A delegada da Mulher Vilma Alves afirmou que um dos acusados de tráfico de drogas presos na tarde de ontem (27) é o autor dos disparos contra a ex-esposa, em uma loja da avenida Kennedy, zona Leste de Teresina. Carlos Eduardo Gomes Rodrigues, 28 anos, atirou seis vezes contra Tânia Ravena Oliveira Porto, no início do mês de novembro e desde então estava foragido.

Segundo a delegada, o acusado confessou o crime durante depoimento na manhã desta sexta-feira (28). "Ele contou que depois que atirou na ex-esposa fugiu para Goiás e recentemente voltou para Teresina, onde se escondia na casa de amigos. Ele disse que cometeu o crime porque não queria mais morar com a vítima, mas era ela quem não queria mais estar com ele", contou Vilma, ao Cidadeverde.com.

Carlos Eduardo foi preso ontem em operação da Polícia Militar no bairro Lourival Parente, zona Sul de Teresina. A PM estourou uma boca de fumo e apreendeu drogas, joias, dinheiro, celulares, televisores de plasma e duas motos, uma comprada por R$ 12.900. A delegada da Mulher foi acionada após a polícia checar os dados dos presos. 

Em 5 de novembro deste ano, Carlos Eduardo foi ao local de trabalho da ex-esposa e atirou seis vezes contra ela. Dois dos tiros a atingiram: um no pé e outro no joelho. Tânia Ravena foi socorrida e levada para o Hospital de Urgências de Teresina (HUT). De acordo com Vilma Alves, que preside o inquérito, a vítima se defendeu dos demais tiros com uma cadeira. 

O casal estava separado há apenas dez dias, mas a vítima recebia constantes mensagens via celular com ameaças de morte contra ela e os dois filhos.

"Ela não morreu por milagre. Ela tem tanto medo dele que desde que teve alta no HUT estava escondida. Fechamos nosso ano com chave de ouro porque cumprimos todos os mandados de prisão que pretendíamos cumprir", avaliou a delegada.

Carlos Eduardo foi transferido para a Casa de Custódia e responderá pelos crimes de tráfico de entorpecentes, porte ilegal de arma de fogo e tentativa de homicídio. O mandado de prisão foi expedido em 9 de novembro pelo juiz Antônio Nollêto, do Tribunal Popular do Juri.