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Diversidade

Lgbtiq+ eleit@s em 2020: vez e voz para fazer a diferença

O cenário político-eleitoral saído das urnas de domingo sinalizam novos  ventos de participação política para segmento  lgbtiq+.  Resultado de longa caminhada de organização, mobilização e luta, a Diversidade Sexual ocupará casas legislativas com 80 candidaturas eleit@s  pelo país.

De acordo com levantamento da Associação Nacional de Travestis e Transexuais/ANTRA,  30 pessoas Trans eleit@s levarão  pautas de cidadania e direitos   para parlamentos municipais.  Entre os nomes eleit@s estão: Duda Salabert (PDT/Belo Horizonte-MG), Erika Hilton (PSOL/São Paulo), Benny Briolly (PSOL/Niterói/RJ), Thammy Miranda (PL/São Paulo/SP) entre outr@s.

Importante a ressaltar na conquista de espaço político-institucional é  pioneirismo histórico  da primeira travesti eleita no Piauí/Brasil  no anos de 1990: Katia Tapety(PI), vereadora, presidenta da Casa Legislativa de Colônia do Piauí e vice-prefeita. Katia é símbolo de ReXistência e  luta incansável por Direitos, respeito e empoderamento.

A Educadora da Universidade Federal do Piauí/UFPI,  Doutoranda em Educação e ativista trans,  Letícia Carolina, destaca a importância de lgbtiq+ ocuparem cargos legislativos para redesenhar velhas práticas da política tradicional tutelada pela cultura patriarcal, heternormativa e subserviente  a grupos fundamentalistas religiosos

 Letícia ressalta ainda a necessidade de construir coalizões entre mulheres, comunidade negra e lgbts como meio de fazer disputa política com mais empoderamento e possibilidades de acessar espaços no Legislativo e Executivo.

Entre os desafios  postos pelas candidaturas LGBTIQ+ confirmadas nas urnas é renovar o modo de fazer política via  mandatos pautados em diálogos horizontais e escuta sensível  com eleitorado para produzir projetos de lei e ações capazes de enfrentar desigualdades, preconceitos e discriminações.

 A renovação também na ação parlamentar ser pautada pela transparência, conduta ética e compromisso para promover processos educativos na mentalidade machista e lgbtfóbica presentes em parlamentos. Ainda realizar  exercício de mandato com  autonomia e senso crítico  para fazer controle social das Administrações do Poder Executivo Municipal.

Por Herbert Medeiros

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