O Cidadeverde.com foi procurado na tarde desta segunda-feira (17) por representantes da Chapa 22, que disputa a presidência do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Teresina (Sindserm) na próxima quinta-feira (20).

O coordenador do grupo, Landim Neto, afirma que o processo eleitoral está sendo marcado por irregularidades e tentativas de fraudes. “A comissão eleitoral não divulgou no tempo correto a lista total de eleitores como manda o regimento interno. A lista só foi publicada em um blog que não tem valor oficial também. Vamos pedir na justiça a anulação da votação”, disse.

O processo de escolha da nova direção do Sindicato já foi suspenso uma vez. A votação deveria ter ocorrido em 5 de dezembro de 2013, mas por irregularidade (saída de uma das chapas concorrentes) foi suspensa. 

“A comissão também está usando a máquina do Sindserm para divulgar a chapa 10. Eles usam papel, telefone, tudo, para privilegiar um concorrente. Também nos queixamos que as regras das eleições vêm mudando e nunca somos avisados”, diz a candidata a presidência Ana Brito. 

A Chapa 22 também garante que vai acionar o Tribunal Regional Eleitoral do Piauí (TRE) no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) por ser “conivente” com a “tentativa de fraude”. “Primeiro disseram que seriam só 22 urnas eleitorais, depois passou para 38. Isso levanta suspeitas”, critica Landim Neto.

A atual comissão organizadora das eleições foi eleita em assembleia da categoria após a suspensão do pleito em dezembro do ano passado. A antiga foi destituída pela Justiça. Atualmente, cerca de 4.800 servidores estão aptos a votar.

As denúncias foram feitas sempre a pessoa de Ayrton Vasconcelos, presidente da comissão. O Cidadeverde.com procurou o servidor público municipal para que ele se defendesse das acusações. Ayrton negou envolvimento com partido político e disse que vai à justiça contra o grupo.

“Denunciar é um direito deles, mas de cara digo que o blog é um espaço oficial para a publicação da lista de eleitores e não há de errado com o meio utilizado para a publicação. Quando fui eleito para ser presidente apoiava, sim, uma chapa, mas como servidor que sou. Tenho esse direito. Desde que foi para a presidência tomei outra postura. Não estou privilegiando nenhuma chapa e eles não são informados das mudanças porque não participam das reuniões. Ainda não sou filiado a nenhum partido político, mas o farei quando achar que for conveniente. Tenho esse direito. Por fim, quero dizer que vou acioná-los na Justiça por difamação, calúnia e tentativa de constrangimento”, disse Ayrton.

Procuramos, também, o Tribunal Regional Eleitoral para comentar o caso, já que foi citado como “conivente”. A assessoria de comunicação esclareceu que não possui ligação com questões políticas do Sindicato e que vai apenas atuar na área técnica cedendo urnas, técnicos e trabalhando na apuração dos votos como solicitado através de parceria com o Sindserm.