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Empresários usam 'meme do caixão' em ato pela reabertura do comércio em Floriano

Em Floriano, no interior do Piauí, empresários usaram o 'meme do caixão' em um ato pela reabertura do comércio durante a pandemia. Dançarinos carregaram uma urna funerária pela  Avenida  Bucar Neto, uma das principais vias da cidade, enquanto dançavam o hit que também viralizou nacionalmente durante o isolamento social. A ação ocorreu na manhã desta quinta-feira (27) quando também foram distribuídas máscaras. 

A empresária Clívia Jarvis Fonseca conta que resolveu usar o 'meme do caixão' como forma de conscientização para que o comércio possa ser reaberto tomando as medidas de segurança necessárias. 

"É preciso que a economia volte a funcionar. Muitas empresas estão fechando e isso me corta o coração. O meme do caixão foi usado como uma forma lúdica de conscientização. Tivemos, ontem (27), uma reunião na CDL de Floriano e apresentei minha ideia para os empresários que estavam lá, cerca de 15. O ato foi marcado para hoje e tivemos o apoio do órgão de trânsito da cidade", conta a empresária. 

O caixão usado no ato foi emprestado por uma empresa. Os dançarinos ensaiaram a coreografia que foi apresentada para a população que estava em loterias e supermercados, por exemplo, no momento do percurso. 

"A receptividade foi boa. Muita gente saiu pra filmar, entregamos máscaras e tinha um carro de som também alertando para a necessidade de reabrir o comércio, mas com segurança. O  objetivo maior não foi o protesto, mas a ação de conscientização para que o comércio seja aberto com segurança e responsanbilidade por parte dos comerciantes e dos clientes", reitera Clívia Jarvis Fonseca que tem uma indústria e conta que a perda financeira foi significativa. 

Dados mais recentes da Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) apontam para 71 casos confirmados de coronavírus em Floriano, sendo dois óbitos.

O decreto assinado pelo prefeito de Floriano, Joel Rodrigues, prorrogou as medidas sanitárias e de isolamento social até o dia 07 de junho. 

'Meme do Caixão'

Desde o fim de março a mistura entre a tradição de um funeral em Gana, na África, com uma música eletrônica russa se tornou o vídeo mais compartilhado no mundo que ficou conhecido como 'meme do caixão'. 

Os dançarinos que carregam um caixão, vestindo roupas formais, e fazem diversas coreografias para trazer alegria à alma da pessoa que faleceu têm um recado para todos que estão vivendo o isolamento: "Fique em casa, ou nós dançaremos". A partir dessa ideia, em muitos lugares, o 'meme do caixão' foi viralizando e ganhando várias significados ligados ao isolamento social. 


Graciane Sousa
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Em ato no Centro, empresários cobram protocolo de reabertura gradual do comércio

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Um ato em frente a Prefeitura de Teresina reuniu profissionais de diversos setores produtivos para reivindicar a reabertura das atividades econômicas na manhã desta quinta-feira (28).  Os manifestantes cobram do município e do governo do Estado a apresentação de um protocolo de abertura econômica.

O presidente do Centro das Indústrias do Estado do Piauí, Andrade Júnior, afirmou que prefeitura e governo do estado estão perdidos. Segundo ele, várias conversas foram realizadas e até agora nenhum protocolo foi apresentado. 

"Prefeitura e governo estão perdidos. Até o momento eles não possuem nenhum plano de trabalho. O país vinha em uma crescente de geração de emprego.  Em dois meses foi tudo por água a baixo. Eles estão perdidos. Dos três hospitais de campanha anunciados, apenas um funciona e não tem condições de atender os pacientes mais graves de covid-19. As empresas estão fechando. Algumas sem a menor condição de reabrirem. Agora é o momento de voltar, mas isso tem que ser feita de forma gradual e responsável. O que nos deixa preocupados é a falta de um plano objetivo que a indústria e o setor produtivo possam se pautar", disse.

Andrade Júnior afirma que é possível retornar as atividades com segurança. Ele garante que várias propostas já foram apresentadas, sem resposta.

"É claro que quando falamos em voltar é de forma responsável.  Para proteger nosso trabalhador, o cliente e os empresários que estão nas ruas. Mas para isso é preciso definir esse protocolo com as medidas de segurança", destacou.

O ex-presidente da Construção Civil do Piauí, André Baia, ressalta que o governo do estado e a prefeitura cometeram erros nas áreas da saúde e economia. Ele destacou que haverá demissões em massa no setor.

"Eles erram na saúde porque tinha que adotar o protocolo da Espanha. Quando as pessoas chegasse, ela deveria receber a medicação no início da doença.  Na economia fizeram um isolamento social sem programação. Fizeram sem a previsão de um protocolo de retorno. O que vai acontecer na construção civil e demissões em massa. Os empresários estão se segurando. Mas não tem mais como e as demissões irão ocorrer", disse.

Foto: Roberta Aline

Andrade Júnior, presidente do Centro das Indústrias do Estado do Piauí

O presidente da Federação do Comércio do Piauí, Valdeci Cavalcante, afirmou que a situação é grave. Ele afirma que os empresários são humilhados e impedidos de trabalhar.

"Estamos aqui nos humilhando, mas é o jeito. A prefeitura e o estado não se prepararam. Estamos em 70 dias em isolamento criminoso. Contribuímos com o poder publico e o prefeito e o governador dizem que ainda não estão preparados. O que eles fizeram nesses meses?", questionou.

Franclilane Pierote, que representa o setor de eventos na manifestação, afirma que o setor é o mais prejudicado. Segundo ela, o risco é que a demora na apresentação do protocolo leve o setor a funcionar apenas em 2021. 

“Tetamos realmente  obedecer as normas  da Organização Mundial de Saúde (OMS) para que pudéssemos exercer o papel de cuidado com as pessoas. A questão é que as nossas condições  foram perdidas. Estamos há  mais de 70 dias sem trabalhar.  A nossa classe de empresários sofre na pele. O nosso setor foi o primeiro a fechar e será o último a abrir. Se esse protocolo não for apresentado logo, corremos o risco de só abrir ano que vem”, destacou. 

Os manifestantes seguiram a pé ao Palácio de Karnak. Eles pediam para ser ouvidos pelo governador Wellington Dias (PT), mas sem resposta, jogaram bandeiras e cartazes dentro do palácio do governo. 
 

Flash Lídia Brito
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Campanha arrecada cestas básicas para profissionais que trabalham com festas


O setor de eventos é um dos mais atingidos economicamente devido à pandemia. Para auxiliar trabalhadores do segmento, a campanha @abraceeventosthe busca arrecadar cestas básicas em Teresina. 

"Essa pessoas que trabalham com festas e eventos vivem disso, vivem de bico. Tem muita gente passando fome. Estamos aqui pedindo para que possamos arrecadar o máximo de alimentos e ajudá-los. Fome dói. Esse momento é de nos unirmos. Me ajudem a ajudar", pede o decorador Fernando Melo. 

Mais informações podem ser acessadas pelo instagram @abraceeventosthe. A campanha é para ajudar floristas, recepcionistas, motoristas, entre outros profissionais do setor. 

 

Da Redação
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Prefeito de Barras testa positivo para Covid-19; cidade tem mais de 100 casos

 

O prefeito de Barras, Carlos Alberto Lages Monte, 65 anos, divulgou um comunicado nas redes sociais informando que foi infectado pelo novo coronavírus. O município de 47.066 habitantes já tem 106 casos confirmados e dois óbitos. 

No vídeo, Carlos Monte informou que depois que um dos secretários havia testado positivo na semana passada, começou a fazer exames, ficou isolado no fim de semana e nesta quarta-feira(27) confirmou que tinha positivado. Ele disse que já procurou os profissionais de saúde e está se cuidando. 

“Vou ter que me isolar por duas semanas, tenho convicção absoluta que vou sair bem desta”, afirmou o prefeito. 

Ele disse que em relação à Prefeitura de Barras, as atividades não serão prejudicadas e que vai continuar em contato direto com os gestores. 

“Em relação à Prefeitura de Barras não tenho medo, não tenho receio, porque estamos com a equipe preparada para assumir o dia a dia de todos os dados, que estão sendo executados na Prefeitura. Nós vamos ter contato direto a todo momento e que em nenhum momento as ações da Prefeitura serão prejudicadas, por essa minha rápida ausência, mas quero dizer que as atividades continuarão. A secretaria de saúde está em boas mãos, o Eduardo José está fazendo um excelente trabalho e tudo será concluído da melhor forma possível”, destacou Carlos Monte.

Ele pede ainda que as pessoas continuem em isolamento social e que analisem a situação atual e reforça que a situação ainda é preocupante. 

Foto: Yasmim Cunha/Cidadeverde.com

“Espero que todos os senhores avaliem o que está acontecendo, eu que o tanto que pedi para vocês ficassem em casa e não se aglomerassem, eu terminei pegando. Então imagine você que não está fazendo isso, que não está se isolando, que está na rua toda hora, risco que você está correndo. A situação é preocupante para todos que nesse momento de dificuldade eu quero agradecer a todos que começaram a se manifestar com suas orações e seus pedidos e tenho certeza que logo, logo voltarei ao convívio diário às minhas atividades na Prefeitura de Barras”, ressaltou o prefeito. 

Casos em Barras

Barras é o sexto município piauiense em número absoluto de casos confirmados da doença, de acordo com o boletim da Secretaria Estadual da Saúde (Sesapi) divulgado na noite desta quarta-feira(27). A cidade ultrapassou, Água Branca, que ocupava esta colocação, mas apresentou 91 confirmações da Covid. 

São 55 homens e 51 mulheres infectadas, entre 0 e 89 anos. A maioria dos casos se concentra entre 20 e 39 anos, com 48 pessoas infectadas. Tem duas pessoas internadas em leitos clínicos e 86 em isolamento domiciliar. Segundo a prefeitura, 16 pessoas já estariam curadas da doença.

Seis cidades piauienses com maior número de casos confirmados da Covid-19 até a noite desta quarta(27).
 

Cidade

Casos Covid-19

Habitantes*

Teresina

1.982

864.845

Parnaíba

366

153.078

Picos

174

78.222

Esperantina

125

39.737

Campo Maior

116

46.833

Barras

106

47.066

(*) População estimada pelo IBGE em 2019


Caroline Oliveira
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Auxílio emergencial precisará ser devolvido por quem tiver de pagar IR em 2021

Foto: Roberta Aline / Cidadeverde.com

Parte dos beneficiários do auxílio emergencial de R$ 600 poderá ter de devolver os valores ao governo, de acordo com uma regra sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Uma alteração na lei que institui o benefício, feita em 14 de maio, estipula que os beneficiários que receberem neste ano rendimentos tributáveis acima do limite de isenção do IR (imposto de renda) deverão acrescentar nas declarações o valor do auxílio emergencial ao imposto devido. A regra vale para o beneficiário e para seus dependentes.

O beneficiário que se enquadrar na situação "fica obrigado a apresentar a declaração de ajuste anual relativa ao exercício de 2021 e deverá acrescentar ao imposto devido o valor do auxílio recebido", segundo o texto da norma. Se a tabela do IR se manter para o ano que vem, todos os que recebem os R$ 600 e tiveram ao longo de 2020 renda tributável acima de R$ 22.847,76 serão atingidos pela medida. A última alteração da tabela foi feita em 2017.

Para advogados consultados pela reportagem, no entanto, há controvérsia sobre a aplicabilidade da nova regra nos casos de quem teria recebido a primeira parcela do benefício antes de 14 de maio, data em que Bolsonaro sancionou a mudança da lei. "O texto da lei diz que a norma só entra em vigor a partir da data de publicação. Com isso, é possível interpretar que somente o benefício pago depois disso pode compor a base de cálculo do imposto. A primeira parcela paga antes disso seria não tributável", diz Fernando Scaff, professor da Faculdade de Direito da USP.

Nesse caso, o imposto incidiria sobre os dois pagamentos restantes, um total de R$ 1.200. A primeira parcela começou a ser paga pelo governo federal em 9 de abril. O contribuinte que havia solicitado e obtido aprovação do auxílio emergencial antes da mudança da lei pode alegar na Justiça que a norma não deve se aplicar ao seu caso, segundo o tributarista Rodrigo Prado Gonçalves, sócio do escritório Felsberg.

"A mudança da lei vale a partir de 14 de maio. A pessoa pode afirmar que, quando solicitou o benefício, essa regra não existia", diz Gonçalves.

"Em termos práticos, o próprio sistema da Receita vai saber se o contribuinte recebeu o auxílio. Se ele não declarar, provavelmente cairá na malha fina. Se entender que seu caso é o de não se sujeitar à devolução dos valores, precisará entrar na Justiça antes de declarar o IR, ou ao ser cobrado pela Receita", afirma.

Para Thais Françoso, professora do Insper e sócia do escritório FF Advogados, a norma vale para todas as parcelas do auxílio emergencial, inclusive quando a primeira parcela foi paga antes de 14 de maio.

"O entendimento da Receita Federal deverá ser de que o auxílio é um rendimento que deve ser somado aos demais para eventual cálculo do IR. O texto da lei não traz isenção para o rendimento concedido entre 9 de abril e 14 de maio", afirma ela.

A lei que criou o auxílio emergencial já estipulava entre os critérios para requisição do benefício que o solicitante não tivesse recebido rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70 em 2018.

"Pessoas que há dois anos tinham renda, mas hoje estão desamparadas, não podem receber. O texto aprovado no Congresso acabava com esse critério, mas obrigava a devolução do valor se o cidadão terminasse 2020 com renda acima do limite de isenção do IR. O governo vetou parte do texto e manteve a exigência inicial", diz Leonardo Magalhães Avelar, sócio do Cascione.

Segundo Avelar, quem omitir seus rendimentos para evitar ter de devolver os valores recebidos pode incidir em crime contra a ordem tributária que tem pena de até cinco anos de prisão.

Atualmente, 57,3 milhões de pessoas já receberam o auxílio, segundo dados da Caixa Econômica Federal. Até esta quarta-feira (27), já haviam sido feitos pagamentos de R$ 72,7 bilhões aos beneficiários.

Pelas regras atuais, podem solicitar o auxílio à Caixa os desempregados maiores de 18 anos que não recebam benefício previdenciário ou assistencial, seguro-desemprego ou de outro programa de transferência de renda federal que não seja o Bolsa Família.

A renda familiar mensal do solicitante precisa ser de até R$ 522,50 por pessoa ou de até três salários mínimos (R$ 3.135,00) ao todo.


Fonte: Folhapress

Bolsonaro veta aumento para servidores até o fim de 2021

Foto: Alan Santos/PR
 

O presidente Jair Bolsonaro sancionou com vetos a lei de socorro aos estados e municípios. O prazo final era até esta quarta-feira (27). A decisão foi publicada no Diário Oficial desta quinta (28).

Após dar aval a deputados e senadores para manter reajuste mais amplo para servidores, o presidente atendeu a apelo do ministro Paulo Guedes (Economia) e congelou os salários até o fim de 2021.

A suspensão do aumento de vencimentos do funcionalismo de municípios, estados e União era contrapartida exigida por Guedes para ajudar os entes da Federação a enfrentar os efeitos do coronavírus.

O Congresso agora pode manter ou derrubar os vetos de Bolsonaro. Porém, na tramitação do texto, deputados e senadores haviam poupado do congelamento de salários uma gama ampla de servidores.

Entre as categorias beneficiadas estavam civis e militares, como professores, médicos, enfermeiros, profissionais de limpeza urbana, agentes funerários, policiais e as Forças Armadas.

A decisão, segundo projeção da equipe de Guedes, reduziria para R$ 43 bilhões a economia com o congelamento. Inicialmente, eram previstos R$ 130 bilhões.

De acordo com Bolsonaro, na mensagem do veto, o dispositivo aprovado "viola o interesse público por acarretar em alteração da economia potencial estimada".

"A título de exemplo, a manutenção do referido dispositivo retiraria quase dois terços do impacto esperado para a restrição de crescimento da despesa com pessoal", escreveu.

De acordo com ele, o veto foi imposto por orientação de Guedes e do ministro Fernando Azevedo e Silva (Defesa).

Antes de sancionar a lei, o governo acelerou, porém, medidas para beneficiar policiais –base bolsonarista–, a fim de livrá-los das travas ao aumento salarial.

Na terça-feira (26), Bolsonaro publicou uma MP (medida provisória) autorizando reajuste para policiais civis, militares e bombeiros do Distrito Federal. O custo para a União é estimado em R$ 500 milhões.

Ele ainda conseguiu aprovar outra MP que reestruturou a carreira da Polícia Federal. Passada essa articulação para atender a base bolsonarista, municípios e estados terão acesso ao dinheiro.

Prefeitos e governadores tinham pressa em razão da queda de arrecadação provocada pela retração econômica. O distanciamento social tem afetado as atividades.

A versão final do texto foi aprovada pelo Senado em 6 de maio. O pacote de ajuda chega a R$ 125 bilhões durante a crise da Covid-19. O socorro vale por quatro meses.

Municípios e estados receberão R$ 60 bilhões em repasses diretos ao longo do programa. Os recursos impactarão o Orçamento da União. O pacote prevê que R$ 10 bilhões serão destinados diretamente para o enfrentamento ao coronavírus -R$ 7 bilhões a estados e Distrito Federal e R$ 3 bilhões a municípios.

O restante do valor a ser transferido (R$ 50 bilhões) será repartido de duas formas. Serão R$ 30 bilhões distribuídos diretamente a estados e DF e os outros R$ 20 bilhões a municípios.

O rateio será feito segundo a regra de proporção, levando em consideração critérios mistos, como perdas de ICMS (imposto estadual) e de ISS (municipal) e o número de habitantes. Além disso, o plano prevê suspensão de dívidas com a União e bancos públicos. Esse montante chega a quase R$ 50 bilhões.

Um outro veto de Bolsonaro contraria os estados e atende a pedido de Guedes. O projeto aprovado previa que a União não suspenderia repasses do FPE (Fundo de Participação dos Estados) caso pagasse dívidas com bancos internacionais. A equipe econômica defendeu a manutenção da regra, mesmo na pandemia: se um estado deixar de pagar um banco multilateral, como o Banco Mundial, o Tesouro cobre as parcelas, mas, como contrapartida, retém uma parte dos repasses via FPE.

Na quinta-feira (21), quando Bolsonaro se reuniu com chefes dos Executivos estaduais, o governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), pediu que o trecho não fosse vetado. Para os governadores, isso inviabilizaria a suspensão do pagamento das dívidas com organismos multilaterais, que traria um alívio de R$ 10,7 bilhões. Ao vetar, o presidente escreveu que "o dispositivo, ao impedir a União de executar as garantias e contragarantias das dívidas a que se refere, viola o interesse público ao abrir a possibilidade de a República Federativa do Brasil ser considerada inadimplente perante o mercado doméstico e internacional".

De acordo com ele, isso acarreta "consequências que podem culminar no risco de refinanciamento do país e potencial judicialização nos tribunais estrangeiros, deixando o Brasil numa situação em que tecnicamente seria considerado um país em default".
Além disso, ao suspender dívidas dos municípios com a Previdência Social, era permitido que as parcelas não pagas fossem quitadas após o prazo do refinanciamento.

Ao deixar de pagar essas parcelas, os municípios terão um alívio de R$ 5,6 bilhões. No entanto, o presidente também vetou o dispositivo que permitia a extensão do prazo de pagamento. Segundo Bolsonaro, a medida é inconstitucional, "tendo em vista que a moratória concedida aos entes federativos poderia superar o limite" de 60 meses.

O quarto e último veto do Bolsonaro foi feito a pedido da Secretaria-Geral da Presidência e AGU (Advocacia-Geral da União). O dispositivo aprovado pelo Congresso previa a suspensão de todos os concursos públicos federais, estaduais, distritais e municipais já homologados até o fim do estado de calamidade pública -31 de dezembro de 2020.

Segundo Bolsonaro, a medida viola o pacto federativo, "bem como a autonomia de estados, Distrito Federal e municípios".
O pacote de socorro aos estados e municípios aprovado no Senado se tornou um meio-termo entre a versão da Câmara, de abril, e a proposta inicial da equipe econômica.

O time de Guedes chegou a apresentar, em meados de abril, um pacote de socorro de R$ 77,4 bilhões, com R$ 40 bilhões de transferência direta. O plano de auxílio da Câmara, segundo o Tesouro, poderia custar mais de R$ 200 bilhões.

Guedes e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), travaram um embate sobre o tamanho do pacote. No fim, Maia disse que o texto final do Senado era "ótimo".

Para Maia, o socorro aos estados foi uma "grande vitória do Parlamento". "O que nós queríamos e aconteceu era garantir recursos emergenciais para estados e municípios."


Fonte: Folhapress

Ceará e Amazonas têm planos de reabertura

Após redução no número de óbitos por covid-19 em Manaus, o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), afirmou que o comércio reabrirá gradualmente a partir do dia 1º de junho. No interior, que concentra 54% dos casos de coronavírus do Amazonas, a decisão ficará sob critério das prefeituras.

Lima já havia antecipado, no domingo, a retomada do comércio porque, segundo ele, "a vida precisa voltar à normalidade". Mas em coletiva à imprensa na terça-feira esclareceu que a suspensão das medidas restritivas dependeria da curva de casos do novo coronavírus - caso contrário, o Estado retrocederia com a decisão. O decreto que permite apenas serviços essenciais vai até o dia 31 de maio.

"Tem havido número menor de óbitos e isso tem diminuído ao longo dos últimos 15 dias. Temos um aumento de casos, mas um número alto também de recuperados. Temos mais de 23 mil recuperados. A gente consegue enxergar uma luz no fim do túnel. Todas as decisões de reabertura do comércio estão condicionadas à essa curva."

Para o infectologista Marcus Lacerda, o momento pede equilíbrio. "É uma decisão complicada. Acho que deve haver meio-termo. Voltar aos poucos com cuidado e acompanhar de perto. Não podemos juntar dados do Amazonas com Manaus; as mortes na capital caíram Abertura total não pode, nem fechamento total. O comércio de Manaus nunca fechou de fato, apenas uma mínima parcela."

O Amazonas tem 33 mil casos confirmados da doença e 1.891 mortes No auge da crise, Manaus enfrentou dificuldades para atender pacientes no sistema público de saúde - profissionais também se queixaram da falta de equipamentos básicos e muitos acabaram contaminados pelo coronavírus.

Ceará

Foto:GovernodoCeará

O governador do Ceará, Camilo Santana (PT), também afirmou que pretende iniciar a abertura da economia no Estado a partir da próxima segunda-feira. A retomada será feita considerando indicadores de saúde, com orientações aos municípios de acordo com a incidência do coronavírus em cada região. O plano de reabertura deve ser divulgado oficialmente nesta semana e foi elaborado em conjunto com as equipes econômica e de saúde. Como uma das justificativas, o governador citou a tendência de estabilização no número de casos da capital, Fortaleza, a terceira cidade do País a implementar o "lockdown".

A capital cearense ainda encontra dificuldades em se fazer cumprir a determinação. Mais de 2.600 ocorrências por descumprir isolamento social rígido foram registradas até segunda-feira, 25 As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

 


Fonte: Estadão Mídia

Prefeito de Dirceu Arcoverde decreta lockdown por 11 dias no município

Fotos: Reprodução Facebook Prefeitura Municipal de Dirceu Arcoverde

A prefeitura do município de Dirceu Arcoverde, a 570 Km ao Sul de Teresina, decretou lockdown nesta quarta-feira (27) 

O decreto suspende “o atendimento presencial ao público em estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços em funcionamento neste Município”.  A medida vale a partir desta sexta-feira (28) e vai até o dia 07 de Junho de 2020. (Clique aqui e acesse o decreto municipal)

A cidade possui 23 casos confirmados em dez dias e, até o momento, nenhum óbito. Todos os cinco policiais militares do Grupamento da Polícia Militar (GPM)  da cidade testaram positivo para o novo coronavírus. Os PMs fizeram  teste  rápido por meio da secretaria municipal de Saúde após um cabo do grupamento apresentar sintomas da Covid-19, como tosse, e testar positivo para a doença. 

"Nos deparamos com um aumento considerável de casos confirmados para Covid-19. Até o dia 18 de maio, a gente não tinha confirmado nenhum caso. Após o primeiro caso, elaboramos novas estratégias para fazer um rastreamento. Montamos um grupo de equipe da saúde específico. Nesta semana realizamos um levantamento de pessoas com síndromes gripais e chegamos a mais casos confirmados. Todos estão bem, a maioria assintomática. Temos uma idosa que foi o primeiro caso e está em casa se recuperando e outra internada na UPA de São Raimundo Nonato", explica a enfermeira Jeide Galvão, coordenadora de Atenção Básica no município. 

O lockdown veda "a qualquer indivíduo a permanência e o trânsito em vias e praças públicas". Estão liberados apenas deslocamentos "por força de trabalho" para servidores da saúde e trabalhadores de entrega delivery.

O transporte intermunicipal de passageiros também está proibido durante o período do decreto. Apenas circulação intermunicipal de transporte de mercadorias está permitida.

Moradores do município que se ausentarem deverão apresentar comprovante de residência no retorno à cidade, quando solicitado.

A suspensão pelo lockdown decretado vale para estabelecimentos como:

  • Farmácias
  • Supermercados, mercados, feiras, açougue, peixaria, quitandas e outros.
  • Distribuição de gás
  • Padarias
  • Posto de combustível
  • Bares e restaurantes
  • Oficinas mecânicas e borracharias
  • Bancos e lotéricas

A realização de atividades físicas nas vias públicas também está proibida.

Para quem descumprir o decreto, a prefeitura prevê “multas e a adoção de medidas administrativas punitivas inclusive a abertura de processo administrativo para cassação do alvará de funcionamento do estabelecimento”. 

Informações apuradas pelo Cidadeverde.com apontam que o prefeito está em negociação para suspender também os trabalhos em um canteiro de obras para a construção de linhas de transmissão elétrica, que funciona na cidade.

"A gente faz limite com a Bahia e há um entre e sai muito grande de pessoas vindos de lá e também do Piauí. Isso contribuiu muito para que houvesse esse aumento significativo de casos no município",  reitera a enfermeira. 

A reportagem buscou a Associação Piauiense de Municípios (APPM) que informou ainda não ter um levantamento de quantos municípios do estado decretaram lockdown. Um deles foi a cidade de Riacho Frio, no extremo Sul do Piauí.

Valmir Macêdo
[email protected]

Com novo recorde, Piauí ultrapassa 4 mil casos e chega a 138 mortes por Covid-19

Foto: Roberta Aline/Cidadeverde.com

Com recorde de testes positivos em um único dia, o Piauí ultrapassou, nesta quarta-feira (27), a marca de 4 mil casos confirmados do novo coronavírus. Mais quatro mortes foram confirmadas - 148 no total. Os dados constam no boletim da Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi).

Três óbitos foram registrados em Teresina: dois homens, de 69 e 71 anos, e uma mulher, de 54 anos. A capital soma agora 69 vidas perdidas na pandemia. 

A quarta morte foi de uma mulher de 90 anos, do município de Água Branca. Foi o sexto óbito na cidade, atrás somente de Teresina e Parnaíba (7). 

Todas as vítimas tinham alguma comorbidade - doença como hipertensão, problemas cardíacos ou pulmonares, que são fatores de risco para quem contrai o novo coronavírus. 

Três dos quatro óbitos também fazem parte do grupo acima de 60 anos. Os idosos representam 71,74% do total de óbitos no Piauí. Em todo o estado, 758 nessa faixa etária testaram positivo.  

 

Casos confirmados
Foram 277 novos testes positivos, superando os 246 de terça-feira, recorde anterior de casos confirmados em um único dia. O total acumulado é de 4.243. 

Entre os novos casos estão uma criança de 2 anos de idade e um idoso de 89 anos. Testaram positivo 143 homens e 134 mulheres. 

Agora são 147 municípios que tiveram ou têm pessoas infectadas com o novo coronavírus. Nesta quarta-feira, foi confirmado o primeiro caso em Campo Alegre do Fidalgo e em Santana do Piauí. 

Milton Brandão saiu da lista após investigação constatar que a pessoa que testou positivo nasceu no município, mas reside em São Paulo. 

Situação hospitalar
Mais 21 pacientes tiveram alta médica em relação a terça-feira - número em crescimento nos últimos dias. O acumulado desde abril é de 422. 

A liberação de mais pacientes teve reflexo nas internações. O número de leitos ocupados caiu de 498 para 485. 

Essa redução foi sentida nos leitos clínicos, que tiveram ocupação reduzida de 338 para 325 pacientes. 

A ocupação de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) teve crescimento pequeno - um paciente em relação ao dia anterior, 159 no total. 

Apenas um paciente segue em leito de estabilização. Somado aos internados em UTIs, são 160 leitos com respiradores ocupados e 131 disponíveis - esse último número deve aumentar nos próximos dias, após a chegada de novos equipamentos, nesta quarta-feira

 

Fábio Lima
[email protected]

Brasil tem 1.086 novas mortes por coronavírus e total de óbitos passa de 25 mil


O Brasil registrou 1.086 novas mortes por coronavírus e 20.599 novos casos nas últimas 24 horas, segundo dados do Ministério da Saúde divulgados nesta quarta-feira (27).

Com isso, o total de óbitos é de 25.598, e de casos confirmados, 411.821.

Foi o segundo maior número de novos casos em 24 h registrado nos últimos três meses –o maior foi na sexta (22), com 20.803.

O recorde diário de mortes registradas em um dia é da última quinta-feira (21), com 1.188 novos óbitos.

De acordo com a Universidade Johns Hopkins (EUA), o Brasil é o segundo país com mais casos da doença. Em números absolutos, fica atrás apenas dos Estados Unidos, que têm 1,6 milhão de casos.

Foto: MISTER SHADOW/ASI/ESTADÃO CONTEÚDO

 

Em número de mortes, o Brasil é o sexto país mais afetado. Os cinco primeiros países com mais mortes são EUA (100 mil), Reino Unido (37 mil), Itália (33 mil), França (28 mil) e Espanha (27 mil).

Um dos principais modelos utilizados pela Casa Branca para monitorar números sobre o coronavírus atualizou com piora o cenário no Brasil e projeta mais de 125 mil mortes no país até agosto.

No meio de maio, quando o IHME, instituto de métrica da Universidade de Washington, divulgou pela primeira vez dados sobre o Brasil, a previsão era de que 88.305 pessoas morressem por Covid-19 até 4 de agosto no país.

Na segunda (25), porém, após o crescimento vertiginoso de casos e mortes em território brasileiro nas últimas semanas, e o país ter passado a ser o epicentro da pandemia, de acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), o instituto americano também atualizou os números para pior.

Fonte: FOLHAPRESS

 

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