O ministro Raimundo Carreiro, nomeado há seis anos para o Tribunal de Contas da União (TCU), conseguiu na Justiça mudar sua data de nascimento de setembro de 1946 para setembro de 1948 e, dessa forma, estender em dois anos a permanência na corte, pois evita a saída compulsória em 2016, quando completaria 70 anos, de acordo com informações publicadas neste domingo pelo jornal O Estado de S.Paulo.

Além de se manter no cargo, Carreiro vai conseguir assumir a presidência do TCU depois da nova data de nascimento. Isso porque, por um “acordo de cavalheiros”, o presidente exerce mandato de um ano, renovado sempre por mais um - pela tradição, o escolhido é sempre o ministro mais antigo de casa que ainda não exerceu a função. 

O atual chefe do TCU é Augusto Nardes, que será sucedido por Aroldo Cedraz – o ministro tomou posse dois meses antes de Carreiro - no biênio 2015-2016. Finalmente, nos dois anos seguintes, a casa será presidida por Raimundo Carreiro, que, com a nova certidão e consequente prolongamento no cargo, tirou a cadeira de José Múcio Monteiro. Carreiro disse que assumir a presidência por ser uma consequência, mas não era o seu objetivo.