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Mais de 500 cartas escritas por Dom Inocêncio serão lidas em processo de beatificação

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Mais de 500 cartas escritas por Dom Inocêncio estão em processo de leitura, análise e transcrição pela Comissão Histórica em Prol da Causa de Beatificação de Dom Inocêncio, que fica em Brasília.  

Nessa fase técnica, cerca de 30% das cartas já estão catalogadas, afirma o Frei Rogério Soares, que iniciou a causa do processo de beatificação, quando era provincial da Ordem Mercedária do Brasil, no ano de 2015.  O processo de transcrição acontece porque as originais ficarão no Brasil e as cópias serão enviadas ao Vaticano. 

A coleta dos documentos ocorreu entre os anos de 2015 e 2019 na Espanha, em Roma e no Brasil, nas cidades em que Dom Inocêncio morou e trabalhou. No Piauí, a comissão recolheu material em São Raimundo Nonato e Bom Jesus de Gurgueia. 

O frei Rogério ressalta que essa fase técnica deve ser finalizada no segundo semestre de 2020. Encerrando essa fase, a transcrição será enviada a Roma. Ao chegar ao Vaticano, uma comissão começará a analisar o documento e confirmar os "milagres" referentes a Dom Inocêncio, muitos ocorridos no Piauí.  Não há prazo limite para essa etapa. "O processo somente será enviado após finalizar o processo diocesano no Brasil", diz. 

"A fase de leitura e transcrição é muito delicada. São muitas cartas. Dom Inocêncio possui uma grande produção de documentos, o que facilita conhecer a sua história. As cartas são endereçadas ao papa, ao presidente da República, dentre outros, e pediam alimentos e estradas para o povo de São Raimundo Nonato. É como se toda a vida dele estivesse mapeada. Ele viveu e escreveu. Nós também tivemos muita sorte porque, além dele escrever muito, ele colocava no carbono e fazia copias (das cartas)". 

Beatificado, Dom Inocêncio será considerado o primeiro santo que viveu no Piauí. Ele chegou ao Brasil para morar em São Raimundo Nonato, no Piauí, no dia 18 de janeiro de 1931, para ocupar o cargo de sacerdote em Bom Jesus de Gurgueia, na região Sul. Nascido na Espanha, ele faleceu no estado da Bahia no dia 09 de março de 1958 aos 83 anos. Seu corpo está do altar mor da catedral de São Raimundo Nonato. 

Cartas e liberação dos documentos 

Frei Rogério pede calma aos interessados em conhecer e trabalhar com a história de Dom Inocêncio. "Muitos historiadores buscam pelas cartas, pelos documentos, mas eles ainda não estão liberados. Assim que terminar essa fase técnica, que a transcrição for enviada a Roma, nós iremos liberar alguns documentos", garante. 

Os documentos também confiram que Dom Inocêncio fundou a Congressão Feminina Irmãs Mercedárias Missionárias do Brasil. 


Dom Inocêncio (Arquivo - Ordem Mercedária do Brasil)

Padre e o milagre

Até o momento, pelo menos seis pessoas devem testemunhar em prol da beatificação por serem "provas do seu milagre". Dentre eles, o padre Herculano Negreiros, de São Raimundo Nonato. Padre Herculano conviveu parte da infância e adolescência com Dom Inocêncio. "Cresci sob a tutela religiosa e espiritual dele". 

Padre Herculano foi diagnosticado com a presença de células cancerígenas em Teresina, orou e pediu a cura a Dom Inocêncio. Após pedir interseção, o pároco foi a Brasília passar por novos exames e descobriu que não havia mais sinais de câncer no seu corpo. Herculano não chegou a passar por quimioterapia. Isso aconteceu em 2017.  Antes disso, ele passou por uma prostatectomia e descobriu a presença do possível câncer nos exames de rotina. 

"Para mim em muitos que moram em São Raimundo Nonato, Dom Inocêncio já é santo. Exame feito em Teresina deu grande presença de células cancerígenas. Então, fui para Brasília para fazer outros exames. No caminho até lá, invoquei por Dom Inocêncio. O resultado do novo exame deu negativo. Retornei a Teresina, meu médico pediu que refizesse o exame em três clinicas diferentes. Fiz. Em todas as clinicas em Teresina deu o mesmo resultado que o exame de Brasília. Deu praticamente zero a presença de PSA (Antígeno prostático específico) no meu organismo", disse. 

Dos "seis milagres", cinco foram com pessoas em São Raimundo Nonato e uma em Brasília. 

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Carlienne Carpaso
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