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Greve no transporte público continua nesta sexta-feira em Teresina

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Foto: Roberta Aline

A greve dos trabalhadores do transporte rodoviário de Teresina continua pelo terceiro dia consecutivo nesta sexta-feira (30). Ao Cidadeverde.com, sindicalistas afirmaram que o percentual de frota mínima é respeitado pelos motoristas e cobradores. No entanto, os empresários estariam retirando a frota de circulação. 

Os sindicalistas também relataram que os grevistas não estão comparecendo às portas das garagens. Logo, não estariam evitando a saída dos veículos. Os passageiros denunciam que chegam a esperar cerca de três horas por uma viagem. 

Pela liminar, o movimento grevista deve respeitar  70% da frota em horário de pico e 30% no entrepico. “A greve continua. Os empresários que estão retirando a frota da circulação”, comenta o presidente do Sintetro (Sindicato Dos Trabalhadores Em Empresas De Transportes Rodoviários No Estado Do Piauí), Ajuri Vale. 
 

Os trabalhadores aguardam o julgamento em plenário pelo Tribunal Regional do Trabalho no Piauí (TRT-PI) sobre o dissídio coletivo de natureza econômica envolvendo os benefícios do ticket alimentação e do plano de saúde. Essa é uma das principais pautas dos trabalhadores, além do cumprimento da Medida Provisória 936, que institui o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda. 

Sobre o dissídio de natureza econômica, o juiz do Trabalho Convocado Carlos Wagner Nery Araújo Cruz deu decisão favorável ao Sintetro. No entanto, o Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut) recorreu da decisão ao Tribunal Superior do Trabalho (TST), que suspendeu a decisão do TRT. Diante disso, o caso retorna ao TRT para ser apreciado pelo pleno com os demais desembargadores. É justamente essa apreciação que irá acontecer na próxima quarta-feira (4). 

O coordenador técnico do Setut, Vinícius Rufino, disse que o descumprimento da decisão não ocorre por parte das empresas.

"O O Setut informa que o descumprimento não está sendo feito por parte das empresas e sim por conta de ações do Sintetro. A Strans constatou que o sindicato dos motoristas não está permitindo que os trabalhadores cheguem às garagens para trabalhar. Reafirmamos que é absurdo o Sintetro fazer tais afirmativas. Diante disso fica muito clara a intenção do sindicato de confundir a opinião pública e suas tentativas de amenizarem as multas que receberão por não cumprimento de decisão judicial. A própria fiscalização da Strans nas garagens comprovou o descumprimento por parte dos trabalhadores", informou

 

Carlienne Carpaso
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