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Strans, motoristas e cobradores entram em acordo e ônibus voltam a circular em Teresina

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Foto: Strans


Chegou ao fim o movimento de paralisação dos motoristas e cobradores do transporte público urbano de Teresina. A Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans) e a categoria entraram em acordo; os trabalhadores retornam ao trabalho na tarde desta quarta-feira (27). Diante disso, a circulação da frota de ônibus volta a funcionar normalmente a partir de hoje.

Os trabalhadores iniciaram o movimento independente de paralisação na segunda-feira (25) diante do atraso no pagamento do plano de saúde e do tíquete alimentação. Eles não receberam o mês de dezembro.

O Superintendente da Strans, major Cláudio Pessoa, intermediou a negociação em reunião com a categoria. “Chegamos ao fim. Fomos procurados pelos representantes dos trabalhadores. Eles apresentaram o retorno ao trabalho de forma imediata. Nós efetuamos finalmente o pagamento na conta do Setut (Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina) para que eles tenham garantido o que eles pleitearam desde o início: a questão do plano de saúde e do tíquete alimentação”, disse. 

Antônio Cardoso, um dos representantes do movimento dos motoristas e cobradores de ônibus, declarou que o resultado da reunião foi positivo para a categoria.

“O resultado foi proveitoso. Fomos bem atendidos pelo pessoal que trabalha aqui na Strans. A gente já tinha conversado com os trabalhadores. Nós tínhamos uma proposta, e essa proposta foi aceita. O movimento está paralisado a partir de agora.  A gente vai trabalhar. Eles confiaram na gente. Há outras questões na esfera judicial, mas a gente entende que o que estava ao alcance da Strans foi resolvido”. 

Renato Pacheco, também representante do movimento, reforça que a Strans repassou o pagamento ao Setut. Após os tramites legais, o dinheiro deverá cair na conta dos trabalhadores nas próximas horas. O pagamento é referente ao mês de dezembro de 2020. “Os trabalhadores do turno da tarde já estão indo às garagens para a circulação dos ônibus. A frota deve voltar a circular normalmente”. 

Os empresários alegaram, ainda no ano passado, que não poderiam mais realizar o pagamento do tiquete alimentação e do plano de saúde por causa da crise econômica provocada pela pandemia da Covid-19. A gestão da Prefeitura de Teresina, no mandato de 2017 a  2020, entrou em acordo para o pagamento de quatro parcelas. 

Na segunda, no primeiro dia de paralisação, a Prefeitura de Teresina decidiu repassar o valor de R$ 600 mil para o pagamento do tíquete alimentação, mas, na terça (26), pediu o estorno do dinheiro porque os trabalhadores continuaram o movimento. Inicialmente, a categoria decidiu que só iria retornar ao trabalho com o dinheiro na conta do trabalhador.

O prefeito de Teresina, Dr. Pessoa, chegou a ameaçar a municipalizar o transporte coletivo se o impasse continuasse. 

 

Carlienne Carpaso
[email protected] 

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