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Pai de João Roberto diz que ainda confia na lei

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Por 4 votos a 3, o 2.º Tribunal do Júri entendeu que o cabo da Polícia Militar William de Paula, que atirou no carro em que estava o menino João Roberto, morto aos 3 anos, agiu no "estrito cumprimento do dever legal". Os jurados o absolveram do crime de homicídio duplamente qualificado e ele foi condenado a prestar 7 horas diárias de serviços comunitários, por um ano, por lesão corporal leve à mãe e ao irmão de João. Apesar da revolta, o taxista Paulo Roberto Soares, pai do menino, disse que ainda confia na Justiça.
 

 
A decisão revoltou parentes do menino e até o governador, Sérgio Cabral (PMDB). O advogado Nilo Batista, que atuou como assistente da acusação, classificou a decisão do corpo de jurados, composto por uma mulher e seis homens, de "monstruosa". "Eles estabeleceram que existe uma pena de morte para o roubo de carros e deve ser cumprida pelo PM que estiver mais próximo" 

Paulo Roberto disse que sempre se sentiu "acalentado" pelas pessoas, que se solidarizaram com ele após o caso. "Fiquei estarrecido porque a sociedade absolveu o algoz do João Roberto. As pessoas devem se perguntar: e se fosse comigo? Essas pessoas (os PMs) não estão lá para nos defender, mas para nos executar." Tanto a promotoria quanto a defesa recorreram da decisão. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


Fonte: Estadão

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