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Zinho diz que saiu do Flamengo "por não ter a palavra final"

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Um dia após Patricia Amorim se despedir como presidente do Flamengo e entregar o bastão a Eduardo Bandeira de Mello, foi a vez de Zinho comunicar oficialmente a sua saída do Rubro-Negro. 


O agora ex-diretor executivo do clube da Gávea concedeu uma entrevista coletiva nesta sexta-feira, no Ninho do Urubu, em Vargem Grande, e revelou que não continuará no clube por não poder exercer o mesmo poder que tinha na gestão de Patricia, agora sob o comando de Bandeira. Segundo o ex-dirigente, o profissionalismo falou mais alto do que a paixão pelo Rubro-Negro.

- Eu preferi não permanecer no cargo, pois eu não teria a caneta para assinar, não teria a última palavra. Não iria continuar exercendo a função que exerci neste ano. Para eu continuar, seria necessário ter o mesmo cargo e, no mínimo, a mesma remuneração (o salário de Zinho era de R$ 100 mil). A parte financeira não era o principal, mas posso dizer que o meu profissionalismo falou mais alto do que o meu amor pelo Flamengo. Vai demorar para essa nova diretoria obter sucesso e eu não quero pagar a conta do início - comentou.

Na gestão de Eduardo Bandeira de Mello, Paulo Pelaipe irá exercer a função de Zinho, que teria de aceitar redução salarial para continuar na Gávea, como gerente de futebol. De acordo com o ex-diretor, a chegada de Pelaipe realmente o enfraqueceu no clube.

- Brinquei com o Paulo Pelaipe, dizendo que ele me derrubou, e isso realmente aconteceu. A chegada dele me enfraqueceu bastante, pois eu não teria mais poder de decisão dentro do clube. Mas, apesar de qualquer fato, a verdade é que eu tenho uma boa relação com o Pelaipe, trabalhamos juntos no Grêmio - disse Zinho, que aproveitou para dizer que poderá assumir o cargo de diretor executivo de futebol em qualquer outro clube:

- Meu nome está no mercado. Sei que fiz um bom trabalho e mostrei minha competência a todos. Vou fazer cursos, pois gostei dessa função. Posso trabalhar em qualquer outro clube, estou saindo com a cabeça erguida. 

Tenho reconhecimento na rua, sempre fui verdadeiro e saio sem nenhuma mancha no meu trabalho. Gostaria de permanecer, mas só se tivesse o mesmo poder que tive nesse ano. Seria até melhor continuar, já que iniciaria do zero, desde o início de uma temporada. Quem sabe no futuro eu volte ao Flamengo.

Após sete meses à frente do futebol rubro-negro, Zinho revelou também que o Flamengo convive diariamente com um turbilhão político. Segundo o ex-dirigente, a própria cúpula de futebol do clube não se entendia, o que atrapalhou bastante o crescimento do Flamengo.

- Eu não entro em questão política do clube, isso é um turbilhão. Não dou nome aos bois, a própria cúpula de futebol do Flamengo não se entendia, essas guerras internas atrapalham o crescimento do clube, Não aponto vilão algum - disparou.


Fonte: Lancenet
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