"Gás carbônico foi o responsável pela asfixia que matou dois amigos dentro de um poço em Nazária", (20 km de Teresina). A afirmação foi do superintendente da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais, Francisco Lages, durante entrevista ao Jornal do Piauí desta quarta-feira (16).

Desta forma Francisco descarta qualquer possibilidade de que a tragédia tenha sido provocada pela inalação de gás metano, como supôs o Corpo de Bombeiros e o Crea.

"É impossível que eles tenham inalado metano, pois ele só é encontrado em grandes profundidades. Eles teriam que ter cavado no mínimo 1000 metros até possivelmente encontra-lo", acrescentou o superintendente.

Para ele o primeiro homem que estava no poço de apenas 1m de largura e 8m de profundidade, teria respirado todo o oxigênio que circulava no local. Ao inspirar oxigênio o ser humano libera gás carbônico (dióxido de carbono) que teria provocado náuseas na vítima. Mesmo gás que asfixiou o amigo que foi resgata-lo.

"Ele provavelmente rejeitou os primeiros sintomas da falta de oxigênio e continuou no local, quando estava tudo repleto de gás carbônico ele morreu rápido, pois ao inalar o dióxido o resultado é a asfixia intensa", concluiu o superintendente.