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"A legislação era a favor do marginal", diz secretário da Senasp sobre decreto de armas

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Foto: Roberta Aline/ Cidadeverde.com

O secretário nacional de Segurança Pública (Senasp), general Guilherme Cals Theophilo e Gaspar de Oliveira, rebateu críticas sobre o decreto do presidente Jair Bolsonaro que facilita o porte de armas de fogo a caçadores, atiradores esportivos, colecionadores (CACs).  Para o militar, a legislação era a favor do marginal e quem reage tem interesse que o Brasil continue nesse desmando.

"Reação muito grande diante das medidas do presidente Bolsonaro, mas são promessas de campanha. Por exemplo, a PL Anticrime do ministro Moro, que visa endurecer o regime penal, as leis, regras, progressão e outras coisas mais, está tendo uma reação muito grande. Acho que quem reage é porque tem interesse que o Brasil continue nesse desmando, nessa desautorização que tinha generalizada, que a gente vem presenciando nesses últimos anos", disse o secretário da Senasp em entrevista durante o II Congresso das Cidades em Teresina. 

Pelo decreto, a facilitação para portar armas será estendida também para advogados, residentes de área rural, profissional da imprensa que atue na cobertura policial, conselheiro tutelar, caminhoneiros e profissionais do sistema socioeducativo. Contudo, o secretário resolveu comentar apenas sobre as mudanças em relação aos CACs. 

"A legislação era a favor do marginal, ou seja, você tinha que portar a arma no porta-luvas do carro e a munição no porta-malas. O elemento que já é conhecido como atirador, que vai praticar seu esporte de tiro, era vulnerável a assalto. Roubavam a arma e ele não podia se defender. Então, o que o presidente Bolsonaro está fazendo são medidas para facilitar a vida desses praticantes de esporte, dos colecionadores, dos caçadores", disse o general. 

Foto: Roberta Aline/ Cidadeverde.com

Para ele, o decreto não trata de uma medida de  Segurança Pública.

"Uma medida de Segurança Pública visa o bem da sociedade como um todo. A sociedade não depende desse armamento que é particular de um determinado grupo. Então quem tem que fazer a proteção dessa sociedade é a União como está no artigo 144, que diz que é responsabilidade da União a Segurança Pública, mas é um dever de todos. Todos temos que estar integrados em prol desse objetivo comum que é voltar o brasileiro a ter a sensação de segurança", conclui o secretário da Senasp. 

Graciane Sousa
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