Atualizada às 11h11
"Os dois entraram acelerados na rua, pararam as motos. Pensei que era um assalto. Pedi que se identificassem e como eram policiais, saí. Logo, ouvi os tiros e o primeiro a vítima ainda estava filmando. No terceiro tiro, a vítima estava caindo e foi na direção da cabeça. A criança [filho do cabo Samuel] estava perto de mim e disse: meu pai morreu", declarou o vigia, testemunha ocular do caso.
Em depoimento, a testemunha disse ainda que imobilizou o acusado para apreender as armas e que os tiros poderiam ter atingido transeuntes que, por acaso, passassem pela via no momento. O segurança declarou também que a vítima perseguia o acusado que chegou a dizer: "deixa eu ir embora".
O motivo da discussão seria porque uma das armas que estava com o acusado seria irregular e o cabo Samuel teria ameaçado denunciá-lo na Corregedoria da PM. O acusado acompanha a audiência e se comunica com os advogados de defesa escrevendo em um papel.
Atualizada às 10h21
O delegado Willame Moraes, atualmente lotado na Dicap, também foi ouvido como testemunha e relatou o que presenciou no dia crime.
Fotos: Roberta Aline/Cidadeverde.com
"Tinha acabado de deixar minha filha na escola e fui chamado pra fazer essa intervenção. Ao chegar no local, vi a vítima estendida no chão e o acusado sendo espancado. Me identifiquei como delegado, dei voz de prisão e acionei o comandante geral da PM. O acusado estava com duas armas, sendo que uma era funcional", disse o delegado Willame.
Matéria original publicada às 9h46
A audiência de instrução e julgamento do acusado de matar o cabo da Polícia Militar, Samuel Borges, teve início por volta das 9h, desta segunda-feira (27). De cabeça baixa, o réu, policial militar do Maranhão, Francisco Ribeiro dos Santos Filho, chegou escoltado por agentes penitenciários sob lágrimas de familiares e gritos de "assassino cruel".
"Ele destruiu a vida da minha família, do meu neto. Parei de trabalhar para cuidar dele, tomo antidepressivo. Tive que ver meu filho em um caixão. Hoje preciso olhar nos olhos dele e dizer que cessou minha família. Espero que esse caso seja resolvido rápido e ele não responda em liberdade", disse Isabel Borges, mãe do cabo Samuel, que acompanha o depoimento das testemunhas.
O crime ocorreu em fevereiro deste ano na zona Leste de Teresina após uma discussão. A vítima foi assassinada a tiros na frente do filho.
Serão ouvidas dez testemunhas, sendo seis de acusação e quatro de defesa.
O primeiro a ser ouvido foi um policial militar que fazia rondas ostensivas no local onde ocorreu o crime.
Flash de Graciane Sousa
[email protected]