Estudantes de medicina estão se organizando para tentar barrar a decisão do Conselho Nacional de Educação que aumenta a duração do curso para oito anos. Os estudantes acusam o governo de exploração de mão de obra. No Piauí, são cerca de 1.800 estudantes distribuídos em quatro faculdades, sendo duas públicas e duas na rede privada.
Os estudantes estiveram reunidos no Hospital Universitário (HU) na tarde desta quinta-feira (02) numa tentativa de unir forças e mobilizar a categoria contra a proposta. Segundo os alunos, a elevação da carga horária contraria o Programa Mais Médicos.
Pela proposta, a partir de janeiro de 2015, os alunos terão que cumprir um ciclo obrigatório de dois anos Sistema Único de Saúde, recebendo uma bolsa e autorização para o exercício da medicina. Após esse período, a prática seria convertida em inscrição para o Conselho da classe.
O estudante Wilton Filho considera que a medida vai atrapalhar a vida. "Os alunos de medicina de todo o Brasil estão preocupados com o seu futuro, para saber até onde o Governo Federal vai atrapalhar a nossa vida. A gente estuda muito, a gente quer crescerQueremos mobilizar as entidades para que haja mudanças nesse projeto. Não queremos passar dois anos trabalhando de graça".
A câmara superior do Conselho Federal de Educação já aprovou as mudanças.
Sana Moraes
