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Bispo de Parnaíba cola fotos de fieis em bancos de catedral

Fotos: Diocese de Parnaíba

Diante do distanciamento social causado pela pandemia do coronavírus, religiosos usam a criatividade para se ficarem “próximos” aos fieis. O bispo da Diocese de Parnaíba, no Norte do Estado, Dom Juarez Sousa, resolveu colar fotos dos paroquianos nos bancos da Catedral Mãe da Divina Graça. 

“As fotos foram colocadas na celebração da Ceia do Senhor, na quinta-feira santa. Foi uma forma que achamos para que nosso bispo não ficasse só. É como se nossos paroquianos estivessem na catedral naquele momento. Queríamos que nossos sacerdotes vissem os rostos dos paroquianos”, explica o coordenação de Comunicação da diocese. 

Na quinta-feira o bispo de Parnaíba também encontrou uma forma de fazer o tradicional rito do lava- pés. A homenagem foi para 12 categorias de trabalhadores considerados essenciais, em alusão aos 12 discípulos que Jesus lavou os pés em sinal de humildade.

“Nosso bispo consultou uma infectologista e ela recomendou não fazer o lava- pés. Então, simbolicamente, nosso bispo lavou os pés de 12 categorias de profissionais que são de serviços essenciais e que não pararam nessa pandemia. Aí colamos nas cadeiras o nome da categoria e nosso bispo lavou os pés simbolicamente”, explica a coordenação de Comunicação.

Entre as categorias homenageadas com o rito, estão médicos, enfermeiros, entregadores, carteiros,urbanitários, garis, motoristas, policiais, enfermeiros, farmacêuticos e frentistas.

Todas as celebrações da  Catedral Mãe da Divina Graça estão sendo transmitidas através das rede sociais.


Izabella Pimentel
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Duas cidades do Piauí atingem 78% de adesão ao isolamento; veja levantamento

Fonte: Governo do Piauí

Os municípios de Lagoinha do Piauí e Juazeiro do Piauí atingiram uma taxa de isolamento social que chega a 78%, superando a meta de 73% estabelecida pelas organizações de saúde como forma de evitar a propação em massa do coronavírus. São os maiores índíces registrados entre todas as cidades do estado. Os dados foram coletados no feriado desta sexta-feira (10) pela startup Inloco, empresa contratada pelo governo do Piauí que faz monitoramento por meio de geolocalização. Confira aqui o ranking completo

Também registraram taxas acima da média estabelecida as cidades de São Lourenço do Piauí, com 75,80%, seguida de Jatobá do Piauí (74,60%), Sebastião Leal (73,70%), Tamboril do Piauí (73,60%), Capitão Gervásio Oliveira ( 73,60%)  e Caxingó (73,50%).

No fim da fila, contrariando as orientações para que a população fique em casa durante a validade das medidas restritivas do governo, aparecem São Gonçalo do Gurgueia com apenas 38% e Jacobina do Piauí com 39,5%.

Piauí registrou maior taxa de isolamento no feriado

Nenhum dos estados brasileiros bateu a meta de 73% no percentual de isolamento no país nesta sexta-feira. Quem mais se aproximou da marca foi o Piauí, que registrou uma taxa de 61,70%. Em seguida aparece o Rio Grande do Sul (61,19%) e Distrito Federal (60,84%), Amapá (60,66%) e Goiás (60,63%).

Segundo o major Gustavo Campelo, que coordena os estudos por meio da Secretaria de Segurança Pública (SSP) e do Centro de Operações Policiais Militares (COPOM), a startup Inloco tem mais de 60 milhões de localizações anônimas de aparelhos smartphones e no Piauí são 498 mil smartphones. O monitoramento leva em conta o local em que o aparelho fica no mesmo ambiente de 22h às 7 da manhã. 

“Presume-se que este é o tempo que a pessoa fica em casa e caso haja deslocamento acima de 450 metros, a pessoa está em movimentação, saiu da área residencial”, explica, enfatizando que é respeitada a privacidade da pessoa.

O sistema permite saber se a pessoa está fora de sua casa, caso ela se afaste por mais de 450 metros. “A plataforma identifica quem está fora do raio de 450 metros do ponto de residência. Essas informações são trabalhadas em nível estratégico e quando evoluir para a detecção de aglomerações serão também utilizadas em nível operacional”, disse major Gustavo, afirmando que o Piauí trabalha com esta plataforma e diariamente é emitido um ranking da porcentagem de isolamento social em cada município do estado. 

Hérlon Moraes 
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Índia: Primeiro-ministro estende quarentena por mais duas semanas

Foto: CLAUDIO FURLAN/DIA ESPORTIVO/ESTADÃO CONTEÚDO

O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, estendeu as restrições sociais no país por mais duas semanas para ajudar a conter o coronavírus.

O ministro-chefe de Nova Délhi, Arvind Kejriwal, falou da medida e concordou com ela pelo Twitter. Modi realizou uma reunião neste sábado com pelo menos 13 ministros-chefes dos estados indianos, através de videoconferência. A ordem sem precedentes de bloqueio visa manter em casa 1,3 bilhão de pessoas e impedir que o vírus se espalhe e leve ao colapso o já sobrecarregado sistema de saúde do país.

O atual bloqueio de três semanas no país expiraria na próxima terça-feira (14). As autoridades registraram 6.565 casos confirmados e 239 mortes. Fonte: Associated Press.

Fonte: Estadão Conteúdo

Bolsonaro coloca brasileiros em grave perigo, diz ONG Human Rights Watch

Foto: MarcosCorrea/PR

A Human Rights Watch, ONG que defende e pesquisa os direitos humanos, divulgou neste sábado (11) um relatório que diz que o presidente Jair Bolsonaro está colocando os brasileiros em "grave perigo ao incitá-los a não seguir o distanciamento social" para conter a transmissão da Covid-19.

No documento, a organização afirma ainda que Bolsonaro "age de forma irresponsável disseminando informações equivocadas sobre a pandemia".

Mais de mil pessoas morreram por coronavírus no Brasil. Segundo boletim do Ministério da Saúde divulgado nesta sexta (10), o país tem 1.056 mortes confirmadas por Covid-19 registradas.

No mundo, a marca de 100 mil mortes por coronavírus foi batida nesta sexta também.

"Bolsonaro tem sabotado os esforços dos governadores e do seu próprio Ministério da Saúde para conter a disseminação da Covid-19, colocando em risco a vida e a saúde dos brasileiros", diz José Miguel Vivanco, diretor da Divisão das Américas da Human Rights Watch, no comunicado.

"Para evitar mortes com essa pandemia, os líderes devem garantir que as pessoas tenham acesso a informações precisas, baseadas em evidências, e essenciais para proteger sua saúde. O presidente Bolsonaro está fazendo tudo, menos isso", afirma.

O relatório diz que o presidente tem minimizado a gravidade da Covid-19 desde o início da crise e menciona declarações nas quais ele chama a doença de "gripezinha" e "fantasia" criada pela imprensa.

"O presidente Bolsonaro tem repetidamente desconsiderado as recomendações de distanciamento social e incentivado as pessoas que não são 'idosas' a fazerem o mesmo, colocando-as em risco de contágio", afirma o relatório.

A organização critica medidas tomadas por Bolsonaro durante a crise. Entre elas, a decisão do presidente de editar uma medida provisória para retirar dos estados a competência para restringir a circulação de pessoas, em 20 de março.

No dia 8 de abril, o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu que os governos estaduais e municipais têm autonomia para determinar o isolamento social.

O relatório ainda menciona que, em pronunciamento feito no dia 24 de março, Bolsonaro pediu aos brasileiros que voltassem à normalidade. Também lembrou o governo federal iria veicular uma campanha sob a hashtag #OBrasilNãoPodeParar, mas foi impedida por uma determinação judicial que considerou que a ação contradizia as recomendações do Ministério da Saúde.

Procurada pela reportagem, o Planato ainda não se manifestou sobre o documento.

 

Fonte: FolhaPress

De cloroquina à molécula do viagra, veja os medicamentos em testes contra a Covid-19

Foto: Folhapress

Para enfrentar a emergência global de saúde pública causada pela Covid-19, cientistas e médicos se mobilizaram com velocidade sem precedentes para testar medicamentos contra a doença. A maioria desses testes envolve fármacos que já são empregados para tratar outras enfermidades, em parte porque o conhecimento acerca da dosagem e da segurança dessas substâncias já é relativamente sólido.

Por causa dessa base anterior de dados sobre tais medicamentos, diversas análises já estão sendo feitas diretamente a partir da resposta de pacientes humanos às terapias.

Por ora, entretanto, muitos desses testes ainda estão sendo realizados com grupos pequenos de pessoas, o que diminui a confiabilidade estatística dos resultados -efeitos aparentemente positivos de um tratamento podem acabar não se confirmando em populações maiores, por exemplo. Já existem esforços para ampliar o número de participantes dos testes para centenas e mesmo milhares, coordenados pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e outras instituições.

Algumas moléculas com potencial farmacológico que ainda não estão disponíveis comercialmente também estão sendo testadas, inicialmente em células cultivadas em laboratório e animais.

É importante lembrar que muitos dos estudos estão sendo divulgados primeiro em depositórios online de artigos científicos, sem a chamada revisão por pares, na qual cientistas da mesma área que os autores de um estudo avaliam os dados antes da publicação.

O processo de revisão por pares também está acontecendo, além disso, em ritmo acelerado, para dar conta do desafio representado pela Covid-19. Tudo isso dificulta a avaliação da qualidade das pesquisas no momento, embora facilite a disseminação das informações

Hidroxicloroquina

Testada com aparente sucesso em diversos ensaios clínicos na China e na França, o medicamento tem a vantagem de já ser aprovado para uso em seres humanos há décadas, sendo produzido em quantidades apreciáveis para tratar malária e doenças autoimunes (nas quais o organismo se volta contra si mesmo), como artrite reumatoide e lúpus. O uso indiscriminado contra a Covid-19 também traz a preocupação de que o medicamento acabe faltando para pessoas com essas doenças.
Já se sabe que a substância é capaz de modular o sistema de defesa do organismo, o que poderia ajudar o organismo a combater o vírus sem reagir a ele de maneira desmedida, o que também pode ser um problema. Também há indícios de que ela dificultaria a entrada do vírus nas células humanas.

Em alguns testes, a hidroxicloroquina foi usada em combinação com o antibiótico azitromicina, que ajudaria a impedir que bactérias já presentes no organismo se aproveitassem da debilidade causada pelo vírus para agravar a pneumonia sofrida pelo paciente.

Alguns testes, porém, não mostraram grandes benefícios do uso se comparado ao tratamento padrão ou com medicamentos antivirais, dependendo do estágio da doença em que o remédio é administrado.

Efeitos colaterais e contraindicações: pacientes com problemas de coração, psoríase e diabetes devem ter cuidado com o uso. Os efeitos colaterais podem incluir náuseas, diarreia, vômitos e dores de cabeça. Também pode afetar a retina com o uso crônico (de longo prazo).

Lopinavir e ritonavir (com e sem interferon beta-1a)

Esses medicamentos antivirais já são usados de modo combinado contra o HIV, causador da Aids. Ambos fazem parte da classe dos chamados inibidores de protease. Ou seja, eles atrapalham a ação de moléculas virais cuja função é "fatiar" proteínas das células infectadas, de modo que o vírus consiga utilizá-las para seu próprio benefício (daí o nome "protease").

O lopinavir e o ritonavir foram incluídos num grande teste clínico internacional sob os auspícios da OMS. Testes em pequena escala ainda não chegaram a revelar resultados animadores. Efeitos colaterais e contraindicações: em pacientes que carregam o HIV, podem causar diarreia, vômito e dores de cabeça. Há casos bem mais raros de problemas no pâncreas e no fígado.

Na mesma bateria de testes clínicos, a combinação de antivirais está sendo ministrada junto com o interferon beta-1a, medicamento que modula processos inflamatórios e é usado para tratar esclerose múltipla.

Efeitos colaterais e contraindicações: reações na pele quando injetado, dores musculares e de cabeça, fadiga.

Remdesivir

Ainda não aprovada para emprego em grande escala mundo afora, a droga antiviral, desenvolvida por um laboratório americano, chegou a ser testada contra o Ebola e contra uma série de vírus emergentes menos conhecidos, os quais possuem material genético formado por uma fita simples de RNA (molécula "prima" do DNA), assim como o Sars-CoV-2.

Contra o Ebola, o remédio se mostrou seguro para o uso em humanos, embora menos eficaz que o uso de anticorpos. O remdesivir é um análogo de nucleotídeo, ou seja, possui características bioquímicas similares às "letras" de RNA (que são nucleotídeos propriamente ditos). Assim, diante da droga, o vírus que está copiando seu material genético acaba inserindo as moléculas da droga no meio do processo por engano. O processo acaba parando, e o vírus deixa de se reproduzir. A droga também foi incluída no grande teste clínico da OMS.

Efeitos colaterais e contraindicações: náusea, vômito, possíveis efeitos sobre o fígado. Mulheres grávidas não devem tomar o medicamento.

Favipiravir

Desenvolvido no Japão, onde leva o nome comercial de Avigan, o medicamento também interfere na multiplicação da cadeia de RNA que funciona como o genoma de muitos vírus. Foi criado originalmente para combater o vírus da gripe. Testes com algumas dezenas de pacientes na China indicam que ele teria ajudado a encurtar o tempo de manifestação de sintomas como tosse e febre, embora não tenha ajudado os doentes em estado mais graves.

Efeitos colaterais e contraindicações: mulheres grávidas não devem usar o remédio por causa de possíveis deformidades em fetos.

Anticoagulantes

Os casos mais graves da Covid-19 podem incluir o aparecimento de problemas na coagulação do sangue, com o aparecimento de coágulos dentro dos vasos sanguíneos. Para impedir isso, os médicos têm usado medicamentos como o anticoagulante fondaparinux ou, nos casos em que o paciente não pode receber esses remédios, aparelhos de compressão pneumática que têm efeito parecido por via mecânica.

EIDD-1931

Ainda não empregado comercialmente, o fármaco designado por essa sigla foi testado por pesquisadores da Universidade da Carolina do Norte em culturas de células das vias respiratórias humanas e em camundongos, mostrando ser capaz de inibir a ação do Sars-CoV-2 e de dois outros coronavírus, os causadores da Sars e da Mers (ambas doenças respiratórias graves).

A molécula atua causando erros no processo de cópia do material genético dos diferentes coronavírus, impedindo a replicação (multiplicação) deles. Uma de suas vantagens é poder ser administrada por via oral.

Efeitos colaterais e contraindicações: não houve efeitos negativos para o material genético das células humanas e dos camundongos, mas ainda não é possível dizer se haveria problemas no organismo humano.

Anticorpos contra o Sars-CoV-2

A ideia é transferir anticorpos -moléculas produzidas pelo organismo com a função específica de neutralizar um invasor- do sangue de pessoas que já se recuperaram da Covid-19 para o organismo de quem ainda está com a doença.

O procedimento está sendo realizado em diversos países, como os EUA e o Brasil. O problema é que, nas condições atuais, não é possível realizá-lo em larga escala, já que apenas poucos doentes poderiam se beneficiar do plasma (parte líquida do sangue) com anticorpos de cada doador.

Por isso, pesquisadores de instituições como a Universidade Rockefeller, em Nova York, planejam usar técnicas de biotecnologia para produzir os anticorpos em grande quantidade, processo que deve demorar vários meses até ser aperfeiçoado.

Efeitos colaterais e contraindicações: é preciso cuidado para que a doação de plasma com anticorpos não transfira outras doenças dos doadores para os pacientes.

Regulação de interleucinas

A família das interleucinas, que inclui dezenas de moléculas produzidas naturalmente pelo organismo humano, são importantes em diversos processos de sinalização e coordenação do sistema de defesa do organismo, como a inflamação. Acontece que, nos casos mais graves da Covid-19, o que parece estar acontecendo é um estímulo excessivo à ação das interleucinas e outras sinalizadoras do sistema imunológico, processo que acaba danificando severamente os pulmões dos doentes e levando-os à morte. A reação descontrolada do organismo ao vírus parece ser o grande problema.

Para tratar esses doentes mais graves, testes clínicos em países como a China e a Suíça estão usando anticorpos que bloqueiam as interleucinas, como o tocilizumabe, projetado para diminuir a ação da interleucina-6. Em pessoas com doenças autoimunes, como artrite reumatoide, vários remédios similares já são utilizados.
Efeitos colaterais e contraindicações: é preciso ter cuidado para achar um ponto de equilíbrio entre moderar a ação do sistema imune e, ao mesmo tempo, não impedir que ele combata o vírus.

Ciclesonida

Pertencente à classe dos glicocorticoides e usado para tratar, por exemplo, asma e os sintomas da rinite alérgica, o medicamento está sendo testado no Japão por pessoas que foram infectadas pelo Sars-CoV-2 mas ainda não manifestaram sintomas. Os resultados do teste ainda não foram divulgados.
Efeitos colaterais e contraindicações: dor de cabeça e sangramento no nariz.

Teste automatizado de medicamentos

Para tentar alargar ao máximo as possibilidades de usar remédios já aprovados comercialmente contra o Sars-CoV-2, um caminho é empregar plataformas de testes automatizados de moléculas in vitro (ou seja, em tubo de ensaio) contra o vírus. Uma dessas iniciativas está sendo tocada por pesquisadores do Instituto de Ciências Biomédicas da USP, em parceria com a Eurofarma.

O sistema, segundo a equipe, será capaz de testar milhares de diferentes compostos por semana. Uma vez que medicamentos com ação promissora forem identificados, será possível continuar o processo de testes em animais e seres humanos. Um trabalho parecido está sendo realizado por pesquisadores do CNPEM (Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais), órgão federal localizado em Campinas.

Drogas antiparasitas

Testes in vitro e simulações computacionais também revelaram algum potencial anticoronavírus no caso de drogas que já são usadas há décadas contra piolhos, vermes intestinais (lombrigas, solitárias etc.), protozoários e outros parasitas. A lista inclui fármacos como a ivermectina, a nitazoxanida e a niclosamida.

O problema desses medicamentos, além da grande quantidade de efeitos colaterais, é a aparente falta de uma ação suficientemente específica contra o coronavírus, o que inviabilizaria o uso clínico em larga escala.

Óxido nítrico inalatório

Essa pequena molécula, importante na regulação da largura dos vasos sanguíneos, é importante para o mecanismo de funcionamento do Viagra e será testada nos EUA, na forma inalável, na tentativa de ajudar pacientes com formas leves e moderadas de Covid-19. Espera-se que ele ajude a minimizar a falta de ar causada pela doença.

Efeitos colaterais e contraindicações: não há problemas significativos, desde que a concentração do gás no inalador seja bem regulada.


Fonte: Folhapress

Isolamento social aumenta e chega a 64% no feriado da Sexta-Feira Santa

O índice de isolamento social chegou a 64% nesta sexta-feira, segundo dados da startup InLocu. O número revela um aumento significativo de 13%, em relação à quinta-feira. Na sexta-feira da semana passada, o percentual ficou em 53%. Apesar do incremento, o percentual ainda está abaixo dos 73% recomendado pelas organizações de saúde.

O incremente pode estar relacionado ao feriado da sexta-feira Santa, onde a maioria dos estabelecimentos, inclusive os que prestam serviços essenciais, como mercados e supermercados, estavam fechados. Os índices são monitorados diariamente através de um sistema de georreferenciamento contabilizado por meio dos aparelhos celulares.

 De acordo com o analista de sistemas Eduardo Aguiar, que está coordenando os dados, há uma margem de erro de até 5% nos dois últimos dias dos monitoramentos já que o registro de cada pessoa só é efetuado quando os celulares se conectam a internet.

Por meio da startup também a população está recebendo alertas e mensagens através de ferramentas de marketing. O objetivo é sensibilizar as pessoas para que permaneçam em casa e, assim, evitar a proliferação do novo coronavírus.

Em Teresina, segundo os dados do último boletim epidemiológico da Fundação Municipal de Saúde, são 699 casos notificados, sendo 84 casos suspeitos, 575 descartados, 33 confirmados e cinco óbitos. A maioria dos casos confirmados, 63,6%, são do sexo masculino, o mesmo percentual dos casos identificados com pacientes que não possuíam comorbidades. A maioria dos casos confirmados também envolve um público com faixa etária dos 30 aos 39 anos, que corresponde à 21,2%.

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Piauí recebe R$ 18 milhões do Governo Federal e comprará 150 mil testes rápidos

Foto: RobertaAline/CidadeVerde.com

Depois das críticas do governador Wellington Dias (PT), o Governo Federal creditou nas contas do estado o valor de R$ 18 milhões. O recurso faz parte do pacote de R$ 4 bilhões  anunciado como forma de socorrer estados e municípios.  Wellington Dias chegou a gravar um vídeo criticando a demora na liberação dos recursos.

O governador afirma que os R$ 18 milhões serão depositados na conta do Fundo Estadual de Saúde. Todo o dinheiro será utilizado para ações de combate ao coronavírus. 

“Vamos aqui prestar contas. O Governo Federal anunciou e creditou ontem cerca de R$ 4 bilhões para estados e municípios. São R$ 2 bilhões para estados e R$ 2 bilhões para municípios.  Isso representar R$ 18 milhões para o Fundo  Estadual de Saúde do Piauí.  Cerca de R$ 5.60 por habitantes que se somou aqueles R$ 6.4 milhões  que já havia sido enviado. Também foi feito um crédito semelhante para os municípios. Digo isso para dizer que todo esse dinheiro vamos aplicar no programa de enfrentamento ao coronavírus”, destacou.

O Governo do Piauí deve usar o recursos para compra cerca de 150 mil testes rápidos. O Estado espera ter um aumento no número de testagens, e com isso, um diagnóstico real da situação da propagação do vírus no estado. 

“Esses R$ 18 milhões são suficientes para o Estado pagar cerca de 150 mil exames, os testes rápidos que estamos adquirindo. O Piauí precisa na verdade de cerca de  500 mil exames para que nos 224 municípios possamos ter uma boa amostragem de quem tem coronavírus.  É isso que queremos alcançar”, explicou.

A subnotificação dos casos de coronavírus no estado é uma preocupação do governo. Até o momento, a Secretaria de Saúde confirma 41 casos e sete mortes. Porém, devido a falta de testagem em número suficiente, o governo acredita que os casos de pessoas infectadas possam ser bem maiores.

Diante da crise econômica provocada pelo isolamento social, o governador afirma que no mês de abril, o Piauí deve perder R$ 320 milhões de receitas. 

“Neste momento estamos preocupados porque  em abril deve se ter uma queda muito grande nas receitas dos estados devido a queda da economia. A estimativa é de 40% segundo economistas, o mercado e a própria Organização Mundial da Saúde. Isso significa que o Piauí vai perder R$ 320 milhões nas contas públicas.  Por essa razão é muito importante a aprovação do programa emergencial da covid- 19. . Ele deve ser aprovado na segunda-feira na Câmara Federal e no Senado Federal. É uma espécie de compensação dessa perda  para garantir as condições de manter a folha de pagamento, serviços funcionando e investimentos que estamos fazendo.  A ausência dessa recurso significa uma desorganização e colapso no setor público. Significa fechar UTI, fechar leitos de estabilização, paralisar  os investimentos e isso ninguém quer”, afirma.

Lídia Brito
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Parlamentares e partidos estimam adiar 1º turno das eleições para 15 de novembro

Foto: Roberto Jayme/ Ascom TSE


Parlamentares com trânsito no Palácio do Planalto e dirigentes partidários estimam adiar para o dia 15 de novembro (feriado da Proclamação da República) a realização do primeiro turno das eleições municipais, caso a pandemia do coronavírus não arrefeça até junho, data final para decisão.

Pela proposta em debate, o primeiro turno seria adiado em 42 dias. Já o segundo turno aconteceria em 6 de dezembro ou, no máximo, no domingo seguinte (13). Nesse caso, as convenções partidárias, programadas para julho, ocorreriam em agosto.

O adiamento tem sido tema de uma série de reuniões virtuais entre os presidentes de nove partidos de centro-direita.

Presidentes de MDB, PSDB, DEM, PSD, Republicamos, PL, PP, Solidariedade e Avante, que participaram dos encontros, admitem o adiamento das eleições para novembro. E, à exceção do presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), descartam a possibilidade de prorrogação de mandatos até 2022 para que coincidam com a disputa nacional.

Nesta semana, os líderes dessas siglas concordaram em retomar essa discussão em junho, apenas se a crise perdurar pelos próximos dois meses. Até lá, está mantido o calendário oficial com primeiro e segundo turnos nos dias 4 e 25 de outubro, respectivamente, o primeiro e o último domingos do mês, como prevê a Constituição.

Embora a definição de nova data dependa de aprovação do Congresso, a ideia de só voltar ao debate em junho está em consonância com o ministro do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso, que, em maio, assumirá a presidência do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Segundo o deputado Marcos Pereira (SP), presidente do Republicanos, partido ao qual estão filiados dois filhos do presidente Jair Bolsonaro, "a priori, a maioria quer manter a data". "É claro que dependendo da situação da crise", acrescenta.

Segundo o presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo (PE), o tema começa a surgir no horizonte, sobretudo entre dirigentes partidários. Ele afirma que, sem ambiente para realização da campanha em agosto, a eleição poderá ser adiada. "O que vai definir isso não é a percepção, nem a vontade de a mais. São os fatos que vão se impor", diz.

Líder do PSD, Gilberto Kassab (SP) também admite a possibilidade de adiamento para novembro e ressalta a necessidade de financiamento público de campanha. "Sem financiamento público, seria a volta do financiamento empresarial. Ou alguém acha que o espírito santo vai destinar recursos para as campanhas?"
O adiamento não é pauta exclusiva do centrão. Está na agenda da esquerda. Presidente nacional do PDT, Calos Lupi conta que a ideia já foi objeto de debate interno. "E pensamos que, conforme o desenrolar desta pandemia, é provável que tenhamos que adiar as eleições. Provavelmente até dezembro", afirma.

Segundo ele, o PDT é completamente contrário à prorrogação. "É um precedente perigoso que fere a democracia e gera consequências graves."

O presidente do PSB, Carlinhos Siqueira, diz que ainda é cedo para adotar essa medida. "Mas podemos ser levados pelas circunstâncias a admitir esta hipótese de adiar o pleito de outubro. Admitimos discutir o adiamento, e não a prorrogação. Entretanto, essa decisão deve ser adotada, se for o caso, em julho ou início de agosto", diz.

Embora no passado as eleições já tenham ocorrido no dia 15 de novembro, um feriado nacional, não é essa a razão para que a data esteja hoje em pauta. Mas, sim, sua aplicabilidade. Dirigentes partidários afirmam que esse novo calendário permitiria que o segundo turno e a montagem dos futuros governos ocorressem sem o risco de paralisia em meio aos preparativos do Natal e fim de ano.

PRINCIPAIS DATAS ELEITORAIS

Eleições municipais de 2020 só ocorrerão em outubro, mas até o dia de votação há uma série de datas importantes no calendário eleitoral

5 de março a 3 de abril

A chamada janela eleitoral, período em que vereadores podem mudar de partido para concorrer à eleição (majoritária ou proporcional) de outubro sem incorrer em infidelidade partidária

4 de abril

É o último dia para que novas legendas sejam registradas na Justiça Eleitoral a tempo de lançarem candidatos próprios às eleições. Além disso, até esta data, aqueles que desejam concorrer na eleição devem ter domicílio eleitoral na cidade em que vai concorrer. A data marca o fim do prazo para que detentores de mandatos no Executivo renunciem aos seus cargos para se lançarem candidatos

6 de maio

É o último dia para que regularizem a sua situação junto à Justiça Eleitoral para poderem votar em outubro

15 de maio

É permitido iniciar a arrecadação facultativa de doações por pré-candidatos aos cargos de prefeito e vereador, por meio de plataformas de financiamento coletivo credenciadas na Justiça Eleitoral

30 de junho

Pré-candidatos que apresentem programas de rádio ou televisão ficam proibidos de continuar a fazê-lo

20 de julho a 5 de agosto

Início das convenções partidárias para a escolha dos candidatos. Também a partir de 20 de julho, os candidatos passam a ter direito de resposta à divulgação de conteúdo difamatório, calunioso ou injurioso por qualquer veículo de comunicação

15 de agosto

Última dia para os partidos registrarem as candidaturas

20 de agosto

Caso o partido não tenha feita o registro, o candidato pode unilateralmente fazer o seu pleito até esta data

16 de agosto

Passa a ser permitida a propaganda eleitoral, inclusive na internet. Os comícios poderão acontecer até o dia 1º de outubro

28 de agosto

O horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão passa a ser veiculado de 28 de agosto a 1º de outubro

19 de setembro

A partir desta data, os candidatos não poderão ser presos, salvo no caso de flagrante delito. Eleitores, por sua vez, não poderão, em regra, ser presos a partir do dia 29 do mesmo mês

4 de outubro

O primeiro turno de votação para vereadores e prefeitos

25 de outubro

Segundo turno para municípios com mais de 200 mil eleitores

18 de dezembro

Diplomação dos eleitos


Fonte: Folhapress

Brasileiros modificam vírus da gripe em teste de vacina contra o novo coronavírus

Foto: Cadu Rolim /Fotoarena/Folhapress

Formas modificadas do vírus da gripe estão sendo empregadas por pesquisadores de Minas Gerais no desenvolvimento de uma vacina contra o novo coronavírus. Alterado em laboratório, o invasor viral seria incapaz de se multiplicar de forma generalizada nas células, mas teria efeito suficiente para proteger o organismo humano de uma infecção pelo causador da Covid-19.

A abordagem está sendo adotada por pesquisadores do CT-Vacinas, uma parceria entre o braço mineiro da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) e a UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). "Já temos dez anos de experiência usando o vírus da gripe como plataforma", conta Alexandre Machado, do Grupo de Imunologia de Doenças Virais da Fiocruz Minas.

Machado explica que a ideia é produzir o que os especialistas chamam de vírus defectivo. Nessas condições, o parasita infecta algumas células, faz com que elas produzam determinada proteína a partir do material genético que carrega, mas não consegue dar o passo seguinte de seu ciclo, que seria a produção de novas partículas virais e a invasão de mais células.

Mesmo assim, essa infecção, denominada abortiva, já seria o suficiente para desencadear uma reação do sistema imunológico (de defesa) do organismo contra moléculas estranhas típicas do vírus. É aqui que entraria a informação genética do Sars-CoV-2, o novo coronavírus.

No projeto desenvolvido por Machado e seus colegas, o vírus da gripe modificado carregaria um trecho de RNA (a molécula "prima" do DNA) que contém a receita para a produção de parte da chamada proteína S (do inglês "spike", ou espícula) do coronavírus. Essa espícula é usada pelo vírus para se conectar às células humanas.

Com o material genético correspondente à proteína inserido nas células, elas acabariam produzindo a molécula estranha, o que "ensinaria" o organismo a reagir rapidamente contra o vírus verdadeiro assim que entrasse em contato com ele, produzindo, por exemplo, anticorpos para neutralizá-lo.

Enquanto outras iniciativas para criar vacinas contra o Sars-CoV-2 estão acontecendo a toque de caixa mundo afora, com resultados ainda incertos por utilizarem tecnologias que ainda não chegaram ao mercado, o trabalho do grupo mineiro deve ter uma fase inicial mais longa de trabalho pré-clínico (ou seja, antes de testes em seres humanos), com duração estimada entre um ano e um ano e meio.

"Precisamos ter pé no chão. Estamos recebendo apoio do governo federal, mas não temos bilhões para gastar nisso, ao contrário de uma grande empresa farmacêutica, por exemplo. Além disso, não sabemos o que vai acontecer com esse vírus nos próximos anos. Conseguir se preparar no médio prazo também vai ser importante", argumenta Machado, que gosta de citar a importância da preparação diante de possíveis ameaças futuras, preconizada pelo general e pensador chinês Sun Tzu (século 6º a.C.), autor de "A Arte da Guerra".

Além disso, lembra o pesquisador, há o aspecto estratégico de se desenvolver uma estratégia nacional de vacinação contra o coronavírus. Os últimos meses mostraram a dificuldade de conseguir insumos de biotecnologia para testes, e mesmo material mais barato e prosaico, como equipamentos de proteção para profissionais de saúde, nos países que não os produzem em larga escala. "Dificilmente um país, ou poucos países, vão conseguir oferecer uma vacina para o mundo todo, ainda mais numa situação de emergência."

Fonte: Folhapress

Lindolfo Monteiro começa a receber população em situação de rua

Foto: PMT

O estádio Lindolfo Monteiro começou a receber nesta sexta-feira (10) cerca de 70 pessoas em situação de rua, que terão todo o atendimento de saúde, alimentação, higiene e assistência social. O objetivo da Prefeitura de Teresina é proteger essa população da pandemia do novo coronavírus.

A Secretaria Municipal de Cidadania, Assistência Social e Políticas Integradas (Semcaspi) montou uma estrutura de alojamentos, estande administrativo, banheiros e área para atendimento em saúde. Os alojamentos estão separados em feminino, masculino, para pessoas idosas e outro para receber aqueles que estiverem apresentando algum sintoma de gripe.

A secretaria atende a população em situação de rua através de vários projetos, como as casas de passagem. Com a disseminação da Covid-19, a intenção da Prefeitura é que essa população permaneça em um espaço amplo, com o distanciamento adequado, atendimento e estrutura para conviver de forma saudável.

“Estamos começando a receber essas pessoas hoje. Esse espaço foi preparado com carinho, com toda a estrutura e profissionais preparados para atender a essa população. A Prefeitura está trabalhando em várias frentes para minimizar a disseminação do vírus. Por isso, pedimos que a população nos ajude nessa luta e fique em casa”, diz o secretário Samuel Silveira, da Semcaspi.

Da Redação
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