A sabedoria dos versos da canção da cantora Negra Li é um chamamento de resistência e esperança para juventude: 'Ei mundo jovem/o futuro é de vocês/Ei mundo Jovem/Vocês sabem vivem/Ei mundo Jovem/o mundo é de vocês/Ei mundo jovem/Livre pra viver'. E a força dessa mensagem para construir outros mundos possíveis está presente na Dissertação de Mestrado de Samara Layse da Rocha Costa*, mestranda em educação da UFPI.
A defesa da dissertação acontecerá dia 20/02, às 15h, na sala do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGED). O tema será “Com quantos retalhos se faz um estandarte do ser jovem em meio a heteronormatividade? Experiências em uma escola pública de Teresina”. O estudo tem orientação da Profª Drª Shara Jane Holanda Costa Adad. O profº. Dr. PhD Francis Musa Boakari também integra banca examinadora interna.
O trabalho de pesquisa tem entre outros objetivos: perceber como jovens pensam/sentem a juventude em meio à heteronormatividade; compreender como jovens identificam os problemas vivenciados no contexto de uma cultura hterenormativa; identificar as estratégias que os jovens utilizam no espaço escolar para fazer frente a heteronormatividade hegemônica.
A mestranda adotou como abordagem metodológica oficinas com vivências Sociopoéticas. Os estudos sociopoéticos são uma filosofia e prática que partem dos princípios norteadores: o corpo é fonte de conhecimento; o valor das culturas dominadas como fonte de resistência e de produção de conceitos a partir de suas vivênciasa criatividade e o fazer artístico no pensar, pesquisar e conhecer.
A sociopoética também norteia-se pelo protagonismo do sujeitos pesquisados como co-responsáveis pelos conhecimentos produzidos bem como pelo reconhecimento da ética, da estética, da poética e da arte como métodos e processo de conhecimento.
* Samara Layse da Rocha Costa
A educadora integra o Núcleo de Estudos e Pesquisas em "Gênero, Educação e Cidadania" (NEPEGECI) e do Observatório das Juventudes e Violências nas Escolas (OBJUVE).
Por Herbert Medeiros