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Infertilidade masculina não é empecilho para paternidade

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Atualmente, o número de homens que sonham em construir uma família e buscam participar ativamente do processo da paternidade tem aumentado cada vez mais. A vinda de uma criança ao mundo, para o homem que deseja ser papai, é sinônimo de família e alegria. Contudo, a paternidade muitas vezes é dificultada por algumas circunstâncias biológicas. A infertilidade é mais comum no universo masculino do que se imagina. No entanto, é preciso deixar os preconceitos de lado e buscar ajuda de um especialista para realizar o sonho de construir uma família.

Por meio dos avanços na medicina reprodutiva, os homens podem realizar um diagnóstico precoce para saber as causas e buscar os tratamentos necessários. O especialista em reprodução humana, André Luiz da Costa, explica que a principal causa da infertilidade está relacionada com a produção anormal de espermatozóides, por varicocele, por má função testicular, além de outros problemas obstrutivos. Podendo ser tratada através de métodos como a inseminação artificial, a fertilização in vitro ou Injeção Intracitoplasmática de Esperma (ICSI) e o beneficiamento de sêmen.

Por meio do Teste de Estrutura da Cromatina Espermática (TECE), em uma amostra de sêmen, os espermatozoides saudáveis são separado daqueles com defeito genético e  identificados de forma precisa. “O TECE é um método bem estabelecido para avaliar a fragmentação de DNA, pois mostra que a presença de altos níveis de fragmentação tem estreita relação com o insucesso gestacional”, destaca o médico.

Ainda segundo o especialista, os dois métodos mais comuns no tratamento de fertilização são a inseminação artificial, que é a colocação do sêmen dentro do útero da mulher, durante o seu período fértil. Já o outro método é a fertilização in vitro, conhecida como bebê de proveta, no qual o médico coloca o sêmen em contato com o óvulo dentro de um tubo de vidro, no laboratório, sendo aí realizada a fecundação. “Na técnica de inseminação artificial a mulher não pode ter ligadura de trompas nem problemas com a produção de óvulos, pois estes devem estar possibilitados a chegar até o útero e a se encontrarem com os espermatozoides”, enfatiza André Luiz.

Apesar de ser considerada a técnica mais complicada, a ICSI é realizada nos casos graves como esperma excessivamente pobre em espermatozóides. Neste tratamento, o médico insere o espermatozoide dentro do óvulo, utilizando um microscópio. Estes espermatozoides podem ser obtidos por aspiração do local no testículo no qual os espermas ficam armazenados, ou até mesmo por uma biópsia do testículo. Após a fecundação, o óvulo é recolocado dentro do útero, como na fertilização in vitro. É devido a esta última técnica que o homem só é realmente estéril quando há ausência total de espermatozoides no sêmen.

 “O ICSI multiplica em mais de 7 mil vezes o espermatozóide, podendo dessa forma identificar alterações internas e assim, escolher o melhor espermatozóide para fertilização. A capacitação dos espermatozoides, a escolha dos mais viáveis, ou então, buscar diretamente na fonte, são alguns dos procedimentos utilizados para se definir a estratégia terapêutica”, explica o especialista.


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