A obstinação de uma mulher acabou reunindo mãe e filha que não se viam há 25 anos. Antônia Maria Campelo Sousa, 60 anos, veio de Brasília ao Piauí especialmente para encontrar a filha de sua irmã Maria de Fátima Campelo dos Santos, que estava desaparecida desde 1987. Laura dos Santos Campelo quando tinha nove anos foi morar com os tios em Luzilândia e depois desapareceu. 

Desde então a família não tinha mais contato com a garota e que agora cresceu e tem uma filha de 15 anos. “Minha irmã sofria muito com essa história. Eu comecei procurando pela minha sobrinha no cartório eleitoral porque sabia se ela estivesse viva, ela teria votado. Descobri que o local de votação era uma escola no Dirceu e pedi que o juiz me fornecesse o endereço, ele me negou e me tratou mal, mas apontei para cima e disse que Deus ia me ajudar”, relata Antonia Maria. 

Em seguida, entrou em contato com o Cidadeverde.com, depois de abordar o carro da reportagem na rua e conversar com a jornalista Yala Sena que fez a matéria. Após a publicação da reportagem, um policial da Receita Federal, que se identificou como Marcos disse ter encontrado o endereço de Laura. 

A reportagem repassou o endereço para a tia que encontrou a sobrinha e marcou o reencontro entre mãe e filha que aconteceu nesta sexta-feira(28). 

O portal Cidadeverde.com e a TV Cidade Verde acompanharam o reencontro emocionante de ambas. Maria de Fátima era lavradora, quebradeira de coco e disse que entregou a filha para o irmão criá-la em Luzilândia e pois lá acreditava que a menina iria ter mais oportunidade de educação. 

“Depois que ela se mudou, nós perdemos completamente o contato e esse tempo todo eu fiquei com esta angústia no peito”, declarou Maria de Fátima.

No momento do reencontro foi marcado por lágrimas, fortes abraços e beijos. Laura Campelo disse que sempre sonhou em reencontrar sua mãe, mas não sabia como. “Eu tinha muita saudade, ficava o tempo todo com aquela angústia no peito e sem saber por onde começar”, afirmou. 

Maria de Fátima trouxe consigo a sua filha, Laurícia Campelo, para conhecer a irmã e Laura apresentou sua filha Priscila de 15 anos às duas. Com a família reunida, Antônia Maria está com sentimento de dever cumprido. “Eu mostrei para aquele juiz que sou mais eu. Agora posso morrer feliz, porque trouxe alegria para minha irmã e para minha sobrinha", destacou.