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Designer denuncia médico por suposto ato discriminatório em consulta

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Um designer gráfico usou sua página no Facebook e denunciou nesta terça-feira (11) uma suposta atitude discriminatória praticada por um médico do trabalho em Teresina. Ele relata que o médico teria se recusado a atendê-lo durante um exame admissional por conta do seu modo de se vestir. Ele estava com uma bermuda jeans e camiseta.

Ao ser entrevistado pelo Cidadeverde.com, Wanderson Lima informou que irá acionar judicialmente o médico do trabalho Moacir Luiz Monteiro de Souza.

O jovem afirma que não foi mais contratado pela empresa por conta disso procurou seu advogado para tomar medidas contra o médico. Ele chegou a postar um vídeo em seu Facebook onde retorna a clínica e critica o atendimento. Wanderson conta que o médico rasgou sua ficha porque ele entrou assobiando dentro de seu consultório, e mesmo tendo pedido desculpas pelo comportamento o médico o teria humilhado durante a discussão que segundo o jovem, podia ser ouvida fora do consultório.

"Eu entrei assobiando uma música e o médico pediu que eu parasse já em um tom de voz alterado. Eu pedi perdão, com essas palavras, me perdoe doutor eu não tenho costume com consultórios, a partir daí ele se alterou mais ainda e começou a dizer que eu já tinha 22 anos e que depois de cometer o 'crime' eu estava pedindo perdão. Depois disso ele olhou pra secretária e rasgou minha ficha dizendo que se eu quisesse seria atendido por outra pessoa", descreveu o designer.

O Cidadeverde.com tentou contato com o médico na clínica onde ele atende, mas foi informado pela gerente Mayra, que o caso foi isolado e o atendimento não ocorreu por conta do mau comportamento do paciente e não por causa de suas roupas. O rapaz teria desrespeitado as normas da clínica, que incluem o desligamento do celular. Segundo a funcionária, este foi o único atendimento do dia que não ocorreu.

"Nós atendemos centenas de pessoas nessa área de exames do trabalho e não foi por isso que ele não foi atendido. Se você vai a um consultório é preciso desligar o aparelho celular para não interromper o exame e ele entrou assobiando na sala. Quem fica numa situação como a dele defende sempre o seu lado. Todos os atendimentos aconteceram normalmente e ele foi o único que teve esse tipo de problemas", explicou a gerente.

Sem o contrato, Wanderson lamenta o ocorrido e desabafa sobre o atendimento. "Eu perdi um contrato de emprego e fui humilhado por esse médico. Sou um pai de família e em pleno 2014 não posso ser mal atendido por conta do meu jeito informal. Isso é um absurdo", lamentou o jovem.

Rayldo Pereira
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