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Em Teresina, cerca de 3 mil crianças são exploradas como trabalhadores

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Em Teresina, pelo menos 3 mil crianças são exploradas como trabalhadores, de acordo com informações do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti). Para chamar atenção da sociedade sobre a gravidade do problema, a Secretaria Municipal do Trabalho, Cidadania e de Assistência Social (Semtcas) desenvolve a campanha “Ocupação de criança é ser criança – Diga não ao trabalho infantil”. 

Uma das ações consiste em sensibilizar os profissionais da saúde da atenção básica e hospitalar para identificação de doenças decorrentes do trabalho infantil. O coordenador do Peti, Vilar Neto, ressalta que a exploração infantil deve ser encarada como uma questão sócio-educativa e não um caso de polícia.

"Estamos realizando diversas ações de enfrentamento ao trabalho infantil. Nós não podemos tratar o trabalho infantil como um caso de polícia, mas como trabalho sócio-educativo realizado com a população e a sociedade civil. Precisamos mostrar para todos, os danos causados pelo trabalho infantil. Articuladamente com a Educação e a Saúde, podemos qualificar a identificação do trabalho infantil", disse o coordenador em entrevista ao Jornal do Piauí, nesta quarta-feira (01).

Vilar Neto ressalta que a ação de combate ao trabalho infantil voltada para os profissionais de saúde visa identificar explorados e exploradores. Segundo ele, em alguns casos, a criança ou adolescente é levado ao hospital, vítimas de situação do trabalho infantil, e não é feito o devido encaminhamento. Ele alerta para alguns sinais característicos do trabalho. 

"As sequelas são psicológicas e físicas. Crianças e adolescentes que trabalham têm o corpo fragilizado, marcas no rosto e olho, fraturas no corpo e outros sinais no comportamento que precisam ser observados", finaliza Neto. 


Graciane Sousa
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