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Venezuelanos ignoram prefeitura e continuam expor crianças em sinais

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Foto: Izabella Pimentel/Cidadeverde.com

Os venezuelanos não se intimidaram com a orientação da prefeitura de Teresina de evitar expor crianças em semáforos quando pedem esmola, e continuam a ação em vários bairros na cidade. Na manhã deste domingo (30), uma equipe do Cidadeverde.com flagrou uma mulher com um bebê no colo, pedindo ajuda em um semáforo localizado no cruzamento da rua Valdemar Martins com avenida Presidente Kennedy, na zona Leste.

Presa à cintura, a imagem mostra a criança dormindo debaixo do sol forte enquanto a mãe aborda os motoristas que aguardam o semáforo abrir. 

Ao perceber a presença da equipe, a mulher foi para o cruzamento das avenidas Kennedy e Dom Severino. Lá, ela se juntou a outras duas venezuelanas que estavam acompanhas de mais duas crianças.

Foto: Fábio Lima

Desde a última quinta-feira (27),  a Secretaria de Assistência Social e Políticas Integradas (Semcaspi) monitora os imigrantes e tenta impedir a exploração das crianças, o que é crime no Brasil previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). No primeiro dia, os venezuelanos que foram encontrados nas ruas fugiram das abordagens. A orientação é conduzir aos abrigos quem for flagrado com menores.

O Cidadeverde.com tentou contato com Semcaspi na manhã deste domingo, mas não obteve retorno. Na semana passada, a secretaria informou que 70 dos 159 venezuelanos são crianças e adolescentes.

Caso o trabalho educativo de sensibilização não funcione, o poder público deve conduzir os menores para os abrigos. "Se isso continuar aí sim o Conselho Tutelar terá que tirar a criança da rua e levar junto com a mãe para o espaço onde eles estão com a família", disse Laila Paiva, chefe de Divisão de Média Complexidade da Semcaspi, ao Cidadeverde.com na última quinta-feira.

Cerca de 159 venezuelanos estão distribuídos em cinco abrigos em  Teresina. No Serviço de Convivência do KM 7 são 32 imigrantes, no Centro Piratininga no Poti Velho, 43, e na Pastoral de Rua, 25 venezuelanos. Outros 30 estariam em um abrigo do MP3, e mais 29 imigrantes em uma casa no Mocambinho. 

Hérlon Moraes
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