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Secretarias de Educação e de Justiça entregam 24 mil livros para o sistema prisional no Piauí

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A Secretaria de Educação do Estado e a Secretaria de Justiça do Piauí vão entregar 24 mil livros didáticos ao sistema prisional, adquiridos por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). A solenidade de entrega dos livros será na Escola Penitenciária, em Teresina, nesta segunda-feira (1º), às 11h.
 
A doação dos livros é fruto de parceria entre as duas secretarias visando ao desenvolvimento de ações e projetos que promovam a ressocialização através da educação nos presídios do Estado. Os livros que serão entregues envolvem áreas do conhecimento humano como história, geografia, português, biologia, matemática, filosofia, inglês, espanhol, química e física.
 
Segundo a secretária de Educação, Rejane Dias, a ideia é estruturar as bibliotecas nos presídios do Estado e incentivar a leitura, qualificando e ajudando os detentos a se inserirem no mercado de trabalho ao saírem. "É mais um grande passo para ampliação do acesso ao ensino de qualidade e para despertar o interesse pelo estudo, possibilitando novas oportunidades de vida dentro e fora dos presídios", diz Rejane.
 

No evento, também será realizada a aula inaugural do curso Operador de Computadores, promovido por meio do Pronatec Justiça, desenvolvido pelas secretarias de Educação e de Justiça e voltado para servidores e familiares, ex-detentos, detentos e seus familiares. O secretário de Justiça, Daniel Oliveira Valente, afirma que "o Pronatec Justiça é extremamente importante, sobretudo por fomentar a cidadania e fortalecer a ressocialização, trazendo a família para fazer parte desse processo".
 
Educação fortalece processo de ressocialização
 
O desenvolvimento de atividades educacionais no sistema prisional está previsto na Lei de Execução Penal e busca dar suporte para que as pessoas privadas de liberdade possam se ressocializar, ou seja, se reintegrar de forma adequada à sociedade.
 
"Ressocializar significa construir caminhos que possibilitem a mudança da pessoa que, estando privada de sua liberdade por ter cometido um crime, um dia retornará à sociedade, após cumprir sua pena. Garantir acesso à educação e ao trabalho é combater a criminalidade", pontua o secretário de Justiça, Daniel Oliveira.
 
No Piauí, a Secretaria de Justiça, junto com a Secretaria de Educação e outros órgãos, tem promovido ações e executado projetos de educação que criem oportunidades para que os presos possam estudar e ter uma perspectiva ao saírem da prisão. Um desses projetos é o Leitura Livre, que consiste na realização de oficinas de leitura onde os detentos leem vários livros, apresentam trabalhos sobre as obras e ainda têm a chance de redução da pena, já que a Lei de Execução Penal garante o benefício para quem estuda e trabalha na prisão.
 
A Secretária de Educação, Rejane Dias, ressalta que "vamos trabalhar juntos com a Sejus para proporcionar aos detentos a continuidade dos estudos e a profissionalização, pois tudo isso é uma forma de ressocializá-los". Em 2015, o número de pessoas estudando nos presídios do Piauí teve um salto de quase três vezes em relação ao ano anterior, chegando a quase 600 pessoas, e cinco detentos passaram no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Em 2016, além da continuidade da Educação de Jovens e Adultos (EJA), será desenvolvido o programa Brasil Alfabetizado nas penitenciárias.

Da Redação
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