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Mão Santa diz que população deve 'temer a Deus e não o coronavírus'

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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O prefeito de Parnaíba, Mão Santa, visitou no município o mercado público da Caramuru e, além de parabenizar os feirantes que estavam trabalhando, disse em vídeo - feito durante a visita e publicado nas redes sociais - que as pessoas não devem temer ao novo coronavírus. 

"A gente tem que temer é a Deus, não é a porra de vírus não", disse o prefeito a um dos feirantes. Durante a visita feita na segunda (25), Mão Santa  estava de máscara e cumprimentou algumas pessoas, pegando nas mãos.  O prefeito chegou a abraçar uma senhora que cantou uma música em sua direção. 

De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (Sesapi), a taxa de isolamento social no município é de 54%. Atualmente, a cidade registra, segundo a Sesapi, 280 casos confirmados e seis mortes pela Covid-19. A letalidade pela doença no município é de 2.14%. 

Em março, uma declaração do prefeito chegou a repercutir nacionalmente. Ele recomendou que as pessoas bebessem água a cada meia hora para combater o novo coronavírus. 

Também em março, o prefeito Mão Santa assinou um decreto autorizando o retorno das atividades econômicas não essências no município. A reabertura foi negada por duas vezes pela Justiça do Piauí, que determinou o cumprimento do decreto do Governo Estadual em que, no momento, apenas as atividades essenciais - como mercados públicos - podem abrir e atender presencialmente o público. 

Carlienne Carpaso
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Paciente com Lúpus diz que hidroxicloroquina "sumiu das farmácias"

Os pacientes com Lúpus e demais doenças autoimunes relatam que estão há mais de dois meses sem conseguir dar continuidade correto ao tratamento porque o remédio hidroxicloroquina está em falta no mercado. Esse é o caso da Maria do Socorro Silva, portadora de Lúpus, que já percorreu por diversas farmácia, inclusive as manipuladas, sem encontrar o medicamento. Ela faz um apelo pelo remédio. 

"Eu sou uma pessoa que precisa dessa medicação, da hidroxicloroquina. Eu já faço uso ela há quatro anos. No momento, há exatamente dois meses, ela sumiu das farmácias. A gente não consegue encontrar. Até nas farmácias de manipulação não estão mais recebendo (pedido) porque não tem o material para fabricar esse remédio. Eu não posso ficar sem essa medicação", diz Maria do Socorro. 

O médico Mario Sergio Santos, também professor de reumatologia da Universidade Federal do Piauí, explica que esse remédio é usado para tratamento do Lúpus desde a década de 60. 

"A partir da década de 60, a hidroxicloroquina ou a cloroquina passaram a fazer parte do arsenal de tratamento do Lúpus. É um coringa, usado pra tudo no lúpus, é de fundamental importância no tratamento dessa doença. Depois, só pra deixar mais claro, o uso de cloroquina no âmbito da doenças autoimunes, nós não vamos falar do uso em Covid porque não é essa a nossa experiência". Ele também cita o uso da hidroxicloroquina no tratamento de artrite reumatoide. 

Mário Santos destaca os prejuízos que a falta desse medicamente pode causar aos pacientes com doenças autoimunes. "O paciente que deixar de usar a cloroquina a gente tem certeza que a doença que estava controlada vai ficar ativa. Isso é uma coisa absolutamente previsível: parou de usar a cloroquina a doença retorna nos seus diferentes aspectos: na pele, nas juntas, nos rins, no sistema nervoso central, no sangue etc". 

"Tem outra coisa que é importante destacar: a cloroquina não é importante só pro Lúpus em si, mas é importante para as comorbidades que acompanham o Lúpus como, por exemplo, as alterações cardiovasculares. Os pacientes com Lúpus tem o risco aumentado para desenvolver eventos cardiovasculares".

O médico alerta que "privas os pacientes de Lúpus dessa droga é provocar um prejuízo inestimável. Essa droga é de uso contínuo. O paciente não pode prescindir do uso da droga. O paciente (a depender do caso) pode tomar em dias alternados. Ela é dose dependente e tempo dependente ". 

Foto: Roberta Aline/Cidadeverde.com



 

 


Carlienne Carpaso
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Inter instala 'túnel desinfetante' no CT e reforça protocolo contra Covid-19

Foto: S.C. Internacional

O Internacional anunciou nesta terça-feira (26) a instalação do que chamou de "estação de sanitização", um equipamento que age nas vestimentas de jogadores e demais funcionários na chegada ao CT Parque Gigante.

De acordo com o clube gaúcho, o "túnel desinfetante" inaugurado no local elimina microrganismos críticos à saúde, entre eles o novo coronavírus.

Ainda segundo nota do Inter, o equipamento usa exclusivo desinfetante com ativo natural registrado na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), sem prejuízo a pele.

"É mais uma medida de precaução. Todos os jogadores passarão antes de fazer as avaliações cotidianas de temperatura e oximetria. É algo a mais para nos auxiliar, bom para termos uma segurança maior já que eles vêm de um ambiente externo", disse Carlos Poisl, médico do Inter.

O clube voltou aos treinamentos no início de maio, após publicação de decreto municipal que autoriza retomada de atividades físicas com distanciamento mínimo de dois metros.

JEREMIAS WERNEK
PORTO ALEGRE, RS (UOL/FOLHAPRESS)

 

Flávio Nogueira quer atenção para pequenos e médios negócios na pandemia

Foto: Arquivo/CidadeVerde.com

O deputado federal Flávio Nogueira (PDT) chamou atenção nesta terça-feira (26) para a forma como o Governo Federal pretende ajudar empresas nesse momento de crise provocada pela pandemia do novo coronavírus. Ele citou três setores econômicos para explicar a diferença no tratamento dado pelo governo: as empresas aéreas, as empresas do setor elétrico e as pequenas e médias empresas.

Para o setor aéreo, o Governo Federal passará a ser sócio das empresas, comprando ações. Nesse formato, bancos privados e o BNDES serão partícipes nas transações. No setor elétrico, que também reclama de prejuízos por conta da pandemia, o Governo vai ajudar com a facilitação de empréstimos, mas também colocará a conta para o contribuinte. Durante cinco anos, haverá aumento de taxas de energia elétrica nos domicílios.

Diferente disso, a gestão federal ainda não sabe como ajudar as pequenas e médias empresas. Flávio Nogueira citou que uma lei aprovada no Congresso Nacional voltada para ajudar o setor demorou mais de 20 dias para ser sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro e ainda assim foi sancionada com vetos na parte em que dava carência de oito meses para o mercado de prestação de serviços, que é o que mais gera empregos no país.

“Para os grandes as facilidades, para os pequenos as dificuldades. E além do mais, aquela teoria doutrinária do Estado mínimo nos parece que não existe mais. É a presença forte do Estado na economia, é a presença forte do Estado para solucionar os problemas das grandes empresas e enquanto isso nós não vamos encontrar dinheiro disponível para saúde, educação e segurança pública”, alertou o parlamentar.

Flávio Nogueira defende que as atenções do Governo Federal se voltem principalmente para os pequenos e médios negócios, que também são duramente afetados pela crise e certamente terão mais dificuldades de para se reerguer, diferente das grandes empresas. “Esse setor de prestação de serviços é o que mais dá emprego e que, de fato, é o que está sustentando a economia brasileira”, argumentou o parlamentar.

Da Redação
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Desrespeito a decreto leva visitantes a serem multados em praias do Piauí

Visitantes têm desrespeitado o isolamento social para frequentar os pontos turísticos do município de Luís Correia, como praias e lagoas. Um grupo chegou a fazer uma carreata em uma das praias, um dos carros chega a capotar durante uma manobra. A Prefeitura de Luis Correia decretou a proibição de acesso a esses locais devido a pandemia da Covid-19 para evitar aglomeração.

Para inibir essa situação, a Polícia Militar e a Vigilância Municipal chegam a aplicar, respectivamente, termos circunstanciado de ocorrência (TCO) e multas em quem desrespeita o decreto municipal, mas - mesmo com essa medida - alguns visitantes continuam a desrespeitar o decreto. 

Na tentativa de conscientizar os moradores e turistas, técnicos da prefeitura têm caminhado por esses pontos para explicar os riscos da contaminação pelo novo coronavírus. Algumas praias chegaram a ter o acesso bloqueado pelo poder executivo municipal.

 A diretora de Vigilância Sanitária da Prefeitura de Luís Correia, Flávia Ribeiro, comentou em entrevista ao Jornal do Piauí, nesta terça-feira (26), que  "tem sido difícil o Município fazer o controle" das pessoas que desrespeitam o isolamento para frequentar os pontos de lazer. 

"Foi decretado um decreto em abril proibindo o acesso de veículo e de aglomerações (de pessoas) nesses pontos de lazer. Desde quando foi publicado esse decreto, as fiscalizações tanto da Vigilância Sanitária como da Polícia Militar têm se intensificado com a aplicação de multa e TCO nessas pessoas que insistem em descumprir o decreto".

Flávia Ribeiro ressalta que o decreto também foi uma tentativa de evitar o turismo no município diante dos constantes feriados prolongados, já que, por exemplo, o Governo do Estado também antecipou algumas "comemorações de datas" na tentativa de ampliar  o isolamento social.

"Infelizmente, isso também é uma tentativa de inibir o turismo na nossa cidade por conta dos vários feriados prolongados que tivemos. Se todas as pessoas acharem que vão ficar isoladas na praia, ela vai ficar cheia de turistas. Não tem como, por isso estamos penalizando essas pessoas que insistem nesse acesso", comentou a diretora. 

Mesmo com o bloqueio em alguns acessos, a diretora diz que as pessoas tentam burlar a situação para entrar nas praias. Os gestores municipais estudam outras formas de tentar impedir a entrada dos visitantes nos locais que é possível fechar o acesso. Sobre a conversa com os visitantes, a diretora comenta que muitos resistem sair da praia, muitas vezes porque estão fazendo  o uso de bebida alcoólica.

Carlienne Carpaso
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Governo do Piauí elabora plano de retomada das atividades; veja critérios

Foto: Roberta Aline

A semana é de reuniões entre o governo do estado e setores empresariais para fechar até sexta-feira (29) o plano de retomada gradual das atividades no Piauí.

O governo não bateu o martelo, está fechando os critérios, ouvindo vários setores da sociedade, mas cinco fatores serão fundamentais para a definição do plano de abertura dos estabelecimentos.

Itens que vão nortear - na parte da saúde - o plano de retomada ecômica :

1) Taxa de risco de transmissão (tendo redução de casos no estado);

2) Índice de isolamento acima de 50% (esse percentual pode ser alterado);

3) Lotação de leitos de UTIs;

4) Identificação de focos de contágios; 

5) Testagens nas empresas

O Cidadeverde.com apurou que será feito um protocolo base de retorno das atividades para ser adotado nos 224 municípios e outro protocolo específico para setores como comércio, serviços, hoteis, bares, indústria, shoppings, salões de beleza e outros. 

A preocupação do governo é evitar aglomerações e elevar a curva de risco da doença. Serão ouvidos também os prefeitos e eles terão autonomia de adotarem ações complementares para conter o avanço da doença. 

O estado terá uma atenção especial para dois setores: o da construção civil, que lidera com número de empregos e movimento de empregados, e o comércio. 

Na próxima terça-feira (2), o comitê criado para definir o plano, irá apresentar uma minuta de projeto para o governador Wellington Dias. 

O comitê é composto representantes das Secretarias de Governo, Planejamento, Saúde e Desenvolvimento Econômico.  

Governo pede cautela

Mesmo com a redução na taxa de transmissão da covid-19 no estado - segundo estimativas era para o Piauí ter 90 mil infectados, hoje estamos com 66 mil infectados - o governo pede cautela.

Todos ouvidos pelo Cidadeverde.com colocam que o setor epidemiológico é que irá nortear a volta das atividades. O governador Wellington Dias já anunciou que a ciência será respeitada e esse retorno só acontecerá se tiver ambiente seguro para a abertura do comércio. 

 

Flash Yala Sena
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Vereadores discutem a retomada das atividades econômicas em Teresina

Os vereadores Venâncio Cardoso (PSDB) e Edilberto Borges, o Dudu (PT), respectivamente presidente e vice-presidente da Comissão Especial Covid-19 da Câmara Municipal de Teresina, debatarem hoje, durante entrevista à TV Cidade Verde, o cronograma de retomada das atividades econômicas na capital.

Dudu, que faz oposição ao prefeito Firmino Filho, disse que concorda com as medidas que foram adotadas em Teresina para evitar a disseminação do coronavírus, no entanto, já é hora de se pensar na retomada das atividades.

"Temos apoiado as medidas, mas agora precisamos pensar no futuro e o futuro é avaliar a retomada das atividades econômicas. Nós já estávamos vivendo uma crise antes da pandemia, durante a pandemia agravou. Nessa comissão podemos dialogar com todas as categorias para que na hora da retomada, com todos os dados técnicos, voltemos com segurança", disse Dudu.

O vereador Venâncio Cardoso disse que a retomada das atividades será em quatro fases na capital.

"A Prefeitura fez o deve de casa. Ela fortaleceu o sistema de saúde. Nos próximos dias o prefeito vai dar continuidade ao esboço do planejamento de retomada das atividades econômicas que foi apresentado hoje e vai colocar que Teresina tem como retornar em quatro fases. Vai retomar com responsabilidade", afirmou.

Foto: Reprodução/TV Cidade Verde

A prefeitura já ouviu mais de 20 setores da econômica para a apresentação das medidas de segurança, que deverão ser adotadas por cada área na retomada do funcionamento. 

Segundo o professor Washington Bonfim, membro do comitê, entre os eixos que devem ser seguidos pelos setores da economia estão distanciamento físico, espaços, que engloba cuidados com  a higiene, os equipamentos de proteção e a comunicação. O último eixo engloba triagem, rastreamento e controle e desinfecção de áreas contaminadas. Nestes últimos casos, entra a realização de testagem dos trabalhadores.  

Hérlon Moraes
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Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso estreiam quadro sobre casais em isolamento

Fotos: Reprodução/instagram/@gioewbank

Assim como muitos casais, Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso enfrentam as consequências do isolamento social, convivendo 24 horas por dia um com o outro, em decorrência da pandemia do novo coronavírus.

"Tem dias em que eu não estou a fim de fazer nada, e ele quer fazer a casinha da árvore, gravar pro canal, fazer live... E eu quero ficar deitada curtindo a gravidez", conta a atriz. "Ele acorda querendo produzir mil coisas, acha que o dia tem 72 horas, e eu sou totalmente ao contrário. Gosto de viver um dia de cada vez e lentamente curtindo cada momento, gosto de curtir o café da manhã, a hora de brincar com as crianças, a hora de fazer a lição, enquanto o Bruno gosta de fazer tudo rápido pra dar tempo de produzir mais".

A fim de dividir os anseios e descobrir as técnicas usadas por outros casais para o convívio, Ewbank e Gagliasso estreiam nesta terça-feira (26) um novo quadro fixo no canal da atriz no YouTube: Isolados e Casados.

No lançamento, o casal recebe Luciano Huck e Angelica para falarem sobre temas como crises, planos pós-quarentena, e até jogos divertidos de perguntas e respostas, no qual o casal convidado disputa com o casal apresentador. Ao final, há uma prenda para o casal que perde.

Ewbank diz que a ideia do quadro surgiu após conversas com amigos sobre questões da vida a dois. "No grupo das mães do colégio, por exemplo, elas acabam desabafando muito sobre os maridos, os filhos... E a gente percebeu que a dificuldade de criar rotina, que a questão de cada um estar num 'mood', era geral".

"Temos visto muitos casais se separando na quarentena. Casais que trabalham muito e não convivem tanto, e agora, passando 24 horas juntos, estão vendo algumas questões que estão abalando o casamento. Então a ideia veio muito disso, de conversar sobre o que faz com que o casal se una mais, e o que faz com que fique mais arisco", completa. A produção do vídeo fica por conta da Play9, empresa do Felipe Neto e João Pedro Paes Leme.

Além de Huck e Angelica, outros nomes confirmados no quadro são Sabrina Sato e Duda Nagle, Paulo Gustavo e Thales, Preta Gil e Rodrigo Godoy, Larissa Manoela e Leo Cidade, e Fernanda Gentil e Priscila Montandon.


"Um casal que me inspira é a Michele e o Obama", acrescenta Ewbank. "Desde o início do relacionamento deles a gente vê muita parceria, cumplicidade, amizade... Um levantando o outro. Os dois acreditam muito um no outro, no trabalho um do outro. Eles sempre estão lado a lado independente de quem é o momento, acho que eles têm uma coisa que eu e o Bruno também temos que é acreditar nas mesmas pautas, nas mesmas causas. Eles apoiam e lutam juntos, que é uma coisa que nos une mais ainda e que nos inspira, vendo os dois. Os casais que lutam pelos mesmos ideais ficam muito unidos, e é o que eu e Bruno tentamos fazer no nosso dia a dia".

 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

SEGUUUUUUUURAAAAA!!!! ???????????? Hoje estreia no CANAL @gioh_oficial O QUADRO “ISOLADOS E CASADOS” ?? com ninguém mais ninguém menos que o casal MAIS AMADO O BRASIL @lucianohuck e @angelicaksy ???? falando das dificuldades e delícias de viver a dois 24 horas por dia!!! Quais são as melhores coisas? Oq da treta entre o casal? Oq um mais ama no outro ou oq mais irrita no outro!!! E DETALHE: é um QUIZ entre nós casais pra ver quem está em mais SINTONIA nessa quarentena, e quem perder PAGA PRENDA!!! Quem vcs acham q ganhou??? LUCIANO E ANGÉLICA ou EU e @brunogagliasso??? Corre assistir!!! CLICA NO LINK DA BIO ou nos STORIES que tá MUITOOOOO BOM!!!! ????????????? #gioh #giohnoyoutube #isoladosecasados

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Fonte: Folha Press

Prefeito vistoria reta final de obra do hospital de campanha do HUT

Foto: Ascom/PMT

O prefeito de Teresina Firmino Filho visitou  nesta manhã (26) a estrutura do hospital de campanha que está sendo construído em terreno anexo ao Hospital de Urgência de Teresina (HUT), na zona Sul da capital. O complexo já está na fase final de asfaltamento e instalação da energia elétrica. 

Ao todo, estão sendo construídos cinco módulos com 60 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTIs) destinadas a pacientes com Covid-19. A obra está na última etapa de pavimentação asfáltica do entorno do complexo e de ligação elétrica, feita em parceria com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Semduh).

O prefeito de Teresina destaca a importância do hospital de campanha anexo ao HUT. “Estamos formatando a rede de assistência às pessoas que sofrem com o coronavírus na capital. Juntamente com o Hospital do Monte Castelo, teremos mais uma unidade de saúde que vai servir de retaguarda para atender a população da nossa cidade”, explica Firmino Filho. 

A nova unidade de saúde provisória também vai contar com estacionamento, tendas de apoio, instalações de água e de gás medicinal e sistema de refrigeração. “É uma estrutura completamente nova, que começamos do zero, desde a pavimentação até a cobertura. Agora, com a diminuição das chuvas, podemos retomar novamente os trabalhos em ritmo acelerado”, avalia o diretor geral do HUT, Rodrigo Martins. 

O gerente do novo hospital de campanha, Daniel Parente, adianta que equipes médicas já estão sendo treinadas. “Estamos manejando profissionais que já fazem parte do quadro da Fundação Municipal de Saúde, além da convocação dos profissionais do último seletivo realizado pela própria Prefeitura para atuar nesse momento de pandemia”, adianta. 

Paralelamente ao hospital de campanha, o HUT tem preparado sua estrutura física para entregar 48 leitos de UTIs exclusivas para pacientes diagnosticados com covid-19. Deste total, 18 unidades já têm recebido casos positivos da doença.

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Maioria dos profissionais de saúde sente medo do coronavírus

Foto: Roberta Aline/ Cidadeverde.com

Cerca de 89% dos profissionais de saúde sentem medo do coronavírus, aponta pesquisa da FGV (Fundação Getulio Vargas).

O percentual mais alto é entre agentes comunitários de saúde e de combate às endemias (ACS e ACE), grupo no qual chega a 91,3%. Entre os médicos, o número é de 77,7%; entre enfermeiros, 84,3%; e entre os demais profissionais, categoria em que são considerados os relacionados ao Núcleo de Apoio à Saúde da Família ou à gestão e administração dos equipamentos de saúde, 88,2%.

A região Norte do país é a que mais concentra profissionais que relatam ter esse sentimento (92,3%), seguida pelo Nordeste, com 90,6%. No Sudeste, a porcentagem é de 87,2%, no Sul, 85%, e no Centro-Oeste, 82,2%.

"Essas são as regiões que tiveram menos treinamento, menos apoio governamental e onde os profissionais se sentem menos preparados", diz Gabriela Lotta, professora da FGV e coordenadora do NEB (Núcleo de Estudos da Burocracia) da EAESP (Escola de Administração de Empresa de São Paulo), responsável pelo levantamento.

A pesquisa "A pandemia de Covid-19 e os profissionais de saúde pública no Brasil" foi feita com base em entrevistas realizadas online com 1.456 profissionais da saúde pública, de todos os níveis de atenção e regiões do país, entre os dias 15 de abril e 1º de maio.

O levantamento também mostra que 15% dos entrevistados se sentem preparados para lidar com a pandemia -65% afirmam não estarem preparados e os outros não souberam responder.

Os ACS e AES são os que mais se sentem despreparados (7,6% se sentem prontos para enfrentar a crise de coronavírus). Entre os profissionais de enfermagem, esse número é de 20%.

"[Os agentes comunitários de saúde e de combate às endemias] são historicamente os mais precarizados dentro do SUS (Sistema Único de Saúde)", afirma Lotta.

Somada a esse contexto, a regulamentação desse grupo para trabalhar durante a crise foi mal desenhada e o grupo também é o último a ter acesso a equipamentos na cadeia dos profissionais de saúde, explica a pesquisadora.

De maneira geral, os entrevistados mostraram que não se sentem apoiados pelos governos, mas há diferenças entre os níveis da federação. A avaliação de 67% é de que o governo federal não os apoia. O número cai para 56% na esfera municipal e para 51% na estadual.

Em relação ao apoio direto de seus superiores, 71,8% dizem não ter esse suporte e, em relação a treinamento, 21,9% relatam ter recebido orientações ou ações oficiais de formação.

A pesquisa também aponta que 32% dos profissionais afirmam ter recebido equipamentos de proteção individual (EPI) durante a pandemia. Entre os agentes comunitários de saúde e de combate às endemias, o número cai para 19,7%.

"Se formos pensar em termos de atenção primária, eles são os mais expostos, porque eles têm que fazer visita domiciliar", diz Lotta. "O estado não está cuidando de quem deveria cuidar de nós."

Entre os entrevistados, 79% são mulheres, 19,6%, homens e menos de 1% preferiu não declarar. Há também uma concentração de profissionais que atuam na Bahia (32%), em São Paulo (16,7%) e no Rio de Janeiro (14,6%).


Fonte: Folhapress

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