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Servidores do Hospital Infantil protestam por melhorias

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Os servidores do Hospital Infantil Lucídio Portella realizaram na manhã desta terça-feira (6) um apitaço em frente à unidade reivindicando o término da obra, contratação de concursados e melhor estrutura. A direção se manifestou através de nota enviada ao Cidadeverde.com (veja no final da matéria). 

Evelin Santos/CidadeVerde.com


A enfermeira Sandra Cecília de Sousa Lima, que trabalha há sete anos na instituição, diz que há uma sobrecarga de demanda e um déficit grande de funcionários em setores como nutrição e lavanderia. “Queremos a contratação dos concursados que nunca foram chamados e a conclusão da reforma que não anda. Aqui também falta equipamento e exames como ultrassonografia e de radiologia são feitos fora. A UTI está sem funcionários e ninguém pode pedir licença (médica)”, reclama. 


Segundo ela, a direção está a par do caso. “Falamos com o diretor, mas ele diz que está tudo bem. Não está. Só há um banheiro para todos os funcionários. Só recebemos o lanche de manhã. Queremos também o da tarde e o café pra quem está saindo do plantão”, reivindica a servidora.


Emília Maria Silva Alves, que também é enfermeira, acrescenta que a produtividade não está sendo paga corretamente e que o evento está reunindo funcionários de vários setores, além de pais de pacientes.

Direção divulga nota - postada às 15h57min

Nota de Esclarecimento

O diretor-geral do Hospital Infantil Lucídio Portela (HILP), o médico-cirurgião pediátrico Edinaldo Miranda, em esclarecimento à matéria intitulada “Servidores do Hospital Infantil fazem manifestação e pedem melhorias”, veiculada no Portal Cidade Verde, nesta terça-feira (06), informa que, de fato, houve um problema na execução das obras de reforma e ampliação de quatro setores do HILP, cuja responsabilidade ficou a cargo da construtora que está à frente dos serviços.

Segundo o diretor, o representante da construtora informou que a empresa passou por problemas com fornecedores. “Não houve atrasos e nem problemas nos repasses do Governo do Estado para o custeio da obra. Pelo contrário, os recursos estão assegurados. No entanto, segundo a construtora, houve um atraso na entrega de material para a construção. Eles nos asseguraram que até o final deste mês tudo estará concluído”, enfatizou Edinaldo.

Os quatro setores que passam por obras são a Sala de Aula, a Brinquedoteca, a Lavanderia e a Central de Esterilização, que já estão em sua fase final de acabamento, faltando, apenas, a pintura e a colocação de piso.

O diretor esclarece, ainda, que há, de fato, uma demanda acentuada no número de profissionais, para diversos setores. “Nós temos a ciência dessa necessidade e reconhecemos. Porém, o Governo do Estado precisa atender à Lei de Responsabilidade Fiscal, que impõe limites no custeio de diversos setores, sobretudo, na contratação de pessoal. Aos poucos, esses profissionais serão nomeados, a exemplo da convocação de 40 novos Técnicos em Enfermagem, feita na semana passada, cuja destinação será para o Hospital Getúlio Vargas e o Hospital Infantil”, enfatizou.

Quanto à realização dos exames complementares, não somente ultrassonografia e radiologia, mas, todos os demais, segundo o diretor, são feitos em uma clínica particular credenciada por licitação em virtude da limitação de espaço físico do Hospital, que foi construído há mais de 60 anos, “na época, para atender uma quantidade limitada tanto de servidores, como de pacientes”, enfatizou.

“O Hospital nunca deixou de cumprir sua obrigação. A assistência ao paciente é feita integralmente e com qualidade, independente de o exame ser feito no Hospital ou fora. A determinação do Governo do Estado é para que não falte nenhum tipo de material, já que os recursos para aquisição desses materiais são repassados com eficácia. Quanto falta algum tipo de material, em linhas gerais, o problema ocorre pela falta de organização setorial, que precisa se organizar quanto ao armazenamento suficiente desse material”, explicou.

Carlos Lustosa Filho
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