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Delegados denunciam superlotação na Central e ameaçam greve

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Os delegados do Piauí alertam novamente para a situação de perigo por conta da superlotação da Central de Flagrantes e ameaçam entrar em greve caso o Governo do Estado não tome providências quanto a esta questão e atenda também outras reivindicações da categoria. 

 

 

A presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia Civil de Carreira do Estado do Piauí (Sindepol), Andrea Magalhães, explica que a situação da Central de Flagrantes já beira o absurdo. “A situação é crônica e nunca teve solução definitiva, só paliativa. A Secretaria de Justiça não está mais absorvendo os presos. Atualmente há 62 na Central, o fim de semana está chegando, quando há pelo menos 40 prisões. Não há possibilidade daquele prédio abrigar cem presos”, reclama. 

No último domingo (9), vários presos conseguiram escapar da Central de Flagrantes, sendo que parte foi recapturada. Eles serraram e arrebentaram as grades e fugiram após pular o muro. A Casa de Custódia, que seria o local para onde estes detentos poderiam ser transferidos, também está superlotada, segundo a OAB, que fez visita ao local. A capacidade seria de 330 detentos, mas já estaria abrigando mais de 800.

“O governo precisa tomar providências. Estamos fazendo a nossa parte, prendendo os criminosos. Mas onde está a penitenciária de Altos? Não estava pronto? Por que não foi aberto? É culpa de quem? Do Governo. Estamos alertando. A população precisa saber o que está acontecendo e o Governo vai ter que assumir a tragédia que vai acontecer”, adverte Andrea Magalhães. 

Greve
Os delegados irão se reunir em assembleia na próxima quarta-feira (19) para definir sobre uma possível paralisação. “Podemos começar a greve por conta desta situação da Central de Flagrantes e também por outras questões como a falta de combustível, já que o governo só liberou 60% do que era previsto; a falta de investimento em segurança; o absurdo do acúmulo de cidades por um delegado; a falta de agentes; o excesso de trabalho; o não pagamento de horas extras. Não podemos encobrir as carências do Estado”, reclama a presidente do Sindepol. 

 

Da Redação
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