O pré-candidato pelo PSTU, Daniel Solon, concedeu entrevista na edição desta quinta-feira (05) no Jornal do Piauí e falou sobre o diferencial da esquerda nas eleições 2014. O convidado também explicou o porquê de os partidos socialistas não se unirem.

“É mais uma questão de programa de governo e de peso político que cada um terá na chapa. Estamos juntos com o PSOL em vários estados, mas já fizemos chamados para os dois partidos [PSOL e PCB] e não tivemos resposta. Por isso, o PSTU vai marchar sozinho”, disse.

O partido realizará a primeira convenção do Estado para as próximas eleições. O evento será realizado no dia 23 de junho, a partir das 9h, no Instituto Federal de Tecnologia do Piauí (IFPI). A bancária Solimar Silva é pré-candidata a vice e Geraldo Carvalho quer disputar o Senado.

“Nosso objetivo é reforçar as modificações sugeridas em junho do ano passado. O PSTU não prega que não vai ter Copa. Preza que vai ter luta durante a Copa. A prioridade no Piauí não é educação pública, saúde pública e transporte público. Sempre vem o privado”, critica.

O pré-candidato revelou que os aliados do PSTU neste pleito serão, mais uma vez, os movimentos sociais, estudantil, popular. “Onde tiver um setor explorado estaremos. É com essas pessoas que vamos nos aliar”, revelou Daniel Solon.

“As prioridades no Piauí são a soja, a cana, o minério. Em resumo: as riquezas que não são para o crescimento do povo. São apenas para o desenvolvimento do campo privado. Por isso, defendemos o fim do financiamento privado de campanha. Quem paga a banda escolhe a música”, avalia o pré-candidato.

“Impossível que o prefeito continue sendo intransigente e não aceite negociar com os grevistas. Impossível que ele não tenha aprendido nada nos dois primeiros mandados”, disse o professor universitário em apoio ao movimento.

“Dos candidatos que estão aí, três já foram governo e não deram certo. Não para querer a volta de quem não deu certo e nem manter quem está ai”, disse Daniel Solon.