Várias organizações da sociedade civil estão se articulando para evitar que a reforma administrativa do Estado extinga órgãos criados com a finalidade de promover políticas públicas voltadas para grupos excluídos (negros, mulheres, LGBT).
Representantes de entidades como o Grupo Matizes, Liga
Brasileira de Lésbicas, Coisa de Nego estarão nesta 3ª feira (30/11), a partir das 10h, na
Assembleia Legislativa do Piaui. O objetivo é tomar conhecimento da reforma
Administrativa que será entregue amanhã pelo Governador Wilson Martins ao
Presidente da ALEPI.
Na oportunidade, os militantes tentarão conversar com deputad@s, a fim convencê-los da importância de o Estado manter em sua estrutura governamental órgãos voltados para o combate à discriminação e de promoção da igualdade de gênero, raça/etnia e diversidade sexual.
A atividade foi acordada em reunião que ocorreu na última sexta-feira, na qual se fizeram presentes várias entidades do movimento LGBT e movimento negro.
Carmen Ribeiro, Coordenadora do Grupo Matizes, explica que a
movimentação das entidades ocorre porque as informações veiculadas na mídia dão
conta que a reforma administrativa extinguirá órgãos, cujo papel é articular
políticas públicas para segmentos excluídos.
"Nós do Matizes temos muitas críticas aos órgãos hoje existentes. Um manifesto lançado por nós na 6ª feira denuncia, inclusive, o sucateamento desses órgãos, mas entendemos que o correto é dotá-los de eficiência - e não extingui-los - como parece pretender o Governador", afirma a coordenadora.
Além da visita à Assembleia, as entidades devem realizar outras ações em defesa da institucionalização das políticas públicas voltadas para o combate à discriminação. Na próxima quarta-feira já está agendada uma reunião para discutir estratégias de ação.