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Comandante garante que PM não sabia do assalto e apura falhas

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O comandante da Polícia Militar, Gerardo Rebelo, afirmou hoje (09) que o serviço de inteligência da corporação não sabia previamente do assalto ao Banco do Brasil da cidade de Miguel Alves. Segundo o comandante, a corporação tinha "informes soltos" sobre a ação de uma quadrilha, mas não tinha conhecimento nem de onde nem quando seria feito o assalto. A cunhada do gerente da agência morto no assalto, Carlíria Fumeiro, confirmou em audiência pública na Assembleia nesta quinta, que Ademyston Alves havia comunicado aos seus superiores a presença de pessoas estranhas na cidade. O fato teria ocorrido menos de uma semana antes do crime.

Evelin Santos/Cidadeverde.com

Em entrevista ao Jornal do Piauí, Gerardo Rebelo declarou que não recebeu nenhuma comunicação oficial do banco nem o serviço de inteligência da PM tinha certeza de que haveria o assalto. "Estamos interligados à inteligência para verificar esse assustador aumento de assaltos a banco e a PM arma suas operações de acordo com as estratégias. Pelo que sabíamos, poderia acontecer em Luzilândia, Floriano, em várias outras cidades. O informe é um dado solto. Quando a gente tem esse informe e tem um dado concreto é remetido diretamente ao delegado geral James Guerra", disse.

Gerardo Rebelo assegurou que todos a conduta dos policiais militares durante o assalto e a morte do gerente Ademyston Rodrigues estão sendo apurados pela Corregedoria, que hoje é um órgão moderno, aparelhado e com pessoal especializado para apurar as irregularidades cometidas por policiais.


"Conversava com o secretário Robert Rios e dizia a ele que existe uma linha limítrofe de onde começa meu dever e o seu direito. Hoje, trabalhar com segurança pública é muito complexo, imagine num teatro de operação. Existe um procedimento padrão e, se houve falha ou não, tudo isso vai vir a tona. Só posso garantir que os fatos serão elucidados", afirmou.


Ainda segundo o comandante, a PM está reforçando o policiamento ostensivo em alguns municípios onde há movimento maior no período de final e início de cada mês. "Entre os dias 25 a 5 de cada mês a PM está fazendo operações volantes e colocando mais policiais fazendo com que cada servidor e cliente veja a presença da polícia. As pessoas estavam achando estranho a presença de mais policiais. A PM está fazendo o trabalho de forma proativa", assegurou.

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Leilane Nunes
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