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Servidores da Saúde sofrem cortes no salário e ameaçam paralisação

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Cerca de 12 mil funcionários da Secretaria de Estado da Saúde do Piauí foram surpreendidos com descontos no contracheque na manhã desta quarta-feira e organizaram uma mobilização na tarde de hoje (28), para demonstrar sua insatisfação com os descontos. Eles ainda reivindicam um reajuste de 25% previsto desde 2012, que não foi cumprido. 
 
Fotos: Lucas Marreiros/Cidadeverde.com

Segundo Erick Eduardo Riccely, presidente do Sindicato dos Enfermeiros Auxiliares e Técnicos em Enfermagem - Sinatepi, o Ministério Público será acionado para acompanhar o caso nessa sexta-feira (30) e será realizada uma paralisação na terça-feira (03) pela manhã.
 
O presidente do Senatepi afirma que em março de 2012, foi aprovada a lei 6201, que trata do plano de carreira dos servidores da saúde do estado do Piauí. Por conta desta lei os servidores deveriam receber um reajuste de 25% em maio deste ano, o que não ocorreu. Além disso, foi descontado no contracheque dos servidores 50% da insalubridade e 50% do valor das gratificações.

Presidente do sindicato reclama da situação
 
Erick afirma que é interesse da categoria resolver a situação sem ser necessário entrar em greve. "A defasagem de profissional já é muito grande. Com a greve, a população fica completamente desassistida. Queremos saber o real motivo para não haver o reajuste previsto desde 2012 e, além disso, cortar o salário pela metade." enfatiza.
 
Quem também participou da mobilização foi a presidente do Sindicato dos Empregados em Estabelecimento de Saúde do Estado do Piauí - SINDESPI, Edna Maria Alves Martins. A funcionária do Hospital Getúlio Vargas enfatizou que os descontos foram feitos sem qualquer aviso. "Essa mobilização é uma revolta, um repúdio, além de não dar o reajuste, ainda reduz a insalubridade, que já faz parte do orçamento familiar de cada pessoa. E faz isso à surdina, fomos surpreendidos de imediato e estamos exigindo que seja reposto o que nos foi tirado." afirmou.
 
Está marcada também para terça-feira (03) uma audiência com o governador. Dependendo do que for decidido, os trabalhadores irão dar continuidade a paralisação e prometem greve caso não sejam ressarcidos do valor que foi descontado.

Governo explica corte
Segundo o secretário estadual de Administração, João Henrique Souza, o desconto nos contracheques ocorreu devido a um parecer da Procuradoria-Geral do Estado. 

De acordo com o documento, os valores estavam sendo pagos de forma incorreta. Para os celetistas os valores variam entre 10%, 20% e 40%. Já para os estatutários, que estariam recebendo a mesma quantia, o valor seria a metade, ou seja, 5%, 10% e 20%.

A Secretaria de Saúde informou que o secretário Mirócles Veras irá se reunir com João Henrique e o governador Moraes Souza Filho na tentativa de reverter a situação.

Lucas Marreiros (especial para o Cidadeverde.com)
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