Em 2015, o Matizes se movimentou juntamente com outros movimento sociais em prol dos Direitos Humanos dos LGBTs e de outras pessoas marginalizadas. Lacrou geral. Com humor, criatividade e energia impulsionadora para sacudir a mesmice das ‘verdades’ prontas, o grupo ocupou praças, avenidas, ruas, universidades, faculdades e demais espaços da cidade para irradiar mais respeito e justiça para tod@s. Um colar de beijgos para o preconceito e a discriminação.
E o burburinho já começou em janeiro quando teve início o processo de escolha para eleger nova mesa diretora da Assembleia Legislativa. Matizes e outras organizações da sociedade civil se mobilizaram e lançaram carta aberta à sociedade piauiense destacando a importância de se ter uma casa legislativa comprometida com princípios da transparência e maior participação social.
A ação dos movimentos sociais por um legislativo mais democrático quiseram ressaltar que o parlamento não pode ser regido somente pela ‘a força da grana que ergue e destrói coisas belas’. Neste sentido, as entidades sugeriram medidas para um legislativo mais eficiente e democrático: otimizar recursos públicos e favorecer transparência nas despesas com pessoal, custeio e aquisição de bens e serviços; garantir participação social nas proposições de leis; promover concurso público para preencher cargos da instituição; democratizar as formas de participação e produção de conteúdos da Rádio e TV Assembleia; Democratizar a escola legislativa com cursos mais acessíveis para pessoas de baixa renda.
Babado fortíssimo também foi a participação do Matizes, em março, no Seminário Estadual de Direitos Humanos promovido pela Caritas/PI. Durante o evento, foram debatidos temas como Educação em Direitos Humanos, Infância, Adolescência e DH, população lgbt e DH, Gênero e Violência contra Mulher, Diversidade Religiosa e DH. A ação da Caritas foi um arraaaaaaaso!
E o Matizes, mais uma vez, razô na sua atuação junto ao poder público. Com a cara e a coragem que lhe é próprio, o grupo se jogou para pautar, em março, propostas para o poder público. Através de documento encaminhado à Secretaria de Justiça, o grupo solicitou: observância de parâmetros de acolhimento de LGBT em privação de liberdade; construção de espaços ecumênicos para prática religiosa no sistema prisional; criação de berçários e creches nas dependências da unidades prisionais femininas.
E quem não se comunica se trumbica, como lembra o velho guerreiro. Então, as matizianas ecoaram pela cidade o 1º Encontro Teresinense de Lésbicas e Bissexuais com o tema ‘’Família: novos arranjos”. Entre as temáticas do evento estavam: homoafetividade e família; Educação para Diversidade e Interações femininas no Espaço Urbano Teresinense. Sem vez e voz não se constrói um mundo de múltiplos desejos e afetos.
Em maio de 2015 a ferveção foi na praça João Luiz Ferreira para lembrar o Dia Mundial de luta contra a LGBTfobia. Arte, cultura e criatividade deram o tom para protestar contra os descasos do poder público em relação aos lgbts. A atividade também reforçou a necessidade de estar na rua dialogando com a sociedade para superar discursos racistas, sexistas e homolesbotransfóbicos.
O Matizes pautou também, em junho, ações em favor da população LGBT. O grupo entregou ao governo estadual documento sugerindo: Criação de Estrutura para cuidar dos Direitos Humanos no Estado; Efetivação do Conselho Estadual da população LGBT; Implentação do Plano Estadual LGBT com orçamento especificado; Fortalecimento e ampliação do Centro de Referência LGBT Raimundo Pereira.
O mês de julho foi babado. O grupo fez a interlocução com a governadora do PI e lançou proposições em favor dos Direitos Humanos. Entre as propostas estavam: transformar o Núcleo Policial Investigativo do Crime de Feminicídio em Delegacia Especializada; Criar a Secretaria da Igualdade de Gênero; Agilizar a construção da Casa da Mulher Brasileira; Fortalecer o Conselho Estadual dos Direitos da Mulher.
Em agosto, o arco-iris banhou a cidade de Teresina com a 11ª Semana do Orgulho de Ser e 14ª Parada da Diversidade. Uma fechação geral: performances, shows, solenidade de casamento, cinema, lançamento de livros, debates, oficinas. A participação de Vanessa da Mata no Show da Diversidade foi um luuuuuuuuuuuuxo só!
E como “a gente quer a vida como a vida quer”, o Matizes dialogou com o mundo acadêmico para refletir sobre a promoção do respeito aos direitos homoafetivos. Em novembro a entidade participou da Semana Cientifica da FACID. Debateu também sobre homolesbrotransfobia com estudantes de Direito da Faculdade Camilo Filho.
Importante ação ocorreu em dezembro através de parceria com NUPEC(UFPI). O evento tinha como tema: Gênero e Diversidade: um debate necessário. A atividade era comemoração ao Dia Internacional dos Direitos Humanos.
E em 2016, Prepara, Que agora é a hora do Show das Empoderad@s.
Por Herbert Medeiros