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Átila Lira anuncia corte de ponto e demissão: "greve virou política"

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O secretário estadual de Educação, Átila Lira, em entrevista ao Jornal do Piauí desta quinta-feira (10), afirmou que o Governo do Estado não irá mais negociar com professores e está disposto a tomar medidas administrativas entre as quais corte do ponto e até mesmo demissão por abandono de emprego. Professores substitutos já devem ser chamados para as salas de aula a partir desta sexta-feira (11). 


Lira afirma que a maior parte das escolas do interior está funcionando normalmente, entretanto na capital, das 159 unidades, apenas 60 possuem aulas normais, o que prejudica um grande percentual dos 80 mil alunos da capital. Segundo o secretário, a paralisação já comprometeu a avaliação do Enem e está prejudicando o vestibular. 

“O governo já está aplicando a lei do piso e ampliou o reajuste que será pago até outubro. Recebemos o sindicato no sábado (5), inclusive com membros do sindicato nacional, e eles haviam aceitado a proposta. Nos disseram que iriam fazer a assembleia e encerrariam a greve, mas decidiram continuar”, descreve. 

O secretário reitera que todo o esforço já foi feito por parte do Palácio de Karnak. “O governo já atendeu a todos, chegou ao limite da lei de responsabilidade fiscal e agora o sindicato quer manter a paralisação política. O Governo do Estado não pode mais continuar essa conversa. Vamos cortar o ponto. Não vamos aceitar a escola não continuar (a ter aulas) e vamos abrir processo administrativo pelo abandono de emprego para quem não comparecer. Não adianta continuarmos com uma negociação que não avança", pontua. 

Segundo Átila Lira, nesta sexta-feira (11) acontece o primeiro chamamento de substitutos para que não comparecerem às escolas.  Cada unidade será responsável pela elaboração de um calendário próprio. 

A respeito da afirmação do sindicato de que o governo teria conseguido mais verba junto ao MEC para pagar o reajuste pedido. O secretário é enfático: “isso é ficção, conversa fiada” e aproveita para rebater argumentos dos grevistas. “Não foi tratado nada sobre o pagamento retroativo. O MEC disse que não tem dinheiro para salário. O ministro se propôs a ajudar na despesa de transporte, manutenção, custeio do dia-a-dia. Não existe dinheiro novo do ministério, o aumento será concedido todo com recursos do estado. O fundo da educação dado pela União representa apenas 20% da verba. Queremos que os professores entendam que o aumento foi concedido no limite e a complementação foi negociada. Relativamente, é um aumento melhor que do que outros estados estão concedendo. Ficamos surpreendidos que o sindicato continue tentando uma luta justa por meio de uma argumentação política”, finaliza”. 


Carlos Lustosa Filho
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