Em 10 anos, o Piauí conseguiu reduzir em 22% o percentual de jovens envolvidos com o trabalho infantil. A informação é da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD/2011) divulgada nesta sexta-feira (21).

O estudo é realizado anualmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e, no caso específico do Piauí, compara dados coletados no ano de 2001 com os números apurados em 2011.

Na década passada, o Estado havia registrado 145 mil pessoas, com idade entre 2 a 12 anos de idade, em situação de trabalho, remunerado ou não. Em 2011, respeitando a mesma faixa etária, foram apurados 119 mil pessoas na mesma situação.

O resultado piauiense se destaca visto que, em nível de Brasil, foi apurado redução de 14% com relação ao número de crianças e jovens em situação de trabalho. A maioria dos trabalhadores era de indivíduos do sexo masculino.

Em 2011, havia no país cerca de 3,7 milhões de trabalhadores de 5 a 17 anos de idade. Em dois anos houve redução de 597 mil nessa faixa, o que representa queda de 14,0%. O nível da ocupação de jovens de 5 a 17 anos de idade também caiu de 9,8% em 2009 para 8,6% em 2011 em todo o país. 

O rendimento mensal domiciliar per capita real dos trabalhadores de 5 a 17 anos de idade foi de R$ 452,00, enquanto o dos que não trabalhavam foi de R$ 490,00. Em média, o contingente de pessoas trabalhava, habitualmente, 27,4 horas por semana.

Aproximadamente 74,4%, nessa faixa, estavam alocadas em trabalho sem contrapartida de remuneração (não remunerados e trabalhadores para o próprio consumo ou na construção para o próprio uso).