Lady Gaga divulgou, nesta segunda-feira,7 de outubro, a capa de seu novo álbum, “ARTPOP” – que chegará às lojas no dia 11 de novembro. Antes de postar a imagem, a diva disse: “Estou nervosa e empolgada para compartilhar algo que é um pedaço do meu coração. Algo que é profundamente importante. Uma verdadeira representação da minha mente”.
O centro da imagem é uma estátua real (que mais parece uma boneca estilo Barbie) da cantora e foi criada pelo artista plástico Jeff Koons – artista norte-americano que já esteve com obras expostas na Bienal de São Paulo (especificamente uma edição especial do evento, intitulado “Em Nome dos Artistas”, que dedicava a reunir obras norte-americanas, em 2011). Ao fundo ainda há pedaços da obra “O Nascimento de Vênus”, do artista renascentista Sandro Botticelli.
A primeira impressão que
muita gente pode ter ao se deparar com a capa da imagem é se perguntar: o que
ela quer com isso? Para quem gosta de arte, vale pontuar outra questão: qual é
a relação de um artista contemporâneo que trouxe ao Brasil a imagem do
personagem de desenho animado PiuPiu como status de arte e com uma de artista
que trabalhou para o Vaticano ao produzir os afrescos da Capela Sistina?
Se lembramos da origem da
pop art, temos simplesmente os artistas norte-americanos Andy Warhol com suas
latas de sopa Campbell e Roy Fox Lichtenstein com seus quadrinhos questionando
a massificação da cultura popular.
O fato é que a Lady Gaga não
quer questionar a art pop, até porque ela faz parte dela há muito tempo, aliás,
ela sobrevive disso (ou, pelo menos, da tentativa de fazer algo que se enquadra
como “art pop”). Mostrar que ela conhece arte e está antenada com o mercado?!
Isso ela também já demonstrou, principalmente quando ela participou de uma arte
performática com Marina Abramovic.
O pode-se crer realmente é a
capacidade da artista em talvez querer passar para os seus alucinados fãs que
eles merecem conhecer um pouco mais de importantes períodos da história da arte
(se for isso mesmo, um ponto para mother monster). Até porque, como o quadro de
Botticelli, a deusa clássica Vênus emerge da água em uma concha, adulta e
mulher, para manter uma paixão espiritual, uma conexão. Conexão essa que deixa
os fãs da cantora literalmente fora de si.
Fonte: Mix Brasil