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Empresa investirá R$ 1,5 bilhão no Piauí para produzir cacau e tomate

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O Piauí deve receber cerca de R$ 1,5 bilhão em investimentos ligados ao agronegócio e bioenergia. A verba será investida pela empresa Terracal Alimentos e Bioenergia em um polo agroindustrial que está surgindo na região de Guadalupe e Marcos Parente onde serão produzidos cana-de-açúcar, tomate e cacau que devem ser processados localmente gerando etanol, açúcar, pasta de tomate e amêndoas de cacau, além de energia elétrica.

Kalberto Rodrigues/PK

 Segundo a empresa, o complexo agroindustrial foi projetado para funcionar como um modelo de gestão em terras semiáridas com a concepção de um empreendimento integrado, agregando valor aos produtos dos componentes agrícolas, através da sua transformação em produtos industrializados.
 
“Nosso empreendimento é resultado de um processo abrangente e demorado de estudos e planejamento, que destaca-se não somente pelos aspectos técnicos e econômicos mas, também, no que diz respeito à sustentabilidade ambiental e socioeconômica”, afirma Ricardo Moura Jr., presidente da Terracal.

 Para o Governador do Estado do Piauí, Wilson Martins, o empreendimento, pela sua escala,  pelo número e qualidade de empregos a serem gerados e pela utilização das mais modernas tecnologias agrícolas e industriais, é considerado como estratégico para o desenvolvimento industrial e econômico do Estado do Piauí e, portanto, de relevante interesse social para o Estado.


 “Esse é um empreendimento do formato que nos buscamos: produzindo e industrializando no Piauí. Assim, agrega-se valor, gera-se emprego e renda”, declarou Martins.

A estimativa é que o complexo agro-industrial gere 3.596 empregos diretos ao longo de sua implantação e mais 3.488 empregos diretos quando da fase de operação.

O empreendimento engloba três “projetos” com componentes agrícolas e  industriais:
- Plantio de 27.360 ha com cana-de-açúcar e uma usina industrial com capacidade de moagem de 3.400.000 t/ano de cana para produção de etanol e açúcar e com capacidade de geração de 120 MW médios de energia (“Projeto Cana”);

- Plantio de 4.770 ha com tomate e uma planta industrial com capacidade de processamento de 5.000 t/dia de tomate “in natura” para produção de pasta (polpa concentrada) de tomate (“Projeto Tomate”);

- Plantio de 3.000 ha com cacau e linhas industriais para o beneficiamento de até 10.500 t/ano de amêndoas de cacau (“Projeto Cacau”).

Tempo
A previsão é que a Terracal inicie o programa de seleção de variedades para as culturas ainda este ano, com o plantio das primeiras áreas de viveiros para os canaviais devendo ocorrer a partir dos meados de 2013. O início da implantação dos componentes industriais está previsto para o segundo semestre de 2014 e a expectativa da empresa é que o complexo esteja em plena operação em 2017.


Carlos Lustosa Filho
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