão líquido em lavatórios, de álcool em gel nas áreas de acesso e circulação, lixeiras inoperantes e falta de lixeiras com tampas acionadas por pedal, ausência de funcionários de limpeza, e ausência de cartazes informativos sobre as Regras de Ouro para a prevenção da covid-19", analisou a Vigilância Sanitária municipal, em sua avaliação sobre os rivais do Flamengo no Carioca.

Outro pedido da entidade se referiu aos túneis de desinfecção, algo que vem se tornando comum nos clubes brasileiros na retomada das avaliações físicas e dos treinos. A prefeitura pediu para que fossem retirados porque não são considerados eficazes na luta contra a covid-19.

Fonte: Estadão Conteúdo

Greve na saúde começa nesta quinta com protesto em frente ao HGV

Fotos: Roberta Aline

Servidores da Saúde Pública do Piauí (exceto médicos) iniciam uma greve por tempo indeterminado a partir desta quinta-feira (25). O movimento grevista começa a partir das 07h30, com ato de protesto em frente ao Hospital Getúlio Vargas (HGV), e segue em passeata até o Palácio de Karnak, onde farão outro ato.

A greve foi deflagrada na última sexta(19), em assembleia do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Saúde Pública do Piauí (Sindespi), juntamente com o Sindicato dos Enfermeiros, Auxiliares e Técnicos de Enfermagem do Piauí (Senatepi) com apoio do Sinfito, Sinttearpi, Crefito e Coren-PI, representando fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, enfermeiros e radiologistas.

Nesta quarta-feira (24) encerrou o prazo de 72 horas para o início da greve e, a partir de amanhã, os hospitais funcionarão com apenas 30% dos trabalhadores. 

Entre as principais reivindicações estão: o não pagamento do adicional de insalubridade de 40%; a baixa qualidade dos Equipamentos de Proteção Individual fornecidos pela Sesapi durante a pandemia de Covid-19; além de diversas denúncias de assédio moral que o sindicato tem recebido de diversas regiões do Estado. 

“Nosso adicional de insalubridade está congelado desde 2007. O governo alega que não tem uma regulamentação e nós exigimos que se providencie, que regulamente a insalubridade dos servidores do Estado. O assédio moral aos servidores é generalizado e contribui para o adoecimento da categoria. Nós reconhecemos a dificuldade do momento com essa pandemia, mas o governo massacra o servidor há muito tempo e não dá mais para aguentar” desabafa a presidente do Sindespi, Geane Sousa.

O presidente do Senatepi, Erick Ricelley, defende que a greve é necessária porque tem reinvindicações urgentes.

“Essa se torna uma das, ou a mais legítima greve que já aconteceu. Primeiro porque estamos lutando por coisas que sequer deveriam que ser pauta de negociação, como EPIs, insalubridade, cumprimento de decisão judicial. É obrigação de todo e qualquer governo garantir isso aos profissionais. Quando os  profissionais  vão para ruas cobrar isso mostra como nós estamos no fundo do poço. Acho que a população está entendendo oque esta acontecendo”, defende.

A falta de transporte também é outro problema que prejudicado os servidores. “Os ônibus estão há mais de 30 dias parados, não tem transporte público. O governo não faz nada e os servidores estão tendo que pagar transporte particular, diminuindo ainda mais seus salários que já estão defasados. Praticamente estão pagando para trabalhar”, acrescenta Geane Sousa.

 

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Menos de 3% da população no Piauí foi testada para Covid

Foto: Roberta Aline/Cidadeverde.com

Menos de 3% da população no Piauí foi testada para a Covid-19 levando em consideração o número de testes aplicados no estado e as pessoas que foram submetidas ao exame mais de uma vez. Desde o início da pandemia, em março, foram aplicados 96. 026  mil testes, sendo 79.482 testes rápidos e 16.544 do tipo PCR, que são realizados pelo coordenador pelo Laboratório de Saúde Pública do Piauí (Lacen). 

O Piauí ultrapassou os 16.200 confirmados da Covid-19, mas pesquisa contratada pelo Governo do Estado, mais de 200 mil piauienses teriam sido infectados. Para dar mais agilidade na testagem da população, a Secretaria de Estado da saúde (Sesapi) adquiriu 50 mil testes rápidos que são capazes de identificar a doença a partir do segundo dia dos sintomas. 

“Pode ser feito na própria unidade de saúde, sem aparato de laboratório. Vai ser ótimo, principalmente, para o interior porque só tínhamos o teste para a pesquisa de anticorpos, que é um teste rápido, mas só dá  positivo em torno de oito a dez dias”, explica a farmacêutica bioquímica Symonara Faustino.

 

 

Com informações Notícia da Manhã
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Firmino divulga novo boletim e defende lockdown para reabrir setores em julho

 


O prefeito Firmino Filho (PSDB) voltou a defender o lockdown (bloqueio total) como medida para conter o novo coronavírus  e ter uma retomada das atividades segura no mês de julho. A proposta foi defendida ao apresentar os números da 10º etapa da pesquisa de investigação sorológica de Teresina. Os dados mostram que a capital registrou a menor taxa de crescimento desde o início da pandemia com um índice de 17%. A taxa apresentada na pesquisa anterior era de 42%.

Veja pesquisa sorológica aqui

A pesquisa diz que Teresina tem 156.623 casos de pessoas positivadas. Isso representa 18.11% da população. Esse número representa que os casos subnotificados ainda são de 35 vezes maior do que os dados oficiais. 

“Na última semana ainda teve crescimento nos casos, mas foi a menor taxa de crescimento. Prova de que estamos na parte da curva que está cansada, cada vez menor. Percebemos que  a subnotificação vai caindo, mas ainda é expressivo. A grande maioria das pessoas são assintomáticas.  Os casos positivados são de pessoas com sintomas e foram à rede de saúde e foram registrados”, afirmou. 

Taxa de transmissão

A taxa de transmissibilidade, o chamado r-zero (RO), ficou em 1,06. Foi maior do que a pesquisa anterior que ficou em 0.83%. Porém, segundo o prefeito, esse número mostra uma estabilização. 

Pico da doença

De acordo com a pesquisa, o pico da doença na cidade de Teresina poderá acontecer no mês de julho. “Os dados mostram que estamos muito próximos do pico ou que já estamos nele. Com novos dados poderemos confirmar essa previsão. O setor de matemática da  Universidade Federal do Piauí previa o pico para 10 de junho”, afirmou.

Defesa de lockdown 

Firmino Filho disse que já apresentou a proposta de lockdown para o governador Wellington Dias, o Ministério Público e os empresários. 

" Daqui a duas ou três semanas, se intensificarmos o isolamento, com compromisso de todos, reduziremos as taxas. São três meses  de esforço já feito. Estamos perto do final. Através do lockdown de três a quatro dias, gradativamente poderemos  retomar as atividades”, afirmou. 

Firmino afirma que o governador Wellington Dias ficou de conversar sobre a proposta com o Judiciário e o Ministério Público. “O  governador ficou de conversar com Justiça e Assembléia. O retorno será gradual, mas não baseado em expectativas, mas em realidade. A retomada tem que se partilhada entre as instituições. Não podemos tomar uma decisão isolada porque estamos todos juntos nessa empreitada. Mas é preciso fazer um pacto”, afirmou. 

Críticas aos prefeitos 

Firmino Filho diz ser irresponsabilidade e omissão os casos de prefeitos do interior que tentaram reabrir o comércio. Segundo ele, se essas cidades apresentarem aumento dos casos, o sistema de saúde de Teresina será penalizado. 

“O pico no interior vai ser em julho e vamos receber muita demanda. É fora da minha competência, mas chamo atenção do governador e Ministério Público para tomar as medidas. A queda do isolamento nas cidades médias e grandes pode ter impacto em Teresina. A capital não pode arcar com a falta de compromisso de alguns gestores municipais. Vemos com preocupação algumas prefeituras que liberam o comércio e não tem capacidade de tratar sua população. É irresponsabilidade e omissão. Vai colocar o doente na ambulância e levar que Teresina”, afirmou. 

Critérios para retomada

Entre os sete critérios apresentados pela prefeitura para a abertura gradual da economia, quatro ainda apresentam situação crítica. 

“Ainda precisamos evoluir em critérios como aumentar as vagas de UTI, baixar a hospitalização e baixar o número de óbitos. Esses são critérios que nos preocupam muito, principalmente, no que diz respeito aos números de UTI”, afirmou. 
 
Leitos de UTI

A ocupação dos leitos de UTI se aproxima de 80% na cidade. O ideal é que essa taxa fique entre 70% e 50%. Os leitos de UTI covid-19 estão com 77,43% da ocupação. Quando se retiram  os leitos pediátricos, neonatais, obstétricos e de reserva a situação piora e a ocupação  ultrapassa 80% de ocupação.

Número de óbitos

Teresina registrou 362 óbitos. Deste total, 300 são de residentes e 62 de não residentes. 

“Para a reabertura, é fundamental uma diminuição do número de óbitos”, destacou. 

 

Lídia Brito
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Apenas 42% dos teresinenses cumpriram as medidas de isolamento social nesta terça

Foto: Roberta Aline

Mesmo diante de uma realidade do crescimento do número de casos de covid-19 na capital, os índices de Isolamento Social em Teresina continua caindo. Nesta terça-feira (23), a marca registrada foi de 42%, conforme levantamento da Startup InLoco.

O índice de isolamento recomendado pelos órgãos de saúde é de 73%. Na cidade a marca nunca foi atingida. Em alguns bairros, os dados apontam que apenas 18,20% dos moradores da região cumpriram a medida adotada pela Prefeitura, como é o caso do bairro Parque Juliana, na zona leste. Já o bairro Ininga, registrou o melhor índice chegando a 63,60%.

A capital já ultrapassou os seis mil casos confirmados da doença, que já tirou a vida que quase 300 pessoas em Teresina.

“Somos solidários com todas as famílias enlutadas pela perda de um ente querido vítima da covid-19. Esta realidade é motivo de muita tristeza. Reforçamos que nós teresinenses temos um papel importante na preservação das vidas dos nossos amigos e familiares. Permanecendo em casa, adotando as medidas de isolamento social, estaremos contribuindo para também salvar vidas”, pontua o prefeito Firmino Filho.

 

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Sepultamentos à noite de vítimas da Covid ocorrem em cemitério privado em Teresina

Com média de 3,4 mortes por dia, corpos de vítimas da Covid-19 estão sendo sepultados à noite em um cemitério privado em Teresina, na zona Sudeste de Teresina, uma vez que os públicos funcionam somente até às 18 horas. A diretora de Vigilância em Saúde da Fundação Municipal de Saúde (FMS), Amariles Borba, explica que familiares das vítimas devem procurar o plantão funerário da Prefeitura de Teresina e uma funerária para providenciar o caixão. 

“O reconhecimento do corpo se dá por uma pessoa da família ou responsável em uma distância segura”, pontua Borba

Por questão de segurança, vítimas da Covid-19 devem ser sepultadas no prazo de de 3 horas após o óbito para evitar o risco de contaminação. De acordo com a FMS, durante o dia, as vítimas da Covid-19 podem ser sepultadas em cemitérios público ou privado à escolha da família. 

 

Graciane Sousa
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Guarda Municipal inicia buscas para identificar pessoas com covid-19 no Centro de Teresina

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Barreiras móveis foram montadas no centro de Teresina para identificar pessoas infectadas pela Covid-19. A busca ativa está sendo realizada pela Guarda Civil Municipal de Teresina (GCM) em pontos diferentes, ao longo do dia, na região central da cidade.

“Uma vez identificada a pessoa com algum sintoma, nós iremos fazer essa anotação e encaminhar para a Fundação Municipal de Saúde (FMS) para que  essa pessoa seja depois contatada e orientada para adoção da medida necessária”, explica o tenente-coronel John Feitosa, comandante da GCM.

As barreiras se assemelham à blitzen de trânsito, onde são parados carros, motos e até veículos de passageiros. No momento da abordagem será feita a aferição da temperatura corporal e os casos suspeitos notificados. “Não iremos fazer testes”, pontua o comandante.

No início da manhã desta quarta-feira (24), a barreira foi montada na Rua Barroso, próximo à Praça Saraiva. A busca ativa no centro da cidade segue por tempo indeterminado.

Teresina vem registrando aumentos sucessivos nos números de infecções e morte por covid. São 6.065 casos positivos e 294 pessoas já morreram em decorrência do novo coronavírus, segundo dados da FMS.

Os índices de isolamento social na capital ficaram entre 42% e 51,54% nesta segunda-feira (22), segundo as duas bases de dados utilizadas pela Prefeitura de Teresina para fazer este acompanhamento: a startup InLoco e as operadoras de telefonia celular. O índice ainda está abaixo dos 73%, considerado o mínimo necessário pela Organização Mundial de Saúde para ajudar a conter a disseminação do novo coronavírus.

Graciane Sousa

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A 40 dias do retorno do circuito, casos de covid-19 no tênis causam preocupação

Foto: Washington Alves/COB

 

Faltando 40 dias para o retorno do circuito profissional de tênis, os jogadores, os organizadores dos torneios e os fãs ganharam um grande motivo para se preocupar nos últimos dias. A contaminação de quatro tenistas relevantes do circuito por covid-19, num torneio de exibição organizado pelo sérvio Novak Djokovic, causa apreensão diante dos seguidos adiamentos da volta das competições. E faz lembrar que a disputa dos campeonatos, como eram antes, deve ainda demorar para acontecer.

O susto no mundo do tênis começou no domingo, quando o búlgaro Grigor Dimitrov revelou ter testado positivo para o novo coronavírus. No dia seguinte, fizeram o mesmo o croata Borna Coric e os sérvios Viktor Troicki e Djokovic. A esposa dos dois últimos também foram infectadas, assim como o técnico Christian Groh e o preparador físico Marko Paniki.

O retorno do circuito está programado para 3 de agosto, para o caso das competições femininas, em Palermo, na Itália, país que foi o epicentro da pandemia na Europa. Os torneios masculinos serão retomados um pouco depois, no dia 14, em Washington, nos Estados Unidos, recordista em número de infectados e mortos até agora.

Tanto a ATP quanto a WTA já avisaram que os torneios serão realizados sem a presença da torcida. Mas os casos positivos contraídos durante o chamado Adria Tour, com jogos de exibição na Sérvia e na Croácia na última semana, aumentaram a preocupação dos envolvidos porque, mesmo sem torcida, cada campeonato vai reunir centenas de pessoas.

Competições como as agendadas para Palermo e Washington mobilizam cerca de 500 pessoas, entre tenistas e suas equipes, organizadores, patrocinadores e pessoal responsável pela transmissão para a televisão. Torneios maiores, como os Masters 1000, reúnem até 800 pessoas.

No caso dos Grand Slams, a cifra é ainda maior. Afinal de contas, cada evento deste porte pode exigir até 3.200 pessoas, segundo apurou o Estadão. E, logo na retomada do circuito, os tenistas terão pela frente dois Slams: o US Open e Roland Garros.

O presidente da ATP, Andrea Gaudenzi, admitiu nesta semana que mesmo medidas mais rígidas podem não ser suficientes para evitar eventuais contágios. "Temos que ser cuidadosos porque temos que ter a consciência de que, mesmo com medidas extremas, podemos ter alguns jogadores com testes positivos", declarou o dirigente, ao jornal The New York Times.

Dias antes do resultado positivo de Djokovic, a ATP foi rápida ao reafirmar seu compromisso de manter as datas estipuladas para o retorno do circuito masculino. "A ATP e outras partes interessadas fizeram planos exaustivos para mitigar os riscos por meio de uma variedade de precauções e protocolos a serem implementados nos eventos. Continuamos a planejar e ajustar essas precauções e protocolos de acordo com as informações médicas mais recentes e priorizamos a segurança na avaliação de todas as decisões."

NOVA REALIDADE - O torneio liderado por Djokovic escancarou que o formato anterior das competições não poderá ser mantido ao menos nesta temporada, enquanto a pandemia estiver fazendo vítimas pelo mundo. Apesar de liberado pelas autoridades sanitárias dos países envolvidos, o evento não contou com exigências de distanciamento social e uso de máscaras.

Milhares de torcedores se amontoaram nas arquibancadas, como se houvesse risco zero de contaminação. Aglomerações aconteceram com frequência, até mesmo no chamado Kid's Day, dia em que tenistas interagem com o público infanto-juvenil. Há fotos mostrando Djokovic e outros atletas quase abraçados a dezenas de crianças e adolescentes.

Em quadra, boleiros tinham contato constante com os tenistas, que faziam o mesmo entre si e com os juízes, algo que vem sendo vetado em outras exibições, já sob a ótica do "novo normal" no tênis - as bolinhas agora contam com as iniciais dos atletas para evitar o contato com o outro lado da rede.

Nas exibições na Croácia e na Sérvia, houve aglomerações também em eventos de marketing e divulgação dos jogos, inclusive com partidas de futebol e de basquete e festas noturnas em ambientes fechados. O contágio envolvendo os tenistas mostra que ativações do tipo poderão ser repensadas na retomada do circuito.

Por Felipe Rosa Mendes
Estadão Conteúdo

Barreiras itinerantes no centro de Teresina buscam casos suspeitos de Covid

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Barreiras itinerantes montadas no centro de Teresina buscam identificar pessoas infectadas pela Covid-19. A busca ativa está sendo realizada pela Guarda Civil Municipal de Teresina (GCM) em pontos diferentes, ao longo do dia, na região central da cidade.

 

“Uma vez identificada a pessoa com algum sintoma, nós iremos fazer essa anotação e encaminhar para a Fundação Municipal de Saúde (FMS) para que  essa pessoa seja depois contatada e orientada para adoção da medida necessária”, explica o tenente-coronel John Feitosa, comandante da GCM.

 

As barreiras se assemelham à blitzen de trânsito, onde são parados carros, motos e até veículos de passageiros. No momento da abordagem será feita a aferição da temperatura corporal e os casos suspeitos notificados. “Não iremos fazer testes”, pontua o comandante.

 

No início da manhã desta quarta-feira (24), a barreira foi montada na Rua Barroso, próximo à Praça Saraiva. A busca ativa no centro da cidade segue por tempo indeterminado.

 

Teresina vem registrando aumentos sucessivos nos números de infecções e morte por covid. São 6.065 casos positivos e 294 pessoas já morreram em decorrência do novo coronavírus, segundo dados da FMS.

 

Os índices de isolamento social na capital ficaram entre 42% e 51,54% nesta segunda-feira (22), segundo as duas bases de dados utilizadas pela Prefeitura de Teresina para fazer este acompanhamento: a startup InLoco e as operadoras de telefonia celular. O índice ainda está abaixo dos 73%, considerado o mínimo necessário pela Organização Mundial de Saúde para ajudar a conter a disseminação do novo coronavírus.

 

Graciane Sousa

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