Cidadeverde.com

Estoque de anestésico para entubar pacientes chega ao limite e HGV estuda diminuir cirurgias

Foto:Letícia Santos 

Assim como em outros hospitais do país, o maior hospital público do Piauí, o Hospital Getúlio Vargas (HGV) , também enfrenta dificuldades  na aquisição de anestésicos fundamentais para fazer a entubação de pacientes com Covid-19  que estão em leitos de Terapia Intensiva (UTI). 

O diretor do HGV, Gilberto Albuquerque, disse ao Cidadeverde.com que o estoque destes sedativos no hospital está "no limite".  O médico explica que os pacientes com Covid-19 precisam de uma quantidade "muito maior" de anestésico do que outros doentes.

"Aqui no HGV,  como a gente tinha um estoque por causa das cirurgias ,que são em grande quantidade,  ainda temos anestésicos, com dificuldades, mas ainda está dando pra ir superando", disse o diretor.

A situação é de alerta no HGV e o diretor informou que estuda reduzir o número de cirurgias para poder assegurar anestésico para entubar pacientes. "As empresas possuem um estoque reduzido. Sempre chega, mas em pouca quantidade.  Se não conseguirmos quantidades maiores poderemos reduzir cirurgias  e economizar para pacientes Covid e outros de UTI não Covid"  

 O diretor informou, ainda, que a Fundação Piauiense de Serviços Hospitalares (Fepiserh)  está negociando com empresas de outros estados a aquisição  dos anestésicos .

Foto:Arquivo/Cidadeverde.com

O Hospital Getúlio Vargas está com o leitos de UTI para pacientes com Covid-19  100% ocupados há pelo menos dois dias. "Estamos sempre ocupados. Quando tem alta ou óbito outro pacientes da fila de espera já ocupa", disse o diretor. 

O HGV tem 50 vagas em leitos de UT no setor Covid-19.  No início da pandemia eram apenas 20.

 

Izabella Pimentel
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Quase 50 perícias médicas no Piauí são remarcadas após servidores testarem positivo para a Covid

Perícias médicas de servidores estaduais no Piauí estão temporariamente suspensas, após três colaboradores do Centro Integrado de Atenção ao Servidor (Ciaspi) testarem positivo para a Covid-19 e outros cinco suspeitos de terem contraído o vírus. Diante da situação, 45 perícias médicas tiveram que ser remarcadas. 

Devido à pandemia, os atendimentos estavam sendo realizadas em duas modalidades. As virtuais devem retornar na próxima segunda-feira (29). Já as presenciais, casos que necessitam de junta médica, ainda não têm data para serem retomadas. 

“Todos serão atendidos sem prejuízo. Estamos remarcando as perícias que dependem de junta médica, ou seja, que só podem ser feitas presencialmente. A previsão é de que os atendimentos remotos sejam retomados já a partir de segunda-feira (29)”, destaca gerente de Perícia Médica do Ciaspi, Aline Melo. 

O Ciaspi disponibiliza o email  [email protected] para que os servidores estaduais possam esclarecer dúvidas. 

 

Graciane Sousa
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MP faz levantamento sobre transparência nos gastos da Covid no Piauí

Foto: Roberta Aline/Cidadeverde.com

Quatro municípios do Piauí ainda não criaram o Portal Covid-19, um portal da transparência para divulgar gastos com a pandemia, como foi determinado por Lei Federal. 36 cidades criaram porém não alimentaram e/ou está impossível o acesso do link e 185 municípios criaram e inseriram dados e informações. 

O levantamento foi feito pelo Centro de Apoio Operacional de Combate à Corrupção de Defesa do Patrimônio Público (CACOP) do Ministério Público.

 "A análise teve, por objetivo, verificar se houve ou não a implantação do Portal COVID-19 e se dados e informações foram alimentados até o dia em que o CACOP acessou os respectivos sites. Não foi estudada, portanto, a qualidade dos respectivos portais, isto é, se estão sendo alimentados constantemente e se estão atendendo a todos os requisitos legais", relata o coordenador do CACOP, promotor de Justiça Sinobilino Pinheiro.
 
Para a análise, foram utilizados três parâmetros: se o município tem portal e fornece as informações (zona verde); aqueles que possuem portal, mas possuem alguma dificuldade de acesso (zona amarela) e aqueles que não tem portal (zona vermelha). 

Do levantamento, verificou-se que 185 municípios criaram o link e inseriram dados e informações, enquanto outros 36 criaram, porém não alimentaram e/ou resta impossível o acesso do link. Apenas 4 municípios ainda não criaram o Portal COVID-19, são eles: Fartura do Piauí, São Gonçalo do Piauí, Santana do Piauí e Barreiras do Piauí. 

O estudo é baseado na Lei Federal nº 13.979/2019, que diz que estados e municípios tem o dever de divulgar de forma imediata na internet em site oficial, informações sobre todas as contratações e aquisições que forem feitas para o enfrentamento da pandemia.

Veja na íntegra o resultado


Da Redação 
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Profissionais da Saúde iniciam greve no Piauí e pedem insalubridade de 40%

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A greve dos profissionais de saúde teve início na manhã deste quinta-quinta-feira (25) com uma manifestação em frente o Hospital Getúlio Vargas ( HGV). Segundo o presidente do Sindicato dos Enfermeiros,  Auxiliares e Técnicos do Estado do Piauí, Erick  Ricelley, os profissionais querem que o governo cumpra acordo judicial sobre o pagamento de progressões e promoções. 

Eles pedem o pagamento de insalubridade de 40% e melhoria dos Equipamentos de Proteção Individual da área não Covid-19. 

"Em 2016 nós fizemos uma greve e houve uma decisão do desembargador Erivan Lopes  onde obrigava o governo a garantir as  progressões e promoções. Não aconteceu isso. Foi feita outra greve em 2019. O estado fez um novo acordo, até aceitamos parcelar em três etapas e  governo não cumpriu. Resolvemos formalizar o movimento para dizer que é inaceitável que o governo não umpra uma decisão judicial e nada aconteça. Lutamos para a lei ser cumprida. Se paga R$ 80 por 12 horas. Qualquer outro profissional recebe mais que um tecnico de enfermagem por 12horas", disse. 

Os profissionais denunciam que em todo o Piaui 400 profissionais da enfermagem ja foram contaminados com a Covid-19.

"Em todo o Piauí o número oficial é de 400 profissionais. Mas sabemos que é bem mais. Existem aqueles que nem o teste conseguem fazer. E eles entram de licença e passam a receber metade do salário porque eles perdem as gratificações. É uma situação muito delicada desses profissionais", afirma.  

Profissionais denunciam, ainda, que estão sendo afetados pela falta de ônibus. 

"Muitos profissionais não cobseguem trabalhar sem ônibus. Eles pegam falta pelo lockdown do governo. A população sofre e o trabalhar é penalizado. Na saúde temos um 3.500 profissionais. O governo fica empurrando o serviço público para o setor privado.  Dessa maneira o governo não prepara a previdência porque não tem mão de obra jovem.  Todas essas denúncias devem ser levadas ao conhecimento da sociedade. Não é por reajuste, mas por diginade. Hoje é  o primeiro dia. Aos poucos vai crescendo. O movimento vai crescendo e as pessoas vão aderir. É um absurdo o governo chegar aqui sem nenhuma proposta", afirmou Erick. 

De acordo com a presidente do Sindicato dos Empregados em Estabeleciemnto de Saúde (Sindespi), Geane Sousa, os profissionais que não atuam no setor Covid-19 são os mais afetados. Ela afirma que eles têm recebido EPI's de baixa qualidade. 

"Queremos qualidade e quantidade dos EPI's de trabalho. Os maiores contaminados são da fora da área Covid. Faltam equipamentos de qualidade. Queremos 40% de insalubridade para todos. Não deve ser só para o setor covid", destacou. 

Segundo Geane, o  Adicional de Insalubridade da categoria  está congelado desde 2007. "O governo alega que não tem uma regulamentação e nós exigimos que se providencie, que regulamente a insalubridade dos servidores do Estado. O assédio moral aos servidores é generalizado e contribui para o adoecimento da categoria. Nós reconhecemos a dificuldade do momento com essa pandemia, mas o governo massacra o servidor há muito tempo e não dá mais para aguentar” desabafa a presidente do Sindespi.

A vice-presidente do Sindicato dos Técnicos e Tecnólogos em Radiologia, Fabriciane de Sousa Miranda, defende que o governo tem histórico de não pagar progressões.

"O governo tem um histórico de nao pagar a progressão dos profusisonais. Uma lei de 2012 nao é cumprida desde então. Estamos com 12 profissionais doentes", comentou. 
 
O movimento  envolve os profissionais da enfermagem, radiologia, fisioterapia e saúde. Após o ato na frente do Hospital Getúlio Vargas, os profissionais farão uma passeata até o Palácio de Karnak.

Em nota, o Governo do Estado lamenta a decisão do profissionais de deflagrarem greve em plena pandemia de coronavírus. O Executivo Estadual garante que vai tomar medidas cabíveis no meio judicial e administrativo.

"O governo do Estado lamenta a decisão do Sindicato dos Enfermeiros de deflagar uma greve em meio ao maior desafio de saúde pública dos últimos 100 anos. Tal decisão pode trazer prejuízos vitais para a sociedade. Ressaltamos que todos os profissionais estão com salários em dia, que o adicional de insalubridade é pago normalmente, conforme determina a legislação estadual, e que não há falta de EPIs em nenhuma unidade de saúde, não havendo, assim, motivos para paralisação. Ressaltamos ainda que o Governo está tomando as medidas cabíveis por meio judicial e administrativo para garantir o atendimento pleno da população", diz a nota.

Flash Lídia Brito
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Ramos anuncia novas parcelas do auxílio, mas apaga publicação

Foto: Roberta Aline / Cidadeverde.com

O ministro Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria de Governo, afirmou que a extensão do auxílio emergencial por três meses terá parcela de R$ 500, R$ 400 e R$ 300, valores que superam os que vinham sendo discutidos publicamente até então.

A informação foi publicada pelo ministro em uma rede social, mas ela foi apagada pouco depois. A pasta comandada por ele disse que a publicação está incorreta e que o assunto ainda está em discussão no governo.

"O governo vai pagar três parcelas adicionais (de R$ 500, R$ 400 e R$ 300) do auxílio emergencial. A proposta faria o benefício chegar neste ano a pelo menos R$ 229,5 bilhões. Isso é 53% de toda a transferência de renda já feita no programa Bolsa Família desde o seu início, em 2004", escreveu Ramos, no início da manhã desta quinta-feira (25).

A prorrogação do auxílio emergencial, que hoje é de R$ 600, tem sido discutida internamente no governo.

O tema deve ser novamente debatido nesta quinta em reunião de Bolsonaro com os ministros Braga Netto (Casa Civil), Paulo Guedes (Economia) e Onyx Lorenzoni (Cidadania), além dos presidentes do Banco Central, Roberto Campos Neto e da Caixa, Pedro Guimarães.

Guedes vinha trabalhando por valores inferiores aos divulgados nesta quinta por Ramos.

Em 9 de junho, ele disse que o Executivo planejava pagar mais duas parcelas do auxílio emergencial, no valor de R$ 300 cada uma.

O próprio presidente Bolsonaro chegou a defender, poucos dias depois, o valor, e disse que vetaria qualquer ação do Legislativo para aumentá-los.

"Na Câmara por exemplo, vamos supor que chegue uma proposta de duas [parcelas extras] de R$ 300. Se a Câmara quiser passar para R$ 400, R$ 500, ou voltar para R$ 600, qual vai ser a decisão minha? Para que o Brasil não quebre? Se pagar mais duas de R$ 600, vamos ter uma dívida cada vez mais impagável. É o veto", afirmou Bolsonaro em uma live no dia 11 de junho.

Fonte: Folhapress 

Governador convoca reunião com Firmino Filho para definir sobre lockdown

Foto: Roberta Aline


O governador Wellington Dias (PT) convocou uma reunião com o prefeito de Teresina, Firmino Filho (PSDB), representantes dos poderes e empresários para tratar sobre a possibilidade de um lockdown no estado.

A reunião ocorrerá, às 10h, e logo depois o governador dará uma live para anunciar as medidas.

Vão participar da reunião, os representantes do Tribunal de Justiça, Assembleia Legislativa, Ministério Público do Estado, APPM, Ministério Público do Trabalho, líderes da Federação da Câmara dos Dirigentes Lojistas (FCDL) e Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon).

Firmino Filho propõe um lockdown (bloqueio total) de oito dias como medida para impactar na redução de casos da covid-19 em Teresina. Segundo Firmino, somente um bloqueio total vai viabilizar a reabertura das atividades para o dia 7 de julho, logo depois de encerrar o decreto de isolamento social. 

Wellington Dias se mostrou resistente a proposta de bloqueio total, mas diante dos dados epidemiológicos a alternativa não está descartada.

Ontem, o governador defendeu medidas mais duras e anunciou que poderá decretar a lei seca no estado e outras ações para forçar o isolamento social. 

Boletim da Sesapi divulgado ontem revela que o Piauí ultrapassa os 17 mil casos da covid com 546 óbitos e crescimento da doença no estado em junho foi de 72%.

Veja nota do governo: 

O governador Wellington Dias fará uma reunião, às 10h desta quinta (25), com o prefeito de Teresina Firmino Filho, com os presidentes da APPM, Ministério Público, Ministério Público do Trabalho, da Federação da Câmara dos Dirigentes Lojistas (FCDL), Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon), além de representantes de setores comerciais para discutir e anunciar novas medidas para conter o avanço do coronavírus no Piauí. 

Na reunião também serão discutidos cronogramas de trabalhos para conter a transmissibilidade do vírus e o plano de retomada das atividades econômicas. Ao fim da reunião, o governador fará uma entrevista coletiva on-line, às 12:30, para anunciar as decisões.


Flash Yala Sena
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Governo 'recicla' plano de testagem e prevê diagnóstico clínico para Covid-19

Foto: Roberta Aline/Cidadeverde.com

Ainda longe da meta de testar 22% da população, o Ministério da Saúde anunciou nesta quarta-feira (24) que passará a ofertar testes também para pacientes com sintomas leves em centros de atendimentos à Covid e que passará a considerar o diagnóstico clínico também como critério para confirmação de casos.

As medidas fazem parte de uma nova versão do programa Diagnosticar para Cuidar, que já havia sido lançado em maio com dois eixos específicos e previa ofertar 46 milhões de testes para o novo coronavírus.

Deste total, porém, só 11,3 milhões já foram distribuídos aos estados. Segundo o ministério, a meta está mantida, mas deve haver mudança no tipo de teste que será usado.
Até então, o programa previa usar 24,5 milhões de testes do tipo RT-PCR (que verificam a presença de material genético do vírus em amostras respiratórias), e 22 milhões de testes rápidos (que verificam a presença de anticorpos a partir de amostras de sangue).

Agora, entre esse último grupo, 12 milhões devem ser substituídos por testes sorológicos Elisa, feitos em laboratório –a pasta não apresentou um cronograma de entrega. Outra mudança deve ser um aumento na oferta de testes para casos leves. "Hoje a testagem é concentrada em 100% de casos internados. Pensando na população, no avanço da doença e na oportunidade de testar pessoas no interior do país, estamos expandindo essa testagem para unidades sentinelas e para nos centros de atendimento de Covid coletarem 100% de [amostras de] pacientes com síndrome gripal", afirmou o secretário de vigilância em saúde, Arnaldo Correia de Medeiros.

Questionada, a pasta não informou quantos centros de atendimento à Covid devem permitir a coleta. Segundo a equipe do ministério, unidades básicas de saúde podem se credenciar como centros de atendimento à Covid.

As amostras devem ser levadas para laboratórios da rede pública e centros de diagnóstico vinculados à rede Dasa e Fiocruz. Além do novo modelo de testes, o ministério também anunciou uma ampliação nos critérios usados para confirmação de casos de Covid-19 no país.

Na prática, a medida passa a permitir que casos sejam confirmados e notificados também por diagnóstico clínico, ou seja, por análise do médico feita a partir dos sintomas e histórico do paciente. Esse modelo já era adotado em alguns estados, mas não havia uma regra única para o país.

Ao todo, serão cinco critérios para confirmação de casos: 1) laboratorial, 2) clínico-epidemiológico, 3) clínico por imagem, 4) clínico e 5) laboratorial em indivíduo assintomático, como profissionais de saúde e outros grupos mais expostos ao risco de infecção. No primeiro, laboratorial, a confirmação permanece como é hoje, por meio da oferta de exames.

Já o critério clínico-epidemiológico utiliza como referência o histórico de contato próximo com pessoas que tiveram diagnóstico confirmado para a Covid em testes realizados. O critério clínico por imagem usa casos em que não foi possível confirmar ou descartar o caso por meio de testes, mas que há alteração em exames de tomografia do pulmão, por exemplo. A confirmação clínica ocorre quando não foi possível aplicar testes, mas o paciente apresenta sintomas suspeitos, sem outra causa pregressa para isso. "Sabemos que há muitos casos de pacientes que perdem o olfato, mas não tem relação com a síndrome gripal ou síndrome respiratória agua grave", explica Medeiros, sobre um dos sintomas frequentes.

A pasta define síndrome gripal como o quadro respiratório caracterizado por pelo menos um ou mais sintomas, como febre, calafrios, dor de garganta, dor de cabeça, tosse, coriza e alteração no olfato e paladar. Segundo o ministério, com a mudança, esses casos também podem ser confirmados para o coronavírus por meio do diagnóstico clínico e avaliação epidemiológica.

"O ministério considera o padrão ouro sempre o padrão laboratorial. Mas, na impossibilidade, essas outras opções estão disponíveis", disse Eduardo Macário, diretor da pasta. Ele nega que haja uma substituição da decisão de aplicação de testes por esses critérios e atribui a decisão à necessidade de um direcionamento para a rede. Questionado sobre o atraso na oferta de testes, o secretário Arnaldo Medeiros admitiu problemas na previsão anterior.

"Houve uma época em que não tínhamos disponibilidade de tubos e swabs. Fomos vencendo etapas e hoje temos condições de avançarmos na testagem da nossa população", afirmou ele, que evitou citar prazos e falou apenas em ampliar "nos próximos meses". Até o momento, foram aplicados 1,4 milhão de testes de RT-PCR no país, sendo 860 mil na rede pública e o restante na rede privada. Para especialistas, a baixa oferta de testes leva a subnotificação e dificulta o controle da epidemia.

Greice Madeleine, diretora-substituta do departamento de articulação e estratégia de vigilância em saúde do ministério, afirma que a ampliação da testagem e de critérios de confirmação dos casos devem ajudar em decisões sobre o isolamento de casos e possíveis contatos. "Quando fazemos o diagnóstico de um caso leve, ou seja, de síndrome gripal, de uma pessoa diagnosticada por critério laboratorial, isso facilita que adote a política de isolamento para prevenir novos casos. E que restrinja a transmissão da doença", disse.

Para Medeiros, a mudança também permite acelerar o tratamento em fase inicial. Não há, porém, nenhum medicamento específico para a Covid com comprovação de eficácia até o momento.
O secretário-executivo do ministério, Antonio Elcio, chegou a afirmar no início da coletiva de imprensa que a cloroquina e hidroxicloroquina têm se provado eficazes no tratamento precoce da Covid –até o momento, porém, não há estudos consolidados que apontam esse resultado.


Fonte: Folhapress

Pesquisadores estudam incidência da Covid no interior e uso da dexametasona

Foto:  Fotoarena/Folhapress

Os pesquisadores da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) dão andamento a pesquisas para entender o crescimento da Covid-19 no estado, ajudando a encontrar e/ou reforçar medidas preventivas da doença, desde o isolamento social ao uso de medicamentos específicos no combate ao novo coronavírus. Pesquisadores são favoráveis ao uso da Dexametasona.

Entre essas pesquisas está o estudo do professor Vinícius Alexandre, especialista em Vigilância Sanitária e doutorando em Epidemiologia pela Fundação Oswaldo Cruz, que estuda os índices de interiorização da doença. 

Vinícius Alexandre considerou os casos confirmados no período de 19/03 a 13/06/2020, que apontam como epicentro local da doença sendo: Teresina, Parnaíba, Barras, Campo Maior, Picos, Esperantina, União, Piripiri, Demerval Lobão, Altos, Água Branca, Uruçuí, Miguel Alves, Oeiras, Batalha, Floriano, Bom Jesus e Luís Correia. 

“Nós avaliamos o crescimento de casos no Estado e temos, agora, uma noção melhor de como essa doença está se espalhando. Começamos a discutir já nesse trabalho e vamos continuar nas próximas pesquisas, como esse espalhamento acontece considerando a malha rodoviária do Estado e os fluxos de mobilidade que estão instalados no Piauí. Diante disso, a partir de dados científicos, somos desfavorável a uma  flexibilização por conta de um processo ascendente que vivemos diante dessa crise pandêmica”, diz Vinícius.

Planície Litorânea

Já o impacto do crescimento da doença nos territórios do litoral piauiense é o foco de artigo produzido pelos professores Francisco de Paula Santos de Araújo Júnior, mestre em Matemática;  Arnaldo Silva Brito, doutor em Engenharia de Sistemas e Computacação; e Carlos Rerisson Rocha da Costa, doutor em Geografia. 

Os pesquisadores destacam os impactos negativos do não cumprimento do isolamento social nas cidades de Parnaíba, Luís Correia e Buriti dos Lopes.

O estudo, segundo a Uespi, "nas primeiras semanas da Covid-19, as médias de isolamento nas três cidades não chegaram a 40%. Depois de dois meses, Parnaíba e Luís Correia conseguiram um índice de 50% de isolamento social. E na décima semana somente Luís Correia conseguiu manter tal índice".

A liberação de algumas atividades comerciais contribuiu para a redução do isolamento, aposta o estudo.  “Foi uma análise das atividades de reabertura na cidade de Parnaíba e seus impactos nas cidades vizinhas, Luís Correia e Buriti dos Lopes. Alertamos que precisamos aumentar a taxa de isolamento social. Depois de dois meses, essas cidades chegaram perto dos 50% e depois disso não voltou a este patamar e, na verdade, está diminuindo". 

A Dexametasona e a Covid-19

Em relação ao tratamento da doença,  os professores Fabrício Pires de Moura do Amaral, doutor em Farmacologia; e Francisco Eugênio Deusdará de Alexandria, doutorando em Engenharia Biomédica e infectologista do Hospital Getúlio Vargas, estudam o uso da Dexametasona contra a Covid-19. 

Eles avaliaram a pesquisa da Universidade de Oxford. "Posso afirmar que esse está sendo a melhor notícia quanto aos efeitos de um fármaco, um medicamento contra a Covid-19. Ele é utilizado contra vários tipos de doença autoimune e outros fins", diz o professor Fabrício.

Fabrício Pires ressalta que, "contra a Covid-19, a universidade mostrou eficiência do medicamento, principalmente, em pacientes que estão fazendo uso de ventiladores mecânicos". O professor alerta que o uso desse medicamento só pode ocorrer sob supervisão médica, pois "de outra forma, a dexametasona pode agravar  a doença no paciente”. 

Confira o Boletim completo: BOLETIM OBSERVATORIO – EDIÇÃO 3

 

Carlienne Carpaso
[email protected] 

Piauí tem, oficialmente, 35 leitos clínicos em hospital de campanha que não foi entregue

O Piauí tem, oficialmente, 1.014 leitos clínicos para tratamento de pacientes infectados pelo novo coronavírus, mas, na prática, apenas 979 estão em funcionamento, uma vez que, apesar do hospital de campanha do Lar da Fraternidade constar como disponível na lista do Ministério da Saúde, até agora não foi entregue. 

No hospital de campanha do Lar da Fraternidade, situado no bairro Ilhotas, na zona Sul de Teresina, serão 35 leitos clínicos, sendo um de estabilização, que começaram a ser montados ainda no mês de março. A não entrega dos leitos impacta diretamente na taxa de ocupação dos que, oficialmente, é de 52,3% no Piauí, mas sem os leitos do hospital de campanha sobe para 54,3%. Em Teresina, esse percentual sai de 59,9% para 63,73%.

Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) informou que disponibiliza os dados fornecidos pelos municípios, mas se os leitos ainda não estão regulados, seria responsabilidade da Prefeitura de Teresina. À TV Cidade Verde, a Fundação Municipal de Saúde (FMS) informou apenas que "o hospital de campanha Lar da Fraternidade está em fase final de conclusão e será responsável pelo atendimento de casos de Covid-19 de baixa complexidade". 

 

Graciane Sousa
[email protected]
Com informações Gorete Santos (TV Cidade Verde)

Brasil registra 1.103 novas mortes por Covid-19 nesta quarta

Foto: Antonio Molina/Foto Arena/Estadão Conteúdo

 

O Brasil registrou 1.103 novas mortes por Covid-19 e 40.995 novos casos da doença nesta quarta-feira (24). Com isso, o país chegou a 53.874 mortes e 1.192.474 casos do novo coronavírus.

Os dados sobre mortes e casos de Covid-19 são fruto de colaboração inédita entre Folha de S.Paulo, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo, G1 e UOL para reunir e informar números sobre o novo coronavírus, que são coletados diretamente com as Secretarias de Saúde. O balanço é fechado diariamente às 20h.

Mais uma vez, São Paulo foi o estado com maior número de mortes, 284. Na terça (23), o estado, que já perdeu 13.352 vidas desde o início da pandemia e soma 238.822 infecções pelo Sars-CoV-2, havia batido o recorde de óbitos registrados em 24 horas, com 434 mortes.

Como também tem ocorrido, Rio de Janeiro foi o segundo estado com mais mortes, 142, seguido por Ceará, que registrou 87 óbitos.

Pernambuco, com 86 mortes registradas na últimas 24 h, vem logo em seguida.

Segundo o boletim diário do Ministério da Saúde, foram confirmados 42.725 novos casos e 1.185 novas mortes pela Covid-19 no Brasil nesta quarta-feira (24).

O total de mortes no país, de acordo com os dados da pasta, já chega a 53.830 e o de casos do novo coronavírus a 1.188.631.

A iniciativa do consórcio de veículos de imprensa ocorre em resposta às atitudes do governo Jair Bolsonaro (sem partido), que ameaçou sonegar dados, atrasou boletins sobre a doença e tirou informações do ar, com a interrupção da divulgação dos totais de casos e mortes. Além disso, o governo divulgou dados conflitantes.

 

Fonte: FOLHAPRESS

 

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