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Embriaga-te - Baudelaeire

É preciso te embriagares sem trégua.

Mas de quê? De vinho, de poesia ou de virtude?

A teu gosto, mas embriaga-te.

 

E se alguma vez sobre os degraus de um palácio,

sobre a verde relva de uma vala,

na sombria solidão de teu quarto,

tu te encontrares com a embriaguez já minorada ou finda,

peça ao vento, à vaga, à estrela, ao pássaro, ao relógio,

a tudo aquilo que gira, a tudo aquilo que voa,

a tudo aquilo que canta, a tudo aquilo que fala, a tudo aquilo que geme.

 

Pergunte que horas são. E o vento, a vaga, a estrela, o pássaro,

o relógio, te responderão.

É hora de se embriagar!!!

 

Para não ser como os escravos martirizados pelo tempo, embriaga-te.

Embriaga-te sem cessar.

De vinho, de poesia ou de virtude.

A teu gosto.

 

Baudelaire(1821-1867), poeta francês.

 

 

 

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