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Pesquisa da Universidade de Cambridge: Casais homossexuais são tão bons pais quanto os casais heterossexuais

Os temores de que as crianças adotadas por casais homossexuais tivessem algum tipo prejuízo, por conta da orientação sexual dos pais, são completamente infundados. Pelo menos é o que concluiu um estudo sobre crianças adotadas por famílias não tradicionais feito pelo Centro de Pesquisa da Família da Universidade de Cambridge.


Os resultados do estudo serão publicados pela "British Association of Adoption and Fostering tomorrow". Os pesquisadores descobriram que os pais homossexuais são tão bons em lidar com as demandas da paternidade, quanto os casais heterossexuais. As crianças não sofrem qualquer desvantagem, e a grande maioria não é intimidada na escola. Mas o relatório adverte: "O bullying é um problema maior nas escolas secundárias do que nas escolas primárias, assim, um acompanhamento irá revelar como as coisas estarão no futuro."


A experiência contou com a participação de 130 famílias adotivas formadas por gays, lésbicas e heterossexuais na Grã-Bretanha, além de crianças entre quatro a oito anos de idade, que foram examinadas com foco na qualidade das relações familiares e em como os pais lidam e se ajustam a essas crianças. O estudo conclui que "não há evidências" para validar as especulações de que as tendências infantis masculinas ou femininas sejam afetadas pela sexualidade dos pais, sejam eles gays, lésbicas ou heterossexuais. A vida familiar e a qualidade das relações são muito semelhantes para as crianças, independentemente da orientação sexual de seus pais, diz o estudo.


A professora Susan Golombok, diretora do Centro da Universidade de Cambridge e co-autora do relatório, disse: "O que eu não gosto, é quando as pessoas fazem suposições de que um certo tipo de família, com pais homossexuais, irá ser ruim para as crianças. As preocupações sobre os efeitos, potencialmente negativos, sobre as crianças que são adotadas por pais gays parecem ser, de acordo com nosso estudo, improcedentes."


Os homens homossexuais são menos propensos a terem problemas de relacionamento, depressão, ansiedade e estresse quando lidam com a paternidade. Um dos motivos citados é o de que casais do mesmo sexo têm a adoção como primeira opção, independente de serem ou não inférteis. Além disso, "pais gays, em particular, são extremamente comprometidos com a paternidade".


O ex-apresentador de TV Phil Reay-Smith, que tem um filho adotivo, disse: "Eu não estou surpreso com o fato de que casais gays sejam tão bons adotantes como os casais héteros, basta eu olhar para minha própria família. Sou eu, meu marido, Michael, e nosso filho, Scott, que tem seis anos, e nós temos uma vida familiar muito comum. Nós ainda não tivemos quaisquer problemas no colégio. Minha principal preocupação é, talvez, o que acontecerá na escola secundária, mas a minha opinião é que, se nós o educarmos para que ele tenha confiança em si mesmo e sobre a sua situação familiar, ele vai ser capaz de lidar com qualquer coisa que surgir."


A questão de crianças que são criadas por pais do mesmo sexo divide opiniões. O Secretário de Estado do País de Gales, David Jones, foi condenado no mês passado, depois de afirmar que casais gays "claramente" não poderiam proporcionar um "ambiente acolhedor e seguro para a educação das crianças". Agora David se diz favorável a adoção por casais do mesmo sexo.


O conselheiro do governo britânico sobre adoção, Martin Narey, disse que mais lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros devem tomar a iniciativa. "Eu vi como as pessoas LGBT's, que tendem a optar pela adoção como sua primeira opção para se tornarem pais, trazem determinação e entusiasmo com eles". Para Martin: "É necessário que haja muito mais adotantes homossexuais. Eles precisam ser encorajados a tomar essa iniciativa."


Fonte: Nossos Tons

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