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Taxas de mortalidade e expecativa de vida melhoram, mas Piauí cai em ranking

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Foto: Raulino Neto

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta segunda-feira (1) os números da expectativa de vida e mortalidade infantil relativos a 2013. No intervalo de 33 anos, os dois índices melhoraram no Piauí significativamente. No entanto, além das taxas ficarem abaixo da média nacional, o Estado perdeu posições se comparado com outras unidades da federação. 

Enquanto em 1980 morriam 81 crianças para cada mil nascidas vivas (com até um ano de vida), em 2013 a taxa de mortalidade infantil era de 21,1. A média nacional, que era 69,1 para mil nascidos vivos, evoluiu para 15.

Já na esperança de vida ao nascer, a melhoria foi de 58,6 anos em 1980 para 70,5 em 2013. Isso significa que a expectativa de vida no Piauí subiu em 11,9 anos. No Brasil, essa melhoria foi de 12,4 anos de vida (subiu de 62,5 para 74,9). 

Entre os fatores apontados para a mudança estão melhorias na saúde, como aumento da cobertura vacinal, na atenção ao pré-natal e nos estabelecimentos do setor, além da melhor educação das mães e a redução da fecundidade, o aumento da renda, o programa Bolsa-Família e as melhorias nas condições de saneamento e higiene pública. 

3º pior do país
Apesar da melhoria dos índices, o Piauí piorou no ranking dos estados. Em 1980, o Piauí era o nono entre os estados com pior mortalidade infantil. Trinta e três anos depois, passou a ser o quinto pior. No comparativo da expectativa de vida, o Piauí passou a ter o terceiro menor índice, sendo que há duas décadas o Estado era o sexto colocado. 

"Na comparação com os demais, principalmente com os estados do Nordeste, o Piauí melhorou menos. Isso pode significar que as ações dos programas que contribuem para a melhoria nacional não foram a contento no Piauí", confirma Pedro Soares, supervisor de informações do IBGE no Piauí.

 

 

Quando o assunto é expectativa de vida, o Piauí (70,5) só ganha do Maranhão (69,7) e Alagoas (70,4) no comparativo com todo o país. 

Já na mortalidade infantil, no Piauí (21,1) a situação está menos pior que no Maranhão (24,7), Alagoas (24), Amapá (23,9) e Rondônia (21,3). A Paraíba, que liderava o ranking com maior número de mortes de recém-nascidos, agora é a nona colocada (19). No vizinho do Ceará, que era o terceiro pior em 1980, a taxa caiu para 16,6, levando o Estado para a 16ª posição na lista dos piores.

 

 

Mortalidade masculina
Também chama a atenção a menor expectativa de vida dos homens. Apesar da melhoria dos números, a expectativa de vida masculina no Piauí é de 66,5 anos, enquanto as mulheres vivem, em média, até 74,6 anos. 

A violência ainda é apontada como um dos principais fatores para o problema. "Aquilo que a saúde pública pode resolver, os dados mostram que melhorou bastante. A questão da expectativa de vida do jovem, principalmente do sexco masculino, é que ainda é uma questão muito grave, e não é uma coisa que depende propriamente de programas do Estado", disse Pedro Soares, alertando para fatores como a formação familiar. 

Fábio Lima
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