Juliana Silveira não é mais aquela menina romântica e com jeitinho doce que andava para lá e para cá com vestidões de malha e tinha sonhos de conquistar o mundo. Aos 33 anos, a atriz, casada há três com o designer João Vergara, está mais serena. Grande parte do motivo para essa tranquilidade atende pelo nome de Bento, seu filhinho de dois anos.

"O Bento me deixou mais segura como mulher e como atriz. Não sou mais tão problemática e não tenho aquela coisa pentelha da juventude, aquela ansiedade de querer conquistar o mundo e as preocupações do tipo 'meu Deus, se não fizer aquela personagem' ou 'se a audiência não bombar' que tinha com 22, 23 anos. Aprendi a dar a importância correta às coisas e não me preocupar mais com qualquer bobagem", diz.

"A maternidade te dá um pé na realidade em todas as áreas da sua vida. Então, por exemplo, se chegou o personagem que eu queria, ótimo. Se não, está ótimo também. Fiquei mais humana e mais tranquila", afirma. Não é de se estranhar, portanto, que engravidar novamente esteja nos planos de Juliana. "Vou ter outro filho com certeza e, possivelmente, um terceiro, mas não agora. Estou no momento de trabalhar. Mas, até os 40, vou conseguir uma brecha para engravidar de novo", conta.

A maternidade influenciou até no estilo e na forma como a atriz se veste. "Depois que você tem filho, o estilo muda até por uma questão prática. Passei a usar mais short e bermuda, em vez de vestidos e saias. Não uso mais sapatos de salto também, por exemplo. É um processo que tem a ver com a maternidade e não com a idade, ainda. É pelo conforto mesmo", explica.

Naturalmente magra, Juliana diz que não tem neuroses com o corpo e não faz a mínima questão de viver fazendo dieta. "Como bem e de tudo. Não tenho essas paranóias que as meninas de hoje em dia têm. Quando preciso perder alguns quilinhos, faço o que todo mundo faz: corto doces, como mais proteínas e menos carboidratos à noite, e como mais frutas. Vou muito na intuição, nunca fui de ir a médico para fazer dieta. Além disso, não gosto de malhar e não faço questão de ter uma barriga negativa. Faço, no máximo, aula de pilates três vezes por semana".

No entanto, quando o assunto são cosméticos, os olhos da atriz logo começam a brilhar: "Adoro entrar numa dessas lojinhas da vida e me jogar! Comprar maquiagem, cílios postiços e hidratantes para tudo: barriga, rosto, celulite... Na verdade, gosto de tudo que não tem dor nem injeção. Acho um absurdo pagar uma dermatologista caríssima e sofrer tortura com esses tratamentos estéticos que têm um monte de picadas ou tomar injeção para isso ou aquilo, por exemplo. Não vejo sentido nessas coisas, até porque vou sair do consultório mais pobre, mais doída e mais sofrida".

Os vestidos longos e superestampados também foram, aos poucos, sendo substituídos por peças com uma pegada mais clássica. "Dos 23 aos 30 anos eu tinha muito essa pegada romântica, usava muito as roupas da Maria Bonita Extra, na época da Andrea Marques. Agora uso mais uns looks RED Valentino ou peças com uma pegada mais esportiva, meio Osklen e Richards. Acredito que aquela menina romântica está se transformando em uma mulher minimalista mesmo. Costumo brincar que minha meta é, com o tempo, acabar me tornando uma senhorinha francesa, bem clássica", diz ela.