Movimento lgbts, amigos(as) e parentes de Makelly Castro, travesti assassinada brutalmente na sexta-feira, realizarão ato público pelo fim da impunidade envolvendo violência homofóbica, lesbofóbica e transfóbica. Com o hastag #somostodasmakellycastro, os manisfestantes promoverão a ação nesta segunda-feira (21/07),às 9h, na praça Saraiva, em frente à Delegacia Geral.
Em 2014 já foram registrados 44 casos de violações de direitos da população LGBT em Teresina, segundo registros da Delegacia de Combate às Práticas Discriminatórias. O mapa da violência homo-transfóbicos de 2013, produzido pelo Grupo Gay da Bahia (GGB), revelou 312 assassinatos de lgbts no país, sendo o Nordeste uma das regiões mais violentas do Brasil (43% das mortes do período).
Ainda de acordo com o levantamento de 2013, a violência contra lgbts no Piauí também é preocupante: 10 assassinatos em todo Estado. O descaso do poder público na esfera municipal e estadual é um dos principais fatores que agravam essa situação. Sem ações concretas e continuas na área de educação, cultura, segurança, saúde, trabalho e renda para o enfrentamento da homofobia, lesbofobia e transfobia, o Piauí continuará sendo um lugar perigoso para lgbts viverem.
Por Herbert Medeiros